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Dissertacao - Ronaldo José Cardoso - 2017.pdf

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Academic year: 2023

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Em sua dissertação de mestrado, Manini (2009) analisou como os livros didáticos de português produzidos após a implantação dos PCN desenvolveram o ensino de gramática. Também explico como a gramática é ensinada e como ela é abordada do ponto de vista dos parâmetros.

Tabela 1: Coleções didáticas mais adotadas entre 2002 e 2014
Tabela 1: Coleções didáticas mais adotadas entre 2002 e 2014

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), livro didático (LD) e livro

Origem e história

As discussões nessas reuniões e os resultados obtidos serviram de entrada para a elaboração da versão final dos PCN destinados ao primeiro nível do ensino básico. Em 1997, o Conselho Federal de Educação aprovou o documento para publicação e distribuição aos professores do ensino fundamental.

A organização dos PCN

Após esse primeiro passo, o MEC iniciou a elaboração dos PCN para professores dos últimos anos do Ensino Fundamental. Na mesma parte são apresentados os conteúdos que serão desenvolvidos, juntamente com os objetivos propostos para o ensino primário.

Ensino de Gramática nos PCN de Língua Portuguesa

Na segunda parte caracteriza-se o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa para o terceiro e quarto ciclos. Além disso, o documento define os objetivos a serem alcançados e o conteúdo a ser desenvolvido e também apresenta diretrizes de ensino e tecnologia de comunicação.

Concepções e tipos de gramática

Por outro lado, ‘gramatical’, conforme entendido por Travaglia (2009, p. 27), será ‘qualquer coisa que esteja de acordo com as regras operacionais da língua de acordo com uma determinada variedade linguística’. Sabe-se que cada usuário possui uma forma de adquirir e internalizar a variedade de linguagem predominante na comunidade em que vive.

Gramática Normativa ou Análise Linguística?

Travaglia (2009) ainda sugere que é possível realizar dois tipos de trabalho com a gramática reflexiva, sendo o primeiro representado por atividades que levam o aluno a explicar fatos sobre a estrutura e o funcionamento da língua. Travaglia (2009) sugere algumas atividades com esse tipo de abordagem, apresentadas em forma de “casos”, tratando de diferentes tipos de fatos linguísticos.

O que propõe a Análise Linguística

Ainda sobre o ensino de gramática na forma tradicional, Faraco (2011) lembra que a língua continua a ser vista de forma imutável, na medida em que existe apenas uma língua portuguesa para a gramática normativa. Além disso, as regras de funcionamento da língua emergem conscientemente à medida que o aluno percebe como funcionam em contextos específicos de uso da língua.

Figura 1: Diferenças entre Ensino de Gramática e Análise Linguística  Fonte: Mendonça (2006)
Figura 1: Diferenças entre Ensino de Gramática e Análise Linguística Fonte: Mendonça (2006)

Os PCN e a Prática de Análise Linguística

Neste ponto vale ressaltar que dominar os aspectos gramaticais da língua pode ser importante para a compreensão do texto. Porém, o simples fato de dominar a nomenclatura gramatical por si só não garantirá que o aluno compreenda, interprete e analise os aspectos gramaticais. texto adequado, quem lê. Portanto, é importante lembrar que, segundo os PCN, a prática da análise linguística vai muito além da ideia de que seria mais uma forma de trabalhar o conteúdo gramatical da língua portuguesa.

Gêneros do discurso

A riqueza e a variedade dos gêneros do discurso são infinitas, uma vez que a variedade virtual da atividade humana é inesgotável, e cada esfera dessa atividade contém um repertório de gêneros do discurso que se diferencia e se expande à medida que a própria esfera cresce, se desenvolve e se torna mais complexa. Além dessa riqueza e variedade, vale destacar também as ideias de Bakhtin sobre a natureza heterogênea dos gêneros do discurso (oral e escrito). 10É comum que tanto o género textual como o género discursivo sejam utilizados para se referirem à mesma coisa, embora haja uma distinção entre os termos.

Cada enunciado tomado isoladamente é obviamente individual, mas cada área de uso da linguagem elabora seus tipos de enunciados relativamente estáveis, o que chamamos de gêneros do discurso (ênfase no original).

Objetivos do ensino de Língua Portuguesa

Prática de análise linguística

Primeiro, que objetivos semelhantes sejam alcançados num nível de complexidade cada vez maior. Em segundo lugar, o mesmo género deve ser tratado várias vezes com graus crescentes de profundidade. 13Uma proposta de trabalho em espiral é relevante na medida em que objetivos semelhantes são alcançados com níveis crescentes de complexidade ao longo do processo de escolarização.

Além disso, um mesmo gênero pode ser trabalhado diversas vezes durante a escolarização, com graus crescentes de profundidade (Dolz e Schneuwly, 2010, p. 124, grifos no original).

Refacção de textos na análise linguística

Além dos aspectos já mencionados, vale ressaltar a questão da metalinguagem para o desenvolvimento de atividades relacionadas ao conhecimento da linguagem. Por fim, a prática constante dos aspectos da língua estudada conduz o aluno à aquisição definitiva dos novos conhecimentos adquiridos e permite-lhe utilizá-los na produção de textos orais e escritos.

Orientações didáticas específicas para os conteúdos analisados

Acho importante ressaltar que trabalhar com textos elaborados pelos alunos é um recurso que merece sempre ser explorado pelo professor, pois tais textos se aproximam da realidade vivenciada pelos alunos. Contudo, o professor não deve esquecer que os procedimentos sugeridos pelos parâmetros de trabalho com o léxico devem ser agregados às atividades de produção textual. Nesse sentido concordo com Morais (2007) em seu trabalho sobre ortografia, quando afirma que esta ainda é a metodologia mais utilizada quando se trata de questões ortográficas.

Segundo os PCN, ao trabalhar com questões ortográficas, o professor deve estar ciente de que a aprendizagem de novas palavras, incluindo a forma como são escritas, nunca se esgota.

História do livro didático no Brasil

Um olhar sócio-histórico sobre os livros didáticos no Brasil pode nos levar a uma história do nosso ensino, das práticas escolares, da transformação das disciplinas ao longo do tempo, tudo determinado e explicado pela evolução das políticas culturais, sociais e, consequentemente, das políticas educacionais. Primeiro, devido à democratização do acesso à educação, houve um aumento no número de alunos nas escolas públicas, o que levou a um aumento no consumo de livros didáticos. Sobre esse ponto, considero oportuno mencionar Lajolo (1996, p. 8), quando diz que “a substituição, alteração e complementação de exercícios e atividades previstas no manual adotado em aula não ocorrem apenas no que diz respeito aos livros didáticos.

Quanto à distribuição de livros didáticos no Brasil, segundo informações disponíveis no site do FNDE14, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) foi o primeiro programa criado para distribuir livros didáticos aos alunos da rede pública de ensino e teve início em 1929 com outro nome.

Livro didático no ensino de Língua Portuguesa

Bunzen (2014) deixa claro que, em um processo de constante desenvolvimento, o livro didático de língua portuguesa (grifo no original), além de considerar objetos e atividades de ensino, passa a organizar de forma mais criteriosa o conteúdo dividido em aulas, unidades e capítulos. Isto deve-se à necessidade de acomodar a disponibilidade de tempo escolar e, como conclui, até “uma possível progressão das escolhas curriculares, que tenha em conta os interlocutores, os diferentes níveis de ensino e, mais recentemente, os critérios de avaliação do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)” (2014, p/s). Esse processo de avaliação e distribuição de livros didáticos se desenvolveu em meio a questões políticas e operacionais envolvendo representantes da produção editorial, professores e representação do programa.

O próximo capítulo apresenta a coleção de livros didáticos Português: Línguas (2015) na perspectiva do Manual do Professor e do PNLD (2017).

A COLEÇÃO PESQUISADA

  • Apresentação da coleção – estrutura e metodologia de ensino da obra
  • Os autores
  • A coleção (MP) – Conhecimentos linguísticos
    • A coleção (MP) – Ensino da língua
    • A coleção (MP) – Avaliação
  • A coleção – Conhecimentos linguísticos – Guia do PNLD

Tudo isso feito de forma consciente pode garantir o pleno domínio dos conceitos abrangidos pela gramática normativa. A proposta é que o aluno desenvolva, de forma indutiva, atividades relacionadas ao tema a ser abordado, como questões ortográficas. Entretanto, os professores do ensino básico e secundário continuaram a sua actividade, enfrentando os mesmos problemas do ensino da gramática, realizado de forma tradicional.

Alerta-nos também para a necessidade de trabalhos mais extensos sobre a variação linguística e também sobre o uso do dicionário.

ANÁLISE DOS DADOS

Conteúdo Variação Linguística

Vale ressaltar que esse tipo de ação visa “observar determinados aspectos da língua em uso relacionados às variantes linguísticas” (MP, p. 307). No trabalho com leitura e interpretação, o professor tem assim a oportunidade de explorar os diferentes recursos da língua em situação de uso e melhorar a capacidade de comunicação do aluno. Portanto, esses textos não são explorados com mais profundidade, pois servem apenas como complemento para enfocar questões mais específicas da língua.

Aqui penso que é apropriado relembrar as palavras de Luft (2002) quando disse que “todas as variedades de linguagem têm valor positivo” (p. 69), ideia também defendida por Possenti (2012).

Conteúdo Léxico

Outro ponto que merece destaque é a ênfase que os autores da coleção dizem dar (MP, 2015) ao desenvolvimento de uma obra em que léxico e semântica andam de mãos dadas, pois, segundo os PCN, “mesmo que a palavra é uma unidade, muitas vezes é um conjunto de unidades menores (radicais, afixos, desinências) que contribuem para a constituição do significado" (grifo nosso). No entanto, a exploração é bastante superficial, pois a simples indicação de como a palavra foi formada não pouco para fazer o aluno refletir sobre o processo de formação de palavras, porém, é necessário garantir que o aluno atue reflexivamente em relação ao processo de formação de palavras para que sua resposta seja coerente.

Antes de passar à análise da questão, vale ressaltar a ênfase que os autores da coleção dizem (MP, 2015) colocam no desenvolvimento de trabalhos em que o léxico e a semântica andem de mãos dadas, pois segundo os PCN (p. . 84), “mesmo que a palavra tratada como uma unidade, muitas vezes é uma coleção de unidades menores (raízes, sufixos, sufixos) que contribuem para a formação do significado” (grifo nosso).

Conteúdo Ortografia

Este trabalho com um grupo de palavras de uma mesma família visa proporcionar uma aprendizagem mais segura, pois favorece a percepção do aluno sobre o uso de determinadas letras e formas escritas. Esse tipo de atividade é importante porque o próprio aluno descobre novas palavras com a mesma raiz. O enunciado da pergunta pede ao aluno que reescreva as palavras em que faltam letras em seu caderno.

Um exercício em que o aluno simplesmente copia as palavras em seu caderno e as preenche com as letras deliberadamente suprimidas não se beneficia muito, portanto, da oportunidade que a reescrita/reescrita de textos proporciona como atividade de reflexão sobre a linguagem.

Figura 19: Atividade ilustrativa para o conteúdo Léxico             Fonte: Coleção Português: Linguagens (9º ano, 2015, p
Figura 19: Atividade ilustrativa para o conteúdo Léxico Fonte: Coleção Português: Linguagens (9º ano, 2015, p

Considerações sobre outras questões propostas na coleção analisada

Colégio Estadual Alcântara de Carvalho Português: Idioma Colégio Estadual Emília Ferreira de Carvalho Português: Idioma Colégio Estadual Frei Domingos Português: Idioma Colégio Estadual João Roberto Moreira Português: Idioma Colégio Estadual José Feliciano Ferreira Português: Idioma Colégio Estadual Marcondes de Godoy Português: Idioma Colégio Estadual Serafim de Carvalho Português: Idioma Colégio Estadual Nestório Ribeiro Português: Idioma Escola Estadual José Manoel Vilela Português: Idioma Escola Estadual Polivalente Dante Mosconi ALP: Análise, Linguagem e . Colégio Estadual Alcântara de Carvalho Português: Idioma Colégio Estadual Emília Ferreira de Carvalho Português: Idioma Colégio Estadual Frei Domingos Português: Idioma Colégio Estadual João Roberto Moreira Português: Idioma Colégio Estadual José Feliciano Ferreira Português: Idioma Colégio Estadual Marcondes de Godoy Português: Idioma Colégio Estadual Serafim de Carvalho Português: Idioma Colégio Estadual Nestório Ribeiro Português: Idioma Escola Estadual José Manoel Vilela Português: Idioma Escola Estadual Polivalente Dante Mosconi Português: Idioma. Colégio Estadual Alcântara de Carvalho Tudo é linguagem Colégio Estadual Emília Ferreira de Carvalho Tudo é linguagem.

Colégio Estadual José Feliciano Ferreira Tudo é linguagem Colégio Estadual Marcondes de Godoy Tudo é linguagem Colégio Estadual Serafim de Carvalho Tudo é linguagem Colégio Estadual Nestório Ribeiro Tudo é linguagem Escola Estadual José Manoel Vilela Tudo é linguagem Dante Mosconi Escola estadual multifuncional Tudo é linguagem. Colégio Estadual Alcântara de Carvalho para morar junto Colégio Estadual Emília Ferreira de Carvalho para morar junto Português Colégio Estadual Frei Domingos para morar junto Colégio Estadual João Roberto Moreira para morar junto Colégio Estadual Português José Feliciano Ferreira para morar junto Colégio Estadual Marcondes de Godoy Português Viver juntos Português. Colégio Estadual Serafim de Carvalho conviverão Colégio da Polícia Militar Português de Goiás Nestório Ribeiro conviverão Escola Estadual José Manoel Vilela Português A escola não oferece mais ensino de sexta série.

Tabela 4: Amostra de atividades que mantêm o mesmo padrão das demais analisadas
Tabela 4: Amostra de atividades que mantêm o mesmo padrão das demais analisadas

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Tabela 1: Coleções didáticas mais adotadas entre 2002 e 2014
Figura 1: Diferenças entre Ensino de Gramática e Análise Linguística  Fonte: Mendonça (2006)
Tabela 2: Atividades de gramática em análise na coleção Português: Linguagens  Volumes da Coleção  Nº de Atividades  Variação Linguística (VL),
Figura 19: Atividade ilustrativa para o conteúdo Léxico             Fonte: Coleção Português: Linguagens (9º ano, 2015, p
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Referências

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A partir desta reflexão, considerando os apontamentos sobre o contexto do ensino do tema “solo” e os impasses que a formação de professores apresenta em relação às dicotomias do