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HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: UMA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA SOBRE LIGAÇÕES QUÍMICAS ALINHADAS

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: UMA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA SOBRE LIGAÇÕES QUÍMICAS ALINHADAS

A EXPERIMENTAÇÃO E ESTUDO DE CASO.

Produto Técnico Tecnológico (PPT) apresentado ao Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Universidade Federal de Ouro Preto, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre.

Orientador: Prof. Dr. Fábio Augusto Rodrigues e Silva

Coorientadora: Profa. Dra. Cristhiane Carneiro Cunha Flôr

Ouro Preto 2023

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 - Etapas da sequência didática. ... 7

Figura 1 - QR CODE 1 - Ligações químicas (DUARTE, 2001). ... 11

Figura 2 - Experimento condutividade. ... 30

Figura 3 - Suporte de madeira. ... 31

Figura 4 - Suporte pintado. ... 31

Figura 5 - Montagem da boquilha ... 32

Figura 6 - Fixação da boquilha. ... 32

Figura 7 - Montagem do interruptor. ... 32

Figura 8 - Montagem das pontas de prova. ... 32

Figura 9 - Isolamento das conexões. ... 33

Figura 10 - Ligação do plugue de tomada. ... 33

Figura 11 - QR CODE 2: Condutividade elétrica (OLIVEIRA; CAMPOS, 2011). ... 33

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 4

OBJETIVOS DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA ... 6

MATERIAIS NECESSÁRIOS ... 6

MOMENTO 1: ABORDAGEM DOS OS CONCEITOS BÁSICOS SOBRE LIGAÇÕES QUÍMICAS ... 8

Aula 1: Conceitos de íons, interações e regra do octeto ... 8

Aula 2: Ligações químicas ... 10

MOMENTO 2: A UTILIZAÇÃO DOS QUADRINHOS NO CASO A SER ANALISADO ... 12

Aula 3: Leitura dos quadrinhos e discussão em grupos ... 12

HISTÓRIA EM QUADRINHOS ... 14

Aula 4: Realização do experimento e discussão ... 29

TEXTO DE APOIO 2: MONTAGEM E FUNCIONAMENTO DO EXPERIMENTO .. 30

Aula 5: Problematização, resolução do caso e discussão da metodologia ... 34

MOMENTO 3: UTILIZAÇÃO DO QUESTIONÁRIO ... 35

Aula 6: Aplicação do questionário e encerramento ... 35

QUESTIONÁRIO ... 36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 37

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INTRODUÇÃO

Esta sequência didática (SD) foi elaborada buscando contemplar o previsto na BNCC (BRASIL, 2018), para as escolas de ensino médio em tempo integral (o chamado Novo Ensino Médio) quanto à aprendizagem do conteúdo ligações químicas, no atendimento do público do primeiro ano deste nível de ensino, cujos estudantes estão na faixa etária entre 14 e 16 anos de idade.

Ressalta-se a importância da leitura da dissertação intitulada As histórias em quadrinhos como recurso didático para o desenvolvimento de uma sequência didática sobre ligações químicas (FERREIRA, 2023), para que haja melhor compreensão não só do contexto que ocasionou o surgimento desta sequência didática, como também dos conceitos assumidos no processo de criação e de apresentação da SD. Ela foi construída para a realização de um estudo de caso que, segundo Sá e Queiroz (2010), é uma variante do Problem Based Learning (PBL), método de aprendizagem baseado em problemas, o qual busca aproximar os alunos de problemas reais, a fim de que haja aprendizado de conceitos científicos, fomentando o pensamento crítico e a habilidade de resolução de problemas (QUEIROZ, 2015, p.8). Assim, buscou-se apresentar um material pedagógico que, explorando o conceito de PBL, pudesse ser potencialmente útil para o ensino e a aprendizagem das Ciências em sala de aula, no que concerne ao conteúdo ligações químicas.

O caso a ser analisado é contado a partir de uma HQ (História em Quadrinhos). Este modelo de apresentação de caso foi escolhido por tornar possível a utilização da ludicidade como ferramenta didático-pedagógica no contexto da sala de aula e por se encaixar nos parâmetros para um bom caso (SÁ; QUEIROZ, 2010). Tais parâmetros consideram os seguintes aspectos: ter utilidade pedagógica; ser relevante ao leitor; despertar interesse pela questão; ser atual; ser curto; provocar um conflito; criar empatia com os personagens centrais;

forçar uma decisão; ter generalizações; narrar uma história; e incluir citações. Destes aspectos, alguns são comumente presentes em HQ e, exatamente por isto, foi feita a escolha deste gênero textual, a fim de que seja possível o alcance dos objetivos previstos a partir da realização da SD proposta.

Os estudantes recebem o caso por meio por uma HQ, gênero que detém significativo potencial comunicativo. Lembramos Eisner (2001, p. 13), que recorda o potencial expressivo

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nelas presente e aponta que elas são “importantes dispositivos de comunicação, palavras e imagens”. Desta forma, explorar tal potencial contribui significativamente para as ações em sala de aula, seja no quesito ludicidade, seja na interação dos estudantes com o que lhes é apresentado.

A relevância do tema desta pesquisa insere-se no âmbito dos estudos sobre o ensino das ligações químicas no Novo Ensino Médio. Levou-se em conta a necessidade de se abordar o conteúdo ligações químicas de forma dialógica e contextualizada com os estudantes, incentivando-os quanto à participação em sala de aula, com fins voltados para a melhoria da aprendizagem em conceitos importantes para a química.

Os processos de ensino e de aprendizagem são constructos sociais, assim, devem ser pensados como tal, contemplando, entre outros pontos, a interação dos sujeitos com o conhecimento e as formas como buscam por ele, o adquirem, o constroem, ou o utilizam no dia a dia. A criação de uma SD que auxilie na aprendizagem do conteúdo ligações químicas, tal como contemplado na BNCC (BRASIL, 2018), pode contribuir para que os estudantes compreendam que o domínio de conceitos químicos é necessário e útil no cotidiano, para melhor segurança e para a realização de algumas atividades, por vezes corriqueiras, mas que requerem atenção. Permitirá a eles comparar, por exemplo, os riscos envolvidos quando alguns materiais são dissolvidos em água, a importância de se ter cuidado com a eletricidade, entre outros pontos.

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OBJETIVOS DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA

 Promover o ensino do tema ligações químicas por meio de um estudo de caso em forma de HQ.

 Incentivar o ensino de química aplicado ao contéudo ligações químicas no cotidiano.

 Promover a leitura de textos com temas científicos e atuais sobre ligações químicas.

 Favorecer discussões acerca do tema de ligações químicas.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

 Quadro branco/lousa e pincel/giz;

 Cópia xerográfica da HQ produzida para o estudo de caso na quantidade necessária para a turma: capa colorida e demais páginas em preto e branco;

 Fios;

 Plugue de tomada;

 Boquilha;

 Lâmpada incandescente 100W;

 Interruptor;

 Sal;

 Açúcar;

 Fio de cobre;

 Plástico;

 Béquer, copo ou fundo de garrafa de plástico transparente.

Abaixo segue descrição dos trabalhos, assim como quadro com as etapas da sequência didática.

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Quadro 1 - Etapas da sequência didática.

Momento

Título do

momento Aula Duração Atividades

Temas e conceitos das aulas

1

Abordagem dos os conceitos básicos sobre ligações químicas.

1 1 aula de 50 min.

Apresentação dos conceitos-base.

Sugestão de pesquisa sobre o tema pelos estudantes.

Conceitos de íons, interações e regra do octeto.

2 1 aula de 50 min.

Resgate do tema por meio de uma roda de conversa.

Ligações químicas.

2

A utilização dos quadrinhos no caso a ser analisado

3 1 aula de 50 min.

Leitura dos quadrinhos e discussão em grupos.

Problematização final.

4 1 aula de 50 min.

Realização do experimento e discussão.

5 1 aula de 50 min.

Problematização, resolução do caso e discussão da metodologia.

3 Utilização do

questionário 6 1 aula de 50 min.

Preenchimento do questionário.

Encerramento.

Aplicação do questionário e encerramento.

Fonte: Autoria própria.

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MOMENTO 1: ABORDAGEM DOS OS

CONCEITOS BÁSICOS SOBRE LIGAÇÕES QUÍMICAS

O primeiro momento tem o objetivo de revisar o assunto ligações químicas que, segundo Atkins (2012), é a união entre átomos. Assim, uma ligação química forma-se entre dois átomos, se o arranjo resultante de seus dois núcleos e seus elétrons têm energia mais baixa que a energia total dos átomos separados. Será abordada a regra do octeto e a estabilidade dos gases nobres, entre outros fatores que influenciam na estabilidade das ligações químicas.

Será dado enfoque ao estudo das ligações químicas que pode proporcionar o conhecimento sobre as propriedades e características dos materiais, facilitando, por vezes, atividades realizadas no cotidiano.

Nesta fase, será feita a abordagem das ligações iônicas, covalentes e metálicas.

Duração: 2 aulas de 50 minutos

Aula 1: Conceitos de íons, interações e regra do octeto

No primeiro momento de interação entre o professor e os estudantes, é importante que ocorra a apresentação da sequência didática, assim como a explicação e a orientação de sua aplicação. É conveniente a apresentação do quadro 1, para que os estudantes comecem a se familiarizar com trabalho tanto pelo tempo quanto pelo assunto abordado em cada parte.

Para conduzir o diálogo, considerar as teorias que abordam a regra do octeto, os símbolos de Lewis e a formação das ligações iônicas, que são aquelas que levam em conta a necessidade de estabilidade dos átomos.

O professor deve se atentar para as perguntas e as dúvidas que podem surgir nesse momento e instigar os alunos no decorrer do diálogo. Realizar registros pertinentes que podem colaborar para as discussões ou explicações finais, uma vez que alguns dados trazidos poderão ser retomados. Sugere-se que, concomitantemente a este momento, o professor leve

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consigo materiais diversos (metálicos, plásticos, minerais, etc.) para que os estudantes possam ter a oportunidade de diferenciar algumas propriedades dos materiais, tais como a dureza e a ductilidade.

Recomenda-se que o professor: registre as dúvidas dos estudantes e as evidências das diferenças dos compostos explanadas tanto por si mesmo quanto pelos alunos; atente-se para as concepções, os conceitos e os conhecimentos expostos pelos estudantes nesta fase. Tudo servirá como material para análise e diálogo no final do experimento.

A coleta de informações dos conhecimentos dos estudantes e o esclarecimento de dúvidas que vinculem os conteúdos àqueles relacionados às vivências dos alunos devem ser amplamente consideradas para a melhor condução das próximas fases da sequência didática proposta.

Ao final da aula, pode-se incentivar os estudantes a buscar informações sobre o conteúdo tratado em sala de aula. Eles deverão anotar o que encontraram – inclusive curiosidades afins por eles localizadas nas mais diversas fontes de pesquisa –, no formato de tópicos, para que possam mencionar exemplos na próxima aula,

Esta busca de informações se dará a partir de pesquisa, na tentativa de dar respostas para questões relacionadas ao conteúdo a ser abordado na próxima etapa. Sugere-se que o professor solicite aos alunos que façam uma busca e assistam a vídeos intitulados como ligações químicas, os quais contenham a discussão sobre ligações covalentes, iônicas e metálicas. O intuito é que possam melhor se inteirar do assunto, para que as informações auxiliem na criação de hipóteses para a resolução do caso proposto na HQ. A sugestão de vídeos se dá porque acredita-se que sejam mais atrativos para os estudantes, porém, o docente poderá escolher novos formatos de busca e/ou exploração dos assuntos em pauta, adequando a didática proposta à realidade da turma.

Ao deixar a pesquisa livre, pode ocorrer de se gerar acesso a conceitos mal formulados. Sendo assim, faz-se uma sugestão de links abaixo. O ambiente virtual é bastante dinâmico, por isso ocorre a necessidade de se verificarem esses links antes de cada atividade, para que se certifique de que estejam ativos. Trata-se de sugestões, apenas; ou seja, o professor pode acrescentar outros links, segundo sua preferência.

LIGAÇÕES COVALENTES: https://youtu.be/uMrI_mHi2NI. O primeiro vídeo aborda as ligações covalentes, que têm como base o compartilhamento dos pares de elétrons, que é um dos requisitos para que os átomos atinjam a estabilidade.

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LIGAÇÕES IÔNICAS: https://youtu.be/G1PY70G77a0. O segundo vídeo diz respeito às ligações iônicas, contemplando a condutividade.

LIGAÇÕES METÁLICAS: https://youtu.be/5Qjt7yD-xyo. O terceiro vídeo diz respeito às propriedades dos compostos metálicos e sobre como funcionam suas ligações.

As questões serão trabalhadas na forma de roda de conversa/diálogo, em que cada estudante terá a oportunidade de explanar sobre suas considerações a partir da pesquisa. O diálogo propiciará ao docente identificar: as fontes consultadas pelos estudantes; a forma como eles localizaram estas fontes e os conteúdos em pauta; a compreensão que os estudantes tiveram do conteúdo pesquisado; as dúvidas remanescentes.

Toda a discussão embasará o docente sobre as demandas existentes para a melhor compreensão do conteúdo proposto. Caso os estudantes tenham apresentado dificuldades de consulta a fontes, ou maior ou menor dificuldade na compreensão do assunto/tema, por exemplo, estes serão dados importantes que melhor conduzirão o trabalho docente nas próximas etapas previstas, pois as dúvidas devem ser sanadas com o propósito de que os estudantes estejam mais preparados para solucionarem o mistério presente na HQ.

Aula 2: Ligações químicas

O professor poderá começar a aula a partir da revisão do conteúdo da formação dos compostos cotidianamente utilizados pelos estudantes. Ao observar que tudo é constituído por átomos, pode-se questionar os estudantes sobre o que diferencia, por exemplo, a barra de metal do ônibus do açúcar utilizado para o café.

Após esse breve diálogo, o professor poderá ouvir da turma de estudantes o que foi pesquisado/encontrado por cada um deles. Este momento será feito como problematização para o aprofundamento do conteúdo das ligações químicas. Como feito na aula anterior, anotar as informações trazidas pelos estudantes e as curiosidades mencionadas. Em seguida, dar início ao estudo proposto para esta aula.

O docente deverá fazer a revisão do conteúdo ligações químicas, abordando cada tipo (iônica, covalente e metálica) – para saber mais a respeito, utilize o QR code disponível na figura 1, que aponta para o texto de Duarte (2001). Ainda que ele explique o conteúdo

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proposto, é importante manter a perspectiva dialógica com os estudantes, estimulando-os à participação até a solução do caso.

Preparar a turma para a próxima fase desta sequência didática, na qual serão utilizadas as HQs. Em razão das discussões realizadas até aqui, os alunos estarão preparados para melhor assimilar a atividade proposta argumentando, com base na teoria aprendida, sobre o enigma do assassinato.

Figura 1 - QR CODE 1 - Ligações químicas (DUARTE, 2001).

Fonte: Autoria própria.

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MOMENTO 2: A UTILIZAÇÃO DOS QUADRINHOS NO CASO A SER ANALISADO

Os estudantes irão receber uma HQ que conta um assassinato até então sem solução.

No decorrer da leitura, as pistas presentes deverão sugerir o assassino.

A história conta um assassinato ocorrido numa piscina cheia de água destilada, em uma residência. O homem foi morto eletrocutado pela imersão de dois fios na piscina. Há quatro suspeitos: o motorista, que carregava em seu carro açúcar (para adoçar seu café); o limpador de piscinas, que tinha sua haste de metal com rede (para retirar resíduos sólidos da piscina); o cozinheiro, que portava sal (para cozinhar); e o mordomo, que portava uma espátula de plástico (para servir a torta).

Acompanhar as discussões realizadas pelos estudantes para a construção das hipóteses.

Duração: 3 aulas de 50 minutos

Aula 3: Leitura dos quadrinhos e discussão em grupos

Nesse momento, sugere-se que o professor proponha que os estudantes se sentem em grupos de 3 ou 4 pessoas, para que possam trocar ideias na busca de uma solução. A HQ será entregue para cada membro do grupo. Para facilitar a leitura e a coleta dos dados, os alunos podem ter a liberdade para realizar a leitura em seu ritmo, sem prescrições de tempo, e é aconselhável que o professor indique a importância de prestar atenção aos detalhes. Analisar como eles ainda estão interagindo com a proposta: se há dúvidas, se há consensos, se apresentaram diferentes soluções, entre outras ocorrências. Registrar todos estes eventos para futuras análises.

Após a leitura individual, o professor irá abrir espaço para que os estudantes possam discutir entre eles sobre a história, quais pistas conseguiram coletar e quais são suas considerações preliminares referentes ao assassino. Poderá também instigar os alunos ao debate, perguntando se já viram ou leram a respeito de uma situação parecida, se poderiam

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usufruir de conhecimentos científicos para conseguir coletar evidências e por onde começariam a investigar, se fossem eles os peritos criminais e estivessem diante de um caso real.

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HISTÓRIA EM QUADRINHOS

A HQ criada para esta investigação, a qual compõe o experimento proposto, está inserida a seguir. Como já mencionado, sugere-se que seja entregue uma cópia da HQ para cada estudante, de maneira que ele possa analisá-la mais extensamente e realizar anotações pessoais a respeito. O layout foi desenvolvido para que eles possam anotar dúvidas e/ou sugestões, além das observações pessoais a respeito.

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Aula 4: Realização do experimento e discussão

Na sequência, o professor deverá propor trabalhar com as evidências em um laboratório de química (na falta dele, o experimento poderá ser realizado em sala). Nesse momento, o professor deve se atentar para o fato de algum estudante propor medir a condutividade elétrica ou outra maneira de se conseguir evidências, sempre se importando com as observações dadas pelos alunos. Depois disso, parte-se para o experimento de condutividade elétrica. Com ele, os estudantes terão mais informações sobre as propriedades fornecidas pelas diferentes ligações químicas e poderão argumentar ainda melhor sobre a resolução do caso.

O experimento realizado será utilizado para evidenciar a condutividade ou não do sal, do açúcar, do metal e do plástico presentes na água, e será medida a intensidade da condutividade – se houver – por meio do nível de acendimento da lâmpada, quando ligada à água misturada isoladamente a cada uma dessas substâncias.

Vale ressaltar que o experimento não deve ser utilizado como um meio de se constatar a teoria, mas como parte do processo de investigação, fornecendo pistas que serão utilizadas pelos alunos para assimilar e compreender o ocorrido.

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TEXTO DE APOIO 2: MONTAGEM E FUNCIONAMENTO DO EXPERIMENTO

Montando o experimento

A boquilha deve ser ligada por dois fios. Em um deles deve ser colocada uma ponta de prova que, se necessário, pode ser substituída por um pedaço de cobre. Torna-se importante isolar com fita isolante a parte que será manipulada. Sugere-se colocar dois palitos de madeira para manusear as pontas de prova.

O segundo fio deve ser ligado a uma das extremidades do interruptor. O fio que liga a segunda extremidade deve ser conectado a um plugue de tomada. O segundo fio que sai desse plugue será conectado à segunda ponta de prova. Ou seja, o sistema será fechado quando ligarmos as duas pontas de prova. A montagem pode ser conferida na imagem a seguir.

Figura 2 - Experimento condutividade.

Fonte: Autoria própria.

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Fonte: Autoria própria.

Montagem passo a passo:

O pedaço de madeira servirá de suporte e deve conter apenas o tamanho necessário para trabalhar, uma vez que um suporte muito grande ficará pesado para o transporte entre as salas. No exemplo, foi aproveitada uma tampa de caixote serrada, que recebeu uma camada de tinta spray preta, como se observa nas figuras 3 e 4.

Figura 3 - Suporte de madeira.

Figura 4 - Suporte pintado.

Fonte: Autoria própria.

A boquilha foi reaproveitada. Aconselha-se apenas que seja de cerâmica, para fornecer maior segurança, visto o aquecimento da lâmpada incandescente. É necessário desenroscar os parafusos da boquilha, colocar uma ponta de fio e apertar os parafusos novamente – figura 5.

Em seguida, deve ser afixada na madeira utilizando-se parafusos, conforme a figura 6.

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Figura 5 - Montagem da boquilha

Fonte: Autoria própria.

Figura 6 - Fixação da boquilha.

Fonte: Autoria própria.

Colocar um interruptor no experimento é opcional, entretanto, é aconselhável, por ele dar maior segurança ao se manusearem os compostos a serem analisados. Um dos fios que sai da boquilha deve ser cortado duas vezes, sendo uma vez para colocar as pontas de prova e a outra vez para ligar o interruptor, como mostram as figuras 7 e 8. O outro fio deve ir intacto até o plugue de tomada.

Figura 7 - Montagem do interruptor.

Fonte: Autoria própria.

Figura 8 - Montagem das pontas de prova.

Fonte: Autoria própria.

É importante que o docente isole todas as conexões de fios com fita isolante, conforme mostra a figura 9. Na imagem, foram utilizadas duas pontas de prova, que podem ser substituídas pelo interior de fios rígidos de cobre. Por fim, fazer a ligação do plugue de tomada com o fio que sai do interruptor e o que vem diretamente da boquilha, conforme a

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Fonte: Autoria própria.

figura 10.

Figura 9 - Isolamento das conexões.

Fonte: Autoria própria.

Figura 10 - Ligação do plugue de tomada.

Fonte: Autoria própria.

Colocar, então, a lâmpada para realizar o experimento. É muito importante verificar a voltagem da tomada e ver se ela coincide com a da lâmpada utilizada. Caso o docente ainda tenha dúvidas, pode acessar o QR code 2 para ser encaminhado para uma proposta de atividade elaborada por Oliveira e Campos (2011) sobre esse tema.

Figura 11 - QR CODE 2: Condutividade elétrica (OLIVEIRA; CAMPOS, 2011).

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Aula 5: Problematização, resolução do caso e discussão da metodologia

No início desta aula deve ocorrer um diálogo com os estudantes, abordando o que foi discutido e evidenciado até então. Podem ser propostas questões tais como:

 Vocês já escutaram algo sobre casos assim?

 Tomaram choque no chuveiro?

 Imaginavam o porquê de alguns materiais que conduzem eletricidade e outros não?

 Os dados coletados no experimento eram aqueles que vocês esperavam?

Após uma conversa para que os estudantes apontem o assassino, deve-se analisar as pistas, como dito pelo perito ao final da história, para diminuir a quantidade de suspeitos.

Caso ainda se faça necessário, o experimento pode ser repetido. Ouvir dos estudantes quem seria o assassino, dadas as hipóteses por eles elencadas, e como chegaram a esta conclusão.

Em seguida, o restante da história será distribuído entre os alunos, que terão tempo para discutir o desfecho entre eles, se realmente era o que esperavam ou não, entre outros pontos que eles considerarem pertinentes no momento. Poderão apresentar suas respostas pessoais e como chegaram a determinada conclusão (ainda que não seja coincidente com aquela esperada). Nesse momento, as dúvidas sobre o caso e o conteúdo serão sanadas.

O professor poderá retomar quais os objetivos de toda a sequência didática e, com a ajuda dos alunos, avaliar se eles foram alcançados e em qual medida.

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MOMENTO 3: UTILIZAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

Aula 6: Aplicação do questionário e encerramento

Esta aula é uma proposta de avaliação, sendo assim, fica a critério do professor. Neste momento da sequência didática, o professor poderá rever com os estudantes os assuntos abordados, desde a primeira aula até a resolução do caso. Cada estudante receberá uma cópia do presente questionário. Os dados coletados serão analisados com a finalidade de refletir sobre os objetivos propostos nesta SDI. Em sala de aula, permitirão ao docente melhor compreender o processo de ensino-aprendizagem a partir da perspectiva discente.

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QUESTIONÁRIO

1) Após a realização dessa aula, o que você entende sobre ligações químicas? Em que elas influenciam nos materiais?

2) Você conseguiu coletar todas as pistas antes do perito dizer quais eram?

3) Sabendo que as histórias em quadrinhos criadas para estudos de casos podem trazer pistas ou informações, você considera que, depois desta experiência, você conseguirá retirar informações das histórias, se houver?

4) Todos os sólidos são condutores? Cite dois sólidos que sejam condutores e dois que não sejam.

5) Você conseguiu descobrir quem era o assassino antes do encerramento?

6) O experimento foi uma ferramenta importante para chegar à conclusão?

7) As soluções são condutoras? Cite duas soluções que sejam condutoras e duas que não sejam.

8) Você conseguiu entender melhor as ligações químicas após esta abordagem?

Após a resposta ao questionário, solucionar o mistério coletivamente. Perceber as reações dos estudantes: quantos localizaram o assassino? Quantos não demonstraram não concordar com a resolução encontrada? Incentivar que os estudantes exponham a lógica que desenvolveram para encontrarem suas respectivas soluções.

Ao término, serão retomadas as discussões sobre os conceitos discutidos na aula e estes serão sintetizados para melhor entendimento do conteúdo e respondidas as dúvidas remanescentes. Os estudantes poderão compartilhar algumas das respostas dadas no questionário, caso sintam-se à vontade para isto, como também fazer as ponderações que julgarem pertinentes. Todo este processo deverá ser registrado, para fins de análise dos dados em momento oportuno.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF:

Ministério da Educação, 2018. Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf.

Acesso em: 25 mar. 2022.

DUARTE, H. A. Ligações Químicas: Ligação Iônica, Covalente e Metálica. Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, [s. l.], n. 4, p. 1-10, 2001. Disponível em:

http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/04/ligacoes.pdf. Acesso em: 25 mar. 2023.

EISNER, Will. Quadrinhos e Arte Sequencial. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

FERREIRA, A. L. As histórias em quadrinhos como recurso didático para o desenvolvimento de uma sequência didática sobre ligações químicas. 2023. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2023.

OLIVEIRA, L. A.; CAMPOS, T. C. Experimento 2: condutividade elétrica de alguns

materiais. Campinas: Unicamp, 2011. Disponível em:

https://gpquae.iqm.unicamp.br/experimentos/E1.pdf. Acesso em: 25 mar. 2023.

QUEIROZ, S. L. Estudo de casos aplicados ao ensino de ciências da natureza. São Paulo:

Centro Paula Souza, 2015. Disponível em:

http://www.cpscetec.com.br/cpscetec/arquivos/natureza_estudo_casos.pdf. Acesso em: 25 mar. 2023.

SÁ, L. P.; QUEIROZ, S. L. Estudo de casos no Ensino de Química. São Paulo: Átomo, 2010.

Imagem

Figura 1 - QR CODE 1 - Ligações químicas (DUARTE, 2001).
Figura 2 - Experimento condutividade.
Figura 4 - Suporte pintado.
Figura 3 - Suporte de madeira.
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