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Língua Brasileira de Sinais VI - Letras Libras UFSC

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Academic year: 2023

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O foco da pesquisa foi o contato entre uma língua falada e uma língua de sinais. Por exemplo, não podemos estabelecer que para cada língua falada existe uma língua gestual. As línguas de sinais são independentes das línguas faladas pelas comunidades ouvintes ao seu redor.

Também é possível que um país tenha mais de uma linguagem de sinais em uso. Como determinar se estamos lidando com línguas de sinais diferentes ou dialetos da mesma língua de sinais.

Psicolingüística

Psicologia e lingüística

Este grupo de crianças proporciona conhecimentos linguísticos adequados e garantidos para identificar um padrão normal de aquisição da linguagem à medida que os pais utilizam a linguagem gestual com os seus filhos. Segundo Quadros (1997), as primeiras combinações de sintomas aparecem por volta dos 2 anos de idade em crianças surdas. Apesar da aparente relação entre forma e significado de apontar, o ato de apontar que representa pronomes na Língua Brasileira de Sinais, a.

Isso acontece tanto com as crianças que adquirem a língua falada quanto com as que adquirem a língua de sinais. Na Língua Brasileira de Sinais, Quadros (1995) observou que por volta dos três anos e meio ocorre o uso da concordância verbal com referentes presentes. As crianças surdas que adquirem a língua de sinais introduzem os pontos no espaço, não deixando dúvidas quanto à sua identidade, inclusive deixando-os de fora de forma adequada, permitindo ao receptor recuperá-los.

Pais ouvintes de crianças surdas tendem a criar seus filhos de forma oral, proibindo o uso da língua de sinais por orientação clínica. Um teste de avaliação de língua de sinais5 foi aplicado a pessoas surdas que adquiriram a língua de sinais em diversos estágios de aquisição. 5 A Prova de Avaliação da Língua Brasileira de Sinais, desenvolvida por Quadros e Cruz, ainda não foi publicada.

Nos estudos, a questão da língua de sinais é sempre levada em consideração, pois pode afetar a aquisição da linguagem.

Biologia e comportamento

Como diz Chomsky (1986), qualquer que seja a língua e haja ou não diferenças não linguísticas, a faculdade da linguagem é algo comum entre os humanos. CORINA, 1998c, "Processamento neuronal em cantores surdos: rumo a um modelo neurocognitivo de processamento de linguagem em surdos", publicado no Journal of Deaf Studies and Deaf Education. Embora o processamento de sinais tenha sido identificado em outros estudos como mais lento que o processamento de fala, devido aos articuladores envolvidos no processamento de cada modalidade linguística, o processamento da linguagem não depende do processamento auditivo para ser ativado.

Compreensão e produção

Os bebês surdos precisam visualizar as mãos para ver sua produção, isso não é automático como acontece com os bebês ouvintes que simplesmente ouvem sua produção. Embora os bebês surdos visualizem as próprias mãos quando apresentam produção manual, esta é processada com um campo visual mais limitado e ocorre no campo perceptual visual periférico. Outro aspecto apontado por Emorey envolve as implicações da percepção direta de alguns articuladores de sinais.

Pesquisas mostram que os sinalizadores adaptam sua produção sinalizada de acordo com as necessidades de quem vê sua produção. A adequação das formas perceptuais visuais é produzida de acordo com a posição do observador em relação aos sinais produzidos. Formas perceptivas mais largas ou mais estreitas serão usadas ajustando a distância do observador às pistas.

No entanto, a parte específica da percepção visual dos sinais parece ser a percepção categórica das formas das mãos, o que indica um efeito perceptual linguístico. Outro ponto a considerar é o fato de que a entrada visual recebida pela produção dos sinais em si é diferente da entrada processada pela visualização de outro sinal. Os sinalizantes não veem automaticamente sua produção, pois o olhar é direcionado para quem está visualizando seus sinais e se movimenta de acordo com o uso do espaço.

Os signatários não olham para a sua própria produção, mas como se representassem um acompanhamento interno da sua própria produção, monitorado também com o olhar do interlocutor.

Análise do Discurso em Língua de Sinais

Introdução

Estudos Surdos, Representação e Identidade no Discurso

Representação é o processo pelo qual os membros de uma cultura usam a linguagem (letras definidas como qualquer sistema que usa sinais, qualquer sistema de significado) para produzir significados. Para os estudos deste texto, nos debruçaremos sobre a ideia de representação dos professores surdos para ter seu significado nos espaços e bastidores do ensino de Línguas de Sinais. Para apresentar a imagem do professor surdo seria necessário articular-se com a identidade surda, pois é assim que se justificam os sentidos das produções culturais discursivas nos espaços de ensino.

Vejamos o que Woodward (2000, p. 17) nos diz sobre isso: “A representação inclui práticas significantes e sistemas simbólicos por meio dos quais são produzidos significados que nos posicionam como sujeitos. Com os significados produzidos pelas representações (no discurso6), damos sentido à nossa experiência e ao que somos.” (2000, p. 17). Além disso, Hall apud Woodward (idem, p. 27) “examina diferentes concepções de identidade cultural, tentando analisar o processo pelo qual tentamos confirmar uma identidade particular através da descoberta de um passado supostamente compartilhado”.

Como afirma Woodward (2000), a identidade cultural dos grupos marginalizados e oprimidos é provocada através da mobilização política. Perguntamo-nos se a ligação entre o aluno surdo e o professor surdo é necessária como forma de produção de suas subjetividades. É assim que poderemos sinalizar e falar sobre o significado da representação e da identidade em nossos estudos como forma de produção acadêmica, para que no futuro questionemos, desconstruamos e construamos (inventamos) nossos modos de ser culturais e possamos transcender com nossos política e poética (REIS, 2006).

Nessas imagens vimos professores surdos em sua prática docente, são produções culturais que são vivenciadas em sala de aula, muito importantes para a aprendizagem significativa dos alunos surdos.

Conceito de Discurso em Foucault

Temos o poder de dizer, criar, fazer, contar, praticar discursos, o que para Foucault seria objeto de desejo, pelo que lutamos, ou seja, o direito de dizer, escrever discursos, imprimi-los na ordem do que é. possível dizer, separar seus poderes e riscos, pois o discurso não é apenas aquilo que traduz lutas ou sistemas de dominação, mas aquilo por que se luta, o poder que queremos tomar (FOUCAULT 2006, p.10). Para Foucault, o discurso é um conjunto de enunciados que constituem uma formação discursiva, e para sua análise teríamos que descrever os enunciados que constituem tal formação discursiva. Para compreender um enunciado, segundo Foucault, não podemos nos concentrar no conceito de afirmação e sentença, ou seja, dentro dos padrões linguísticos.

Em A Arqueologia do Conhecimento e A Ordem do Discurso referimo-nos aos conceitos de expressão, discurso, formação discursiva e prática discursiva. Pertence a uma formação discursiva, assim como uma frase pertence a um texto e uma proposição a um conjunto dedutivo. Mas enquanto a regularidade de uma frase é determinada pelas leis da linguagem, e a de uma proposição pelas leis da lógica, a regularidade dos enunciados é determinada pela própria formação discursiva.

No embate entre nossos espaços de luta e resistência, o sujeito proferente dos discursos estaria nesses espaços. É assim que acabam se submetendo à ordem do discurso, para que os sujeitos possam ser pronunciados e ouvidos: só podem falar e escrever quando podem. Os surdos, em sua imensa cultura surda e identificação com os professores surdos, têm seu processo de desconstrução e construção nas formações discursivas bem como na sua constituição como sujeitos surdos.

Discutiremos aqui como as línguas de sinais são essenciais para o empoderamento, pois permitem que os sujeitos surdos tenham formações discursivas mais consistentes para desafiar seus espaços de luta e resistência.

Analisando os discursos de professores surdos

Nesta seção discutiremos a língua de sinais e o professor surdo como produções importantes para a formação das identidades e culturas surdas. A autora afirma que para o professor surdo a língua de sinais é uma forte identificação que determina sua presença em sala de aula. Ambos os discursos estão situados num contexto em que a linguagem gestual está a ser reinventada.

Dessa forma, os surdos refletem em sua fala o quanto a linguagem de sinais faz parte do ser surdo. A disciplina de língua de sinais é uma forma de explorar as produções culturais e as práticas sociais. Este espaço serve também para cultivar e preservar tradições que são reproduzidas e produzidas através da linguagem gestual.

O discurso sobre a língua de sinais como fator determinante na formação da Pedagogia Cultural para Surdos. Percebi que esse professor surdo tem uma forma cultural de ensinar, pois utiliza sua língua de sinais. Percebi que os alunos surdos têm uma cultura própria, uma identidade própria, sabem explicar muito bem em língua de sinais a cultura do surdo e suas ligações com o ser surdo.

Percebi que os alunos surdos têm a sua cultura, a sua identidade, que sabem explicar muito bem em língua de sinais sobre a cultura surda e as conexões com o ser surdo.”

Discursos produzidos nos filmes

Mas à medida que o seu filho surdo cresce, desafiando-o com as suas diferenças culturais, Glenn Holland decide homenageá-lo com uma apresentação musical em linguagem gestual. Iris, mãe de Cole e esposa de Glenn, sempre usou linguagem de sinais com o filho. Vejamos o que diz Thoma (2002, p. 119) sobre a mãe: “Íris admite que o discurso médico não contribui para a comunicação eficaz de Cole nem com ouvintes nem com outros surdos”.

Segundo Thoma (2002, p. 124 e 125) sobre o conceito de silêncio: “Em geral, quem ouve entende o silêncio como a total incapacidade de ouvir sons, mas, para quem nunca ouviu, o silêncio nada mais é do que uma forma separada de existência humana, embora o significado atribuído pelos ouvintes possa ser aprendido pelos surdos”. Thoma (2002, p. 140) afirma: “Pai e filho não compartilham as mesmas ideias, não representam a surdez da mesma forma, seus discursos sobre o surdo são conflitantes. Thoma (2002, p. 154) diz que a educação de surdos está muito presente na maioria dos filmes aqui descritos, “as cenas extraídas como fonte de sentido e lições que podemos aprender ao assistir a esses filmes são marcadas por práticas de correção e normalização de o corpo que não ouve”.

Leeds, nesta cena, sente-se incomodado por ser um dos poucos que consegue ouvir na festa, onde predomina a presença de surdos, com linguagem de sinais viva em todo o ambiente. Como disse Thoma (2002, p. 193), “Márcia usa o conhecimento para convencer Casey de que valeria a pena correr o risco de aprender a ouvir e falar”. Como bem disse Thoma (2002, p. 198): “Nesta cena, Pedro nos convida a pensar na emergência de um sujeito que não será nem ouvinte nem surdo, indo além do homem: um ser híbrido, é humano, divino.

A posição dos primeiros elementos Wh na Língua Americana de Sinais e na Língua Brasileira de Sinais. Variabilidade da ordem das palavras na aquisição da língua de sinais brasileira: construção de temas e focos. Aquisição da morfologia verbal na Língua Brasileira de Sinais: produção gestual e tipos verbais.

Imagem

Figura  baseada  na  Figura  4.  Representação  do  cérebro  com  ativação  medida  por  fMRI  em  resposta  a  visualização  da  ASL  ou  leitura  do  inglês  em  três  grupos  diferentes  (ouvintes  não  sinalizantes;  ouvintes  sinalizantes  nativos  e

Referências

Documentos relacionados

A fim de contribuir para o preenchimento dessa lacuna nos estudos relativos à Língua Brasileira de Sinais Libras, este artigo adota as ideias oriundas da Teoria da Complexidade