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Análise locacional integrada a um Sistema de Informações Geográficas como ferramenta para o licenciamento de atividades minerárias no quadrilátero ferrífero.

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Academic year: 2023

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Utilizando a técnica AHP (Analytic Hierarchy Process), os dados foram hierarquizados, ponderados e integrados, produzindo um modelo de zoneamento específico para o desenvolvimento das atividades de mineração no Quadrilátero. IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ​​IBRAM Instituto Brasileiro de Mineração.

INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento de um modelo orientador, será possível conhecer o conjunto de fatores ambientais que tornam uma área crítica e que podem dificultar a exploração mineral. Assim, será possível realizar melhores estudos ambientais, que levem em consideração as características ambientais mais importantes da área.

OBJETIVOS

Este trabalho também contribuirá para priorizar os processos de licenciamento ambiental em andamento das grandes mineradoras, de forma que elas possam focar processos localizados em áreas ambientalmente sensíveis, que demandarão estudos mais detalhados e complexos e gastos para, entre outras coisas, maiores recursos.

JUSTIFICATIVA

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Panorama da Mineração

Afirmaram que os danos causados ​​pela exploração mineral no Quadrilátero têm se intensificado ao longo dos anos, transformando o meio ambiente não só nas áreas mineradas como nas áreas vizinhas, sendo necessária a implantação de programas que monitorem e quantifiquem as áreas degradadas e visem minimizar os impactos ambientais e socioeconômicos causados. Uma vez que os impactos ambientais mencionados atingem as áreas vizinhas às mineradoras, torna-se necessário implementar instrumentos de planejamento e gestão para minimizar as conseqüências ambientais e socioeconômicas causadas ao meio ambiente e às comunidades envolvidas.

Figura 2: Distribuição da produção de alguns bens minerais em Minas Gerais
Figura 2: Distribuição da produção de alguns bens minerais em Minas Gerais

Planejamento e Gestão Ambiental

O crescimento econômico deve ser implementado por meio de métodos ecologicamente corretos, visando o uso racional e ecologicamente sustentável dos recursos naturais em benefício da sociedade. Diante disso, o zoneamento é considerado um instrumento de primordial importância para o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção dos recursos naturais.

Zoneamento Ambiental aplicado ao Licenciamento Ambiental

O processo de licenciamento ambiental de uma determinada empresa inclui aspectos técnicos, científicos, administrativos e acompanhamento da execução das medidas ambientais especificadas nos documentos da legislação ambiental (PRADO FILHO & . SOUZA, 2004). Assim, o zoneamento ambiental pode ser utilizado na caracterização e no diagnóstico ambiental prévio, o que contribui para o licenciamento ambiental de atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente, confere maior agilidade e dinamismo ao estudo de impactos ambientais e possibilita a identificação da melhor alternativa local para o projeto.empresa.

Figura 4: Etapas do processo de licenciamento ambiental, segundo CONAMA 237/97
Figura 4: Etapas do processo de licenciamento ambiental, segundo CONAMA 237/97

Sistemas de Informações Geográficas

Em uma representação raster, os dados são representados por uma matriz (m x n) representada por linhas e colunas compostas por células ou pixels que se referem à resolução espacial dos dados (FRANCELINO, 2003). Como os dados ambientais não são distribuídos espacialmente, o processo de licenciamento torna-se menos eficiente.

Figura 6: Etapas de geração de um mapa em um SIG
Figura 6: Etapas de geração de um mapa em um SIG

Analytical Hierarchy Process

Após estruturar e hierarquizar o problema, deve-se construir uma matriz de comparação para comparar os critérios dois a dois, com base na escala criada por Saaty (Gráfico 8). Essa matriz de comparação (Tabela 1) deve ser construída com foco no objetivo do estudo, ou seja, determinar o grau de importância de um critério/subcritério sobre os outros critérios/subcritérios. Após as comparações e a atribuição dos pesos relativos entre os critérios, a matriz de comparação é normalizada dividindo-se cada valor da tabela pelo total da respectiva coluna (Tabela 2).

Em seguida, a verificação da consistência dos valores atribuídos é realizada por meio da equação 1, que integra o autonúmero principal λmax e o número de critérios avaliados na matriz de equações n. O autonúmero principal (λmax) é calculado pela soma do produto do autovetor de cada elemento (Tabela 3) com a soma da respectiva coluna da matriz de equações (Tabela 1). Segundo Saaty, a matriz de comparação é considerada consistente se o CR for menor que 0,1.

Figura 9: Hierarquização de critérios na técnica AHP
Figura 9: Hierarquização de critérios na técnica AHP

Influências de fatores locacionais no Processo de Licenciamento Ambiental de

  • Unidades de Conservação
  • Cavidades Naturais
  • Áreas de Preservação Permanente
  • Sítios arqueológicos
  • Zonas Urbanas
  • Áreas prioritárias para conservação da biodiversidade
  • Barragens

Essas cavidades, protegidas por decretos federais e estaduais, constituem uma zona de proteção que deve ser respeitada, evitando sua degradação, bem como sua zona de influência. A cavidade e sua área de influência não podem estar sujeitas a influências negativas irreversíveis e devem ser aproveitadas. Assim, cabia ao órgão ambiental competente definir a zona de impacto e analisar os estudos realizados pelo empreendedor.

Os órgãos responsáveis ​​pelo licenciamento de empreendimentos em áreas onde ocorrem cavernas ainda se deparam com incertezas quanto à definição da área de influência e. A zona de impacto das cavidades naturais não deve ser entendida como um espaço onde os impactos não são permitidos. Os estudos espeleológicos para determinação da área de impacto devem ser sempre integrados com os demais estudos de impacto ambiental do projeto (CECAV, 2013).

Figura 10: Categorias de Unidades de Conservação, segundo Lei nº 9.985/2000
Figura 10: Categorias de Unidades de Conservação, segundo Lei nº 9.985/2000

METODOLOGIA

Foram definidas diversas variáveis ​​influentes para o desenvolvimento de conflitos ambientais e que podem interferir no processo de licenciamento ambiental de empreendimentos minerários ao longo do Quadrilátero Ferrífero. Todos os cartogramas foram recortados no formato Quadrilátero Ferrífero e convertidos para Datum SIRGAS 2000, utilizando o software ArcGIS 9.3. Dada a importância das unidades de armazenamento, elas serão uma das variáveis ​​mais importantes para determinar as áreas críticas do quadrilátero ferrífero.

Assim, para a área do Quadrilátero, foram obtidas classificações de acordo com a importância da conservação da biodiversidade. Um cálculo de distância euclidiana foi adicionado a essas duas zonas, que mede a distância linear dessas entidades poligonais ao limite do quadrilátero de ferro. Para a análise das bacias mais afetadas pela mineração, foi levada em consideração a densidade de barragens, ou seja, o número de barragens presentes em cada bacia que drena fora do Quadrilátero Ferrífero.

Figura 13: Valores de CFEM pagos à alguns municípios mineradores de Minas Gerais em 2017
Figura 13: Valores de CFEM pagos à alguns municípios mineradores de Minas Gerais em 2017

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Unidades de Conservação

Cavidades Naturais

No Quadrilátero Ferrífero, cerca de 28% do território são áreas de altíssimo e alto potencial de formação de vazios. Para este estudo, o mapa de ocorrência potencial de cavidades foi modificado (Figura 21) para incluir cavidades naturais e sua área de influência de 250 m na técnica AHP. São poucas as áreas do Quadrilátero que, pela sua composição geológica e geomorfológica, não apresentam potencial para o desenvolvimento de cavidades naturais.

Pela técnica AHP atribuiu-se importância de 50,3% a locais com presença de cavidade (considerando um raio de 250 m) dada a sua importância, 26% a áreas com potencial de ocorrência muito alto, 13,4% a áreas com alto potencial de emergência, 6,8% para áreas com médio potencial de emergência e 3,5% para áreas com baixo potencial de emergência (Figura 22 e Anexo B). As regiões em que não havia dados sobre a presença de cárie ou seu potencial de ocorrência receberam peso zero.

Figura 20: Cavidades Naturais, por município do Quadrilátero Ferrífero
Figura 20: Cavidades Naturais, por município do Quadrilátero Ferrífero

Áreas de Preservação Permanente

Devido à baixa precisão das APPs de margem de vazão, elas receberam o menor peso no cálculo do AHP (5,8%). Os APPs Topo de Morro e Encosta receberam o mesmo peso (25%), pois seu processamento decorre de técnicas de conversão entre formatos raster que perdem precisão em baixas resoluções (elevação - declive). Os APPs de elevação receberam um peso maior (44,2%) devido à sua maior precisão em relação aos demais (Figura 24 e Anexo C).

Figura 23: Áreas de Preservação Permanente
Figura 23: Áreas de Preservação Permanente

Sítios arqueológicos

Zonas Urbanas

Áreas prioritárias para conservação da biodiversidade

Na técnica AHP, as áreas classificadas como extremas receberam o peso de 72,9% e as especiais o peso de 21,6% (Figura 30). Foi necessário dar peso às áreas consideradas não prioritárias para a conservação, uma vez que a técnica AHP não é aplicável quando existem apenas dois critérios/subcritérios a priorizar (neste caso n=2 e RI=0, é não é possível avaliar a consistência dos dados). As áreas prioritárias para preservação da biodiversidade são um critério importante, pois a implantação de projetos de mineração pode afetar negativamente essas áreas, já degradadas e que precisam, devido à importância biológica das espécies de fauna e flora que abrigam, preservar e preservar seu biodiversidade.

Figura 29: Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade
Figura 29: Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade

Barragens

A faixa de densidade de cada categoria e seu respectivo peso no AHP são apresentados na Tabela 5 (e no Anexo G). Os pesos foram atribuídos tendo em vista que quanto maior a densidade de barragens em uma bacia, mais ela é afetada pela mineração e mais sensível ela se torna.

Figura 32: Distribuição das barragens da mineração por bacia de drenagem
Figura 32: Distribuição das barragens da mineração por bacia de drenagem

Áreas críticas para o licenciamento de atividades minerárias

Mais de 2.000 sítios do Quadrilátero Ferrífero estão registrados no DNPM em alguma fase do processo de mineração. Pode-se dizer que 34% das áreas estão na fase de licença de pesquisa, 18% na concessão mineira, 11% no pedido mineiro e no pedido mineiro Garimpeira, 1% no pedido licenciamento e 26% no pedido pesquisa. Os 10% restantes referem-se a áreas classificadas pelo DNPM como: Disponibilidade, Licenciamento, Registro de aquisição e Pedido de registro de aquisição (Figura 35).

Como pode ser observado na Figura 36, ​​menos de 5% da área total do Quadrilátero Ferrífero (6.194 km²) está isenta de processos minerários registrados no DNPM. Apenas a região entre Ouro Branco e Mariana pode ser considerada mais sensível, as demais regiões estão localizadas em áreas menos críticas (Figura 34). Mas, como visto na Figura 36, ​​praticamente toda a extensão do Quadrilátero Ferrífero está em alguma fase do processo de lavra.

Figura 33: Priorização dos critérios considerados
Figura 33: Priorização dos critérios considerados

Comparação entre regiões contrastantes

A área 1, que possui menor índice de AHP (Figura 38), está localizada em uma região que não possui predominantemente unidades de conservação, mas praticamente 80% de seu território é composto por áreas de extrema ou especial prioridade para a biodiversidade. A área não possui vazios naturais mapeados, mas em sua maioria apresenta potencial médio para formação de vazios. A Área 1 possui apenas 7,6% das áreas urbanas e está localizada a uma distância de 6 a 11,9 km das áreas urbanas.

Existem algumas cavidades mapeadas neste local e mais de 50% delas têm um potencial muito alto de cavitação. Assim como a Área 1, a Área 2 está predominantemente na faixa de 6 a 11,9 km distante de áreas urbanas e em áreas com baixa incidência de sítios arqueológicos. Portanto, dependendo da localização dos empreendimentos, é de se esperar uma maior restrição no processo de licenciamento das atividades que serão desenvolvidas na área 2, que possui, por exemplo, um índice AHP maior que a área 1.

Figura 38: Comparação entre áreas contrastantes
Figura 38: Comparação entre áreas contrastantes

CONCLUSÕES

De maneira geral, o presente estudo possibilitou a geração de informações sobre as áreas potencialmente sensíveis do Quadrilátero Ferrífero do ponto de vista ambiental, evidenciando a necessidade de estudos mais aprofundados voltados para a realidade de cada ambiente durante a avaliação dos impactos ambientais. A metodologia utilizada é aplicável a todos os tipos de negócios, não apenas mineração, pois a necessidade de olhar para os fatores de localização é global.

Disponível em: . Disponível em: .

Disponível em: . Índice de Fatores Condicionais do ZEE para Mineração no Estado de Minas Gerais (s.d.) Disponível em: < http://www.zee.mg.gov.br/pdf/zonamento_e_cenarios_. Disponível em: .

Imagem

Figura 1: Participação das principais substâncias metálicas no valor da produção mineral  comercializada (2015)
Figura 2: Distribuição da produção de alguns bens minerais em Minas Gerais
Figura  3:  A  -  Total  de  municípios  mineradores  de  Minas  Gerais  em  2005.  B  -  Principais  municípios mineradores de Minas Gerais em 2005
Figura 5: Critérios iniciais para a composição do fator locacional em Minas Gerais
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Referências

Documentos relacionados

Será um estudo transversal e a coleta de dados será realizada a partir de abril de 2015 em Rio Grande através de questionários auto aplicáveis onde serão obtidas