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METODOLOGIA DE ENSINO DE LIBRAS – L1

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Academic year: 2023

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E mais do que isso: a língua de sinais é a língua por meio da qual as identidades surdas se constituem e a cultura surda se manifesta. Na unidade II – Alfabetização e ensino de língua de sinais, trabalharemos com o texto Alfabetização e ensino de língua de sinais, da Prof. Ronice Muller de Quadros, disponível na Webteca, e refletiremos sobre o ensino de língua de sinais e suas implicações para o ensino processo para a criança surda. Unidade III – Reflexão sobre a prática atual de ensino de LS abordará o atual contexto brasileiro de ensino de LIBRAS; a formação de professores de LIBRAS e sua prática pedagógica, abrangendo o trabalho com língua de sinais, escrita e leitura de sinais e estudos de gramática.

A Unidade IV – Construindo um objeto de ensino: a língua de sinais como área curricular traz uma reflexão sobre a pedagogia visual ou pedagogia da diferença como base para a composição de um currículo de LIBRAS para a Educação Básica. Na Unidade VI – Planejando o ensino da língua de sinais, conheceremos o planejamento e seus elementos e você terá a oportunidade de planejar e simular uma situação de ensino de LIBRAS na educação básica.

Qual o desafio de construir uma metodologia que se sustente em bases culturais e lingüísticas que estejam alinhadas com uma lógica visual?

Cada um de vocês pode ter inúmeras respostas para essa pergunta dependendo da sua experiência e conhecimento no assunto. Alguns de vocês ensinaram amigos, colegas, vizinhos, pais e isso se concretizou em conhecimentos, práticas discursivas realizadas em Libras que acumularam muito conhecimento. Muito desse conhecimento, que durante muito tempo se organizou à margem das instituições, e que acontecia nos espaços das associações, nas relações informais entre amigos, ainda permanece pouco transferível para os espaços acadêmicos, à medida que a luta dos movimentos surdos gradualmente transforma das relações de poder que envolvem também a abertura de espaços institucionais.

Os métodos são apenas técnicas?

Se observarmos como são produzidas as experiências lúdicas com a linguagem, perceberemos que a espontaneidade da criação textual presente nas associações de surdos apresenta uma determinada estrutura que é gerada culturalmente e representada por meio das narrativas surdas. Por outro lado, se analisarmos as experiências ocorridas em salas de escola onde havia a possibilidade de encontros surdos-surdos, há também um método que perspectiva um certo tipo de criação no que diz respeito a aspectos de linguagem visual, imagética, corporal de expressão e representações artísticas. É importante analisar como a produção de texto em língua de sinais é uma relação que envolve uma inter-relação dinâmica entre corpo, espaço e movimento.

Portanto, diferentemente de uma dinâmica presente nas línguas orais, a língua de sinais convive com o cênico como elemento de atribuição de significados. Portanto, o ambiente ou espaço físico não é apenas um componente ou detalhe, é um elemento crucial para a produção de significados.

Alfabetização e o ensino de língua de sinais

Em busca de uma pedagogia visual ou uma pedagogia da diferença

Nesta unidade focaremos nos estudos relacionados à pedagogia visual ou pedagogia da diferença, no sentido que lhe é dado pelos pesquisadores surdos, com o objetivo de contribuir para a construção de um currículo de LIBRAS que atenda às expectativas das pessoas surdas sobre sua própria língua e sua situação educacional. processo. Assumir que uma pedagogia visual ou uma pedagogia da diferença representa a possibilidade real de abordar a prática pedagógica e o processo de ensino-aprendizagem a partir de uma perspectiva surda ou de uma concepção surda de educação. Para os estudiosos surdos, a pedagogia da diferença propõe diferentes leituras da surdez e dos surdos com base nas diferenças culturais.

Ao reformular a surdez como marca cultural e não como patologia, a pedagogia da diferença exige uma atitude pedagógica que assuma o seu papel libertador e transformador e que veja o surdo como uma pessoa completa (RANGEL e STUMPF, 2004). Na pedagogia da diferença há diferença cultural e diferença linguística e não uma relação entre domínio e supremacia de um grupo sobre outro. Portanto, o currículo também deve ser diferente; portanto, uma pedagogia visual, ou como chamam os pesquisadores e pesquisadores surdos, pedagogia surda.

Gladis Perlin (2004, p.81), pesquisadora e educadora surda, afirma que “não se trata de uma pedagogia pronta, mas de uma pedagogia histórica que pressupõe o modo surdo de ensinar. Para saber mais sobre Pedagogia Visual, leia Pedagogia Visual/Sinais na Educação de Surdos, de Ana Regina e Souza Campello, no livro Estudos Surdos II, disponível no site www.editora-arara-azul.com.br. Ver também o texto Pedagogia do Surdo, de Shirley Vilhalva no site http://www.editora-arara-azul.com.br/pdf/artigo8.pdf.

O currículo de LIBRAS na educação básica: definindo programas e objetivos

Essas experiências devem ser socializadas para que seja possível desenvolver propostas e programas mais adequados ao ensino de LIBRAS. A proposta de plano de estudos para o ensino de LIBRAS deverá estar refletida no Projeto Político-Pedagógico da instituição de ensino. Isso significa que a língua de sinais não pode ser um assunto isolado do contexto em que é utilizada, pois faz parte do conhecimento que é trabalhado nas escolas.

Sendo língua de instrução nas escolas de surdos e para turmas de surdos em escolas inclusivas, a língua de sinais deve ter caráter interdisciplinar e ser um compromisso com todas as áreas do conhecimento, embora sua sistematização ocorra na disciplina LIBRAS. Quando o ensino da LIBRAS estiver sistematizado, o professor organizará um programa de aprendizagem da língua de sinais levando em consideração o objetivo principal do ensino da língua de sinais como língua materna, que é desenvolver a competência comunicativa dos alunos surdos. A sistematização do ensino de LIBRAS significa, portanto, a organização de um programa de ensino de acordo com o referido objetivo e a proposta de conteúdos, estratégias e métodos de ensino para atingir esse objetivo, a seleção de materiais e recursos didáticos que facilitem a aprendizagem dos alunos surdos. e a escolha de métodos de avaliação de critérios adequados. aos detalhes da linguagem.

Portanto, o currículo e os programas educacionais em LIBRAS devem ser flexíveis, abertos e continuamente reavaliados. Nível Básico – inclui a educação voltada para alunos surdos que possuem pouco ou nenhum conhecimento de LIBRAS e da cultura surda. Nível intermediário – inclui a educação voltada para alunos surdos que, independentemente da idade, têm contato com a comunidade surda, fazem amplo uso da língua de sinais e dominam estruturas simples da língua.

Nível avançado – envolve o ensino direcionado aos alunos surdos que fazem uso mais extenso da língua de sinais e que a compreendem como objeto de conhecimento e produto cultural. Para ter uma ideia do que é uma proposta curricular para o ensino da língua gestual, consulte os materiais didáticos da LS produzidos em Espanha. A proposta curricular para o ensino da Língua Gestual Espanhola foi elaborada pela Fundação Nacional para Surdos de Espanha.

Ensinando LIBRAS

Como explorar a língua de sinais?

  • O trabalho com a língua sinalizada
  • O processo de leitura e escrita de sinais
  • O processo de análise lingüística ou estudo da gramática
  • O registro
  • A AULA DE LIBRAS-L1

A “língua de sinais” – ou língua de sinais – é um dos conteúdos mais importantes do ensino da língua de sinais como primeira língua, uma vez que muitos alunos surdos chegam à idade escolar com pouco conhecimento de LIBRAS, conhecem alguns sinais, mas têm dificuldade em expressar seus significados. e ideias. Trabalhar com a língua de sinais se define pelo desenvolvimento de duas habilidades: expressar-se em sinais e compreender sinais. A capacidade de se expressar por meio de sinais envolve o ato de “sinalizar” para outras pessoas na esfera privada ou pública.

Expressar-se em signos significa, portanto, produzir textos em signos de forma coerente e autônoma, tanto em linguagem formal quanto informal. Ao trabalhar com língua de sinais é necessário criar situações variadas e motivadoras para desenvolver textos em sinais, focando nas interações, no diálogo, na conversa, no pensamento em LIBRAS e na expressão de suas ideias e opiniões em sinais. No processo de ensino da leitura e escrita de sinais, um dos aspectos mais importantes da cultura surda que deve ser preservado e incentivado na escola é a contação de histórias em sinais.

Um dos objetivos da exploração de textos sinalizados ou escritos em caracteres é desenvolver a compreensão da leitura. É necessário produzir e registrar textos em sinais sobre assuntos de seu interesse e incentivá-los a serem “autores” de textos em sinais ou escritos em sinais, respeitando seu nível de habilidade em LIBRAS. Nesse sentido, a análise das produções sígnicas dos próprios alunos é um recurso importante para a reflexão sobre a linguagem.

Esta é a primeira e talvez a mais importante estratégia didática para a prática da leitura: trabalhar com a diversidade textual” (PCN Língua Portuguesa, 1997) e acrescentamos, também para a produção de textos sinalizados, escritos em sinais e também para a análise linguística. Como expor os alunos surdos a uma diversidade de gêneros textuais em sinais se há tão pouco material disponível. São exemplos de textos em placas que circulam entre os surdos, na comunidade surda e nas escolas para surdos.

Ao criar um texto escrito em caracteres, devemos levar em consideração os gêneros que melhor se adequam aos objetivos do texto. A literatura sobre as placas pode ser impressa em papel ou filme.

VIDEOCONFERÊNCIA

VIDEO CONFERÊNCIA sobre Planejamento

Saiba mais

Os quatro modelos são formas de organizar o tempo das aulas e adaptar a prática docente aos objetivos de aprendizagem. Nos casos a seguir, fica claro a escolha de uma ou outra fonte dependendo do tema. Inclui a criação de um produto – um livro, uma maquete, um seminário, um robô, uma campanha, etc.

Um tema é mais específico que um tema de projeto e é explorado em atividades sucessivas e cada vez mais complexas. É motivado por um acontecimento inesperado – um facto divulgado nos meios de comunicação ou informações que você ou os seus alunos adquiriram e trouxeram para a sala de aula no calor do momento.

Pesquisando sobre a LIBRAS

PESQUISA – O ensino da Língua de Sinais na história dos surdos

No entanto, existiram e desempenharam um papel muito importante no período que antecedeu o Congresso de Milão em 1880. Você pode pesquisar os primeiros professores surdos conhecidos e resumir sua vida e trabalho como professor, buscando informações sobre o ensino da língua de sinais. Pergunte às escolas e associações de surdos da sua região sobre professores de língua de sinais para surdos.

Outra opção é realizar uma exposição num espaço público local, por exemplo Assembleia Legislativa, Câmara Municipal, Sala do Museu e clubes. Dependendo da quantidade e tipo de material que você conseguir descobrir, poderá realizar uma exposição de objetos, fotos, vídeos e publicá-los em espaços públicos. Também é possível editar em livro o material coletado em todos os centros, registrando os primeiros educadores surdos de nosso país.

Lembre-se: o registro dessas atividades faz parte do acervo histórico da comunidade surda da sua região e do Brasil. Compartilhar essas histórias e experiências é muito importante como forma de salvar e preservar a história da comunidade surda brasileira. Faça um jogo de memória ou dominó em sinais para usar com jovens estudantes surdos;

Compor uma peça teatral em língua de sinais para apresentar nas aulas dos alunos mais novos (contos de fadas, lendas brasileiras, histórias contadas por surdos, etc.);

Referências

Documentos relacionados

Para atingir os resultados esperados, foram seguidos alguns objetivos, dentre os quais, destacamos: desenvolver um curso de espanhol instrumental para alunos do ensino médio técnico do