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Modelagem matemática na educação de jovens e adultos

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Academic year: 2023

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Neste trabalho procuramos mostrar que a Modelagem Matemática é uma metodologia de ensino e aprendizagem recomendada para a abordagem de conteúdos matemáticos a serem desenvolvidos nas aulas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), por ser uma opção pedagógica que permite problemas de cotidiano nas atividades desenvolvidas, bem como aproveitar suas experiências fora da sala de aula, utilizando seus conhecimentos no processo de construção do conhecimento. No desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem dos alunos da Educação de Jovens e Adultos1 (conhecida pela sigla EJA) é de fundamental importância levar em consideração as experiências e relações que esses jovens e adultos adquiriram no seu cotidiano. Segundo Fonseca (2002, p.41), a Educação de Jovens e Adultos deve ser vista como “uma ação pedagógica dirigida a um público específico que também é definido pela sua faixa etária, mas principalmente por uma identidade delimitada por características de exclusão sociocultural”.

As demandas e contribuições do ensino de matemática na educação de jovens e adultos são discutidas por Fonseca (2002) e analisa a configuração de papéis dos projetos pedagógicos voltados para esse público. 1O termo educação de jovens e adultos começou a ser utilizado em documentos oficiais a partir da fundação da Fundação Educar, que substituiu o Mobral em 1985. A vontade de desenvolver trabalho nas turmas de educação de jovens e adultos surgiu por realizar estágio em uma escola que oferece isso. um método de ensino onde pudemos perceber o interesse e a determinação com que os alunos embarcaram nos estudos para recuperar o tempo perdido.

Desta forma, pretendemos investigar como a Modelagem Matemática pode contribuir para uma aprendizagem mais significativa e melhorar o desempenho acadêmico dos alunos da Educação de Jovens e Adultos, ao assumir o papel de agente facilitador da aprendizagem dos alunos desta modalidade de ensino.

BREVE HISTÓRICO DA EJA

No ano seguinte criaram a Lei Orgânica do Ensino Básico, que logo depois passou a incluir o Serviço de Educação de Adultos no Departamento Nacional dessa Educação, permitindo o acesso de jovens com 13 anos ou mais ao Curso Básico Complementar. Contudo, só então as iniciativas dos estados relativas ao desenvolvimento da educação de jovens e adultos venceram. A campanha pela educação de adultos e adolescentes começou com o primeiro Congresso de Educação de Adultos do Brasil, ocorrido em 1947, juntamente com campanhas para erradicar o analfabetismo no país2.

Em 1949, de 16 a 25 de junho para ser exato, a 1ª Conferência Internacional sobre Educação de Adultos foi realizada em Elsinore, na Dinamarca, com a participação de 33 países, a maioria europeus, e 79 representantes. Nesta conferência foi dada prioridade à educação de adultos nos países desenvolvidos, que enfrentavam dificuldades devido ao pessimismo criado pelo pós-guerra. Portanto, com a chegada da nova república ao Brasil e com o decreto n. 91.980 O Mobral substituiu a Fundação Educar numa ruptura com a política de educação de jovens e adultos desenvolvida durante o período militar (ROMÃO, 2006, p. 40).

A IV Conferência Internacional sobre Educação de Adultos foi realizada em Paris, França, em 1985. Concluíram que, apesar dos esforços das últimas quatro conferências sobre educação de adultos para acabar com o analfabetismo, precisavam de um maior compromisso, e por isso promoveram a Conferência Mundial sobre Educação para Todos. (ROMÃO, 2006, p.34 e p.40). Nele, a delegação brasileira apresentou sua proposta de conversão da dívida externa em fundos para a educação de jovens e adultos.

No âmbito da convocatória para a Conferência Nacional de Educação para Todos, diversas ações organizadas sob a forma de seminários e simpósios culminaram na criação da Comissão Nacional de Educação de Jovens e Adultos. A Quinta Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (Confintea V), realizada em Julho de 1997 em Hamburgo, contou com a participação de mais de 150 países e reuniu mais de 2.000 educadores de todo o mundo. 4.°) Se a formação e a formação profissional foram o foco dominante dos programas de educação de jovens e adultos, no novo século as formações sociais que querem apresentar-se de forma oportuna e.

MODELAGEM MATEMÁTICA NA EJA

Portanto, é necessário pensar em uma estratégia de ensino e aprendizagem em que situações de aprendizagem que mostrem experiências concretas e diversas do cotidiano social e cultural dos alunos possam ser integradas ao ambiente escolar. Esta procura de sentido na matemática ensinada e aprendida nas escolas baseia-se nas ideias de Fonseca (2002, p. 75) quando diz que “a procura de sentido no ensino e na aprendizagem da matemática será, portanto, uma procura de aceder, reconstruir, fazer robustos, mas também os significados flexíveis da matemática que é ensinada e aprendida.” Nesse sentido, a visão da matemática é um conjunto de conhecimentos que busca estabelecer uma conexão com a realidade, na medida em que se torna um modelo para compreender e ajudar na a transformação e o progresso da realidade.

Uma forma de trabalhar a matemática como ferramenta de compreensão de outras áreas do conhecimento é a modelagem matemática, que, segundo Biembengut (2002, p. 13), “é a arte de projetar, resolver e produzir expressões que não sejam apenas válidas. para uma solução específica, mas posteriormente também serve de suporte para outras aplicações e teorias. Segundo o mesmo autor, o objetivo da modelagem matemática é: “abordar outra área do conhecimento matemático; Conforme descrito no parágrafo anterior, concordamos com Fonseca (2002) que a modelagem matemática é uma metodologia recomendada para o ensino e aprendizagem de matemática na EJA, tendo em vista que a ênfase está em atividades relacionadas aos problemas cotidianos do aluno, levando a um trabalho interdisciplinar. , buscando estabelecer uma relação entre o que foi aprendido na escola e problemas reais do cotidiano.

A utilização da modelagem matemática como alternativa metodológica na EJA “favorece uma atitude um pouco mais autônoma para definir a programação a ser cumprida [...]” (Fonseca, 2002, p.78). Quando a escola privilegia o ensino da matemática por meio da modelagem, torna-o “[..] mais significativo para quem aprende, à medida que passa da vida real dos alunos para níveis mais formais e abstratos” (Monteiro apud Fonseca, 2002), pág. 77). A partir desse conhecimento, a escola deve organizar as situações de ensino e aprendizagem de matemática, pois o envolvimento do aluno ocorre através do seu interesse em resolver tais situações que surgem da sua realidade.

O desenvolvimento e a sistematização das teorias matemáticas e a sua representação como algo pronto e acabado influenciaram o seu ensino nas escolas, de modo que foi separado da realidade e até do processo histórico de construção da matemática (Bassanezi, 2002, pp. 35-36). , que apresenta a matemática ao aluno como um conjunto de teorias seguidas de exemplos e exercícios, omitindo a motivação inicial para a geração de ideias matemáticas. Buscamos constantemente tornar o ensino e a aprendizagem da matemática mais significativos na educação de jovens e adultos. Utilizando a modelagem matemática como metodologia de ensino e aprendizagem, a escola tentará avaliar o conhecimento e a experiência do aluno no processo.

RELATO DA PESQUISA

Também foi informado que os alunos estavam sendo avaliados, o que dificultaria a ampliação da pesquisa. Para desenvolver uma atividade utilizando modelagem matemática como metodologia de ensino e aprendizagem, seria necessário escolher um tema ou sugerir que os alunos o escolhessem, mas a escolha do tema pelos alunos pode ser inadequada em relação ao conteúdo programático, ou mesmo. Ao prepararmos as atividades, procuramos estar atentos a questões que fizessem os alunos pensar, comparar, observar e perceber que a matemática está presente nas situações cotidianas.

O objetivo desta questão era que os alunos calculassem o preço por minuto cobrado por cada operadora para comparar e escolher aquela que oferece o melhor preço. Com base na resposta do aluno, os pesquisadores explicaram que para escolher a melhor operadora era necessário saber o custo por minuto de cada operadora e depois compará-los. O objetivo desta questão era que eles calculassem o valor da cobrança por minuto para cada plano Pós-pago, comparassem com o valor da cobrança por minuto do Pré-pago e concluíssem isso para cada valor adicional de pré-pago. plano, sempre há mais pagamento do que no plano Pós.

Ela multiplicou o valor da cobrança de um minuto para qualquer valor de recarga do plano Pré-pago pelos minutos dos planos Pós-pago e concluiu que pagaria mais no plano Pré-pago do que no Pós-pago pelo mesmo plano de minutos. Que a tarifa de um minuto de cada plano corresponda à calculada na pergunta anterior. Para resolver esta atividade os alunos utilizaram a proporcionalidade, embora este termo não tenha sido mencionado por eles, foi possível observar que esta ideia estava presente na justificativa como: “Escolhi o plano 120 porque os minutos dobraram, o torpedo dobrou, o o pacote de viagem dobrou, mas o preço não dobrou”, ao comparar os planos de 60 e 120 minutos.

A professora da turma relatou que os alunos gostaram da atividade e comentou que nunca haviam feito tal comparação entre operadoras de telefonia e seus planos. Após a atividade, os alunos disseram que irão reavaliar suas escolhas e verificar qual operadora, com seus respectivos planos, apresentará uma vantagem significativa em termos de economia que receberão, inclusive com a intenção de orientar a escolha das pessoas com quem conversam muitas vezes. o celular. Portanto, com o objetivo de verificar se a Modelagem Matemática, enquanto metodologia de ensino e aprendizagem, pode levar os alunos a problematizar e investigar uma situação real, facilitando assim a compreensão do conteúdo ministrado, desenvolvemos e aplicamos uma atividade com três questões sobre taxas. de móbiles que tratam do conteúdo matemático de proporção para alunos da etapa VII da EJA.

Com base nas observações e conclusões obtidas nesta pesquisa, que propôs a utilização da modelagem matemática como forma de compreensão de conteúdos matemáticos, propomos, como continuação deste trabalho, a criação de uma proposta de atividades com modelagem matemática como metodologia. apresentar o conteúdo matemático que deve ser visto nas aulas de EJA. Ao apresentar conteúdos matemáticos para serem vistos, utilizando a modelagem como metodologia de ensino e aprendizagem, os alunos terão a oportunidade de desenvolver conteúdos matemáticos por meio do envolvimento em três etapas de desenvolvimento da atividade.

Figura 1: Questão1
Figura 1: Questão1

ANEXOS

Esta entrevista faz parte de uma pesquisa sobre o ensino da matemática nas turmas da Educação de Jovens e Adultos, com o objetivo de elaboração da Dissertação Final do Diploma em Matemática do Cefet-Campos. O conteúdo apresentado nas aulas de matemática está muito distante do nosso dia a dia. e) Aprender matemática seria mais fácil se durante as aulas fossem apresentadas situações de aplicação no dia a dia. f) A utilização de jogos e materiais concretos pode facilitar a aprendizagem matemática. g) Outros. Os dados apresentados nos problemas seguintes são verdadeiros e foram retirados de folhetos fornecidos pelos operadores em Abril de 2007.

SEXO

IDADE

15 anos 16 anos

17 anos

18 anos

19 anos

20 anos 21 anos

23 anos25 anos

31 anos 32 anos

35 anos 43 anos

57 anos

PROFISSÃO

Imagem

Figura 1: Questão1
Figura 3: questão 2.
Figura 4: resolução da dupla 1 para a questão 2.
Figura 5: resolução da dupla 2 para a questão 2.
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Referências

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Para isto, será apresentada uma proposta de trabalho com as tecnologias digitais, para suscitar a discussão sobre a necessidade de uma Educação Matemática com Jovens e Adultos,