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Academic year: 2023

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XXXI Congresso de Iniciação Científica

O discurso de outrem em práticas letradas acadêmicas

Guilherme Mendes Torres, Orientadora: Profa. Dra. Fabiana Komesu, Câmpus de São José do Rio Preto, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Humanas (IBILCE), Curso de Licenciatura em Letras, gmtorres2205@gmail.com, Bolsista CNPq (Projeto Universal)

Palavras-chave: letramentos acadêmicos; artigo científico; discurso.

Introdução

Ø Pesquisa realizada no âmbito do Projeto

“Escrita acadêmica/escrita científica: das formas de presença do autor, do outro, das áreas de conhecimento e seus domínios disciplinares”

(Projeto Universal MCTIC/CNPq 2018, processo 434902/2018-7, líder: Profa. Dra. Juliana Alves Assis, PUC Minas, Belo Horizonte-MG).

Ø “Conflito” decorrente da necessidade acadêmica de o autor do artigo científico ter de se mostrar no processo de produção textual, em meio a demais vozes (de poder e autoridade) que constituem os discursos científicos.

Ø Pergunta: como manter autonomia científica e, ao mesmo tempo, assimilar a palavra de outrem nesse processo?

Objetivo

Com base em pressupostos Novos Estudos de Letramento, de maneira particularizada, dos estudos de letramentos acadêmicos, investigar modos de referenciação ao discurso de outrem em artigos científicos. De maneira específica, busca-se descrever e avaliar práticas letradas privilegiadas por especialistas, no processo de produção textual.

Material e Métodos

Ø Conjunto do material: 01 artigo científico da área de estudos linguísticos, publicado em periódico de alto impacto (índice h5 index: 8; índice h5 medium: 11, Google Scholar, 2019), indexado no Scielo;

Ø Critérios de análise: evocação e discurso relatado, segundo Boch e Grossmann (2002; 2015).

Fonte: Boch e Grossmann, 2002

Resultados e Discussão

O fenômeno da reformulação:

Excerto 1

“Se deixarmos de lado a primeira leitura de Bakhtin realizada por Kristeva durante o final da década de 60, época em que recrudesce o problema conceitual do autor na França (Barthes, A morte do autor, 1968 e Foucault, Que é um autor? 1969) […]”

Excerto 2

“Mas, paradoxalmente, sucede que, no pensamento de Bakhtin, a questão do autor na obra é objeto de numerosas abordagens teóricas: autor como personagem, como ideólogo da arquitetônica, como voz mascarada, como ouvido polifônico, como interlocutor no diálogo cronotópico.”

Ø Reformulação é recurso amplamente utilizado por especialistas: o discurso do outrem é integrado ao discurso de quem escreve e não tem autonomia enunciativa, colocando em destaque a palavra do autor do artigo científico.

Conclusões

Ø Segundo Boch e Grossmann (2002, p.102),

“a preferência que os especialistas têm pela reformulação pode ser explicada de duas formas.

Em primeiro lugar, a reformulação é mais econômica e permite que não se perca o fio da análise. Em segundo lugar, ela facilita o controle do gerenciamento enunciativo (a citação introduz obrigatoriamente a heterogeneidade nesse plano).”

Ø Além disso, o pesquisador especialista tem domínio da modalidade científica e sabe o que é preciso citar. Apresenta, assim, maior flexibilidade em relação ao gênero científico (numa comparação com a “rigidez” da citação direta, comumente empregada por pesquisadores principiantes).

Agradecimentos

Ao CNPq, pelo financiamento.

___________________

BOCH, F.; GROSSMANN, F. Referir-se ao discurso do outro: alguns elementos de comparação entre especialistas e principiantes. Trad.:

Maria de Lourdes Meirelles Matencio. Scripta, Belo Horizonte, v.6, n.11, p.97-108, 2002.

BOCH, F.; GROSSMANN, F. Sobre o uso de citações no discurso teórico: de constatações a proposições didáticas. In: RINCK, F.; BOCH, F.; ASSIS, J. (Org.). Letramento e formação universitária: formar para a escrita e pela escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2015. p. 283- 307.

Referências

Documentos relacionados

A partir de Antônio Francisco Lisboa, autor de uma obra reconhecida como um patri- mônio cultural, e tendo ainda em questão as experiências da pintura do Grão