SANTOS, Neuza Souza. Tornar-se Negro. Rio de Janeiro: Edições Graal LTDA, 1983
XXXI Congresso de Iniciação Científica da UNESP
andré giglio balthazar
universidade estadual paulista “júlio de mesquita filho”
Ao olharmos para a Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, as mentalidades dos alunos negros sofrem o impacto de um ritmo social e a de desempenho, juntamente com o fardo posto sobre os negros de carregar tradições estigmatizantes. De forma imperceptível, faz com que o aluno negro reprima suas emoções e afetividade o qual culmina nas patologias mentais, evasão do curso e casos que houveram tentativa de suicídio. E tudo isto em decorrência de um projeto estruturado durante séculos que não atinge mais e somente o corpo, mas a psique.
O projeto transparece os efeitos do racismo na saúde mental de, não apenas dos estudantes negros da FCLAR, mas da
população negra em si, apresentando os processos destes impactos. Para tanto, a pesquisa demanda um trabalho
minuncioso o qual se encaminha gradativamente para englobar todos os pontos desta problemática.
Introdução Resultados
Objetivos
Discussão
Material e Métodos Conclusões
Financiamento Bibliografia
psique e negritude: os impactos do racism na saúde mental dos estudantes negros dentro da FCLAR
Tem como objetivo sensibilizar os indivíduos negros acerca das implicações sociais e mentais que a prática racista produz na população negra no que tange a sua emomcionalidade, afetividade e sociabilidade.
A partir de um método que se debruça nas trajetórias dos estudantes negros da universidade, disponibilizei-me dos depoimentos destes sujeitos por meio de entrevistas em que relatavam experiências relacionadas a sua identidade e ao racismo antes e durante a vivência na FCLAr.
O presente trabalho nos mostra que os efeitos do discurso e prática racista se faz a todo o momento como uma violência não só física, mas também mental, implicando em auto coerções destes indivíduos, bem como modificações em suas emocionalidades, afetividades e sociabilidades o que a um longo prazo tem a possibilidade de se manifestar numa patologia mental ou em último caso, no suicídio do indivíduo negro
Este projeto não possui financiamento de nenhuma instituição.
Temos que os dilemas da negritude e do tornar-se negro¹ em nossa sociedade vão para além da cor da pele, mas traduzem uma história de vida na qual está presente o reconhecimento de sua identidade e a desconstrução, para si, dos processos de estigmatização que exercem pressão sobre sua psicologia.