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PEDAGOGIA E DIVERSIDADE CULTURAL - (www.pgcl.uenf.br).

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Academic year: 2023

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Portanto, torna-se importante verificar como a diversidade cultural tem sido abordada nos cursos de licenciatura, levando em consideração as demandas da sociedade, do contexto escolar e acadêmico dos tempos modernos. A partir do exposto, faz-se necessário analisar como a diversidade cultural foi tratada no ambiente educacional dos pedagogos, a partir dos currículos das disciplinas que compõem a disciplina de pedagogia e das conversas com os coordenadores de curso, levando em consideração a exigência moderna de formar profissionais capazes de trabalhar numa sociedade multicultural.

DIVERSIDADE CULTURAL E EDUCAÇÃO NO BRASIL

  • O que é Cultura?
  • Diversidade Cultural: Marcos Legais e Documentos Internacionais
  • Diversidade Cultural e Educação
  • Multiculturalismo como política educacional

Nas últimas décadas, as discussões sobre a diversidade cultural intensificaram-se nacional e internacionalmente. Desta forma, fica claro que leis, decretos e documentos internacionais por si só não são suficientes para garantir a valorização da diversidade cultural.

FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS NO BRASIL: DESAFIOS E

  • O curso de pedagogia no Brasil 1939-1970
  • Trajetória das Diretrizes Educacionais 1996-2015
  • A formação do Pedagogo: entraves e desafios
  • Reconhecendo a Diversidade Cultural como mecanismo enriquecedor para

O curso de pedagogia foi originalmente estruturado como bacharelado e teve duração de três anos. Em seguida, o curso de pedagogia foi submetido a nova regulamentação com a lei nº. 5.540, de 28 de novembro de 1968, que instituiu a Reforma Universitária (BRASIL, 1968). Porém, com a organização do movimento dos profissionais da educação em torno da formação de professores, a estrutura do curso de pedagogia permaneceu inalterada de 1969 a 1996, vigorando o Parecer 252/69 nesse período.

Para superar esse problema e reestruturar o curso de pedagogia, a Resolução CNE/KP nº. 1º, de 2002, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, licenciatura plena. O referido documento (BRASIL, 2006), altera o foco do curso de bacharelado para a licenciatura, e enfatiza a docência como base da formação deste profissional, deixando claro que o objetivo principal do curso de pedagogia é a formação de professores para primeiros anos do ensino básico. Nesse sentido, é necessário que o curso de pedagogia seja concebido pelo Conselho Nacional de Educação de forma que levem em conta as suas especificidades (que não são encontradas em outros cursos de licenciatura) durante o desenvolvimento de diretrizes para a formação de pedagogos.

ANÁLISE DOS DADOS

Metodologia

  • Meu lugar de fala
  • Caminhos percorridos

Para a escolha do tema desta pesquisa, foram consideradas as recentes alterações e adequações impostas aos cursos de graduação, por meio da Resolução CNE/CP nº 02 de 2015, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, formação pedagógica cursos, cursos de pós-graduação e cursos de segunda graduação) e para educação continuada. Nesta perspetiva, face à necessidade de uma formação que considere e promova o respeito pela diversidade cultural, procurámos avaliar de que forma as instituições de ensino superior se adaptaram a esta procura de mudanças, como tanto a nova orientação que abrange todos os cursos de licenciatura nos termos da Resolução A CNE/CP 01/2006, que estabelece diretrizes exclusivas para os cursos de pedagogia, inclui em seus textos normativos que o graduando em pedagogia deve ser capaz de lidar com a diversidade que encontra no mundo da educação. Ressalta-se que este estudo teve como objetivo investigar como a diversidade cultural tem sido tratada nos cursos de Pedagogia, levando em consideração as demandas da sociedade, do contexto escolar e acadêmico na contemporaneidade.

Além disso, esta pesquisa confirmou a variabilidade do curso de pedagogia desde a sua criação e a falta de uma identidade profissional consistente, fato que causa desconforto e incerteza quanto à formação do pedagogo. As preocupações levantadas neste trabalho levaram à decisão de realizar entrevistas com a coordenação dos cursos presenciais de pedagogia de Campos dos Goytacazes-RJ. Além disso, o confronto entre diferentes pontos de vista, tanto individuais (coordenador/pessoa) quanto institucionais, poderá possibilitar uma maior compreensão do tratamento dado à diversidade nos cursos de pedagogia.

Formação Acadêmica das Coordenadoras

Assim, percebe-se a importância da formação inicial em pedagogia e da formação continuada nesta área para construir uma coordenação ativa e que compreenda as necessidades do curso de Pedagogia.

O relacionamento das coordenadoras com a educação

Não há como pensar o ensino superior, neste caso específico a formação de professores, sem considerar suas influências na fundamentação da educação, pois forma profissionais para atuarem no ensino fundamental. Portanto, é fundamental formar profissionais qualificados não só para atuar, mas também para transformar a realidade do seu ambiente de trabalho, contribuindo assim para a melhoria da qualidade do ensino. Nesta perspectiva, a adaptação do ensino superior é essencial para um ensino primário de qualidade. Portanto, mudar o básico é o princípio para um futuro mais promissor, pois são esses alunos do ensino fundamental que um dia ingressarão no ensino superior.

Portanto, é fundamental que os coordenadores tenham experiência com a educação básica, pois só assim conseguirão compreender as necessidades latentes dessa modalidade de ensino. Portanto, se o objetivo da educação é formar sujeitos capazes de mudar o status quo em busca de uma sociedade mais justa e democrática, a escola não pode ser pensada sem levar em conta a qualificação de educadores especialistas - especialistas formados para trabalhar a partir de gestão para as salas de aula.

Os cursos de pedagogia e as Diretrizes Curriculares Nacionais

Em termos de tempo de coordenação do curso, apenas o Coordenador B (Instituição 2 – Sem fins lucrativos) tem menos de um ano. Portanto, considerando que de acordo com a nova Resolução (BRASIL, 2015) os cursos tiveram um prazo de dois anos para se adaptarem às mudanças exigidas, procuramos saber se os cursos de pedagogia estão de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais e se já fez as alterações necessárias. Os coordenadores também foram questionados se consideravam tais mudanças relevantes para a formação dos estudantes de pedagogia.

Quando questionados se os cursos estavam de acordo com a Resolução CNE/CP nº. 01 de 2006 e Resolução CNE/CP nº. 02 de 2015, se houve adequações nos cursos e se consideram essas mudanças importantes para a formação dos educadores, todas as respostas foram positivas. As falas dos coordenadores revelam questões importantes sobre os processos de adequação das disciplinas pedagógicas às exigências que valem para os diplomas. O Coordenador A (Instituição 1 – Privada) aponta a mudança no PPC em 2016 em função do cumprimento das exigências do Ministério da Educação e das novas diretrizes decorrentes.

A Diversidade Cultural nos Cursos de Pedagogia

Nessa perspectiva, antes de conhecer a relação entre os cursos de pedagogia e a diversidade cultural, tornou-se relevante compreender o que os coordenadores entendem por diversidade cultural. A gente até tem uma disciplina aqui, uma das nossas práticas que fala sobre multiculturalismo, lá a gente discute a questão da diversidade no currículo e eu acho que é isso, que essa diversidade cultural permite que a gente veja a nossa própria cultura, o respeito aos outros, entender a grande manta de retalhos que é a vida [...] Mesmo que a gente discuta isso dentro da escola, ela deve estar presente nas primeiras séries das escolas, para que as crianças cresçam com compreensão e respeito pelos outros, não é verdade? Pelas falas acima, fica claro que os três entendem o tema da diversidade cultural e acreditam que ela está presente. em nossas vidas, além de ser necessário respeitar os outros e os diferentes para manter o princípio da harmonia social.

É muito importante e foi o que eu disse. Acho que essa diversidade cultural precisa ser trabalhada, porque o respeito começa aí, quando reconheço a diferença que o outro tem. (coordenador A). A fala dos coordenadores mostra que eles acreditam na importância da diversidade cultural para a profissão de pedagogia. A perspectiva acima defendida por Giroux (2003) complementa significativamente o discurso do Coordenador A (Instituição 1 – Privada), que defende a utilização de textos na construção do conhecimento sobre as diferenças e no processo de reconhecimento da diversidade cultural como uma característica inerente à sociedade . homem.

Diversidade Cultural no Currículo: é possível ser um tema transversal?

Cada tabela será analisada separadamente para determinar se o tema trabalha com a diversidade cultural como eixo transversal. Contudo, fica evidente que a diversidade cultural não permeia todas as disciplinas do curso, tornando-a transversal em apenas 17 (dezessete) das 63 (sessenta e três) disciplinas oferecidas pela instituição. Isso significa que apenas cerca de 27% (vinte e sete) das disciplinas oferecem discussões sobre diversidade cultural.

A partir da análise realizada foi possível constatar que a diversidade cultural também não abrange 100% (cem por cento) das disciplinas do curso de pedagogia. Pelas respostas acima, percebe-se que todas elas evidenciam dificuldades diferentes, porém, são importantes para uma reflexão sobre a atitude do profissional da educação em relação à diversidade cultural. Então você verá que, realmente entendendo o valor deste trabalho com a diversidade cultural, acho que muito poucas pessoas o fazem." (Coordenador B).

Tabela 2 – Instituição 1 (Privada)  Disciplina
Tabela 2 – Instituição 1 (Privada) Disciplina

Combinações necessárias para uma formação multicultural

Nesse sentido, entende-se que para alcançar transformações significativas em busca do respeito à diversidade cultural e da construção de novas mentalidades individuais e coletivas, o primeiro passo é contar com uma equipe comprometida, pois tais transformações dependem das práticas educativas adotadas. em instituições de ensino. Atualmente, o Brasil conta com leis e secretarias criadas pelo governo federal que visam promover a igualdade e o respeito à diversidade no sistema educacional (Lei Brasileira de Inclusão, Diretrizes Curriculares Nacionais, Parâmetros Curriculares Nacionais, Lei de Diretrizes e Fundamentos da Educação Nacional, Lei nº 11.645 , de 10 de março de 2008 - História e cultura afro-brasileira e indígena, etc.). Portanto, os profissionais da educação devem continuar mobilizados para enfrentar o desafio diário de perpetuar o respeito pela diversidade cultural nos ambientes de aprendizagem.

Vale ressaltar que ao tratar da pedagogia como curso de estudos no ensino superior, torna-se impossível não pensar no ensino fundamental, uma vez que os profissionais que ali estudam estão preparados para atuar na base da educação. Espera-se também que a diversidade cultural não se limite a disciplinas específicas, mas seja uma proposta transversal a todo o processo de formação do futuro pedagogo. Contudo, fica claro que ainda há um longo caminho a percorrer para a adoção do multiculturalismo como política educacional, dado o caráter monocultural e homogeneizador enraizado na história da educação brasileira.

Estabelece diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores do ensino primário, de nível superior, ciclo de estudos, grau completo. História dos Povos Indígenas e Afrodescendentes Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Conteúdo, Metodologia e Prática do Ensino de Arte.

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Tabela 2 – Instituição 1 (Privada)  Disciplina
Tabela 4 – Instituição 3 (Pública)

Referências

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tanto, desenvolve ações de Educação de Jovens e Adultos (EJA) (alfabetização, ensino fundamental e médio) e cursos profissio- nalizantes (nível médio, superior e