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SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP

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Academic year: 2023

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(1)

Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto do Estado de São Paulo

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP

Supervisor de Ensino

Edital Nominal N° 01/2018

JL143-2018

(2)

DADOS DA OBRA

Título da obra: Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto do Estado de São Paulo Cargo: Supervisor de Ensino

(Baseado no Edital Nominal N° 01/2018)

• Língua Portuguesa

• Raciocínio Lógico

• Conhecimentos Específicos

Gestão de Conteúdos Emanuela Amaral de Souza

Diagramação/ Editoração Eletrônica Elaine Cristina

Igor de Oliveira Ana Luiza Cesário

Thais Regis

Produção Editoral Suelen Domenica Pereira

Julia Antoneli

Leandro Filho

Joel Ferreira dos Santos Capa

(3)

SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). ...01

Sinônimos e antônimos...07

Sentido próprio e figurado das palavras. ...07

Pontuação ...14

Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, artigo, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. ...17

Concordância verbal e nominal. ...55

Regência verbal e nominal. ...60

Colocação pronominal. ...66

Crase. ...68

Raciocínio Lógico

Problemas de raciocínio lógico envolvendo situações do cotidiano e conceitos da Matemática básica. ...95

Tratamento da informação: análise e interpretação de dados fornecidos por meio de gráficos e tabelas na perspectiva da Matemática básica. ...37

Compreensão e elaboração da lógica das situações por meio de raciocínio matemático (que envolva, dentre outros, conjuntos numéricos racionais e reais – operações, propriedades, problemas envolvendo as quatro operações nas for- mas fracionária e decimal, conjuntos numéricos complexos, ...01

Números e grandezas proporcionais, razão e proporção, divisão proporcional, ...11

Regra de três simples e composta, ...15

Porcentagem); ...74

Raciocínio sequencial orientação espacial e temporal; formação de conceitos; discriminação de elementos. ...95

Compreensão do processo lógico que, a partir de um conjunto de hipóteses, conduz, de forma válida, a conclusões determinadas...95

Conhecimentos Específicos

BIBLIOGRAFIA ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2011. ...01

ARROYO, Miguel G. Currículo, território em disputa. Petrópolis: Vozes, 2013. ...07

CAPPELLETTI, Isabel (org.) A Avaliação Educacional: Fundamentos e Práticas. 2ª Ed. Campinas. Papirus,2001 ...08

CARVALHO, Fabio C. A.; IVANOFF, Gregório Bittar. Tecnologias Que Educam: Ensinar e Aprender Com as Tecnologias de Informação e Comunicação. 1ª ed. Pearson, 2009. ...12

CHRISPINO, A. & CHRISPINO, R. A mediação do conflito escolar. São Paulo: Biruta, 2011. ...17

COLL, Cesar. Psicologia da Educação Virtual: Aprender e Ensinar com Tecnologias da Informação e da Comunicação. Art- med, 2010. ...26

FERREIRA, Naura Syria Carapeto (Org.). Gestão democrática da educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 2008. ...42

FERREIRA, Naura Syria Carapeto (Org.). Supervisão educacional para uma escola de qualidade: da formação à ação. 8ª ed. São Paulo: Cortez, 2010. ...43

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2011...45

GADOTTI, Moacir e ROMÃO, José E. Autonomia da escola: princípios e propostas. São Paulo: Cortez, 2001. ...58

GANDIM, Danilo. Planejamento como pratica educativa. São Paulo: Loyola, 2017...58

GIANCATERINO, Roberto. Supervisão escolar e gestão democrática. Rio de Janeiro: Wak, 2010. ...71

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001. ...74

IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional. São Paulo: Cortez, 2013. ...81

LENER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. 1ª ed. Artmed, 2002 ...83

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2004. ...88

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1999. ...92

MANTOAN, Maria Teresa Egler. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Editora Moderna, 2013. ....95

MEDINA, Antônia da Silva. Supervisão escolar: da ação exercida à ação repensada. 2ª ed. AGE, 2002. ... 111

(4)

SUMÁRIO

MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Ap. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas:

Papirus, 2000. ...114

NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, A. (org.) Os professores e a sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote. 1992. ...130

NUNES, A. O. Como restaurar a paz nas escolas: um guia para educadores. São Paulo: Contexto, 2012. ... 136

PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. Trad. Maria Alice Magalhaes D Amorin e Paulo Sergio Lima Silva. 21ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995. Capitulo 1. ... 138

RANGEL, Mary; FREIRE, Wendel (Orgs.). Supervisão escolar: avanços de conceitos e processos. Rio de Janeiro: Wak, 2010. ...142

SACRISTÀN, J. Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a pratica. Editora Penso, 2017. ... 148

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. Campinas-SP: Autores Associados, 2008. ...150

SANDER, Benno. Políticas públicas e gestão democrática da educação. Brasília: Líber livro, 2005. Cap. 4 e 5. ... 152

SILVA JR., Celestino Alves da & RANGEL, Mary (org.). Nove Olhares sobre a Supervisão. Campinas: Papirus, 2007... 157

VASCONCELOS, Celso S. Planejamento - projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. São Paulo: Liber- tad, 2002. ...164

VYGOTSKY, L.S. Formação social da mente. Martins Fontes. São Paulo, 2007 ... 166

VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org.). Projeto Político-Pedagógico da Escola: uma construção possível. 29ª edição, Campi- nas: Papirus, 2011. ...167

VIEIRA, Sofia Lercher (Org.). Gestão da escola: desafios a enfrentar. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. ... 170

WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Ática, 2009. ... 175

ZABALLA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. ... 181

ZABALZA, Miguel.A. Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 1998 ... 184

Documentos Oficiais e Legislação BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 05 de dezembro de 1988. Art.205 ao 214. ...01

_______. Lei n.º 8.069/1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. ...02

______. Lei n.º 9.394/1996 – Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. ...56

______. Lei n.º 13.005/2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providencias. ...74

______. Decreto n.º 7.611/2011 - Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. ...90

______. Ministério da Educação. Conselhos Escolares: Uma Estratégia de Gestão Democrática da Educação Pública. Brasília, 2004. ...91

_______. Ministério da Educação. Práticas cotidianas na Educação Infantil – Bases para a reflexão sobre as orientações curriculares. Secretaria de Educação Básica e Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Brasília, 2009. ...91

______. Brinquedos e brincadeiras de creches: Manual de Orientação Pedagógica. Brasília: MEC/SEB, 2012. ...91

______. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Educação Infantil e práticas promotoras de igualdade racial. São Paulo: Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades – CEERT; Instituto Avisa lá – Formação Continuada de Educadores, 2012. ...92

______. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de Nove Anos – Orientações Gerais. Brasília, 2004. ...92

______. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de nove anos – Orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: Secretaria de Educação Básica, 2007. ...98

______. Ministério da Educação. Marcos Político-Legais da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: Secretaria da Educação Especial, 2010. ...98

______. Parecer CNE/CEB n.º 20/2009 – Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. ... 98

______. Parecer CNE/CEB n.º 11/2010 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 09 (nove) anos. ...111

______. Parecer CNE/CP n.º 3/2004 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africanas. ...137

______. Resolução CNE/CEB n.º 4/2009 – Institui Diretrizes operacionais para Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade especial. ...146

______. Resolução CNE/CEB n.º 5/2009 – Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. ...148

______. Resolução CNE/CEB n.º 4/2010 – Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. ...150

______. Resolução CNE/CEB n.º 7/2010 – Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. ...160

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SUMÁRIO

______. Resolução CNE/CP n.º 1/2004 – Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. ...168 ______. Resolução CNE/CP n.º 2/2017– Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica. ...170 ONUBR. Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. ...176 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. Secretaria Municipal de Educação. Matriz Curricular para a Educação Infantil. São José do Rio Preto, SP, 2010. ...176 ______. Orientações para o trabalho pedagógico na Educação Infantil: a organização de ambientes de aprendizagem de 0 a 2. São José do Rio Preto, 2016. ...177 ______. Secretaria Municipal de Educação. Cadernos de Orientações Didáticas para a Educação Infantil (3 a 5 anos). São José do Rio Preto, 2016. ...177 ______. Secretaria Municipal de Educação. 1º Manual de Orientações Técnicas Integrando o Cuidar e o Educar na Educação Infantil. São José do Rio Preto, SP: Secretaria Municipal de Educação, 2017. ...177 _______ Conselho Municipal de Educação. Deliberação n.º 01/2009 – Estabelece diretrizes para a oferta da Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – EJA, Ensino Fundamental e Médio, nas instituições de educação do Sistema Municipal de Ensino de São José do Rio Preto. ...177 ______. Conselho Municipal de Educação. Deliberação n.º 02/2010 – Dispõe sobre Diretrizes para a elaboração dos Regimentos Escolares das instituições escolares do Sistema Municipal de Ensino. ...178 ______. Conselho Municipal de Educação. Indicação n.º 02/2001 CME/SJRP – Estabelece diretrizes sobre a construção coletiva da Proposta Pedagógica das Escolas Públicas do Sistema Municipal de Ensino. ...180 ______. Conselho Municipal de Educação. Indicação n.º 01/2010 – Dispõe sobre Diretrizes para a elaboração dos Regimentos Escolares das instituições do Sistema Municipal de Ensino. ...183 _______. Lei n.º 8.053/2000 – Dispõe sobre o Sistema Municipal de Ensino e estabelece normas gerais para a sua adequada implantação. ...187 ______. Lei Complementar n.º 138/2001 – Dispõe sobre o estatuto, plano de carreira, vencimentos e salários do magistério público de São José do Rio Preto e dá outras providencias correlatas. ...190 ______. Lei n.º 11.767/2015. Aprova o Plano Municipal de Educação – PME. ...203

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(7)

LÍNGUA PORTUGUESA

Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). ...01

Sinônimos e antônimos. ...07

Sentido próprio e figurado das palavras. ...07

Pontuação. ...14

Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. ...17

Concordância verbal e nominal. ...55

Regência verbal e nominal. ...60

Colocação pronominal. ...66

Crase. ...68

(8)
(9)

1

LÍNGUA PORTUGUESA

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE TEXTOS (LITERÁRIOS E NÃO

LITERÁRIOS).

Sabemos que a “matéria-prima” da literatura são as pa- lavras. No entanto, é necessário fazer uma distinção entre a linguagem literária e a linguagem não literária, isto é, aquela que não caracteriza a literatura.

Embora um médico faça suas prescrições em deter- minado idioma, as palavras utilizadas por ele não podem ser consideradas literárias porque se tratam de um voca- bulário especializado e de um contexto de uso específi- co. Agora, quando analisamos a literatura, vemos que o escritor dispensa um cuidado diferente com a linguagem escrita, e que os leitores dispensam uma atenção diferen- ciada ao que foi produzido.

Outra diferença importante é com relação ao trata- mento do conteúdo: ao passo que, nos textos não literá- rios (jornalísticos, científicos, históricos, etc.) as palavras servem para veicular uma série de informações, o texto literário funciona de maneira a chamar a atenção para a própria língua (FARACO & MOURA, 1999) no sentido de explorar vários aspectos como a sonoridade, a estrutura sintática e o sentido das palavras.

Veja abaixo alguns exemplos de expressões na lin- guagem não literária ou “corriqueira” e um exemplo de uso da mesma expressão, porém, de acordo com alguns escritores, na linguagem literária:

Linguagem não literária:

1- Anoitece.

2- Teus cabelos loiros brilham.

3- Uma nuvem cobriu parte do céu. ...

Linguagem literária:

1- A mão da noite embrulha os horizontes. (Alvaren- ga Peixoto)

2- Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam na luz!

(Mário Quintana)

3- um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua nascença. (José Cândido de Carvalho)

Como distinguir, na prática, a linguagem literária da não literária?

- A linguagem literária é conotativa, utiliza figuras (palavras de sentido figurado), em que as palavras adqui- rem sentidos mais amplos do que geralmente possuem.

- Na linguagem literária há uma preocupação com a escolha e a disposição das palavras, que acabam dando vida e beleza a um texto.

- Na linguagem literária é muito importante a manei- ra original de apresentar o tema escolhido.

- A linguagem não literária é objetiva, denotativa, preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a palavra em seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística.

Geralmente, recorre à ordem direta (sujeito, verbo, com- plementos).

Leia com atenção os textos a seguir e compare as lin- guagens utilizadas neles.

Texto A

Amor (ô). [Do lat. amore.] S. m. 1. Sentimento que pre- dispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de sua terra. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro ser ou a uma coisa; devoção, culto; adoração: amor à Pátria; amor a uma causa. 3. Inclinação ditada por laços de família: amor filial; amor conjugal. 4. Inclinação forte por pessoa de outro sexo, geralmente de caráter sexual, mas que apresenta grande variedade e comportamentos e rea- ções.

Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Nova Fronteira.

Texto B

Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

é dor que desatina sem doer.

Luís de Camões. Lírica, Cultrix.

Você deve ter notado que os textos tratam do mesmo assunto, porém os autores utilizam linguagens diferentes.

No texto A, o autor preocupou-se em definir “amor”, usando uma linguagem objetiva, científica, sem preocupa- ção artística.

No texto B, o autor trata do mesmo assunto, mas com preocupação literária, artística. De fato, o poeta entra no campo subjetivo, com sua maneira própria de se expres- sar, utiliza comparações (compara amor com fogo, ferida, contentamento e dor) e serve-se ainda de contrastes que acabam dando graça e força expressiva ao poema (con- tentamento descontente, dor sem doer, ferida que não se sente, fogo que não se vê).

Questões 1-) Leia o trecho do poema abaixo.

O Poeta da Roça

Sou fio das mata, cantô da mão grosa Trabaio na roça, de inverno e de estio A minha chupana é tapada de barro Só fumo cigarro de paia de mio.

Patativa do Assaré

(10)

2

LÍNGUA PORTUGUESA

A respeito dele, é possível afirmar que

(A) não pode ser considerado literário, visto que a lin- guagem aí utilizada não está adequada à norma culta for- mal.

(B) não pode ser considerado literário, pois nele não se percebe a preservação do patrimônio cultural brasileiro.

(C) não é um texto consagrado pela crítica literária.

(D) trata-se de um texto literário, porque, no processo criativo da Literatura, o trabalho com a linguagem pode aparecer de várias formas: cômica, lúdica, erótica, popular etc (E) a pobreza vocabular – palavras erradas – não permi- te que o consideremos um texto literário.

Leia os fragmentos abaixo para responder às questões que seguem:

TEXTO I O açúcar

O branco açúcar que adoçará meu café nesta manhã de Ipanema

não foi produzido por mim

nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puro e afável ao paladar como beijo de moça, água na pele, flor

que se dissolve na boca. Mas este açúcar não foi feito por mim.

Este açúcar veio

da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia.

Este açúcar veio

de uma usina de açúcar em Pernambuco ou no Estado do Rio

e tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era cana

e veio dos canaviais extensos que não nascem por acaso no regaço do vale.

Em lugares distantes, onde não há hospital nem escola,

homens que não sabem ler e morrem de fome aos 27 anos

plantaram e colheram a cana que viraria açúcar.

Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura

produziram este açúcar branco e puro

com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

Fonte: “O açúcar” (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp.227-228)

TEXTO II

A cana-de-açúcar

Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A re- gião que durante séculos foi a grande produtora de cana-de -açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os férteis solos de massapé, além da menor distância em relação ao mercado europeu, propiciaram condições favoráveis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de -açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em parte é exportado e em parte abastece o mercado interno, a cana serve também para a produção de álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A imen- sa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível.

2-) Para que um texto seja literário:

a) basta somente a correção gramatical; isto é, a expres- são verbal segundo as leis lógicas ou naturais.

b) deve prescindir daquilo que não tenha correspondên- cia na realidade palpável e externa.

c) deve fugir do inexato, daquilo que confunda a capaci- dade de compreensão do leitor.

d) deve assemelhar-se a uma ação de desnudamento. O escritor revela, ao escrever, o mundo, e, em especial, revela o Homem aos outros homens.

e) deve revelar diretamente as coisas do mundo: senti- mentos, ideias, ações.

3-) Ainda com relação ao textos I e II, assinale a opção incorreta

a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real, ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada principal- mente como um meio de refletir e recriar a realidade.

b) No texto II, de expressão não literária, o autor informa o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os lugares onde é produzida, como teve início seu cultivo no Brasil, etc.

c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum – açúcar – e vai ampliando seu potencial significativo, explo- rando recursos formais para estabelecer um paralelo entre o açúcar – branco, doce, puro – e a vida do trabalhador que o produz – dura, amarga, triste.

d) No texto I, a expressão literária desconstrói hábitos de linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento de novas formas de dizer.

e) O texto II não é literário porque, diferentemente do lite- rário, parte de um aspecto da realidade, e não da imaginação.

Gabarito 1-) D

2-) D – Esta alternativa está correta, pois ela remete ao caráter reflexivo do autor de um texto literário, ao passo em que ele revela às pessoas o “seu mundo” de maneira peculiar.

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MATEMÁTICA

Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;

Frações e operações com frações ...01

Múltiplos e divisores, Máximo divisor comum e Mínimo divisor comum ...07

Números e grandezas proprocionais: Razões e proporções; Divisão em partes proporcionais...11

Regra de três ...15

Sistema métrico decimal ...19

Equações e inequações ...23

Funções ...29

Gráficos e tabelas ...37

Estatística Descritiva, Amostragem, Teste de Hipóteses e Análise de Regressão . ...43

Geometria ...48

Matriz, determinantes e sistemas lineares ...62

Sequências, progressão aritmética e geométrica ...70

Porcentagem ...74

Juros simples e compostos ...77

Taxas de Juros, Desconto, Equivalência de Capitais, Anuidades e Sistemas de Amortização ...80

Lógica: proposições, valor-verdade negação, conjunção, disjunção, implicação, equivalência, proposições compostas. ...95

Equivalências lógicas. ...95

Problemas de raciocínio: deduzir informações de relações arbitrárias entre objetos, lugares, pessoas e/ou eventos fictícios dados. ...95

Diagramas lógicos, tabelas e gráficos ...112

Princípios de contagem e noção de probabilidade. ...117

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1

MATEMÁTICA

NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS:

OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTENCIAÇÃO); EXPRESSÕES NUMÉRICAS; FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM

FRAÇÕES.

Números Naturais

Os números naturais são o modelo mate- mático necessário para efetuar uma contagem.

Começando por zero e acrescentando sempre uma unida- de, obtemos o conjunto infi nito dos números naturais

- Todo número natural dado tem um sucessor a) O sucessor de 0 é 1.

b) O sucessor de 1000 é 1001.

c) O sucessor de 19 é 20.

Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero.

- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um antecessor (número que vem antes do número dado).

Exemplos: Se m é um número natural fi nito diferente de zero.

a) O antecessor do número m é m-1.

b) O antecessor de 2 é 1.

c) O antecessor de 56 é 55.

d) O antecessor de 10 é 9.

Expressões Numéricas

Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra- ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex- pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos:

Se em uma expressão numérica aparecer as quatro operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so- mente depois a adição e a subtração, também na ordem em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei- ro.

Exemplo 1 10 + 12 – 6 + 7 22 – 6 + 7 16 + 7 23

Exemplo 2 40 – 9 x 4 + 23 40 – 36 + 23 4 + 23 27 Exemplo 3 25-(50-30)+4x5 25-20+20=25 Números Inteiros

Podemos dizer que este conjunto é composto pelos números naturais, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:

Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}

Subconjuntos do conjunto :

1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero Z*={...-2, -1, 1, 2, ...}

2) Conjuntos dos números inteiros não negativos Z+={0, 1, 2, ...}

3) Conjunto dos números inteiros não positivos Z-={...-3, -2, -1}

Números Racionais

Chama-se de número racional a todo número que pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros quaisquer, com b≠0

São exemplos de números racionais:

-12/51 -3-(-3) -2,333...

As dízimas periódicas podem ser representadas por fração, portanto são consideradas números racionais.

Como representar esses números?

Representação Decimal das Frações

Temos 2 possíveis casos para transformar frações em decimais

1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú- mero decimal terá um número fi nito de algarismos após a vírgula.

(14)

2

MATEMÁTICA

2º) Terá um número infi nito de algarismos após a vír- gula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para ser número racional

OBS: período da dízima são os números que se repe- tem, se não repetir não é dízima periódica e assim números irracionais, que trataremos mais a frente.

Representação Fracionária dos Números Decimais 1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar com o denominador seguido de zeros.

O número de zeros depende da casa decimal. Para uma casa, um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim por diante.

2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, en- tão como podemos transformar em fração?

Exemplo 1

Transforme a dízima 0, 333... .em fração

Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízi- ma dada de x, ou seja

X=0,333...

Se o período da dízima é de um algarismo, multiplica- mos por 10.

10x=3,333...

E então subtraímos:

10x-x=3,333...-0,333...

9x=3X=3/9 X=1/3

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de período.

Exemplo 2

Seja a dízima 1,1212...

Façamos x = 1,1212...

100x = 112,1212... . Subtraindo:

100x-x=112,1212...-1,1212...

99x=111 X=111/99

Números Irracionais

Identifi cação de números irracionais

- Todas as dízimas periódicas são números racionais.

- Todos os números inteiros são racionais.

- Todas as frações ordinárias são números racionais.

- Todas as dízimas não periódicas são números irra- cionais.

- Todas as raízes inexatas são números irracionais.

- A soma de um número racional com um número irra- cional é sempre um número irracional.

- A diferença de dois números irracionais, pode ser um número racional.

-Os números irracionais não podem ser expressos na forma , com a e b inteiros e b≠0.

Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.

- O quociente de dois números irracionais, pode ser um número racional.

Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional.

- O produto de dois números irracionais, pode ser um número racional.

Exemplo: . = = 7 é um número racional.

Exemplo:radicais( a raiz quadrada de um nú- mero natural, se não inteira, é irracional.

Números Reais

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BIBLIOGRAFIA - SUPERVISOR DE ENSINO

ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2011. ...01

ARROYO, Miguel G. Currículo, território em disputa. Petrópolis: Vozes, 2013. ...07

CAPPELLETTI, Isabel (org.) A Avaliação Educacional: Fundamentos e Práticas. 2ª Ed. Campinas. Papirus,2001 ...08

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BIBLIOGRAFIA - SUPERVISOR DE ENSINO

ALARCÃO, ISABEL. PROFESSORES REFLEXIVOS EM UMA ESCOLA REFLEXIVA.

SÃO PAULO: CORTEZ, 2011.

PROFESSORES REFLEXIVOS EM UMA ESCOLA RE- FLEXIVA

A sociedade da informação, como sociedade aberta e global, exige competências de acesso, avaliação e gestão da informação oferecida.

As escolas são lugares onde as novas competências devem ser adquiridas ou reconhecidas e desenvolvidas.

Sendo a informática uma das novas competências, de ime- diato se coloca uma questão: a das diferenças ao acesso à informação e da necessidade de providenciar igualdade de oportunidades sob pena de desenvolvermos mais um fator de exclusão social: a info exclusão.

Resolvido o problema do acesso, permanece o desen- volvimento da capacidade de discernir entre a informação válida e inválida, correta ou incorreta, pertinente ou su- pérflua. Acrescente-se-lhe a competência para organizar o pensamento e a ação em função da informação, recebida ou procurada, e teremos, em princípio, uma pessoa prepa- rada para viver na sociedade da informação.

Nesta era da informação e da comunicação, que se quer também a era do conhecimento, a escola não detém o monopólio do saber. O professor não é o único trans- missor do saber e tem de aceitar situar-se nas suas no- vas circunstâncias que, por sinal, são bem mais exigentes.

O aluno também já não é mais o receptáculo a deixar-se rechear de conteúdos. O seu papel impõe-lhe exigências acrescidas. Ele tem de aprender a gerir e a relacionar in- formações para as transformar no seu conhecimento e no seu saber. Também a escola tem de ser uma outra escola.

A escola, como organização, tem de ser um sistema aberto, pensante e flexível. Sistema aberto sobre si mesmo, e aber- to à comunidade em que se insere.

Esta era começou por se chamar a sociedade da infor- mação, mas rapidamente se passou a chamar sociedade da informação e do conhecimento a que, mais recentemen- te, se acrescentou a designação de sociedade da apren- dizagem. Reconheceu-se que não há conhecimento sem aprendizagem. E que a informação, sendo uma condição necessária para o conhecimento, não é condição suficiente.

A informação, se não for organizada, não se constitui em conhecimento, não é saber, e não se traduz em poder.

As novas competências exigidas pela sociedade da in- formação e da comunicação, do conhecimento e da apren- dizagem

Podemos considerar que o mundo atravessa uma si- tuação de mudança com paralelismo em outras situações históricas em que, pelo seu efeito transformador, sobressai a revolução industrial. Porém, o valor não está hoje na ca-

pacidade de seguir instruções dadas por outros para fazer funcionar as máquinas, mas sim na capacidade de transfor- mar em conhecimento a informação a que, graças às má- quinas, temos um rápido acesso. As novas máquinas são hoje apenas uma extensão do cérebro. O pensamento e a compreensão são os grandes fatores de desenvolvimento pessoal, social, institucional, nacional, internacional.

A noção de competência inclui não só conhecimentos (fatos, métodos, conceitos e princípios), mas capacidades (saber o que fazer e como), experiência (capacidade de aprender com o sucesso e com os erros), contatos (capaci- dades sociais, redes de contatos, influência), valores (von- tade de agir, acreditar, empenhar-se, aceitar responsabili- dades e poder (físico e energia mental).

Conceptualizações deste tipo apontam para uma for- mação holística e integrada da pessoa que não se queda na informação, nem sequer no conhecimento, mas vai para além deles para atingir a sabedoria, característica que era tão querida aos nossos antepassados gregos.

Temos de reconhecer que o exercício livre e responsá- vel da cidadania exige das pessoas a capacidade de pen- sar e a sabedoria para decidir com base numa informação e em conhecimentos sólidos. O cidadão é hoje cada vez mais considerado como pessoa responsável. O seu direito a ter um papel ativo na sociedade é cada vez mais deseja- do. Trata-se de uma grande conquista social, nas situações em que esse direito já foi conquistado, o que, infelizmen- te, não acontece de uma forma universal. Esta dimensão sócio-política tem de ser tida em conta. Nem políticos nem educadores podem ignorá-la, sob pena de se estarem a construir castelos na areia. O empowerment pessoal, ou seja, a construção do poder pelo cidadão, não se resume meramente à obtenção de mais poder e mais direitos, mas traduz-se na capacidade real para exercer esse poder na construção de uma cidadania participativa.

Um dos fatores para que exista este empowerment no mundo em que vivemos tem a ver com a facilidade em ace- der à informação. Esta deve ser fidedigna, relevante e fácil de encontrar. A ser assim, cada cidadão deve estar prepa- rado para encontrar a informação necessária, para decidir sobre a sua relevância e para avaliar da sua fidedignidade.

Sem o saber que lhe permite aceder à informação e ter um pensamento independente e crítico, ele pode ser manipu- lado e info-excluído.

Um dos autores que mais tem trabalhado a questão das competências e que é bem conhecido (eu diria até bem amado e bem des-amado) no Brasil é Philipe Perrenoud.

Por essa razão fui rever o seu conceito de competência. E o que encontrei nos seus escritos? A noção de que a com- petência é a capacidade de utilizar os saberes para agir em situação, constituindo-se assim como uma mais-valia rela- tivamente aos saberes. Ter competência é saber mobilizar os saberes. A competência não existe, portanto, sem os co- nhecimentos. Como Consequência lógica não se pode afir- mar que as competências estão contra os conhecimentos, mas sim com os conhecimentos. Elas reorganizam-¬nos e explicitam a sua dinâmica e valor funcional.

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BIBLIOGRAFIA - SUPERVISOR DE ENSINO

A abordagem por competências não pretende mais do que permitir a cada um aprender a utilizar os seus sabe- res para atuar. Esta noção de competência não restringe as competências a ações práticas de natureza simples e linear como muitos também pensam. Resolver um proble- ma complexo que se tornou objeto de investigação, por exemplo, não é de todo uma ação simples, embora tenha uma natureza prática e requeira a mobilização de múltiplos conhecimentos.

As empresas reconhecem hoje a realidade das compe- tências. Mas mesmo no mundo dos negócios não se trata de competências simples, lineares, acabadas e imutáveis, mas de competências dinâmicas em que a compreensão do mundo e a sabedoria da vivência social são fundamen- tais. Os bons empresários de hoje não querem pessoas adaptadas, mas pessoas capazes de se adaptarem. Pessoas capazes. Pessoas.

O problema que se põe tem a ver com a formação de base que deve proporcionar-se às pessoas (a todas as pes- soas) para que sejam capazes de se adaptar à realidade por vontade e convicção próprias quando e nas circunstâncias em que assim o entenderem, mas sem se deixarem mani- pular e fazendo ouvir a sua voz crítica sempre que necessá- rio. Quem será capaz de o fazer sem a grande competência que lhe vem do pensamento e sem o grande poder que lhe advém da informação?

Parece-me importante, neste contexto, discutir tam- bém a relação entre o indivíduo e a sociedade no que res- peita ainda à formação por competências. Trata-se de uma relação bilateral. A sociedade não existe sem as pessoas que a constituem e a vão enformando. Mas, por sua vez, esta influencia a formação e a atuação das pessoas. A es- cola é um setor da sociedade; é por ela influenciada e, por sua vez, influencia-a. Perante o mundo como ele é, quer a escola isolar-se e construir-se contra a sociedade? Ou quer ser sociedade e na macroestrutura social ter uma voz crítica contextualizada e situada?

Para que os cidadãos possam assumir este papel de atores críticos, situados, têm de desenvolver a grande com- petência da compreensão que assenta na capacidade de escutar, de observar e de pensar, mas também na capaci- dade de utilizar as várias linguagens que permitem ao ser humano estabelecer com os outros e com o mundo meca- nismos de interação e de intercompreensão. Hoje temos mais uma linguagem: a linguagem informática.

Compreender o mundo, compreender os outros, com- preender-se a si e compreender as interações que entre estes vários componentes se estabelecem e sobre tudo isto ser capaz de “linguajar” é o alicerce da vivência da cidada- nia. É através da compreensão que nos preparamos para a mudança, para o incerto, para o difícil, para a vivência noutras circunstâncias e noutros países. Mas também para a permanente interação, contextualização e colaboração.

Neste processo de mudança e interatividade, a capa- cidade de continuar a aprender autonomamente é funda- mental. Por isso as noções de pessoa, diálogo, aprendiza- gem e conhecimento, ativo e ativável, encontram-se na base dos atuais paradigmas de formação e de investiga- ção. Como igualmente se encontram nos paradigmas de desempenho profissional e se estendem, por analogia, aos de desempenho das organizações.

São hoje muitas as competências desejadas, que as- sentam num conjunto de capacidades. Valoriza-se a curio- sidade intelectual, a capacidade de utilizar e recriar o co- nhecimento, de questionar e indagar, de ter um pensa- mento próprio, de desenvolver mecanismos de autoapren- dizagem. Mas também a capacidade de gerir a sua vida individual e em grupo, de se adaptar sem deixar de ter a sua própria identidade, de se sentir responsável pelo seu desenvolvimento constante, de lidar com situações que fu- jam à rotina, de decidir e assumir responsabilidades, de re- solver problemas, de trabalhar em colaboração, de aceitar os outros. Deseja-se ainda dos cidadãos que tenham hori- zontes temporais e geográficos alargados não se limitando a ver o seu pequeno mundo, que tenham dos aconteci- mentos uma compreensão sistêmica, que sejam capazes de comunicar e interagir, e que desenvolvam a capacidade de autoconhecimento e autoestima.

A competência para lidar com a informação na socieda- de da aprendizagem

É preciso saber o que procurar e onde procurar.

Uma vez conectado, é preciso distinguir entre o que é relevante e irrelevante, sério e fraudulento para reter o importante e deitar ao lixo o que não presta ou não se adapta. A informação, pela sua grande quantidade e pela multiplicidade de utilizações que potencialmente encerra, tem de ser reorganizada por quem a procura, a quem compete agora pôr em ação a sua mente interpretativa, seletiva, sistematizadora, criadora.

O desenvolvimento destas múltiplas fontes de infor- mação exige reestruturações na relação do professor e do aluno com o saber disponível e com o uso que se faz desse saber. Se hoje em dia a ênfase é colocada no saber e na sua utilização em situação, é fundamental que os alunos aban- donem os papéis de meros receptores e os professores se- jam muito mais do que simples transmissores de um saber acumulado. Mantendo-se embora o triângulo da atuação didática (professor, aluno, saber), o vértice do saber é como um botão que se abre numa variedade de fontes de infor- mação. O professor continua a ter o papel de mediador, mas é uma mediação orquestrada e não linear.

Os alunos na sociedade da aprendizagem

Numa “sociedade que aprende e se desenvolve”, como a caracterizou Tavares (1996), ser aluno é ser aprendente.

Em constante interação com as oportunidades que o mun- do lhe oferece. Mais do que isso: é aprender a ser apren- dente ao longo da vida. O aluno tem de se assumir como um ser (mente num corpo com alma) que observa o mundo e se observa a si, se questiona e procura atribuir sentido aos objetos, aos acontecimentos e às interações. Tem de se convencer de que tem de ir à procura do saber. Busca ajuda nos livros, nas discussões, nas conversas, no pensamento, no professor. Confia no professor a quem a sociedade en- trega a missão de o orientar nessa caminhada. Mas é ele que tem de descobrir o prazer de ser uma mente ativa e não meramente receptiva.

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DOCUMENTOS OFICIAIS E LEGISLAÇÃO

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 05 de dezembro de 1988. Art.205 ao 214. ...01

_______. Lei n.º 8.069/1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. ...02

______. Lei n.º 9.394/1996 – Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. ...56

______. Lei n.º 13.005/2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providencias. ...74

______. Decreto n.º 7.611/2011 - Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. ...90

______. Ministério da Educação. Conselhos Escolares: Uma Estratégia de Gestão Democrática da Educação Pública. Brasília, 2004. ...91

_______. Ministério da Educação. Práticas cotidianas na Educação Infantil – Bases para a reflexão sobre as orientações curriculares. Secretaria de Educação Básica e Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Brasília, 2009. ...91

______. Brinquedos e brincadeiras de creches: Manual de Orientação Pedagógica. Brasília: MEC/SEB, 2012. ...91

______. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Educação Infantil e práticas promotoras de igualdade racial. São Paulo: Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades – CEERT; Instituto Avisa lá – Formação Continuada de Educadores, 2012. ...92

______. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de Nove Anos – Orientações Gerais. Brasília, 2004. ...92

______. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de nove anos – Orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: Secretaria de Educação Básica, 2007. ...98

______. Ministério da Educação. Marcos Político-Legais da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: Secretaria da Educação Especial, 2010. ...98

______. Parecer CNE/CEB n.º 20/2009 – Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. ... 98

______. Parecer CNE/CEB n.º 11/2010 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 09 (nove) anos. ...111

______. Parecer CNE/CP n.º 3/2004 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africanas. ...137

______. Resolução CNE/CEB n.º 4/2009 – Institui Diretrizes operacionais para Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade especial. ...146

______. Resolução CNE/CEB n.º 5/2009 – Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. ...148

______. Resolução CNE/CEB n.º 4/2010 – Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. ...150

______. Resolução CNE/CEB n.º 7/2010 – Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. ...160

______. Resolução CNE/CP n.º 1/2004 – Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. ...168

______. Resolução CNE/CP n.º 2/2017– Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica. ...170

ONUBR. Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. ...176

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. Secretaria Municipal de Educação. Matriz Curricular para a Educação Infantil. São José do Rio Preto, SP, 2010. ...176

______. Orientações para o trabalho pedagógico na Educação Infantil: a organização de ambientes de aprendizagem de 0 a 2. São José do Rio Preto, 2016. ...177

______. Secretaria Municipal de Educação. Cadernos de Orientações Didáticas para a Educação Infantil (3 a 5 anos). São José do Rio Preto, 2016. ...177

______. Secretaria Municipal de Educação. 1º Manual de Orientações Técnicas Integrando o Cuidar e o Educar na Educação Infantil. São José do Rio Preto, SP: Secretaria Municipal de Educação, 2017. ...177

_______ Conselho Municipal de Educação. Deliberação n.º 01/2009 – Estabelece diretrizes para a oferta da Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – EJA, Ensino Fundamental e Médio, nas instituições de educação do Sistema Municipal de Ensino de São José do Rio Preto. ...177

______. Conselho Municipal de Educação. Deliberação n.º 02/2010 – Dispõe sobre Diretrizes para a elaboração dos Regimentos Escolares das instituições escolares do Sistema Municipal de Ensino. ...178

______. Conselho Municipal de Educação. Indicação n.º 02/2001 CME/SJRP – Estabelece diretrizes sobre a construção coletiva da Proposta Pedagógica das Escolas Públicas do Sistema Municipal de Ensino. ...180

______. Conselho Municipal de Educação. Indicação n.º 01/2010 – Dispõe sobre Diretrizes para a elaboração dos Regimentos Escolares das instituições do Sistema Municipal de Ensino. ...183

_______. Lei n.º 8.053/2000 – Dispõe sobre o Sistema Municipal de Ensino e estabelece normas gerais para a sua adequada implantação. ...187

______. Lei Complementar n.º 138/2001 – Dispõe sobre o estatuto, plano de carreira, vencimentos e salários do magistério público de São José do Rio Preto e dá outras providencias correlatas. ...190

______. Lei n.º 11.767/2015. Aprova o Plano Municipal de Educação – PME. ...203

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DOCUMENTOS OFICIAIS E LEGISLAÇÃO

DOCUMENTOS OFICIAIS E LEGISLAÇÃO BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. PROMULGADA EM

05 DE DEZEMBRO DE 1988.ART.205 AO 214.

CAPÍTULO III

DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO Seção I

DA EDUCAÇÃO

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Esta- do e da família, será promovida e incentivada com a cola- boração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos se- guintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanên- cia na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimen- tos oficiais;

V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingres- so exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Cons- titucional nº 53, de 2006)

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII - garantia de padrão de qualidade.

VIII - piso salarial profissional nacional para os profis- sionais da educação escolar pública, nos termos de lei fe- deral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação bá- sica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou ade- quação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Art. 207. As universidades gozam de autonomia didá- tico-científica, administrativa e de gestão financeira e pa- trimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996)

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996)

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efeti- vado mediante a garantia de:

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (qua- tro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclu- sive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tive- ram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

II - progressiva universalização do ensino médio gra- tuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)

III - atendimento educacional especializado aos por- tadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crian- ças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emen- da Constitucional nº 53, de 2006)

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pes- quisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e as- sistência à saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucio- nal nº 59, de 2009)

§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabi- lidade da autoridade competente.

§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educan- dos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.

Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação na- cional;

II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o en- sino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacio- nais e regionais.

§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, cons- tituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino pú- blicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qua- lidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)

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DOCUMENTOS OFICIAIS E LEGISLAÇÃO

§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensi- no fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)

§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritaria- mente no ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emen- da Constitucional nº 14, de 1996)

§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda Constitucio- nal nº 59, de 2009)

§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impos- tos, compreendida a proveniente de transferências, na manu- tenção e desenvolvimento do ensino.

§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é conside- rada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.

§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no «caput»

deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.

§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prio- ridade ao atendimento das necessidades do ensino obriga- tório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

§ 4º Os programas suplementares de alimentação e as- sistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.

§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino. (In- cluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, con- fessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:

I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.

§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiên- cia de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regula- res da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamen- te na expansão de sua rede na localidade.

§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estí- mulo e fomento à inovação realizadas por universidades e/

ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Re- dação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de edu- cação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de imple- mentação para assegurar a manutenção e desenvolvimen- to do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade do ensino;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

LEI N.º 8.069/1990. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.

Noções introdutórias e disciplina constitucional Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Es- tado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimenta- ção, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, ad- mitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos:

I - aplicação de percentual dos recursos públicos desti- nados à saúde na assistência materno-infantil;

II - criação de programas de prevenção e atendimen- to especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, me- diante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eli- minação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação.

§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos lo- gradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.

Referências

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