• Nenhum resultado encontrado

percepção dos enfermeiros frente às intervenções não

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "percepção dos enfermeiros frente às intervenções não"

Copied!
31
0
0

Texto

É de grande importância na atuação da equipe assistencial, a identificação da dor em neonatos prematuros (RNPT) e a utilização de estratégias não farmacológicas para o alívio da dor. Portanto, entende-se que a utilização de estratégias de avaliação da dor é fundamental para um tratamento adequado e garantia de uma assistência mais humanizada. A prática do uso de métodos não farmacológicos de alívio da dor reduzirá os períodos de choro e agitação do RNPT, fazendo com que ele gaste mais energia e assim perca peso, reduzindo assim o tempo de internação e o estresse da família, além de reduzir proporcionar atendimento humanizado e eficiente.

Reconhecer a dor no RNPT e utilizar estratégias não farmacológicas para aliviar a dor é de extrema importância para a equipe assistencial. Medidas simples e não farmacológicas como toque, sucção não nutritiva e soluções açucaradas para alívio da dor podem ser usadas para mediar isso. Os profissionais de saúde que cuidam do recém-nascido são eticamente responsáveis ​​por garantir a segurança e avaliação e tratamento da dor durante procedimentos dolorosos.

A avaliação precisa da presença e do nível de intensidade da dor pode influenciar na qualidade da assistência de enfermagem a esse recém-nascido. Portanto, medidas de tratamento sem uma análise sistemática da dor não podem ser consideradas adequadas ou mesmo eficazes (Santos LM 2012; Carvalho CG, 2012).

Aspectos Éticos

Para a análise dos resultados, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo de Bardin, que compreende três etapas básicas: 1. análise preliminar, 2. exploração do material e 3. tratamento dos resultados, categorização e interpretação. Na primeira fase, foi realizada uma organização e sistematização dos dados e ideias coletadas, no que Bardin chama de "leitura fluida", que visa destacar os pontos considerados relevantes para a compreensão do objeto em estudo (BARDIN, 2012 ). Em seguida, foi realizada uma descrição das análises realizadas a partir dos dados coletados, destacando as partes relevantes da coleta.

Nesta fase, foi realizado um estudo mais detalhado das entrevistas, articulado com os objetivos e referencial teórico utilizado na pesquisa. A etapa seguinte, denominada interpretação, foi a análise dos dados, que procurou aprofundar o tema pesquisado e definir quais falas das entrevistas realizadas com as mulheres podem ser interpretadas de acordo com os eixos de análise já estabelecidos. Posteriormente, as entrevistas foram codificadas e analisadas de acordo com as seguintes etapas: folheando cada uma das respostas e classificando-as; interpretação vertical (interpretação situada de cada mulher) e interpretação horizontal (comparações e contrastes entre os dados coletados das mulheres) e análise final.

Todos os participantes deste estudo eram do sexo feminino com idade entre: 34 a 40 anos e experiência profissional de: 02 anos e meio a 10 anos, ambos com especialização em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica. Intervenções não farmacológicas utilizadas na assistência de enfermagem ao RNPT com dor e seu conhecimento sobre o referido comportamento;. Percepção dos enfermeiros sobre a prática de intervenções não farmacológicas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).

Intervenções não farmacológicas utilizadas na assistência de enfermagem ao RNPT com dor e seu conhecimento sobre a conduta referida

Em estudo realizado no Paraná sobre conhecimento e prática de enfermeiras sobre dor em RNPT, demonstrou-se que ao distinguir a dor, 80,% utilizavam medidas não farmacológicas, enquanto 56,9% utilizavam medidas farmacológicas, 51% discutiam com a equipe, 29,4 % registrou no prontuário e 17,6%. Colocação organizada do recém-nascido dentro do ninho (cochin é usado para mantê-lo em posição fetal, dobrado; contenção facilitada) colocando as mãos sobre ele, proporcionando segurança); torcido; sucção não nutritiva com ou sem glicose 25% que utilizamos em procedimentos dolorosos pois minimiza a dor. Não temos um protocolo institucional, mas utilizamos medidas não farmacológicas para aliviar a dor como: cueiros, chupeta não nutricional, glicose 25% VO, método canguru, oferta do colo próprio ou da mãe” (E2).

A sucção não nutritiva, uso de soluções açucaradas como glicose, amamentação, manipulação e toque, são as intervenções mais utilizadas para alívio da dor pela equipe de enfermagem em seus cuidados diários (SILVA et al., 2015). Portanto, a sucção não nutricional é um ponto positivo e pode ser utilizada como auxiliar na terapia, pois tem demonstrado benefícios para a saúde e recuperação do recém-nascido (SANTOS; RIBEIRO; SANTANA, 2012). Não conheço o protocolo, utiliza-se observação do RN, sucção não nutricional; glicose oral em bico de gaze, contato pele a pele/embalar o RN, método canguru, amamentação, enrolar o RN e posicionar o RN” (E3).

A não amamentação foi mencionada por apenas 17,5%, enquanto o uso de glicose oral não foi referido por nenhum dos profissionais. Outro fator importante na avaliação da dor é a utilização de escalas de dor, que por sua vez facilitam sobremaneira a interação e comunicação entre os membros da equipe de saúde, permitindo avaliar a evolução da dor em cada paciente e verificar a resposta à dor . a terapia analgésica (SANTOS et al., 2001). Para Silva et.al (2007), é imprescindível que exista um protocolo de avaliação da dor para determinar quais ações devem ser tomadas para prevenir e aliviar a dor e avaliar a eficácia dessas ações.

Segundo Silva (2010), obter uma avaliação adequada da dor é fundamental, pois dela depende o manejo adequado. Segundo Zanatta e Nedel (2013), uma estratégia para isso seria a criação de um protocolo de avaliação da dor formalmente estabelecido. O resultado encontrado nesta categoria revelou que a maioria dos participantes utiliza alguma estratégia para o manejo da dor no recém-nascido, entretanto, alguns participantes responderam que dificulta o comportamento por não haver um protocolo a ser seguido para aliviar esta condição.

Pode-se afirmar que, embora o enfermeiro esteja ciente da dor, as medidas de avaliação da dor não são utilizadas para identificá-la, e o desconhecimento e a não utilização de instrumentos de avaliação da dor podem dificultar sua identificação, bem como a escolha de condutas adequadas para minimizar isto.

Parâmetros para identificação da dor no recém-nascido prematuro aplicado pelas enfermeiras

Dessa forma, o RN será avaliado com frequência e intervenções apropriadas para o controle da dor poderão ser adotadas quando necessário. Parâmetros comportamentais, como: expressão facial, movimentos dos membros, choro, agitação e parâmetros fisiológicos como: alteração dos sinais vitais" (E2). A mímica facial é uma das ferramentas mais utilizadas no estudo da dor em recém-nascidos: testa protuberante, fenda palpebral estreitada, sulco nasolabial aprofundado, lábios entreabertos, boca esticada, queixo trêmulo e língua tensa.

Observação de sinais e sintomas: exame físico, alteração na FC ou FR, choro, agitação, expressão facial, observação comportamental, movimentos de braços e pernas, estrabismo, rugas na testa ou sobrancelhas levantadas, lábios abertos, boca esticada e insônia” (E3) . O movimento corporal parece ser um método sensível de avaliação da dor, pois os recém-nascidos demonstram um repertório organizado de movimentos após estimulação sensorial. O movimento corporal parece, portanto, ser mais uma "letra" do "alfabeto" da expressão da dor no período neonatal, mas outros elementos são necessários para moldá-los.

A presença de dor é considerada quando três ou mais desses movimentos faciais são observados em um intervalo de tempo. Resultados demonstrados por Gaiva (2002), mostraram também os parâmetros fisiológicos, o aumento da frequência respiratória, frequência cardíaca, saturação de oxigênio, pressão arterial. Com relação aos parâmetros comportamentais, o RNPT pode apresentar movimentos corporais, choro típico, expressão facial, padrões de sono e vigília.

O choro é considerado o principal método de comunicação em recém-nascidos, portanto, na linguagem neonatal, pode ser interpretado como uma “letra” do alfabeto da expressão da dor em recém-nascidos, mas se avaliado isoladamente, não se torna muito especificamente não ( GUINSBURG, 2006) ). Segundo Lago et.al (2007), os parâmetros fisiológicos que também podem indicar dor são: aumento da frequência cardíaca, aumento da frequência respiratória, alterações da pressão arterial, redução da saturação de oxigênio, além de cianose, sudorese, dilatação das pupilas, apneia e tremores. Dentre estes, no presente estudo, o aumento da frequência cardíaca também foi destacado pelos entrevistados, seguido da frequência respiratória e a diminuição da saturação de oxigênio.

No entanto, vale ressaltar que tais medidas fisiológicas não estão relacionadas apenas à dor e, portanto, não devem ser utilizadas isoladamente para determinar a presença de dor em recém-nascidos (ZANATTA e NEDEL, 2013).

Percepção do enfermeiro frente à prática das intervenções não-farmacológicas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN)

As estratégias para melhorar o manejo da dor dependem da responsabilidade profissional, sendo seu tratamento e alívio um direito humano básico (CHRISTOFFEL et al., 2009). Este estudo demonstra a falta de protocolos e diretrizes baseados em evidências para análise da dor por meio de escalas e uso de medidas não farmacológicas e farmacológicas estruturadas para alívio da dor em recém-nascidos (CHRISTOFFEL et al., 2017). Conclui-se que as intervenções não farmacológicas evidenciadas na literatura para minimizar a dor em recém-nascidos pré-termo têm sido aplicadas de forma satisfatória no cotidiano das enfermeiras atendidas neste estudo.

É necessário que comecem a utilizar esta ferramenta, pois torna o auxílio homogêneo e eficiente no que vai contribuir para o tratamento da dor no RNPT. Equipe de enfermagem frente à dor do recém-nascido prematuro: Equipe de enfermagem e a dor do recém-nascido. Dor neonatal em recém-nascidos muito prematuros: efeitos a longo prazo no cérebro, neurodesenvolvimento e reatividade à dor.

LAGO CW, FERREIRA GG, LIMA JB, RIBEIRO SFF, SANTOS VPV Avaliação e manejo da dor neonatal no contexto da unidade de terapia intensiva neonatal [Monografia]. Fatores que influenciam a prática dos profissionais de saúde no manejo da dor neonatal. Texto e Contexto Enfermagem, Florianópolis v. NEVES FAM, CORRÊA DAM. Dor no Recém-Nascido: A Percepção da Equipe de Enfermagem. CiencCuid Saúde.

Identificação e avaliação da percepção dos enfermeiros sobre a dor/desconforto do recém-nascido. Conhecimento dos enfermeiros que atuam em unidade de terapia intensiva sobre a dor do recém-nascido pré-termo. Título do projeto: Percepções de enfermeiras sobre intervenções não medicamentosas utilizadas no manejo do alívio da dor em neonatos prematuros.

Estamos desenvolvendo um trabalho de pesquisa intitulado: Percepção dos enfermeiros quanto às intervenções não farmacológicas utilizadas no tratamento de alívio da dor em recém-nascidos prematuros, que tem como objetivo avaliar a percepção dos enfermeiros no tratamento da dor do RNPT por meio de intervenções não farmacológicas. PERCEPÇÃO DOS ENFERMEIROS SOBRE AS INTERVENÇÕES NÃO FARMACOLÓGICAS UTILIZADAS NO TRATAMENTO DO ALÍVIO DA DOR. 1-Quais as intervenções não farmacológicas utilizadas pelos enfermeiros no reconhecimento da dor no recém-nascido prematuro (RNPT).

Referências

Documentos relacionados

Introdução: Dismenorréia é definida como dor durante a menstruação, apresenta-se como primária e secundária. As abordagens mais utilizadas são as farmacológicas e algumas