XXXI Congresso de Iniciação Científica
Políticas afirmativas para a população LGBTI+: práticas institucionalizadas nas universidades públicas paulistas
Aluno-autor: Hugo Gepe Dellasta. Orientador: Leonardo Lemos de Souza. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Câmpus de Assis, Faculdade de Ciências e Letras. Psicologia.
Email: hugodellasta@hotmail.com. Bolsa Fapesp.
Palavras Chave: educação, LGBTI+, políticas afirmativas.
Introdução
Este trabalho faz parte de um projeto colaborativo entre pesquisadores brasileiros e espanhóis, com o propósito de mapear práticas institucionalizadas LGBTI+ nas universidades da Espanha e no Brasil.
Objetivo
O objetivo do trabalho é identificar e analisar o impacto das ações afirmativas de universidades públicas paulistas para o acesso e permanência à educação e o combate à violência contra a diversidade sexual e de gênero.
Material e Métodos
A pesquisa tem como referências os aspectos da abordagem qualitativa e da análise de conteúdo como forma de coleta e de análise dos dados.
Primeiramente foram acessados os órgãos institucionais responsáveis pela implementação destas políticas afirmativas nas universidades e em seguida: a) o levantamento e análise de documentos que descrevem o histórico, a proposta e o funcionamento das ações (equipe, local, proposições, metodologias, demandas); b) a realização de entrevistas semi-estruturadas com responsáveis administrativos e técnicos pelas ações; c) a realização de visitas nas instituições para conhecer as ações e as rotinas dos procedimentos destinados ao público LGBTI+.
Resultados e Discussão
Foram contemplados os eixos: a) a consideração ou não das demandas da população LGBTI+; b) articulação com políticas mais amplas na sociedade para a população LGBTI+; c) atualidade e alcance das discussões sobre acessibilidade e permanência da população LGBTI+; d) intencionalidade e valores fundamentos das ações. Com estas informações podemos produzir informações sobre a realidade e fenômenos estudados sobre a cidadania e direitos
LGBTI+ nas políticas afirmativas em Universidades públicas paulistas.
Conclusões
Existem ações pontuais vistas nos sites e nos documentos de algumas universidades, porém foi percebida, de forma geral, uma carência de políticas afirmativas institucionalizadas presentes nas universidades paulistas que são voltadas especificamente para os direitos LGBTI+. Grande parte das ações e discussões geradas acabam partindo dos coletivos de militância e grupo de estudos sobre gênero e sexualidades.
Agradecimentos
Ao Prof. Dr. Leonardo Lemos de Souza, pela orientação, apoio е confiança.
À Fapesp pela bolsa concedida.
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1Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Secretaria de Educação. Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil 2015: as experiências de adolescentes e jovens lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais em nossos ambientes educacionais. Curitiba: ABGLT, 2016.
2Bardini, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
3Butler, J. Cuerpos aliados y lucha política. Barcelona: Paidós, 2017.
4Costa, S. G. A permanência na educação superior no Brasil: uma análise das políticas de assistência estudantil. Anais do IX Colóquio Internacional de Gestão Universitária da América do Sul. Florianópolis, 2009, p. 1-13.
5Daliniauskas, M. De “temas polêmicos” a “sujeitos de direitos”: lgbt nas políticas públicas de direitos humanos e de educação (Brasil, 1996- 2010). Anais do Fazendo 11 Gênero 9 Diásporas, Diversidades, Deslocamentos, 2010, p. 1-10.
6Galindo, D. et al. LGBTs e gênero banidos? Notas genealógicas sobre projetos de lei no Brasil. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 22, n. 2, p.
253-264, abr./jun. 2017.
7Mott, L. et al. Pessoas LGBT mortas no Brasil – Relatório 2017 –
Grupo Gay da Bahia. Disponível em:
https://homofobiamata.files.wordpress.com/2017/12/relatorio2081.pdf.
8Souza, M. H. A militância LGBT na universidade: um estudo de caso do Coletivo KIU. Dissertação. Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares Sobre a Universidade, Salvador, Universidade Federal da Bahia, 2015, p. 91.
9Torres, M. A. Direitos humanos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) na educação e as lógicas heterossexistas. Anais do Fazendo Gênero 9 Diásporas, Diversidades, Deslocamentos, 2010, p. 1-10.