2 STATUS DA PESQUISA SOBRE POLÍTICAS CURRÍCULAS NO BRASIL: O CENÁRIO DO ENSINO DE MATEMÁTICA NO ENSINO MÉDIO 2. 2021, com o título: Políticas curriculares para o ensino médio e a escassez de produções sobre o ensino de matemática.
Tecendo o panorama das pesquisas sobre políticas curriculares com enfoque no
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). 2014 Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM) Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (DCNEM) 2015 Programa Inovador do Ensino Médio (ProEMI).
O que dizem as pesquisas sobre as políticas curriculares no período de 2010 a
Políticas curriculares e os efeitos sobre o currículo de Matemática
Em decorrência desse cenário, surgiu a necessidade de selecionar trabalhos que fossem voltados ao ensino de Matemática no Ensino Fundamental, para que pudéssemos realizar a pesquisa pretendida. Podemos dizer que os apontamentos apresentados até aqui fortalecem e justificam a realização de nossa pesquisa de mestrado, que nesta seção analisou pesquisas sobre políticas curriculares e o ensino de Matemática no Ensino Médio entre 2010 e 2020, que detecta a escassez de trabalhos e busca caminhos que levam a uma possível solução.
Políticas curriculares e as políticas de currículo: o que se faz pertinente
Políticas educacionais e as políticas curriculares
Dentro do enfoque histórico sobre a política curricular, as produções partiram do entendimento de que na Inglaterra da segunda metade da década de 1980 foi possível identificar trabalhos importantes e que os debates que se intensificaram no país na década seguinte foram questionados segundo Silva (2012, p.37) o “papel do Estado na política educacional desenvolvido a partir da disseminação da abordagem do Ciclo de Políticas de Stephen”. Jesus (2014) defende o Ciclo de Políticas como uma ferramenta de análise que apresenta vantagens sobre as demais, justificando-a.
Ciclo de Políticas de Stephen Ball
A Abordagem do Ciclo de Políticas, embora possa parecer simples, “é um arcabouço complexo, que requer diversas investigações e também a adoção de um arcabouço teórico que sustente a análise de políticas específicas” (MAINARDES, 2018, p.8). Ainda segundo Mainardes (2007, p.32), a abordagem do ciclo de políticas traz "várias contribuições para a análise das políticas, pois o processo político é entendido como multinível e dialético, que deve articular as perspectivas macro e micro", o que é uma visão não linear da política que está sendo estudada. Para Dias (2020), a abordagem do ciclo de políticas é um importante viés metodológico para compreender os processos de reforma curricular a partir dos contextos de influência e produção da BNCC, bem como os paradigmas dirigentes dessa construção e as limitações ideológicas decorrentes do envolvimento de organismos multilaterais.
Na tentativa de ampliar os estudos centrados no Estado7 dessa política, onde o estado é responsável por tudo e o centro das decisões, e superar a lacuna existente entre produção e implementação curricular (LOPES; MACEDO, 2011), é a abordagem do Ciclo de Políticas . foi adotada em uma análise não linear e interligada do contexto de influência e produção do texto político da BNCCEM, possibilitando a interpretação e reinterpretação de significados em um processo político caracterizado por vozes silenciadas, conflitos e contradições. No entanto, o texto não segue rigorosamente a ordem dessas questões, considerando que a análise pelo ciclo político deve “romper com as análises mecanicistas e lineares, que entendem o processo político como racional e ordenado” (MAINARDES, 2018, p.14 ) ).
Universo da Pesquisa
O estado da arte como metodologia de pesquisa
Na seleção inicial foram utilizados os seguintes descritores: Política Curricular, Política Curricular, Proposta Curricular, Política Educacional e Currículo Matemático, com refinamento nas principais áreas e conhecimentos de Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas e Multidisciplinares, devido ao porte das produções escolhido inicialmente pelo Descritor de Política Curricular, resultando em 60 teses e 122 dissertações, totalizando 182 produções, nesta etapa. Para filtrar as teses e dissertações que se enquadram no escopo desta pesquisa, visto que os resumos, palavras-chave e títulos são ferramentas de comunicação relevantes, pois dão acesso às informações da produção acadêmica, divulgadas pelo pesquisador, realizamos a leitura do self, selecionamos dentre as seguintes palavras-chave: Política Curricular, Proposta Curricular e Política Curricular. No entanto, houve pouca produção relacionada à Matemática com o descritor Política Curricular, por isso optamos por analisar também as produções que se referem ao descritor Currículo Matemática.
Diante de um refinamento em busca de produções que incluíssem políticas curriculares e seus resultados no ensino de matemática, principalmente no ensino médio, foram selecionadas 3 produções. Foram analisadas 256 produções entre os descritores Política Curricular e Currículo de Matemática, embora seja um grande corpo de trabalhos, poucos se debruçaram sobre o tema da pesquisa.
Procedimentos da pesquisa
Pesquisa Bibliográfica
- Pesquisa e análise Documental
Por se tratar de uma pesquisa que trata da reforma do ensino médio e do BNCCEM, sendo estes os documentos mais recentes na área da educação, que se apresentam como referência nacional para a formulação do currículo deste nível de ensino na Educação Básica, bem como as diretrizes de novas para a formação inicial e continuada de professores da Educação Básica, pesquisa documental. 3.ª versão do parecer, de 18 de setembro de 2019, denominado Texto de Referência – Diretrizes Curriculares Nacionais e Base Nacional Comum para a Formação Inicial e Continuada de Professores do Ensino Básico;. 2º, de 20 de dezembro de 2019, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica.
Parecer CNE/CP n. 22, de 7 de novembro de 2019 das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores do Ensino Básico e da Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores do Ensino Básico (BNC-Formação). Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica e estabelece a Base Nacional Comum para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica (BNC-Formação Continuada).
Banco de pesquisa objeto do estudo
Nesta parte analisamos a reforma do Ensino Secundário e do KKBK a partir do Policy Cycle, na perceção do contexto de influência e no quadro da produção do texto político proposto por Stephen Ball. Através do contexto de influência tornou-se possível analisar o percurso e os primeiros discursos que estiveram presentes na reforma do ginásio, muito cedo no quadro da produção, os discursos materializaram-se e ganharam forma. Passado o contexto de influência e produção, foram apresentadas as principais mudanças na (re)organização curricular do Ensino Secundário, com apontamentos sobre matemática.
Na análise da BNCC, apresentamos os resultados da análise do contexto de influência, abordando a trajetória da BNCCEM e as discussões em torno de um currículo contestado, e o contexto da produção do texto político que abrangeu as discussões desde a consolidação da base que trata de documentos oficiais em polifonia com outros textos, para possíveis ações de implementação no atual governo. Logo em seguida, analisou-se a organização do ensino de matemática na BNCCEM e concluiu-se a análise com a discussão sobre a BNCCEM e a educação matemática.
Contexto de influência da reforma do Ensino Médio: primeiros discursos e o
Contexto de produção da reforma do Ensino Médio
1. A base nacional comum dos currículos do ensino secundário incluirá, entre as suas componentes e conteúdos obrigatórios, o estudo da língua portuguesa; de matemática; conhecimento do mundo físico e natural; Filosofia e Sociologia;. Em termos de organização curricular, houve uma aproximação com as atuais diretrizes nacionais para o currículo do ensino médio. A base nacional comum dos currículos do ensino secundário incluirá, para além das componentes e conteúdos obrigatórios, o estudo da língua portuguesa; de matemática; conhecimento do mundo físico e natural; de filosofia e
A base nacional comum para a educação de jovens abrangerá as quatro áreas do conhecimento: . línguas, matemática, ciências naturais e humanidades. Os currículos do ensino secundário abrangerão as quatro áreas de conhecimento e adotarão métodos de ensino e avaliação que demonstrem contextualização, . interdisciplinaridade e transversalidade, bem como.
Apontamentos sobre a (re)organização curricular do Ensino Médio
O mesmo documento da ONG afirma que “apenas 9% dos jovens de escolas públicas que concluem o ensino médio aprenderam matemática o suficiente” (TODOS PELA EDUCAÇÃO, 2020, p.32). Embora as mudanças relacionadas ao ensino de matemática no ensino médio sejam mais visíveis na BNCC, o que não é o objetivo deste estudo, achamos importante. Ressalta-se que a tabela acima não contém todos os pontos contemplados na substituição do PL nº 6.840/13, na MP nº 746/16 e na Lei nº, mas contém os aspectos relacionados ao ensino médio de matemática.
Entretanto, é importante ressaltar que as alterações apresentadas pelo CEENSI no substitutivo em relação ao PL nº. 6.840/13, fruto de movimentos nas esferas da sociedade e de diversos sujeitos do campo da educação, com destaque para o movimento nacional pelo ensino médio. Portanto, problematizar a reforma do ensino médio, arraigada em um cenário autoritário, é essencial para compreender interesses políticos que vão além da política curricular.
O Contexto de influência da BNCCEM: um currículo em disputa
Contexto de produção do texto político da BNCCEM
Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter uma base nacional comum, que deve ser complementada em cada sistema educacional e instituição escolar por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, cultura, economia e alunos. . 9º da LDB 9.394/96 estabelece que compete à União, em cooperação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desenvolver “competências e diretrizes para a educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, que definam os currículos e suas conteúdos mínimos para garantir uma formação básica comum” (BRASIL, 2018, p.10). 26 da LDB, que estabelece que o ensino médio deve ter uma base nacional comum que deve ser complementada por uma parte diversificada.
Tais competências devem nortear as decisões pedagógicas e se expressar segundo a BNCC “na construção do conhecimento, no desenvolvimento de habilidades e na. Entre os pontos apresentados, abordou a implementação da BNCC, o apoio à implementação do Novo Ensino Médio e a sustentabilidade e continuidade da Política Educacional.
BNCCEM: Discutir é possível?
Também no portal da BNCC é possível verificar essa não implementação das medidas destinadas à Base, e na parte de implementação está o Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum Curricular (ProBNCC), que tem origem no anterior governo, com o objetivo de apoiar estados e municípios na (re)criação de seus planos curriculares por meio da articulação com o banco de dados. A falta de diálogo no processo de construção e consolidação do binômio Novo Ensino Médio e BNCC, além de visível no processo de construção, foi demonstrada pelo então presidente da comissão bicameral da BNCC, que criticou duramente a proposta da BNCCEM. MIK, porque ele acha que tal proposta. Em seus argumentos, César Callegari (2018) abordou o voto contrário à aprovação da BNCC pelos três conselheiros do CNE pela falta de debate e transparência.
Desde o início do atual governo de Jair Bolsonaro, a implementação da BNCC não tem sido destacada no MEC (MACEDO, 2019), o que provavelmente é fruto das constantes trocas de ministros da educação. Portanto, levando em conta o conservadorismo e o evangelismo característicos do atual governo Bolsonaro, é provável que a falta de diálogo e discussão aprofundada com os diversos setores da educação nacional, tão característicos do processo de construção da BNCC, continuam a estar presentes no processo da sua implementação.
Ensino de Matemática e a BNCCEM: implicações curriculares
A aposta na aprendizagem está claramente refletida nas novas orientações para a formação inicial e contínua dos professores do ensino básico. Portanto, as novas diretrizes para a formação inicial e continuada de professores do ensino fundamental estão alinhadas com a BNCC e seguem o mesmo objetivo capitalista que privilegia os interesses da iniciativa privada. Formação formatada: posicionamento da Anped sobre o "Texto de Referência - Diretrizes Curriculares Nacionais e Bases Nacionais Comuns para a Formação Inicial e Continuada de Professores do Ensino Fundamental".
Define as diretrizes dos currículos nacionais para a formação básica de professores da educação básica e estabelece a base nacional comum para a formação básica de professores da educação básica (educação BNC). Texto de referência - Orientações curriculares nacionais e bases nacionais comuns para a formação inicial e contínua de professores do ensino básico. Diretrizes Curriculares Nacionais de Formação Básica de Professores da Educação Básica e Base Nacional Comum de Formação Básica de Professores da Educação Básica (BNC-Formação).
Fornece orientações curriculares nacionais para a formação contínua de professores primários e estabelece uma base nacional comum para a formação contínua.
