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Prevalência e impacto funcional da dor musculoesquelética crônica em indivíduos com deficiência física

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Academic year: 2023

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Ainda são poucos os estudos sobre a prevalência de VKM e o quanto essas dores afetam a funcionalidade específica de pessoas com deficiência física. Métodos: Estudo observacional transversal com 152 indivíduos com deficiência física que responderam a perguntas sociodemográficas autoaplicáveis ​​sobre a presença de DMC, funcionalidade específica relacionada à dor (escala funcional específica do paciente), intensidade da dor (escala numérica de dor), uso de auxiliares de locomoção, exercícios regulares e atividades pré-esportivas, além de questões autorreferidas sobre incapacidade física (tipo, classificação fisiológica e grau de dificuldade nas AVD). A média da funcionalidade específica (0-10, considerando 0 como o pior escore) da principal tarefa funcional prejudicada pela dor crônica foi de 2,95 (DP=1,57).

Conclusão: Os TMC são altamente prevalentes em indivíduos com deficiência física e parecem contribuir para o declínio da funcionalidade específica em indivíduos com deficiência física. Palavras-chave: Dor musculoesquelética; Incapacidade funcional; funcionalidade específica; Pessoas com deficiência física e Equipe de Saúde da Família (ESF).

Revisão de Literatura

  • Introdução
    • Definição de dor
    • Dor musculoesquelética crônica
    • Dor musculoesquelética e a funcionalidade específica
    • Deficiência física
    • Conhecendo a cidade de Fraiburgo – SC/Brasil
  • Justificativa
    • Relevância para as Ciências da Reabilitação
    • Relevância para a Agenda de Prioridades do Ministério da Saúde
    • Relevância para o Desenvolvimento Sustentável
  • Objetivos
    • Primário/Geral
    • Secundários/Específicos
  • Hipóteses

Nesse sentido, das doenças ocupacionais, destaca-se o desenvolvimento da doença osteomuscular até a dor musculoesquelética (DMC) crônica como um importante problema de saúde pública, pois devido ao seu alto índice é considerada como uma doença presente na CID 11. Primeiramente, os diagnósticos relacionadas à dor crônica sistematicamente apresentadas em um código publicado pela Organização Mundial da Saúde e revisado periodicamente (BLYTH et al 2018). A dor musculoesquelética é considerada prevalente e seus efeitos são profundos nos indivíduos, nos sistemas de saúde e de assistência social.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 10,0% da população dos países desenvolvidos é composta por pessoas com algum tipo de incapacidade funcional, e esse percentual sobe para cerca de 15,0% nos países em desenvolvimento. A funcionalidade é geralmente medida pelas atividades de vida diária e a mobilidade física é frequentemente utilizada para sua avaliação, sendo considerada um importante indicador do estado de saúde (ALVES et al, 2008). Adultos com baixa condição financeira procuram menos os serviços de saúde e têm pouco acesso a tratamentos e medicamentos.

Atualmente, o município de Fraiburgo não possui um número exato de pessoas com deficiência, mas segundo dados do G-MUS, programa da Atenção Básica do Ministério da Saúde, estima-se que tenha cerca de 1000 a 1500 cidadãos com deficiência deficiências. No plano municipal de saúde para os anos de 2018 a 2021, inclusive, a diretriz número 07 prevê a garantia do atendimento integrado à pessoa com deficiência em articulação com outros pontos de atenção e outros pontos intersetoriais. Com o objetivo de melhorar o estado de saúde das pessoas com deficiência, por meio da qualificação de ações preventivas, detecção precoce e tratamento oportuno de doenças, por meio de uma rede organizada para garantir acesso, acolhimento e resolutividade.

05 Unidades Básicas de Saúde (Unidade de Saúde Macieira, Unidade de Saúde Nações, Unidade de Saúde São José, Unidade de Saúde São Miguel, Unidade de Saúde São Sebastião), nestas unidades a SEE conta com equipes completas. As pessoas com deficiência devem ter acesso a todos esses serviços básicos de saúde, conforme especificado no plano municipal de saúde. DMC e alterações funcionais específicas são elementos subnotificados pela atenção básica no Brasil, pois não são registrados especificamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), e uma das responsabilidades da estratégia da atenção básica no Brasil é manter uma postura facial proativa. problemas de saúde da população, além de desenvolver suas atividades de acordo com o planejamento e a programação, que é realizada a partir de um diagnóstico situacional.

Figura 1. Localização no Mapa de SC a cidade de Fraiburgo. (PMS 2018-2021)
Figura 1. Localização no Mapa de SC a cidade de Fraiburgo. (PMS 2018-2021)

Participantes e Métodos

  • Aspectos éticos
  • Delineamento do estudo
    • Local de realização do estudo
  • Amostra
    • Local de recrutamento do estudo
    • Critérios de inclusão
    • Critérios de exclusão
  • Instrumentos de Avaliação e Procedimentos
  • Desfechos
    • Desfecho primário
    • Desfecho secundário

Os indivíduos foram recrutados no sistema de atendimento automatizado do Serviço de Saúde Pública e pesquisados ​​em suas casas, serviços de atendimento usando um questionário autopreenchido do Google Forms devido à pandemia de COVID-19. A pessoa com distúrbios cognitivos que a impedissem de responder ao questionário, com ou sem ajuda de um familiar ou cuidador; O instrumento de avaliação foi um questionário para avaliar a incapacidade física e avaliar a presença, localização e intensidade dos TMC e possível comprometimento funcional nas AVD.

A intensidade da dor foi avaliada por meio da escala numérica de dor, que possui valores que variam de zero (sem dor) a dez (pior dor imaginável). Para a avaliação da funcionalidade específica, foi utilizada a Escala Funcional Específica do Paciente (PEF), desenvolvida especialmente para pacientes com Consiste em uma entrevista na qual o sujeito escolhe entre três e cinco atividades importantes, cuja execução é difícil ou impossível devido à sua deficiência ou problema de saúde.

Para cada atividade, o paciente atribui um grau de dificuldade de 0 ("incapaz de realizar a atividade") a 10 ("capaz de realizar a atividade no mesmo nível de antes da lesão ou problema") ( VAZ et al, 2017) . No questionário, o entrevistado foi solicitado a identificar 3 atividades importantes que ele não conseguia fazer e tinha dificuldade em fazer por causa da dor. Hoje tem uma atividade que você não consegue ou tem dificuldade de fazer por causa da sua dor.

Se o respondente respondesse sim à pergunta anterior, ele deveria nomear de uma a três atividades principais que não conseguia realizar devido à dor e deveria dar uma pontuação entre 0 (incapaz de realizar a atividade) e 10 (capaz de realizar realizar a atividade como fazia antes da dor).

Resultados

A intensidade média da dor de cabeça autorrelatada pelos participantes com dor musculoesquelética crônica foi de 6,33 (DP=1,49). A Tabela 2 apresenta a prevalência de TMC por localização, indicada pela localização no mapa corporal (figura de Corlett) ilustrada no questionário representando a localização da dor por um número. A funcionalidade específica média da principal tarefa funcional prejudicada na primeira das 3 questões, sendo a caminhada a mais relatada, para dor crônica foi o escore médio 2,95 (DP=1,57).

Para cada atividade, o respondente atribui um grau de dificuldade de 0 ("incapaz de realizar a atividade") a 10 ("capaz de realizar a atividade no mesmo nível de antes da lesão ou problema").

Tabela 2. Prevalência de dor musculoesquelética crônica por localização
Tabela 2. Prevalência de dor musculoesquelética crônica por localização

Discussão

Os problemas das pessoas com deficiência não estão tanto nelas, mas na sociedade, o que cria barreiras e possíveis dificuldades (SASSAKI, 1997). Como, segundo YA et al (2018), exercícios domiciliares bem desenvolvidos e aplicados para pessoas com deficiência podem estar associados a melhorias em seu funcionamento físico, e relata a importância do atendimento e orientações domiciliares, a interação frequente com o grupo é necessária para determinar como melhorar o resultado das habilidades físicas. Um programa de exercícios domiciliares pode ser ensinado, e se realizado rotineiramente em centros comunitários de saúde para pessoas com deficiência, traria uma boa melhora na redução de problemas físicos e consequente melhora na qualidade de vida.

Por outro lado, sabe-se que um estilo de vida sedentário ou inatividade física contribui para consequências negativas para a saúde de indivíduos com deficiências físicas, a inatividade física está fortemente associada à incidência e gravidade de um grande número de doenças crônicas. Pessoas com deficiência muitas vezes encontram dificuldades e não realizam atividades físicas e laborais, enquanto outras não se percebem como pessoas com deficiência e levam uma vida normal, superando barreiras e claro se inserindo na sociedade onde vivem (MORAES et al, 2019) , no entanto, evidenciam-se dificuldades de barreiras de acesso, equipamentos adaptados e falta de profissionais qualificados que oportunizem a pessoa com deficiência a prática de atividades físicas, ressaltando a importância de oferecer mais oportunidades e possibilitar o acesso e aumento da oferta desse serviço. seja em academias públicas ou privadas. Os locais de dor mais relatados: região lombar, ombros e joelhos estão diretamente relacionados às atividades básicas de vida diária como caminhar e vestir-se e atividades domésticas, que, devido às alterações biomecânicas decorrentes da incapacidade física, apresentam dificuldades de movimentação e como em decorrência dessa dificuldade, a dor torna-se crônica e gera dificuldades para o indivíduo com alteração significativa em sua qualidade de vida.

A dor musculoesquelética é um problema prejudicial para pessoas com deficiência física e pode piorar com o tempo, resultando em maior incapacidade e redução da qualidade de vida (SIQUEIRA, 2019). Destacamos a importância da realização de um trabalho de prevenção primária, que trabalha com estímulos essenciais ao indivíduo e proporciona as condições necessárias, com técnicos qualificados e adequações em materiais e equipamentos, se necessário, para a realização de atividade física para pessoas com deficiência. Concluímos que o KMD foi generalizado em indivíduos com deficiências físicas e parece contribuir para a redução da funcionalidade específica em indivíduos com deficiências físicas.

E enfatizamos que as pessoas com deficiência física necessitam de intervenções de prevenção primária em saúde, que sejam capazes de eliminar tanto as barreiras ambientais quanto as sociais.

Conclusões

Considerações Finais

  • Apêndice 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
  • Apêndice 2 – Questionário de avaliação dos participantes utilizando a plataforma Google Forms
  • Declaração de Instituição Coparticipante
  • Autorização para utilizar o banco de dados da Secretaria da Saúde – Fraiburgo - SC
  • Parecer do Comitê de Ética e Pesquisa

Dor musculoesquelética crônica: um problema de saúde pública que requer mais prevenção e uma nova abordagem clínica e previdenciária. BUCHALLA, C.M., CIF-Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, Organização Mundial da Saúde, Editora da Universidade de São Paulo, 2003. CIF: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde [Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para a Família de Classificações Internacionais] .

Teste clinimétrico de três medidas de resultados autorrelatados para pacientes com dor lombar no Brasil: qual é o melhor. In: Effects Review Abstract Database (DARE): Revisões avaliadas pela qualidade [Internet]. In Novos comentários à Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Brasília, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Secretaria de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 2014.

MÜLLER R., BRINKHOF M.W., ARNET U., HINRICHS T., LANDMANN G., JORDAN X., BÉCHIR M., Prevalence and associated factors of pain in the Swiss spinal cord injury population. JAHNSEN R., VILLIEN L., AAMODT G., STANGHELLE J.K., Holm I., Musculoskeletal pain in adults with cerebral palsy compared with the general population. Pain intensity and functional limitation do not correlate with medical imaging findings in patients with shoulder pain.

PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE: 2013: ciclos de vida: Brasil e principais regiões / IBGE, Coordenação de trabalho e renda. RESENDE, M.C., Ajustamento psicológico, perspectiva pessoal de envelhecimento e satisfação com a vida em adultos e idosos com deficiência física. Em decorrência da pandemia do COVID-19, foi disponibilizado o termo de consentimento livre e esclarecido no início do questionário na plataforma Google Forms, o qual foi utilizado para manter as devidas diligências, evitando contato direto entre o entrevistador e os entrevistadores . .

Imagem

Figura 1. Localização no Mapa de SC a cidade de Fraiburgo. (PMS 2018-2021)
Figura 2. Pirâmide Etária Por Sexo e Grupos de Idade. (IBGE, 2016)
Figura 3. Evolução do índice de desenvolvimento humano de Fraiburgo. (Atlas de Desenvolvimento  Humano do Brasil, 2013)
Tabela 2. Prevalência de dor musculoesquelética crônica por localização
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Referências

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