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primeiras vacinas aplicadas contra o covid-19 no brasil

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Academic year: 2023

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19º Seminário de Pesquisa/Seminário de Iniciação Científica - UNIANDRADE 2021

PRIMEIRAS VACINAS APLICADAS CONTRA O COVID-19 NO BRASIL Josiane Castro*, Jhonatan Kawan*, Nicole Liceti*, Priscila Maciel *, Daniela C. Imig**,

Wilian Radiak**.

*Acadêmicos do Curso de Farmácia Uniandrade, Curitiba PR, Brasil

**Docente do Curso de Farmácia Uniandrade, Curitiba PR, Brasil e-mail: jjjosianecastro@gmail.com

Resumo: No último ano diversas vacinas foram desenvolvidas com objetivo de prevenir a infecção, reduzir e prevenir complicações sérias da Doença por Coronavírus 2019 (COVID- 19). No Brasil estão sendo aplicadas na população as vacinas Coronavac (Sinovac Biotech), Astrazeneca/Oxford (AstraZeneca) e Comirnaty (Pfizer/BioNTech) mediante autorização da ANVISA. Este artigo tem como objetivo apresentar a tecnologia de produção das vacinas para COVID-19. Através de pesquisa em bases de dados científicos, foi constatado que as vacinas administradas em território brasileiro são produzidas através de inativação viral, vetor viral recombinante (tecnologias tradicionais) e RNA mensageiro (tecnologia inovadora).

Palavras-chave: covid-19, vacina, vírus.

Abstract: In the last year, several vaccines were developed with the aim of preventing infection, reducing and preventing serious complications of Coronavirus Disease 2019 (COVID-19). In Brazil, the vaccines Coronavac (Sinovac Biotech), Astrazeneca/Oxford (Astra Zeneca) and Comirnaty (Pfizer/BioNTech) are being applied in the population with authorization from the National Agency of Sanitary Vigilance (ANVISA). This article means to present the technology used to produce COVID-19 vaccines. Trough research in scientific databases, it was found that the vaccines used on brazilian territory are produced by viral inactivation, recombinant viral vector (traditional technologies) and messenger RNA (novel technology).

Keywords: covid-19, vaccine, virus.

INTRODUÇÃO

Em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China foi identificada uma doença infecciosa, uma pneumonia causada por um vírus de origem zoonótica, ou seja, são transmitidos entre animais e humanos. A atual infecção, é causada por uma nova cepa de coronavírus humano, que foi nomeado pelo Comitê Internacional na Taxonomia de vírus (ICTV) de SARS-CoV-2 (síndrome respiratória aguda grave- Coronavírus 2).

SARS-CoV-2 é um Betacoronavírus do subgênero Sarbecovírus e da família Orthocoronavirae, identificado como o sétimo membro da família Coronavidae.

Esse vírus tornou-se o causador da COVID-19. Em 11 de março de 2020 diante

da velocidade da disseminação dessa virose a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia definida como

“Doença por Coronavírus 2019 (COVID- 19)” [1].

Com intuito de desacelerar ou até encerrar a pandemia, foram realizados esforços globais para o desenvolvimento de uma vacina para COVID-19. Todavia, o desenvolvimento e produção de uma vacina pode levar até uma década, o que impôs sérias barreiras a estes esforços [3].

Independente disso, foram disponibilizadas vacinas eficazes e seguras em menos de dois anos. Este estudo tem por objetivo revisar as tecnologias de produção das vacinas aprovadas pela Agência Nacional de

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Vigilância Sanitária em uso atualmente no território brasileiro.

MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo é uma pesquisa exploratória de caráter qualitativo.

A busca dos artigos foi realizada através das bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico; a partir dos descritores:

“vacinas contra o covid”, “covid 19”.

Os critérios de exclusão foram artigos que não correspondiam aos critérios de inclusão, que foram: artigos na íntegra, não pagos, em português, publicados de 2020 a 2021 e que contemplassem o escopo do presente estudo.

Foram encontrados 15 artigos referentes ao tema e após leitura dos artigos cinco foram excluídos devido ao critério de inclusão. A partir dos 10 artigos, desenvolveu-se o presente estudo.

RESULTADOS Histórico

As vacinas surgiram no século XVIII quando Edward Jenner descobriu a vacina antivariólica, onde comprovara que ao inocular uma secreção de um paciente doente com outra pessoa saudável, esta última desenvolvia sintomas muito mais brandos e tornava-se imune. A vacina da varíola foi desenvolvida a partir de um tipo de varíola que acometia as vacas, já que Jenner notara que ordenhadores de vacas contaminadas acabavam imunes à varíola humana. A partir disso, a palavra vacina (do latim Vaccinum, que significa “de vaca”), tornou-se correspondente aos inóculos que apresentam capacidade de produzir anticorpos. As vacinas são efetivas no controle de doenças, é um método mais barato para a saúde coletiva [2].

Produção de vacinas

O desenvolvimento de vacinas é um processo constituído de várias etapas e pode demorar anos para ser concluído. A primeira etapa do processo é correspondente a pesquisa básica, já na segunda etapa, são realizados os testes pré-clínicos (in vitro e/ou in vivo) no intuito de comprovar a segurança e o potencial imunogênico da vacina, na terceira etapa, ocorrem os ensaios clínico [3].

As vacinas virais, podem ser classificadas em vírus atenuados (o vírus se mantém ativo porém, incapaz de causar doenças), vírus inativado (contém o vírus inativado por agentes químicos ou físicos), e sub-unidades (contém fragmentos do vírus (antígenos) purificados) [4].

Mecanismo de ação geral

As vacinas são compostas do antígeno que gera uma resposta imune, conservantes, que impedem que a vacina seja contaminada após aberto o frasco, estabilizadores, estes impedem que ocorram reações químicas e que componentes da vacina adiram a parede do frasco, surfactantes, mantendo todos os ingredientes misturados impedindo aglutinação dos elementos [5].

A pandemia

A pandemia global do covid-19 está impulsionando o desenvolvimento de plataformas de tecnologias para a produção de vacinas através de novos paradigmas científicos e tecnológicos [6].

No último ano diversas vacinas foram desenvolvidas e estão sendo estudadas com o objetivo de prevenir a infecção reduzir e evitar complicações graves da COVID-19. No Brasil atualmente estão sendo aplicadas na população três tipos vacinas mediante autorização da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária):

Coronavac, Pfizer e Astrazeneca.

Atualmente embora existam muitas

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lacunas sobre o uso destas vacinas, a imunização vem sendo realizada em regime de urgência, com priorização de acordo com a vulnerabilidade de diferentes grupos de pacientes, considerando os conhecimentos sobre as vacinas anteriores e que o benefício supera eventuais riscos [7].

Coronavac (Sinovac Biotech/Butantan) A Coronavac é uma vacina contra o COVID-19 desenvolvida pela biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech.

A vacina utiliza uma versão quimicamente inativada do vírus SARS-coV-2. No Brasil, por meio de uma parceria entre Sinovac e Instituto Butantan, a vacina já está sendo produzida no país, sua eficácia é de cerca de 50,4%. Deve ser administrada via intra muscular, em duas doses, com intervalo de 2 a 4 semanas entre as aplicações. Deve ser conservada em refrigerador na temperatura de 2º a 8º C. Os efeitos colaterais mais comuns são dor no local da aplicação, mialgia, febre, fadiga e cefaleia, podendo ser utilizado analgésicos e antitérmicos [8].

Covishield (AstraZeneca/Oxford)

Astrazenca pertencente a indústria farmacêutica Astrazeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, os pesquisadores afirmaram que a vacina é segura e capaz de induzir resposta imunológica em humanos, esta vacina utiliza vetor de adenovírus de chimpanzé não replicante que expressa a proteína

“spike” (espícula) do vírus. No Brasil por uma parceria entre Astrazeneca /Universidade de Oxoford e a fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a vacina já está sendo produzida no país. Com eficácia de 82,4 % é administrada via intramuscular, em duas doses, com intervalo entre 4 a 12 semanas, sua conservação pode ser feita em refrigerador de 2º a 8º C. Os efeitos colaterais mais comuns da vacina são dor no local da aplicação, aumento do

linfonodo axilar ipsilateral, febre, fadiga e cefaleia. Caso ocorra essas reações adversas analgésicos e antitérmicos podem ser utilizados [9].

Comirnaty (Pfizer/BioNTech)

A vacina Comirnaty desenvolvida pelas empresas Pfizer e BioNTech (Alemanha e Estados Unidos, respectivamente) alcançou 95,5% de eficácia e em 23 de janeiro de 2021 a ANVISA á concedeu o registro definitivo. Ela se baseia na técnica do RNA mensageiro e possui uma parte sintética do material genético do vírus, necessita de armazenamento abaixo de - 70º C, o que pode ser um fator complicador para sua distribuição. Sua administração é via intramuscular 0,3ml com intervalo maior ou igual a 21 dias entre as aplicações, após diluída temperatura de conservação, 2 a 25 graus C durante 6 horas [10].

CONCLUSÃO

A vacinação é uma importante ferramenta no combate a pandemia causada pelo SARS-CoV-2, embora ainda existam muitas lacunas sobre o uso destas vacinas, a imunização vem sendo realizada em regime de urgência, considerando os conhecimentos anteriores e que o benefício supera riscos diante da pandemia devastadora. Entretanto, por se tratar e um novo campo de conhecimento em constante expansão e modificação, todas as recomendações de mitigação da doença, como uso de máscaras, higienização frequente das mãos e distanciamento social, necessitam continuar, até que imunidade coletiva seja alcançada.

O sucesso do controle dessa pandemia não depende somente de um fator (vacina) e sim um conjunto de ações combinadas, incluindo um pacto social pela prevenção da disseminação, buscando um desfecho onde haja proteção para todos.

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Referências

[1] Reis PR, Leite RGJ, Costa AG. Boletim Científico Mineiro de Pediatria. Especial covid -19. Número 14- 18 de Janeiro, 2021.

[2] Silva POL, Nogueira RMJ. A corrida pela vacina em tempos de pandemia: a necessidade da imunização contar a covid- 19. RBAC.2020;52(2):149-53.

[3] Mendonça BS, Soares PT, Ronald C, Burla SR, Amorim SC. Tecnologias globais na produção de vacinas contra o covid-19.

Revista científica da FMc. Vol.15, nº2,2020.

[4] Junior FMA, Silva AMCR, Brandão MBA, Marroni AC, Mello BEC. Atualização das recomendações da SBH sobre a covid-19 na cirrose e no transplante de fígado- vacinação contra Sars-cov-2:

Sociedade Brasileira de Hepatologia, abril 2021.

[5] Guimarães R. Vacinas anticovid: um olhar da saúde coletiva. Núcleo de Bioética Aplicada Universidade Federal do RJ,2020.

[6] Oliveira GA, Silveira D.

Desenvolvimento de vacinas contra o covid-19. Cooperação ou competição internacional. Ciências Farmacêuticas 2020.

[7] Fontanella CJ, Freitas CPA. Cenários pós pandemia para amalha de P e D e para a produção de vacinas no Brasil,2020.

[8] Neto AH, Sachetti GC, Costa MNM, Souza AP. Vacinas em desenvolvimento contra o covid-19; Secretaria de ciência e tecnologia, inovação e insumos estratégicos em saúde; Brasília DF 2021.

[9] Rios AA. Astrazeneca e Brasil:

estratégias utilizadas para lidar coma as contradições globais entre compartilhamento de novas descobertas e

a pressão da lógica do mercado.

Universidade Federal da Paraíba; Joao Pessoa 2020.

[10] Stevanim FL. Uma vacina para a Humanidade; Da expectativa à realidade, os esforços para se chegar a uma vacina contra o covid-19 acessível à população.

Referências

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