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Prospecção do potencial anti-glicação de fitoquímicos via ensaios in vitro

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Academic year: 2023

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XXVI Congresso de Iniciação Científica

Prospecção do potencial anti-glicação de fitoquímicos via ensaios in vitro

Karen Ramalho Palermo, Tayra Ferreira Oliveira de Lima, Mariana de Campos da Costa, Amanda Martins Baviera, Iguatemy Lourenço Brunetti. Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Câmpus de Araraquara. Curso: Farmácia-Bioquímica. E-mail: ka.palermo@hotmail.com. Bolsa: PIBIC- reitoria/CNPq.

Palavras Chave: diabetes mellitus, potencial anti-glicação, derivados do ácido p-cumárico

Introdução

A manutenção da hiperglicemia por longos períodos é um dos principais fatores que contribuem para a gênese e progressão das complicações do diabetes mellitus (DM), via um conjunto de reações que fazem parte do chamado estresse glicativo. A reação não enzimática entre os grupos carbonilas de açúcares redutores e os grupos amino livres de proteínas culminam na formação dos produtos finais de glicação avançada (AGE). Os AGE modificam a estrutura das proteínas, prejudicando suas funções, bem como exacerbam vias que culminam em estresse oxidativo e perfil pró-inflamatório. Cresce o interesse na busca por ativos capazes de inibir a glicação de proteínas e/ou a formação de AGE, substanciando evidências que possam indicar o uso destes como uma opção terapêutica complementar na prevenção das complicações do DM.

Objetivos

Investigar o potencial anti-glicação de compostos derivados do ácido p-cumárico: ácido ferúlico, curcumina (diferuloilmetano), ácido cafeico e ácido rosmarínico, via sistema-modelo de glicação in vitro.

Material e Métodos

O sistema-modelo de glicação proteica in vitro baseou-se na incubação de albumina sérica bovina (BSA, 10mg/mL) e glicose (0,5M), em tampão fosfato 0,1 M (pH 7,4) contendo 0,02% de azida sódica. Para a validação do sistema-modelo, foram conduzidas as incubações: controle glicação(-) (BSA); controle glicação(+) (BSA+glicose); controle anti-glicação(+) (BSA+glicose+aminoguanidina). A aminoguanidina, que inibe a geração de AGE, foi usada nas concentrações de 0,1mM, 0,25mM, 0,5mM, 1mM, 5mM. As incubações com os fitoquímicos (0,25mM e 0,5mM) foram: controles fitoquímico (glicose+fitoquímico; BSA+fitoquímico);

glicação(+)fitoquímico (BSA+glicose+fitoquímico).

Todas as incubações foram realizadas a 37ºC durante 7 e 14 dias. Ao final das incubações, foram retiradas alíquotas para: estimativa de AGE totais via fluorescência (λexc 355nm; λem 430nm); quantificação

de proteínas carboniladas (PCO) via espectrofotometria; separação eletroforética de proteínas em SDS-PAGE para estudo da formação de ligações cruzadas entre proteínas (cross-linking).

Resultados e Discussão

A funcionalidade do sistema-modelo de glicação foi confirmada via estimativa de AGE totais: as fluorescências de AGE na condição BSA+glicose foram 3,4 vezes (7 dias) e 5,5 vezes (14 dias) maiores em relação à condição BSA. Em ambos os tempos de incubação, o perfil de potencial anti- glicação dos fitoquímicos foi semelhante: todos os fitoquímicos diminuíram a formação de AGE, de maneira mais evidente que a aminoguanidina, com exceção do ácido ferúlico, que aparentemente interferiu no ensaio, visto que o controle ácido ferúlico+BSA apresentou fluorescência. Em relação ao PCO (marcador de dano oxidativo proteico), também foi observado potencial protetor dos fitoquímicos, uma vez que houve diminuição de PCO nas condições BSA+glicose+fitoquímicos em relação à BSA+glicose; porém, a curcumina parece interferir no ensaio, visto que foram obtidos valores negativos de absorbância. Na eletroforese, na condição BSA+glicose, além da banda referente à albumina (66 kDa), surgiu uma nova “banda" acima de 66 kDa, sugestivo de ligações cruzadas entre proteínas. Na condição BSA+glicose+fitoquímicos, com exceção do ácido rosmarínico, houve redução no tamanho desta banda, indicando uma proteção contra a formação de ligações cruzadas.

Conclusões

A redução nos níveis de AGE e PCO na condição BSA+glicose+fitoquímicos, bem como a atenuação na geração de ligações cruzadas entre proteinas, sugerem um importante potencial anti-glicação e/ou anti-AGE dos derivados de ácido p-cumárico, que podem ser futuros candidatos em terapias complementares para prevenir as complicações crônicas do DM relacionadas ao estresse glicativo.

Agradecimentos

Apoio financeiro: PIBIC-reitoria/CNPq.

Referências

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