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Papel das reservas particulares na conservação: preenchendo a lacuna deixada pelo Estado na proteção da biodiversidade

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Academic year: 2023

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O PAPEL DAS RESERVAS PRIVADAS NA CONSERVAÇÃO: COMPLETANDO O EIXO DEIXADO PELO ESTADO NA PROTEÇÃO DA BIODIVERSIDADE. O papel das reservas privadas na conservação: preenchendo a lacuna deixada pelo estado na proteção da biodiversidade / Angela Yuri Saito. O papel das reservas privadas na conservação: preenchendo a lacuna deixada pelo estado na proteção da biodiversidade.

As alterações climáticas e a perda de biodiversidade são os maiores desafios ambientais do nosso tempo, e a principal solução para os travar é a criação de áreas protegidas. Assim, o objetivo do trabalho é entender como é tratada a conservação da biodiversidade brasileira, no âmbito das unidades de conservação com atenção às reservas particulares, discutir o papel de outros atores que atuam nas unidades de conservação e quais são as perspectivas futuras. bibliografia referenciada, legislação aplicada a este tema, banco de dados do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. Com relação às RPPNs, entende-se que, com sua criação, aumentará seu impacto na conservação e contribuirá para a consolidação do tema de forma mais interna em todos os setores da sociedade.

Nesse sentido, somente com o amadurecimento e fortalecimento do tema por parte do Estado haverá oportunidades para um funcionamento mais independente também de outros segmentos da sociedade. Para isso, foi utilizada bibliografia de referência, legislação relacionada ao tema, banco de dados do Sistema Estadual de Unidades de Proteção à Natureza. Nesse sentido, somente com o amadurecimento e fortalecimento do tema por parte do Estado haverá oportunidades para um funcionamento mais independente também de outros segmentos da sociedade.

ARIE Área de Relevante Interesse Ecológico CDB Convenção da Diversidade Biológica Cadastro Nacional de Unidades de Conservação CNUC.

Introdução

Hipótese e Objetivo

Revisão Bibliográfica

  • Recursos Ambientais
  • Conservação
  • Áreas protegidas
    • Categorias de áreas protegidas IUCN
    • Governança de Áreas Protegidas
  • Histórico no Brasil
  • SNUC
  • Reserva Particular do Patrimônio Natural

Kareiva e Marvier (2012) dizem que a conservação “[.] protege os habitats naturais onde as pessoas vivem e obtêm recursos, e trabalha com empresas para encontrar combinações de atividades econômicas e de conservação que equilibrem o desenvolvimento e o cuidado da natureza.” . Na conservação da biodiversidade vegetal ex-situ, Mounce et al. 2020) destacam o papel fundamental dos jardins botânicos e arboretos. Assim, a comunidade internacional tem incluído a proteção da biodiversidade e a expansão das áreas protegidas em diversos programas (PALFREY;.

OLDEKOP e HOLMES, 2021), já que a principal solução para combater a perda de biodiversidade e garantir o bem-estar da população é o estabelecimento de áreas protegidas (GRIMM, PIVA e SAMPAIO, 2018; PIMM, JENKIS e LIl, 2018). De acordo com a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) (1992), uma área protegida é uma área geograficamente definida, que é designada ou regulamentada e gerenciada para alcançar objetivos específicos de conservação. 17 (manejo) de maneira efetiva, legal ou não, para alcançar a conservação da natureza em longo prazo, com serviços ecossistêmicos associados e valores culturais" (BORRINI-FEYERABEND et al., 2017).

Áreas de proteção integral da biodiversidade, onde as visitas, usos e impactos são limitados e controlados para garantir a proteção dos valores de conservação. Onde a interação das pessoas com a natureza ao longo do tempo produziu um caráter distintivo de significativo valor ecológico, biológico, cultural e estético, e onde a manutenção da integridade dessa interação é vital para a proteção e preservação da área e seus valores associados, conservação da natureza e outros . E como aponta Lima (2013), combinar criação com gestão eficiente é essencial para projetos de conservação.

Ao apresentar a definição de manejo, o termo também é utilizado para o manejo dos recursos ambientais, ou seja, em áreas protegidas. No Brasil, as áreas protegidas incluem unidades de conservação (UCs), mosaicos e corredores ecológicos, áreas consideradas de importância econômica essencial por manterem a sociobiodiversidade, além de serem provedoras de serviços ambientais e geradoras de oportunidades de negócios (BRASIL, 2020). Eles são representados por diferentes tipologias e categorias, e a forma mais difundida são as unidades de proteção.

Unidades de conservação podem ser definidas como um espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente criados pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, para os quais são asseguradas as devidas garantias de proteção. BRASIL, 2000). Os primeiros parques brasileiros foram criados em 1937, mas desde a década de 1980 o Brasil experimentou um notável aumento no número de parques. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) veio estabelecer critérios e normas para a criação, implantação e gestão de unidades de conservação.

As unidades integradas de proteção visam a preservação da natureza e permitem apenas o uso indireto de seus recursos. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) (2011, apud Grimm, Piva e Sampaio, 2020), a origem da RPPN remete aos Refúgios Particulares para Animais Nativos (REPAN) instituídos pelo extinto Instituto Brasileiro de Defesa Florestal (IBDF) em 1977 pelo decreto nº 327 (LIMA, 2013; PASCHOAL, 2006).

Materiais e Métodos

Resultados e Discussão

  • Ampliação dos tipos de governança de áreas protegidas
  • Unidades de Conservação no Brasil
  • Representatividade das RPPNs entre as demais categorias de UCs
  • Atuação das RRPNs na Conservação
  • Lacunas e Desafios das RPPNs
    • Déficit no Plano de Manejo
  • Práticas Encontradas e Oportunidades

Nota-se que para que as estratégias de conservação por meio de áreas protegidas tenham sucesso no presente e no longo prazo, deve haver uma integração do papel da sociedade como um todo (BORRINI-FEYERABEND et al., 2017; MELO, SOUZA e GUEDES, 2018 ). A expansão do número de UCs e das áreas que elas protegem nas últimas décadas é resultado de seu fortalecimento, provavelmente a mais importante política nacional de conservação (DRUMMOND; . FRANCO; OLIVEIRA, 2010). Fonseca e Venticinque (2018) também destacam que a rede de áreas protegidas é bem-sucedida na proteção da biodiversidade brasileira.

A expansão dos atores que podem manejar e manejar as unidades de conservação, discutida anteriormente (5.1. Ampliação das formas de gestão), tem se verificado ao longo das décadas com a criação de unidades de conservação de uso sustentável no Brasil (Figura 1). A esse respeito, Fonseca, Lamas e Kasecker (2010) destacam que são áreas onde são desenvolvidas diversas atividades econômicas, inclusive a mineração, e que muitas delas não cumprem os princípios básicos para atingir os objetivos de conservação. Fonseca, Lamas e Kasecker (2010) e Brito (2013) destacam que a iniciativa privada vem desempenhando um papel cada vez maior na conservação de áreas por meio da criação de RPPNs.

Moura (2019) aponta que as RPPNs são ferramentas importantes na política de conservação dos recursos naturais no território brasileiro e que mesmo com a cobertura florestal já bem fragmentada, esse tipo de UC contribui para o crescimento das áreas protegidas. Estratégias importantes como planos de conservação devem promover a ampliação e implementação da conexão entre áreas de proteção, de forma a minimizar os aspectos negativos relacionados à fragmentação do habitat natural (GIOVANELLI; CANTAGALLO, 2006; MOURA, 2019; PINTO et al., 2004). 33 adjacentes à área do parque, reforçando a minimização do efeito de borda da referida UC (as RPPNs “Trápaga” e “Parque Taquaral da Mata Atlântica”3), o que reforça o papel das RPPNs como ferramenta complementar para outras estratégias de armazenamento.

Melo, Souza e Guedes (2018) apontam em seus trabalhos que o ecoturismo e a pesquisa científica foram as principais estratégias adotadas pelas RPPNs para incentivar a visitação e que foram fatores importantes para a sustentabilidade das ações conservacionistas. Segundo Lima (2013), a RPPN é um modelo especial de UC capaz de incorporar diferentes estratégias de conservação, com destaque para aquelas baseadas na gestão integrada e no envolvimento da sociedade civil. 2021) destacam que as instituições privadas desempenham um papel importante na criação e gestão, em paralelo com o estado, de áreas protegidas. Outro ponto que requer maior atenção em relação às RRPNs é a falta de critérios biológicos para avaliar a qualidade do ambiente, permitindo a criação de reservas de baixa qualidade, pois requerem ações de manejo mais intensivas e eficientes para garantir a integridade ecológica e manutenção ou rentabilidade . de valor de conservação (MACHADO, 2007).

Para Heywood (2015), é fundamental uma maior integração entre o planejamento e a gestão das áreas protegidas. 2010), muitas UCs ​​não possuem plano de manejo e este é o caso das RPPNs, pois 79% não possuem plano de manejo (Tabela 2). Lima (2013) e Pinto (2004) apontam que novas formas de incentivos e apoios seriam ferramentas importantes para aumentar o número de áreas protegidas privadas e demonstrar melhores resultados de conservação. Lima (2013) destaca que o poder público, mais do que o papel de punidor, também desempenha o papel de cooperação, orientação e auxílio na gestão das unidades de conservação.

Tabela 2  – Quantidade de RPPNs com Plano de Manejo  Plano de Manejo  RPPNs  RPPNS (%)
Tabela 2 – Quantidade de RPPNs com Plano de Manejo Plano de Manejo RPPNs RPPNS (%)

Considerações Finais

Rumo a uma nova abordagem para recursos naturais e desenvolvimento: o papel da aprendizagem, inovação e dinâmica de ligação. A contribuição das RPPNs para a conservação da biodiversidade: um estudo de caso de 03 RPPNs na Bahia. O Papel do Ente Privado na Gestão de Áreas Protegidas: O Caso da Fundação do MO' na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Estadual do MO'.

Governance Principles for Protected Areas in the 21st Century, Discussion Paper, Institute on Governance in collaboration with Parks Canada and the Canadian Agency for International Development, Ottawa, 2003. Municipal Private Natural Heritage Reserves: Use and Allocation of Natural Protected Areas in the City of Curitiba (PR ). eds) Ecological economic and socioecological strategies for forest conservation. State Program of Particular Reserves for Natural Heritage - RPPNs: 10 years of support for biodiversity conservation / State Institute for Environment; Rio de Janeiro, 2018.

Contribuição do Grupo de Trabalho I ao Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Distribuição espacial da caatinga da RPPNS: motivações e desafios para seu manejo como ferramenta de conservação. Monografia (Graduação em Ciências Ambientais) - Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2019.

Tese (Diploma em Direito) - Unidade Acadêmica Especial de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Goiás, Goiás, 2021. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/colunas/engellands-and-species- and- help-government.jhtm.

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Tabela 2  – Quantidade de RPPNs com Plano de Manejo  Plano de Manejo  RPPNs  RPPNS (%)

Referências

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Para tanto, trabalhou-se na Área de Proteção Ambiental e Uso Sustentável (APA) do Timburi, município de Presidente Prudente/SP, fortemente degradada por erosões hídricas