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UNESP – Universidade Estadual “Julio de Mesquita Filho”

Rodrigo Machado Moreira

TÍTULO DO PROJETO: Relocalizando a produção e o consumo alimentar:

políticas locais de Transição Agroecológica para a soberania alimentar e a segurança alimentar e nutricional

Volume 1

Botucatu – SP 2017

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Dr. Rodrigo Machado Moreira

TÍTULO DO PROJETO: Relocalizando a produção e o consumo alimentar:

políticas locais de Transição Agroecológica para a soberania alimentar e a segurança alimentar e nutricional

Projeto de Pesquisa apresentado para fins de pos doutoramento no Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista – Campus de Botucatu-SP

Supervisora: Profa. Dr. Maria Rita de Oliveira Marques

Botucatu, 2017

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SUMÁRIO

O presente projeto parte da urgente necessidade de se viabilizar a produção sustentável de alimentos, a partir de bases científicas e tecnológicas de caráter contra hegemônico com potencial de viabilizar a produção agropecuária de pequena escala em bases ecológicas para o consumo local. Com base em análises qualitativas e de processos participativos, serão realizados estudos e pesquisas no município de Botucatu – SP e em países da América Latina. Com base nestes estudos, pretende-se construir políticas locais de estímulo a Transição Agroecológica como forma de garantir a Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (SSAN), tanto a partir de uma política local de agroecologia e produção orgânica, como a partir da implementação do SISAN em Botucatu e de suas instâncias e processos decisórios, especificamente o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional - COMSAM e a CAISAN – Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional. Faremos, ainda, atividades de formação, de cunho técnico e científico, em Agroecologia, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, com vistas a preparação de quadros técnicos e políticos locais e internacionais da Sociedade Civil Organizada, do Governo e do setor privado. Pretende-se, ao final, organizar ou participar de um encontro interamericano sobre Agroecologia e Soberania Alimentar para debater o tema, a partir de um Grupo Interdisciplinar de Pesquisa junto as Redes Latino-americana de SSAN e Agroecologia.

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1. Introdução

O presente projeto de pesquisa será desenvolvido dentro dos campos interdisciplinares da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (SSAN) e da Agroecologia, tendo como tema central a Transição Agroecológica Local, no contexto da construção de uma Política Municipal de Agroecologia e Produção Orgânica (PMAPO) e do Plano de Segurança Alimentar e Nutricional do município de Botucatu - SP.

O tema é relevante, na atualidade, pois estudos evidenciam que existem

“bloqueios”1 ao avanço científico e político de propostas do campo da SSAN e Agroecologia que são portadoras de grande valor para o avanço da sustentabilidade, não apenas nos níveis locais, estaduais e nacionais, mas também no âmbito internacional. Há uma influência majoritária do atual paradigma dominante da Revolução Verde nas instâncias de construção política para a agricultura e o desenvolvimento rural, que se dá em detrimento das agendas e propostas que estão sendo construídas tendo em conta a “abertura paradigmática, pluriepistêmica e plurimetodológica” nas ciências agrárias que representa o avanço dos campos científicos e tecnológicos da Agroecologia e da SSAN.

No entanto, o advento do SISAN – Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, abre uma forte possibilidade de construção política local de um novo sistema alimentar, tendo como âncoras importantes o DHAA – Direto Humano à Alimentação Adequada e os campos de ação da saúde e da educação, que são menos suscetíveis às influências paradigmáticas da Revolução Verde.

Dessa forma, tem-se como objetivos estratégicos, nesta pesquisa de pós doutoramento, por um lado a realização de estudos sobre a construção de

1Tais “bloqueios” vem sendo desafiados por técnicos/as e pesquisadores/as de organizações estaduais, nacionais e internacionais de Ciência e Tecnologia e por dirigentes dos movimentos sociais camponeses, de organizações de assessoria e de por agricultores/as familiares. No entanto, apesar do grande avanço das teorias críticas ao atual sistema alimentar, ainda vê-se limites claros à incidência política desse campo científico nos espaços da governança local e global dos alimentos (MOREIRA, 2012). Para o autor, é urgente, portanto, a formação de quadros técnicos, científicos e populares, de alto nível, como forma de estimular a participação qualificada tanto em espaços locais como internacionais de construção política sobre o sistema internacional agroalimentar. Assim como é fundamental o intercâmbio e a visibilização, em nível nacional e internacional, destes estudos e referências, a fim de que, assim, possamos fomentar ações em outras localidades e territórios.

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políticas públicas que fortalecem a agroecologia e a produção orgânica no Brasil e que aportam recursos e instrumentos de gestão para a garantia do DHAA – Direito Humano a Alimentação Adequada, tendo como base os indicadores de soberania e de segurança alimentar e nutricional no País. E, por outro, é objetivo construir, participativamente, um Plano Territorial de Transição Agroecológica Local, seja no âmbito dos Planos de SAN e de DRS de Botucatu, SP, Brasil e/ou de uma Política Municipal de Agroecologia e Produção Orgânica (PMAPO).

Por fim, entre as principais perguntas inerentes a pesquisa, estão as seguintes:

I) Pode o SISAN (Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) e suas instâncias decisórias “proteger” e promover ativamente uma Política Local de Agroecologia e Produção Orgânica?

II) Poderia o Plano de SAN local, a partir do COMSAM/CAISAN, conter e exigir a consecução, pelo município e em legislação própria, um Plano Territorial de Transição Agroecológica Local?

III) Dado o paradigma da revolução verde tão cristalizado nas ciências agrárias, seria o campo da saúde e da educação, vinculados ao DHAA, o “guardião e a força” motriz para o avanço da Agroecologia Política?

IV) Seria a Agroecologia a “terceira tração” o combate à insegurança alimentar, em adição a assistência social e ao fortalecimento da agricultura familiar e camponesa?

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2. Referencial Teórico

Parte-se de um contingente robusto de pesquisas relacionadas a insustentabilidade do modelo agrícola atual, fruto da Revolução Verde e do consequente controle corporativo sobre as políticas de ciência, sobre as tecnologias e sobre o mercado agroalimentar. Essa hegemonia trouxe diversos impactos negativos sobre a sociedade e a natureza (SEVILLA GUZMAN, 2006;

PORTO-GONÇALVEZ, 2006; ROSSET et al,1998). Essas e outras pesquisas mostram que são necessárias mudanças profundas na forma como produzimos, beneficiamos e os transportamos os alimentos e como organizamos o mercado e o consumo local de alimentos saudáveis, como contraponto ao sistema internacional agroalimentar. Esse processo de mudança vem sendo chamado de Transição Agroecológica Local, que pode ser pensada em vários níveis territoriais, do nível local ao global, como sugere MOREIRA (2012).

Para MOREIRA (2012), a transição agroecológica local pode ser definida como um conjunto de processos sociais, de caráter endógeno e participativo, que refletem a passagem gradativa do atual modelo de exploração socioeconômica da agricultura, para outros que incorporem princípios, métodos e tecnologias de base ecológica que sejam apropriáveis pela grande diversidade social da agricultura familiar brasileira, na medida em que, nos processo de transição, os agricultores/as seguem um curso de racionalização e diminuição do uso sistemático de agroquímicos na produção e encontram (novos) circuitos mais curtos de comercialização de sua produção em transição no nível local, tendo como um dos objetivos centrais a diminuição da dependência dos agroecossistemas por insumos-externos intensivos em capital, que conflitam com as condições ecológicas dos agroecossistemas suas especificidades socioculturais.

Tal processo de “ecologização” gradativa das práticas agropecuárias (agrícolas, pecuárias e silviculturais) pretende, por meio do apoio da extensão rural agroecológica, da pesquisa participativa, de processos educativos e comunicativos permanentes protagonizados pela sociedade civil organizada, o estabelecimento de uma rede de experiências produtivas de referência para o manejo agroecológico dos recursos naturais.

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Como “faróis agroecológicos”, tais experiências, como rede de referências, podem ser fortalecidas pelas forças sociais já contidas nos sistemas locais de proteção e desenvolvimento socioambiental já existentes e atuantes no local, os quais podem conduzir a criação de um sistema de valores, pensamento e ação compatível com os processos de mudança por que passam os agricultores em transição. Tais forças, articuladas mediante formas de ação social coletiva, mediante políticas públicas e mediante o incremento da organização popular dos movimentos pela cidadania, potencializam as redes sociais em torno do desenho e do redesenho de agroecossistemas para a conquista de níveis crescentes de uma cultura local de sustentabilidade social, ecológica, econômica, cultural, ética e política.

Por tanto, é preciso garantir redes de cooperação social nos âmbitos das três dimensões do cambio social agroecológico: micro sociocultural (dinâmicas individuais e coletivas de cooperação); Sociopolítica (instituições privadas e públicas de apoio); Eco estrutural (sistemas de manejo e de tecnologias compatíveis). Por forças sociais devemos entender como todo o estímulo ou impulso efetivo que conduz a uma ação social. E para os agricultores, o resultado da transição agroecológica significaria, entre outras coisas, o desafio de reconstruir a coerência entre “como” se maneja a propriedade, “como” se organiza internamente a produção e o trabalho e ”como” essa propriedade se relaciona com o meio externo, em termos tecnológicos, mercadológicos, políticos e organizacionais, de forma que caminhe para a valorização da base de recursos autocontrolada pelas famílias agricultoras, na direção de níveis cada vez mais elevados na escala da sustentabilidade, localmente construída.

Essa transição se relaciona, umbilicalmente, à questão do fortalecimento da agricultura familiar. Impulsionada pela Agroecologia (ALTIERI, 2002;

SEVILLA-GUZMAN, 2006 e GLIESSMAN, 2010), a agricultura de base familiar e camponesa é central na busca por sistemas agroalimentares locais e sustentáveis, a partir das pequenas e médias escalas de produção. Para CARMO (1998), efetivamente, a agricultura familiar é o lócus ideal da agricultura sustentável e, atualmente, se faz urgente a construção de políticas públicas de apoio a transição agroecológica do sistema agroalimentar como um todo, principalmente a partir do fortalecimento da agricultura familiar.

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De fato, em tempos de mudanças climáticas, conforme recentes relatórios do IPCC – Painel Intergovernamental para o Cambio Climático, órgão assessor das Nações Unidas para a Questão do Clima e BEDDINGTON (2011), a agricultura familiar é uma das chaves importantes para a soberania e a segurança alimentar e nutricional da humanidade e apresenta níveis de impacto muito inferiores aos dos agronegócios dos grandes produtores e seus complexos agroindustriais. Para WANDERLEY (1996; 2000), há, ao mesmo tempo, a emergência de uma nova ruralidade nas sociedades avançadas, mas também a organização crescente dos camponeses em zonas rurais e urbanas singulares e muito diversas do sul Global.

Mas em oposição a essa “emergência” está o avanço de um modelo de agricultura capitaneado pelas corporações transnacionais da agropecuária2. Este “império”, como bem descreve PLOEG (2010), criou um modo de ordenamento que efetivamente controla a dinâmica de inovação no sentido apontado pelo paradigma dominante, que controla, de um modo particular, a atual governança global do alimentos, que caminha em sentido oposto às alternativas contra hegemônicas necessárias, de cunho emergente, que podem viabilizar sistemas alimentares locais e sustentáveis (GLIESSMAN, 2010). Tais alternativas, bloqueadas por este “império”, podem ser alçadas por novas políticas ou aproveitando-se das políticas públicas já construídas nos últimos 20 anos no Brasil, às quais podem se agregar outros elementos que levem ao avanço dos indicadores de Transição Agroecológica Local, como propõe MOREIRA (2012).

Destaca-se como política pública recente no Brasil o SISAN – Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, instituído pela Lei 11.346 de 15 de setembro de 2006. O Sistema, como um todo, visa integrar ações de vários setores para a garantia do DHAA – Direito Humano a Alimentação Adequada, desde a produção até o consumo, passando pela Educação Alimentar e Nutricional de toda a

2. O poder corporativo ligado a “financeirização extrema” da agropecuária e a governança global dos alimentos (CLAPP e FUCHS, 2009 e PAULA at al, 2015), cria situações de disputas não apenas nos espaços da governança global, mas alimenta a ampliação, sem precedentes, das monoculturas de altos inputs, promovidas ao sabor das demandas crescentes por commodities agrícolas (alimentos, fibras e energias) dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, em particular a China. Essa demanda faz crescer o PIB do Agronegócio, mas por outro lado amplia a territorialização do capital nacional e transnacional sobre os vários biomas brasileiros, conflitando com os interesses ambientais e socioculturais locais. Portanto, como adverte SANTOS (2002: 4-5) “...a competição global requer, às vezes, o acentuar da especificidade local...”

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sociedade e pela constituição de meios institucionais, de caráter hibrido entre sociedade civil e governo, capazes de organizar as ações do Estado no sentido da soberania e da segurança alimentar e nutricional apontados pela Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CUSTÓDIO et al, 2011).

O sentido apontado pelo debate teórico e ações práticas no âmbito da soberania e segurança alimentar e nutricional (SSAN), vai de encontro ao que aponta a Agroecologia, ou seja, é necessário viabilizar a pequena agricultura familiar, em bases agroecológicas, para que se possa garantir plenamente o DHAA em sua essência. O SISAN, ao contrário das outras políticas públicas relacionadas ao rural e a agropecuária, tem amplo acesso ao poder executivo municipal, já que pressupõe a criação da CAISAN (Câmara Intersetorial da Segurança Alimentar e Nutricional) pelo município que aderir ao SISAN. A CAISAN é um instrumento do executivo municipal e estadual para se implementar planos de segurança alimentar e nutricional. No âmbito do presente estudo, sugere-se que o enfoque agroecológico, como política pública, tem amplas possibilidades de avançar por meio do arcabouço criado pelo SISAN.

Sugere-se, ainda, que o SISAN é um sistema com grande potencial de “zelar”

para que aconteça uma política municipal de induza e monitore os indicadores processo de transição agroecológica dos/as agricultores/as locais, no sentido dos sistemas alimentares territorializados e sustentáveis.

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3. Material e métodos

O Projeto buscará, antes de tudo, a sua integração com as demais pesquisas que já estão sendo realizadas no Instituto de Biociências da UNESP de Botucatu ligadas a SSAN no Brasil e na América Latina. Assim, propõe-se a integração da presente pesquisa ao INTERSSAN – Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, especialmente nos eixos de Políticas Públicas e Formação. Tal inserção se dará no sentido da consolidar das condições para um diálogo fluido com a sociedade e com os/as educandos/as e pesquisadores/as envolvidos/as, que propicie o desenvolvimento de outros projetos de aprendizagens contextualizados e complementares, colaborando com as ações de ensino, pesquisa e extensão da UNESP. Assim, pretende-se abrir possibilidades de aprofundamento das relações da Universidade com a Sociedade.

O Projeto se baseia na concepção dos níveis de pesquisa de IBAÑES (1994), propondo ações nos níveis distributivo, estrutural e dialético, possibilitando o aprofundamento das perspectivas de pesquisa para além das pesquisas quantitativas e experimentais apenas (distributiva), de modo que se possa aprofundar o olhar problematizador da atividade científica nas realidades sociais, que precisam ser explicadas adequadamente (estrutural) e transformadas (dialética).

O projeto, como um todo, tem caráter plurimetodológico inicialmente de caráter qualitativo e participativo, sendo que para cada objetivo estratégico, utilizaremos uma estratégia metodológica específica, entre elas:

Objetivo a) Realizar estudos sobre a construção de políticas públicas e seus atores que fortalecem a agroecologia e a produção orgânica no Brasil e que aportam recursos e instrumentos de gestão para a garantia da soberania e da segurança alimentar e nutricional:

- Levantamento material sobre as políticas de agricultura familiar, de SAN e sobre a PNAPO – Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica e a PEAPO – Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica, propondo

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para a discussão local uma minuta de PMAPO – Política Municipal de Agroecologia e Produção Orgânica;

Objetivo b) Construir, participativamente, um Plano Territorial de Transição Agroecológica Local no âmbito dos Planos de SAN e de DRS de Botucatu, SP, Brasil

- Investigação Ação Participativa – IAP (STAMATO, 2012; VILLASANTE et al, 2000): serão desenvolvidas atividades participativas junto a Grupo de Trabalho junto ao Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, para a construção do Plano do Plano Territorial de Transição Agroecológica Local de Botucatu, no âmbito do Plano Municipal de SAN de políticas públicas locais de transição agroecológica para a segurança e a soberania alimentar com base na Matriz da Transição Agroecológica (MOREIRA, 2012) abaixo.

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Figura 1: Dimensões e eixos de ação de um Plano Territorial de Transição Agroecológica Local

Fonte: MOREIRA, 2012

3.1. Plano de Atividades

Além das atividades concernentes ao levantamento sobre as políticas públicas de agroecologia e produção orgânica já existentes no Brasil e das reuniões de grupos para construção participativa da PMAPO em Botucatu, o plano de atividades pós doutorado compreenderá outras atividades, entre elas:

- Articulação de pesquisas junto a Coalizão dos Povos pela Soberania Alimentar (PCFS – www.foosov.org ) e da Via Campesina (https://viacampesina.org) sobre os obstáculos e alternativas para a incidência política junto a FAO/ONU e outras instâncias do sistema internacional agroalimentar;

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- Formação de quadros técnicos, científicos e populares, de alto nível, em Agroecologia, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional e sobre a Economia Política do Sistema Internacional Agroalimentar, capazes de realizar a incidência política nos espaços locais, estaduais, nacionais e internacionais de governança local e global;

- Articulação de iniciativas de sistematização de experiências de transição agroecológica nas propriedades da Agricultura Familiar e nos territórios do INTEARSSAN, como referenciais de tecnologias sociais a serem validadas/divulgadas, tendo como interfaces www.agroecologiaemrede.org.br e www.agroecologia-osala.org ;

- Fomento a pesquisas quantitativa e qualitativa sobre os obstáculos a participação da sociedade civil junto a FAO/ONU e outras instâncias relacionadas a SSAN e a DRS – Desenvolvimento Rural;

- Colaboração nas atividades de formação e outras do INTERSSAN – Centro de Ciência e Tecnologia em Soberania Alimentar e Segurança Alimentar e Nutricional;

- Captação de novos recursos de C, T e I e viabilização de intercâmbios latino- americanos entre pesquisadores/as e colaboradores/as de universidades e organizações da sociedade civil;

- Comunicação dos avanços da pesquisa das redes e plataformas existentes entre proponente da pesquisa e parceiros.

O projeto será desenvolvido em parceria com: Instituto Giramundo Mutuando – www.mutuando.org.br; Universidade de Córdoba – Espanha –

www.uco.es; Universidade Internacional de Andaluzia – www.unia.es; SOCLA – Sociedad Científica Latinoamericana de Agroecologia - www.socla.co/ ; People´s Coalition for Food Sovereinty – PCFS – www.foodsov.org ; Observatório Latinoamerciano de Soberania Alimentar e Agroecologia – www.osala- agroecologia.org ; Associação Brasileira de Agroecologia – ABA-Agroecologia –

www.aba-agroecologia.org.br .

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4. Cronograma da Pesquisa

I Semestre II Semestre III Semestre IV Semestre Estudo sobre as

políticas públicas relacionadas a Agroecologia e Produção Orgânica e uma proposição de PMAPO;

X

Grupo de

Investigação Ação Participativa para construção do Plano Territorial de Transição

Agroecológica Local no âmbito do Plano Municipal de SAN de Botucatu - SP;

X X

Relatório de Pós Doutorado

X

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5. Orçamento e Fontes de recursos

A princípio, busca-se uma bolsa de pós doutorado, em seguida, no entanto, se poderão viabilizar a ampliação da Pesquisa a partir de fontes diversas, a exemplo do CNPq – Conselho de Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico; FAPESP – Programa de Politicas Publicas; Ministérios Federais; Emendas Parlamentares; Fundos de Termos de Ajuste de condutas;

Governos Locais; Fundos de Mudanças Climáticas criado na COP21; Empresas Estatais como BNDES, CEF, PETROBRÁS, entre outros.

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6. Referência Bibliográfica

ALTIERI, Miguel. Agroecologia: bases científicas para uma agricultura sustentável. Guaíba:Agropecuária, 2002

BEDDINGTON, J, ASADUZZAMAN, M, CLARK, M, FERNÁNDEZ, A, GUILLOU, M,JAHN, M, ERDA, L, MAMO, T, VAN BO, N, NOBRE, C.A., SCHOLES, R., SHARMA, R.,WAKHUNGU, J. Achieving food security in the face OF CLIMATE CHANGE. Final report from the Commission on Sustainable Agriculture and Climate Change. CGIAR Research Program on Climate Change, Agriculture and Food Security (CCAFS). Copenhagen, Denmark, 2011.

CARMO, Maristela Simões do. A produção familiar como lócus ideal da agricultura sustentável. Em edição de Ângela Duarte Damasceno Ferrerira, A.D.D. e Brandenburg, A.: Para pensar outra agricultura. Curitiba: Ed. Da UFPR, 1998, p218.

CLAPP, Jennifer; FUCHS, Doris. Corporate power in global agrifood governance.

Cambridge/Londres: The MIT Press, 2009.

CUSTÓDIO, Marta Battaglia, Furquim, N R., Santos, GMM e Cyrillo, D.M.

Segurança alimentar e nutricional e a construção de sua política: uma visão histórica.

Segurança Alimentar e Nutricinal, Campinas, 18(1): 1-10, 2011.

GOMES, João Carlos Costa. Pluralismo Metodológico en la Produción y Circulación del Conocimiento Agrário. 360p. Tese de doutorado – Instituto de Sociologia e Estudos Campesinos da Universidade de Córdoba – Espanha, 1999.

GLIESSMAN, Stephen R. The Framework for Conversion. En Stephen R.

Gliessman y Martha Rosemeyer, The Conversion to Sustainable Agriculture:

principals, processes and Practices. Boca Raton: Taylor and Francis Group, 2010.

IBÁÑEZ, Jesus. Perspectivas de la investigación social: el diseño en las tres perspectivas. En García Ferrando, Jesús Ibáñez y Francisco Alvira, El analisis de la realidad social. Métodos y tecnicas de investigación. Madrid: Alianza Editorial, 1994

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PAULA, Nilson Maciel de, SANTOS, Valéria Faria, PEREIRA, Wellington Silva.

A financeirização das commodities agrícolas e o sistema agroalimentar. Estudos Sociedade e Agricultura, Ano 23 volume 2 - outubro de 2015.

PLOEG, J. D. The food crisis, industrialized farming and the imperial regime.

Journal of Agrarian Change, v. 10, n. 1, p. 98-106, 2010PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A globalização da Natureza e a natureza da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

MOREIRA, R. M. Da hegemonia do Agronegócio à heterogeneidade restauradora da Agroecología: estratégias de fortalecimento da transição agroecológica na agricultura familiar camponesa do Programa de Extensão Rural Agroecológica de Botucatu e Região – PROGERA, São Paulo, Brasil. Tese de doutorado na Universidade de Córdoba – Espanha, 2012.

ROSSET, Peter; LAPPÉ, Frances Moore; COLLINS, Joseph. Hunger: Twelve Miths. Segunda edição. São Francisco: Grove/Atlantic, 1998.

SANTOS, Boaventura de Souza. A globalização e as ciências sociais (org). São Paulo: Cortez, 2002

SÉRALINI, Gilles-Eric. Transgênicos, Poderes, Ciência, Cidadania. In ZANONI, Magda & FERMENT, Gilles (Orgs.) Transgênicos para Quem? Agricultura Ciência Sociedade. Série NEAD Debate 24. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário Brasília, 2011.

SEVILLA-GUZMAN, Eduardo. De la Sociologia Rural a la Agroecologia: bases ecológicas de la producción. Barcelona: Icaria Editorial, 2006.

STAMATO, B. Pedagogía del Hambre Versus Pedagogía del Alimento:

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VILLASANTE, T.R, MONTAÑES, M. Y MARTÏ, J. La Investigación Social Participativa: construyendo ciudadania. España: Ed. Novagrafik, 2000

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WARDERLEY, Maria Nazareth Baudel. Raízes históricas do campesinato brasileiro. Em edição de João Carlos Tedesco: Agricultura familiar: realidades e perspectivas. Passo Fundo: EDIUPF, 1999.

WADERLEY, Maria Nazareth. "A emergência de uma nova ruralidade nas sociedades avançadas - o rural como espaço singular e ator coletivo". Estudos Sociedade e Agricultura, 15, out. 2000, pp. 87-145.

Referências

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