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Academic year: 2023

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O serviço de assistência técnica no projeto de assentamento Palmares II / Raquel Santana de Sousa; orientadora, Andréa Hentz de Mello. PDSAs: Planos de Desenvolvimento Sustentável dos Assentamentos PNATER: Plano Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural PNUD: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PROCERA: Programa Especial de Crédito para a Reforma Agrária. A assistência técnica e a extensão rural no Brasil têm sido utilizadas como ferramenta para medir o desenvolvimento do campo brasileiro.

INTRODUÇÃO

Segundo Michelotti et al (2011), na região Sudeste do Pará, a criação de assentamentos na região teve início nos anos, devido à pressão nacional e regional pela reforma agrária, somada aos interesses locais, expressos por meio de políticas de regularização fundiária. Entre 1989 e 1996 houve uma redução significativa na criação de assentamentos na região, reflexo do desmonte das estruturas do Estado e reflexo da luta pela terra. Além das conquistas dos assentamentos, como resultado dessa luta principal, diversos programas de crédito para a agricultura familiar, projetos de assistência técnica, infraestrutura e educação rural foram instalados na região.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

  • HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA E OS MOVIMENTOS
  • ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA POLÍTICA NACIONAL DE
  • PRINCÍPIOS E DIRETRIZES QUE ORIENTAM A POLÍTICA NACIONAL
  • ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA REGIÃO SUDESTE DO PARÁ

Os Gritos eram manifestações organizadas cuja agenda se concentrava principalmente em questões relacionadas a crédito e assistência técnica para a agricultura. Foi nesse contexto social que o governo 'nacionalizou' o serviço de assistência técnica e extensão rural – ATER, que teve início na iniciativa privada no Brasil, e implantou o sistema de assistência técnica e extensão rural – SIBRATER, instrumento de apoio a políticas públicas, coordenado por EMBRATER em nível nacional e pela EMATER'S nos estados da federação (MDA, 2004). É preciso discutir uma nova concepção de assistência técnica comprometida com a afirmação de processos participativos, educativos e organizacionais, estabelecendo-se em sintonia com os diversos segmentos governamentais e organizações representativas de todos os públicos.

Proporcionar aos agricultores familiares, assentados por programas de reforma agrária, extrativistas, ribeirinhos, indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e aquicultores, povos da floresta, seringueiros e demais públicos interessados, acesso a assistência técnica de qualidade e serviços públicos de extensão rural. No entanto, a assistência técnica na região tem sido um grande desafio, não só para as famílias assentadas, mas também para as Cooperativas que prestam esse serviço (INCRA, 2001), que é uma ferramenta importante para a melhoria da produção e, consequentemente, da qualidade de vida dos produtores rurais. Com a crescente visibilidade das ações de reforma agrária na região, a criação de assentamentos no sul e sudeste do estado e consequentemente o aumento do aporte de recursos governamentais, era preciso pressionar para a implementação de assistência técnica de acordo com essas mudanças . o que os movimentos almejavam era uma ATER que entendesse a dinâmica dos agricultores familiares e trabalhasse com uma metodologia de pesquisa em nível de empreendimentos agropecuários, portanto isso exigiria um aumento no número e diversidade de profissionais, bem como a infraestrutura necessária ( LASAT, 2004).

Outra conquista igualmente importante foi a criação do Projeto Lumiar - Assistência Técnica em Assentamentos de Reforma Agrária, pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), que foi implantado no início de 1997 também por demandas das organizações de trabalhadores rurais trabalhadores. Dessa forma, segundo o INCRA (2001), o Projeto, por meio de suas diretrizes, propôs um trabalho de assistência técnica que teve como objetivo geral tornar os assentamentos sustentáveis, tornando-os unidades produtivas estruturadas, inseridas competitivamente em processo produtivo, voltadas para o mercado. , integrado na dinâmica do desenvolvimento municipal e regional. No entanto, segundo o autor, um dos principais diferenciais desse processo foi o aprimoramento do contato mais direto entre os provedores técnicos e os agricultores familiares, o que resultou no aprofundamento da discussão sobre o aprimoramento do modelo de assistência técnica e o papel do empréstimos agrícolas para agricultura familiar.

Segundo Schimtz (2003), isso abriu espaço para se pensar outros modelos além da assistência técnica estadual, o que significou uma retomada oportuna da preocupação com a ATER. O Decreto nº 4.739, de 13 de junho de 2003, transferiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Ainda segundo o autor, o projeto Lumiar foi "o antecessor do serviço de ATES dentro das iniciativas governamentais de estabelecer alternativas de prestação de serviços de ATER descentralizada aos assentamentos de reforma agrária" e que dessa forma o aumento do resultado positivo da prestação de assistência técnica aos agricultores familiares tendo em vista o grande aumento do número de famílias assentadas pela reforma agrária.

MATERIAL E MÉTODOS

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

  • Histórico do Projeto de Assentamento Palmares II
  • Caracterização do Meio Biofísico

Até o final da década de 1970, a área onde hoje se localiza o município de Parauapebas ainda era um grande castanheiro que fazia parte da cobertura vegetal nativa da região, parte integrante do "polígono da castanheira". Nesse contexto, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) encontra na região um campo fértil para desenvolver sua luta, utilizando diferentes estratégias de ocupação, como o recrutamento de trabalhadores sem alternativas de sobrevivência nas periferias das cidades. Segundo Morissawa, citado por Monteiro (2004), foi na década de 1980 que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fez suas primeiras articulações, inicialmente realizadas pelas lideranças dos trabalhadores rurais do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, ocorrendo assim, o principal marco do surgimento desta organização.

Formalmente, o MST se consolidou a partir do primeiro encontro nacional dos trabalhadores rurais sem terra, ocorrido em 1984 no estado do Paraná, e após esse encontro já foram realizados quatro congressos nacionais, nos anos de e 2000. momentos representação do esse movimento, principalmente por meio de lideranças ligadas aos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STRs) e à Central Única dos Trabalhadores (CUT), mas foi somente em 1990 que o MST - PA conseguiu sua primeira ocupação. realizado na região sudeste do estado do Pará, onde foram mobilizadas cerca de 100 famílias (MONTEIRO, 2004). Após dois dias de ocupação, as famílias foram expulsas e transferidas para a frente da Prefeitura de Parauapebas, onde permaneceram por alguns dias.

Finalmente, após um ano e quatro meses de luta, os camponeses conseguiram desapropriar outra parte da fazenda Rio Branco, que recebeu o nome de Assentamento Palmares em homenagem à resistência de Zumbi, líder de escravos que escapou do cativeiro no século XVII. e ao Quilombo de Palmares (MONTEIRO, 2004). Segundo Monteiro (2004), o Projeto de Assentamento Palmares sustentaria cerca de 850 oitocentas e cinquenta famílias, mas por questões políticas e ideológicas alguns produtores decidiram se separar do movimento e assim a UC foi dividida, deixando uma área conhecida como Palmares Sul ou Palmares I e a segunda parcela pactuada posteriormente, pelos fazendeiros, para se chamar Palmares II, que hoje possui uma área de 14.922 ha, dividida em lotes ocupados por 517 famílias. O Projeto de Assentamento Palmares II está localizado na região sudeste do estado do Pará, no município de Parauapebas, a 820 km da capital (Belém) e a 24 km da zona urbana de Parauapebas.

Devido à sua posição geográfica (zona tropical) e relevo, a caracterização climática do assentamento é semelhante à do município de Parauapebas, com dois subtipos climáticos, o de planície e o de montanha.

Figura  1:  Escola  localizada  na  agrovila  do  P.A  Palmares  II,  em  Parauapebas
Figura 1: Escola localizada na agrovila do P.A Palmares II, em Parauapebas

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em 2009, foi firmado convênio com o INCRA para o desenvolvimento da ATES - Assistência Técnica Socioambiental, pelo prazo de três anos, durante o qual a COPSERVIÇOS, por meio de licitação, adquiriu o direito de prestar assistência técnica às UCs ​​da região . Segundo Schimtz (2003), o trabalho de assistência técnica consiste em buscar técnicas mais viáveis ​​para melhorar a renda das atividades agrícolas, utilizando o conhecimento popular, elaboração de projetos agrícolas, assistência em questões sociais, políticas e ambientais. Segundo técnicos da prestadora de serviço responsável pelo atendimento no Pa Palmares II, um dos problemas mais graves da assistência técnica é a instabilidade.

Para o agricultor José dos Santos, 33 anos, localizado na ZM Palmares II, “o que fortalece a assistência técnica são as visitas de campo, onde você tem contato direto com o técnico”. Segundo o autor, esse fato tem raízes na história da assistência técnica na região, devido à migração de profissionais da área agrária para a região, o que influenciou no aumento do número de projetos de crédito. Quanto à qualidade do serviço prestado, a avaliação dos agricultores sobre a assistência técnica no assentamento representa os resultados anteriores, 18% dos agricultores entrevistados classificaram como bom, 73% como regular e 9% como péssimo (gráfico 5) .

Em relação às melhorias que a assistência técnica trouxe ao sistema de produção, 18% dos agricultores entrevistados relataram que melhorou muito, para 18% dos agricultores melhorou pouco e para a grande maioria, 64% dos agricultores, a assistência recebida marcou uma melhoria. não interferir no sistema de produção (quadro 6). Dessa forma, o impacto real da assistência técnica na vida dos agricultores é mínimo, pois apenas uma pequena parte utiliza as informações provenientes da assistência técnica. Quanto aos 51 agricultores entrevistados que afirmaram não ter recebido assistência técnica, 76% deles afirmaram nunca ter solicitado esse serviço, enquanto 16% afirmaram já ter solicitado assistência técnica em vários países e 8% não quiseram resposta (gráfico 7).

Dos agricultores que já procuraram assistência técnica, 5 procuraram a associação de assentados (APROCPA, Associação dos Produtores e Comerciantes de Palmares), 1 agricultor procurou a Prefeitura de Parauapeba, 1 agricultor procurou assistência técnica privada e 1 procurou assistência para crédito, e em nenhum dos casos houve resposta positiva.

Gráfico 2: Agricultores que recebem assistência técnica dentre os entrevistados no PA  Palmares II
Gráfico 2: Agricultores que recebem assistência técnica dentre os entrevistados no PA Palmares II

CONCLUSÕES

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Finalmente, por se tratar de uma região geograficamente difícil e pela complexidade da formação política nas áreas de assentamento, a assistência técnica exige: que a ATER seja uma política de governo, ou seja, um programa de governo; que a assistência técnica se torne universal e gratuita para os agricultores familiares; que ofereça cursos de treinamento e capacitação de equipes técnicas e que as instituições de pesquisa busquem tecnologias que levem em consideração as características da produção agrícola da região.

Mudanças nos parâmetros técnicos dos projetos de crédito rural: o caso dos projetos de assentamento no sudeste do Pará. A organização da produção e o processo de diferenciação socioeconômica nos assentamentos "Rio Branco, Palmares e Palmares Sul" - sudeste do Pará.

ANEXOS

ANEXO I – QUESTIONÁRIO I

II - SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL Conheça os serviços de extensão rural existentes na ZM. Atualmente recebe uma modalidade de assistência técnica e extensão rural não vinculada ao crédito. se se referir apenas ao empréstimo em questão, investigue se existem outros tipos de serviços além de simples reuniões e vistorias de "crédito". Qual a relação da Associação com o serviço de Ater Desde quando existe esse serviço na AP.

ANEXO II – QUETIONÁRIO II – APLICADO À ASSOCIAÇÃO E

ANEXO III – QUETIONÁRIO III – DIRECIONADO PARA A

Imagem

Figura  1:  Escola  localizada  na  agrovila  do  P.A  Palmares  II,  em  Parauapebas
Gráfico 1: Distribuição das terras do P.A Palmares II, Parauapebas – PA, conforme utilização  atual
Tabela 01: Cobertura vegetal do Assentamento Palmares II – Parauapebas – PA, entre 1994 a  2005
Gráfico 3: Quanto ao serviço de ATER recebido no PA Palmares II 18%
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Referências

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