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XXVIII Congresso de Iniciação Científica

Análise de Custos: ações para redução em uma empresa de transporte rodoviário de carga.

Lucas Emanuel Felix (aluno autor), Adriano dos Reis Lucente (orientador), FCAV-UNESP, Câmpus de Jaboticabal/SP, Administração, lucas_etec@hotmail.com

Palavras Chave: Gestão de Custos, Redução de Custos, Transporte Rodoviário de Cargas.

Introdução

Este trabalho teve como ponto principal identificar quais são os principais custos de empresas de transporte rodoviário de cargas e analisar, dentre esses custos, quais são passíveis de ações de redução, além da análise dessas ações propriamente ditas. Atualmente, o rodoviário é o principal meio de transporte de cargas no Brasil, sendo responsável por 56% dos transportes no País, seguido pelo ferroviário (21%) e hidroviário (18%)¹. Os custos relacionados às empresas de transporte de carga, especialmente as que utilizam o modal rodoviário, têm sido, nas últimas décadas, objetos de análise na área de Administração devido, principalmente, à influência que exerce sobre os objetivos da empresa e em suas relações com os clientes e concorrentes. Um dado importante que mostra a importância dos custos nesse tipo de atividade, é que o custo do transporte de alimentos no país representa 7,1% do valor do produto final².

Objetivos

A partir do exposto anteriormente, esse trabalho teve como objetivo principal identificar os principais custos incidentes em empresas de transporte rodoviário de cargas e identificar quais custos são passíveis de redução e as respectivas ações para essa redução.

Material e Métodos

Para a realização dos objetivos propostos nesse trabalho foi realizado uma pesquisa predominantemente qualitativa por meio de um estudo de caso em uma empresa de transporte rodoviário de cargas, localizada no interior do Estado de São Paulo.

Resultados e Discussão

Segundo a empresa estudada, os três principais custos incidentes nas empresas desse setor são o combustível, o salário de motorista e a manutenção de pneus. Com o intuito de possuir um controle mais profundo de cada tipo de custo, a empresa utiliza um software com todas as variáveis incidentes, calculadas por quilômetro rodado, no caso de carga fechada. Em caso de carga fracionada, os custos são calculados de outra forma, sendo tabelados por metro cúbico de carroceria utilizada. Esses custos, tanto de carga

fechada como de carga fracionada, são estabelecidos em reunião dos gerentes financeiro e operacional da filial e da matriz que, através de um software, se comunicam à distância. Como forma de contenção, a empresa relatou que norteia seus esforços com o intuito de reduzir os custos de lubrificantes, apontando que, dependendo da linha de rodagem que determinado caminhão percorre, do horário do frete e das condições de temperatura, utiliza-se lubrificantes para trocas a cada 30.000 km rodados (em linha de rodagem sem congestionamentos, feitos no período noturno e/ou baixa temperatura ambiente) ou 15.000 km rodados (no caso de linha de rodagem com alto congestionamento, em período diurno e alta temperatura ambiente); custos de mecânica, no quais a empresa procura focar seus esforços em manutenção preventiva, realizadas em oficinas com as quais possui parceria e custos de pneus, onde a empresa tem ciência de que a durabilidade de cada pneu é, em média, de 500.000 km rodados. Após esse período realizam-se duas ressolagens, economizando, assim, com a não necessidade de aquisição de novos pneus, que após cada ressolagem rodam mais 500.000 km, como se fossem pneus novos.

Conclusões

De acordo com o evidenciado nos resultados e discussões, pode-se afirmar que as empresas de transporte rodoviário de cargas possuem inúmeros custos incidentes, porém nem todos são cabíveis de ações de redução, como combustível e salário de motoristas por exemplo. Porém, outros custos diretos, como mecânica, manutenção de pneus e lubrificantes são passíveis de ações de redução. Vale destacar que o desenvolvimento de ações com o intuito de redução de custos necessita de grande conhecimento por parte da empresa, além de empenho constante para sua eficiência, uma vez que está ligada diretamente a cada frete realizado pela empresa.

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1Cruz, E.P, Oliveira,T.T. In. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 2008.

2Sebrae. Relatório de Inteligência Alimentos, 2015.