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Academic year: 2023

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XXXI Congresso de Iniciação Científica

Efeitos da melatonina sobre a proliferação induzida pela norepinefina em células de câncer de boca

Laura Ceretti Coachman, Vitor Bonetti Valente, Aline Satie Takamiya, Sandra Helena Penha de Oliveira, Daniel Galera Bernabé.

Faculdade de Odontologia de Araçatuba / UNESP – Odontologia lauracoachman@gmail.com

Palavras Chave: Estresse, Câncer, Melatonina.

Introdução

Estresse crônico e seus neurohormônios podem influenciar na progressão do câncer1. Em geral, o estresse crônico é acompanhado pelo aumento dos níveis de norepinefrina (NE) e epinefrina (EP).

Evidências revelam que a NE e EP podem aumentar a neovascularização tumoral e o consequente crescimento de tumores malignos, bem como a proliferação de células de carcinoma espinocelular (CEC) de boca1. A melatonina, por sua vez, apresenta papel fundamental no ciclo circadiano, regulando pressão arterial, reprodução sazonal e tempo de sono2. Além disso, tem mostrado capacidade de regular a progressão tumoral, a ocorrência de metástases do câncer de cabeça e pescoço e a secreção de citocinas pró-inflamatórias como a IL-6 2. Entretanto, ainda não há estudos que tenham investigado a interação destes hormônios sobre o comportamento de células do câncer de boca.

Objetivo

Avaliar a regulação da melatonina sobre proliferação de células do câncer de boca estimuladas pela norepinefrina e epinefrina.

Material e Métodos

Linhagens celulares derivadas de CEC de boca, SCC9 e SCC25, foram utilizadas para avaliar os efeitos da melatonina sobre a proliferação celular induzida pela NE e EP. As células foram cultivadas em meio de cultura DMEM/F12 (1:1) suplementado com 10% de soro fetal bovino (SFB), 0,1% de gentamicina, 100µg/mL penicilina, 100µg/mL estreptomicina e mantidas a 37°C, em atmosfera úmida de 5% de CO2. Posteriormente, foram cultivadas em placas de 96 poços (7x104 células/poço) por 48h e mantidas por mais 24h em meio de cultura DMEM/F12 com 0,5% de SFB. As células foram então tratadas com norepinefrina (10 µM) e epinefrina (10 µM) durante 3, 6 e 24h na presença ou ausência de melatonina (1mM, 5mM e 10 mM). Células não estimuladas foram utilizadas como controle. O potencial proliferativo celular foi avaliado pela técnica de BrdU com kit específico (BrdU Cell Proliferation Kit, Millipore), e por ensaio de MTT de acordo com as recomendações do fabricante.

Resultados e Discussão

Concentrações de NE e EP que simulam aquelas encontradas no microambiente tumoral sob condições de estresse crônico induziram um aumento significativo na proliferação de células SCC9 e SCC25 após 3, 6 e 24h. Sood et al. também encontraram que concentrações de NE e EP que mimetizam as encontradas em condições de estresse, aumentaram significativamente o potencial invasivo e a proliferação de células de câncer de ovário3. Outro estudo recente também mostrou aumento proliferativo de células CEC de boca após tratamento com NE em concentrações semelhantes às encontradas em estresse crônico.1 O tratamento das células com melatonina (1mM) promoveu aumento da proliferação para células SCC9 e SCC25 após 6 e 24h de tratamento, entretanto, concentrações maiores de 5 e 10mM de melatonina inibiram a proliferação dessas células. O tratamento com NE ou EP associado à melatonina mostrou que a melatonina foi capaz de inibir a proliferação celular induzida pela NE e EP para as duas linhagens celulares avaliadas em todos os períodos analisados. Lui et al. também encontraram que melatonina exerceu um efeito antiproliferativo e de antiagiogênese em células de câncer de boca.4

Conclusões

Os resultados do presente estudo mostram que NE e EP em concentrações que simulam estresse crônico induziram aumento na proliferação de células SSC9 e SCC25 e que o tratamento das células com melatonina inibiu o efeito desses hormônios sobre a proliferação celular.

Agradecimentos

Pró reitoria de Pesquisa da UNESP e FAPESP (Processo 2016/25255-0).

__________________

1 Bernabe, D.G., Tamae, A.C., Biasoli, E.R., Oliveira, S.H.P., Brain, Behavior, and Immunity. 2010, 574, 583.

2 Yeah, C.M., Su, S.C., Lin, C.W., Yang, W.E., Chien, M.H., Reiter, R.J., Yang, S.F. Oncotarget. 2017, 90545, 90556.

3 Sood AK, Bhatty R, Kamat AA, et al. Clin Cancer Res. 2006, 369, 375.

4Lui, R., Hui-li, W., Man-jing, D. Oxid Med Cell Longev. 2018, 1, 13.

Referências

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Material e Métodos Os dados utilizados são das estações da RBMC Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS: SAVO Salvador – BA, PPTE Presidente Prudente – SP e POAL