XXXI Congresso de Iniciação Científica
O conhecimento matemático de alunos ingressantes no ensino médio:
contribuições do PIBID
Renan Marcelo Duarte (Unesp – Guaratinguetá, FEG, Matemática, rnnmrcdrt@gmail.com, PIBIC).
Orientadora: Drª Rosa Monteiro Paulo (Unesp - Guaratinguetá, FEG, Depto. de Matemática, rosa.paulo@unesp.br).
Palavras Chave: Educação Matemática, Aprendizagem, Fenomenologia.
Introdução
Nesta pesquisa de Iniciação Científica focamos a aprendizagem matemática de alunos da Educação Básica, mais especificamente, ingressantes no ensino médio. Para tanto, elegemos um lócus no qual a aprendizagem possa ser compreendida: a partir das ações do PIBID. Ou seja, considerando uma escola parceira da Universidade para as ações do PIBID desde o ano de 2014¹, investigamos se o desenvolvimento de projetos nessa escola, as ações desenvolvidas por bolsistas, alunos do curso de Licenciatura em Matemática da UNESP - Guaratinguetá, teve influencia na aprendizagem matemática dos alunos.
Objetivo
O objetivo é compreender o conhecimento matemático de alunos ingressantes no primeiro ano do ensino médio, analisando se há influência do trabalho do PIBID em seu desempenho.
Material e Métodos
Desenvolvemos uma pesquisa qualitativa de abordagem fenomemológica². Para que fosse possível compreender isso que interrogamos, realizamos entrevistas semi-estruturadas com alguns alunos da Escola Estadual Prof.ª Clotilde Ayello Rocha e com a professora de matemática supervisora do projeto PIBID na escola. Feita a transcrição das entrevistas iniciamos o processo interpretativo que seguiu o rigor do método fenomenológico, buscando convergência de sentidos e significados (análises ideográfica e nomotética) que permitiram analisar diferentes perspectivas da contribuição do PIBID na aprendizagem matemática dos alunos.
Resultados e Discussão
Após a construção dos quadros de análise ideográfica (Quadro 1) nos voltamos para as ideias nucleares, buscando compreendê-las. Questionando o que elas nos permitiam compreender do que era investigado, foi possível construir cinco convergências que mostram que as ações do PIBID:
Contribui para que os alunos compreendam os conteúdos tratados em aula, Contribui com a prática
do professor, Favorece a integração dos alunos, Sugere modos de apresentar/trabalhar com o conteúdo e Revela a preocupação com o aluno.
Quadro 1. Recorte do Quadro de Análise Ideográfica.
Cód. Fala do Sujeito
Interpretação do pesquisador
Ideias Nucleares
U.S.11
Eles pegaram brincadeiras
colocaram matemática /.../ ficou mais
descontraído para entender
Para as alunas as atividades
propostas pelos pibidianos tornaram a aprendizagem
mais descontraída.
Aprendizagem descontraída
O movimento interpretativo das convergências apontou duas categorias para a análise: Modos de ensinar o conteúdo matemático e Modos de estar- com os alunos.
Conclusões
Compreendemos que a relação construída entre alunos e pibidianos permitiu aos alunos sentirem-se convidados a falar, inteirar-se da discussão, sentirem-se livres para questionar a respeito da matemática e do convívio na sala de aula. Na fala dos sujeitos é evidenciada a presença constante dos pibidianos auxiliando a professora em sua atividade de ensinar, no espaço-tempo limitado da rotina escolar em que, por vezes, não há possibilidade de atender a todos os alunos em suas particularidades.
A atividade do PIBID é vista em toda a sua potencialidade para auxiliar a compreensão matemática do aluno e, também, como auxílio à professora, que busca uma prática de ensino que corresponda às demandas de seus alunos.
Agradecimentos
Agradecemos à direção, à coordenação, aos alunos e à professora de matemática da E.E Prof.ª Clotilde Ayello Rocha. Agradecemos à PROGRAD pelo apoio e investimento na pesquisa.
1 SÃO PAULO (Estado). Proposta - Edital n. 128398 de 2013. PIBID 2013 – UNESP.
2 BICUDO, M. A. V. Sobre a Fenomenologia. In: BICUDO, M. A. V., ESPÓSITO, V. H. C. (orgs.). Pesquisa Qualitativa em Educação.
Piracicaba: Unimep, 1994.