XXIV Congresso de Iniciação Científica
Determinação do custo relacionado ao desgaste de dressadores de ponta única fabricados com diamantes CVD nacionais
Renata Fleury Fina Mustafé, Prof. Dr. Eduardo Carlos Bianchi, Prof. Dr. Paulo Roberto de Aguiar.
UNESP, Bauru, Engenharia Mecânica, renata.mustafe@gmail.com, bolsa do Cnpq (PIBIT).
Palavras Chave: Retificação, dressador, custo do dressador
Introdução
A retificação é um processo de usinagem, basicamente, de acabamento. Assim, as condições da ferramenta utilizada neste, o rebolo, apresentam uma maior influência no resultado obtido.
Sendo o rebolo uma ferramenta de alto custo, torna-se necessária a utilização de um processo que o recupere, a DRESSAGEM.
Os dressadores também apresentam custo elevado;
o dos dressadores de ponta única fabricados com diamante natural é mais elevado do que o custo dos fabricados com diamante sintético, porém pouco se sabe a respeito da utilização deste de menor custo.
Diamantes fabricados não possuem características idênticas às dos naturais, motivo pelo qual os desempenhos de ambos são diferentes. Resta, então, saber se há vantagem em substituir um diamante natural por um sintético (neste projeto, o CVD Nacional).
Material e Métodos
Para o processo de retificação, utilizou-se a retificadora plana Sulmecânica; três rebolos NORTON, com abrasivo convencional de óxido de alumínio, oito dressadores de diamante de ponta única Royall CVD (Vale – 7P – Sintético); oito de diamante Royall Mato Grosso (10P – Natural); 9 de diamante Royall Brasil Extra (20P – Natural).
Para análise, utilizou-se microscópio estereoscópio, com ampliações de 10 até 100X) e câmera Leica (modelo EC3), acoplada ao microscópio.
A cada dez passadas na máquina retificadora, foi medido o desgaste dos dressadores no microscópio, registrando-o pela câmera. O procedimento foi repetido até o final da vida dos dressadores (determinado pela análise microscópica e pela observação de faíscas durante os ensaios), sendo realizado três vezes para cada tipo de diamante.
Resultados e Discussão
Tabela 1. Número máximo de passadas que cada dressador suportou em cada ensaio.
1 2 3 Média
CVD Nacional 156 295 184 211 Mato Grosso 140 191 86 139 Brasil Extra 180 166 117 154
Figura 1. Dressador de diamante CVD Nacional, após a passada final, do ensaio 3.
Figura 2. Dressador de diamante Mato Grosso, após a passada final, do ensaio 1.
Figura 3. Dressador de diamante Brasil Extra, após a passada final, do ensaio 2.
Conclusões
O diamante de menor custo é o sintético, CVD Nacional (motivo que impulsiona a pesquisa), sendo, também, o que teria, teoricamente, um pior desempenho. No entanto foi o que mais resistiu aos ensaios, apresentando uma vida média útil maior, deixando clara a vantagem de sua utilização (menor custo e maior eficiência).
Agradecimentos
Agradecemos ao Cnpq e às empresas parceiras Norton, Royall Diamond Ferramentas Diamantada Ltda e ao INPE, pela doação dos materiais.
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1 MARINESCU, I. D., HITCHINER, M., UHLMANN, E., ROWE, W. B.
& INASAKI, I., Handbook of machining with grinding wheels. 1a ed.
Boca Raton, FL: CRC Press, Taylor & Francis Group, 2007.