XXXI Congresso de Iniciação Científica
CARACTERIZAÇÃO DAS OPORTUNIDADES AMBIENTAIS DE BEBÊS
Heloisa Briones Mantovani, Beatriz Prado Caetano, Aila Narene Dahwache Criado Rocha. Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília, Terapia Ocupacional, e-mail:helobriones@gmail.com, PROEX.
Palavras Chave:Desenvolvimento Infantil, Equipe Multidisciplinar, Oportunidades Ambientais.
Introdução
O desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) ocorre durante toda a infância e é nessa fase que a criança tem suas habilidades cognitivas e motoras em evolução, sendo assim, a família e os profissionais da saúde devem identificar e intervir em qualquer tipo de situação de risco que possa vir a interferir no seu desenvolvimento (OLIVEIRA et al.,2012). O estudo de Tella (2018) destacou a importância do monitoramento das oportunidades ambientais que passam interferir no desenvolvimento infantil (TELLA et al., 2018).
Objetivo
O objetivo desse estudo é identificar e caracterizar as oportunidades ambientais que afetam o desenvolvimento de bebês.
Material e Métodos
Participaram da pesquisa 10 bebês de 18 a 24 meses e seus responsáveis que pertenciam ao território abrangente de uma Unidade de Saúde da Família (USF) de uma cidade do interior do estado de São Paulo. Para a coleta de dados, foram realizadas visitas domiciliares, onde foi aplicado o questionário de avaliação do instrumento Affordances in the Home Environment for Motor Development (AHEMD).
Para a análise de dados foi utilizado o calculador em excel disponibilizado pelo instrumento e, em seguida, foi feito a identificação da renda bruta familiar e a classificação geral de cada residência para o favorecimento do desenvolvimento motor.
Resultados e Discussão
De acordo com a categoria Espaço Externo, 20%
das residências avaliadas apresentam como resultado “bom”, 40% como “fraco” e 40% como
“muito fraco” às oportunidades para o desenvolvimento motor do bebê, sendo considerados resultados não tão positivos. Na categoria Espaço Interno, 70% das residências apresentam como resultado “muito bom”, 20% como
“bom” e 10% como “muito fraco” às oportunidades para o desenvolvimento motor do bebê.Estes resultados identificam que a estrutura desse ambiente se encontra mais adequada para
favorecer o desenvolvimento do bebê do que os resultados identificados na área externa.
Na categoria Variedade de Estimulação, 80% das residências foram classificadas como “muito boa”, 10% como “boa” e 10% como “muito fraca”.
Já nas categorias sobre a disponibilidade dos materiais para motricidade, as residências apresentaram um baixo resultado. Na categoria Materiais para Motricidade Fina, 20% as residências apresentaram como resultado “fraco” e 80% “muito fraco” e na categoria Materiais para Motricidade Grossa, 10% das residências apresentaram resultado “fraco” e 90% “muito fraco”.
Estes resultados identificam uma questão preocupante, visto que a motricidade fina e grossa são habilidades essenciais para que as crianças brinquem e explorem diferentes objetos através da estimulação, e isso engloba tipos de materiais, oferecida por parte das famílias, com o objetivo de garantir um bom desenvolvimento das habilidades motoras.
Conclusões
Conclui-se com o presente estudo a importância da atuação multidisciplinar das equipes de saúde junto ao ambiente domiciliar em que essa criança vive para orientações e instruções aos cuidadores sobre a relevância das oportunidades ambientais para um desenvolvimento adequado dos aspectos neuropsicomotores das mesmas.
Agradecimentos
À todas as minhas parceiras do Laboratório de Estudos em Acessibilidade, Tecnologia Assistiva e Inclusão, especialmente à professora Aila NareneDahwache Criado Rocha. E à bolsa de Pró- Reitoria de Extensão Universitária e Cultura (PROEX)
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¹OLIVEIRA, L.L.; ³COSTA, V.M.R.; REQUEIJO, M.R.;
REBOLLEDO, R.S.; PIMENTA, A.F., LEMOS, S.M.A.
Desenvolvimentoinfantil: concordância entre a caderneta de saúde da criança e o manual para vigilância do desenvolvimentoinfantil. Rev.
paul. pediatr., São Paulo,v.30, n.4, dez. 2012
²TELLA, P.; PICCOLO, L. R.; RANGEL, M. L.; ROHDE, L.
A.;POLANCZYK, G. V.; MIGUEL, E. C.; GRISI, S. J. F. E.;
⁷FLEITLICH-BILYK, B.; FERRARO, A. A. Socioeconomic diversities and infant development at 6 to 9 months in a poverty área of São Paulo, Brasil. Trends Psychiatry Psychother. 2018; 40 (3): 232-240.