XXVI Congresso de Iniciação Científica
CONTRATOS DE PLANO DE SAÚDE E A TUTELA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Autor: Felipe Assis de Castro Alves Nakamoto, Orientadora: Profa. Dra. Kelly Cristina Canela, UNESP Campus Franca, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Curso: Direito, E- mail: felipe.acan@gmail.com, Bolsa PIBIC/CNPq.
Palavras Chave: Contratos, plano de saúde, proteção do consumidor.
Introdução
O plano de saúde privado foi a maneira que grande parte da população brasileiro encontrou para ter uma maior garantia no que diz respeito a proteção à saúde, uma vez que o aparato de prestação de saúde estatal não consegue cumprir a demanda a contento. Dessa maneira, o presente estudo busca analisar as medidas protetivas ao consumidor em face de cláusulas e posturas abusivas dos planos de saúde, notadamente em momentos em que o consumidor se encontra em uma posição de extrema vulnerabilidade. A partir de análise de jurisprudência nos tribunais nacionais, objetiva-se expor o real cenário da tutela consumerista em relação aos planos de saúde privados.
Objetivos
O presente estudo tem como escopo analisar quais são os maiores obstáculos dos consumidores de planos de saúde privados, bem como compreender o posicionamento da jurisprudência pátria, a fim de compreender como a legislação vem sendo aplicada e interpretada.
Material e Métodos
A metodologia aplicada é a dogmática-jurídica, uma vez que o objeto de perquirição centra-se em institutos jurídicos do Direito Civil, Constitucional e Consumidor. Além disso, valemo-nos da vertente dialética ao confrontar a lei (tese) com o comportamento factual (antítese), observando-se, portanto a resolução dos casos nos tribunais (síntese). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, sendo pautada, portanto, em doutrinas e artigos científicos, bem como jurisprudência elaborada por tribunais.
Resultados e Discussão
Com o presente estudo buscou-se discutir a repercussão das práticas aplicadas por empresas aos contratos de plano de saúde para o mundo consumerista. Percebe-se que o consumidor é um indivíduo com vulnerabilidade técnica e jurídica, e,
por diversas vezes, acaba sendo vítima das práticas comerciais abusivas dos planos de saúde.
Dessa maneira, entende-se necessário salientar a importância de oferecer informação de qualidade acerca das cláusulas a que se está aderindo no momento de assinar um contrato de plano de saúde.
Além disso, é premente que se conscientize a população a fazer valer seus direitos, seja administrativamente, seja através do poder judiciário. Todavia esse cenário só poderá ser alcançado com a competente conscientização da esfera consumerista brasileira.
Conclusões
Conclui-se que os planos de saúde, merecem estar sujeitos ao império do Código de Defesa do Consumidor, pois esta lei confere garantias aos consumidores a fim de compensar a sua vulnerabilidade inata em face das grandes corporações. Ademais, ressalta-se a importância da atuação dos tribunais que vêm confirmando valores como a dignidade da pessoa humana e os princípios da boa-fé e função social do contrato, uma vez que têm julgado de forma a efetivar o direito à saúde nos casos que discutem descumprimento de contrato de plano de saúde.
Agradecimentos
Agradecemos ao CNPq, que financiou parte da presente pesquisa por meio do programa PIBIC.
Necessária, também, se faz a menção à Reitoria da Unesp, que custeou a outra parte da pesquisa, também através do PIBIC.
Agradecimento especial ao Grupo de Estudos em Direito Civil da Unesp Franca que reverte seus fundos em excelente material bibliográfico de pesquisa.
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1 MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor: o novo regime das relações contratuais. 6.ed. São Paulo: RT, 2011.
2 FRAZÃO, Ana; TEPEDINO, Gustavo (Coords.). O Superior Tribunal de Justiça e a Reconstrução do Direito Privado. São Paulo:
RT, 2011.
3SAMPAIO, Aurisvaldo. Contratos de Plano de Saúde. São Paulo:
RT, 2010.
