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Academic year: 2023

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XXVIII Congresso de Iniciação Científica

Estudos espectroscópicos da hemoglobina extracelular gigante de Amynthas gracilis (HbAg) na presença de cobre em pH ácido.

Raphael de Araújo Campos1, Patrícia Soares Santiago, Gabriella Dutra Bortolini, Luana Vanessa de Souza, Lierge Ramos. Campus Experimental de Registro, Engenharia Agronômica, raphaaraujo_campos@hotmail.com. 1Bolsista de Iniciação científica PIBIC/CNPq.

Palavras Chave: Amynthas gracilis, biossensor, cobre.

Introdução

As proteínas formam um grupo de compostos orgânicos de extrema importância nos organismos.

Dentro desse vasto grupo têm-se as hemoglobinas, presentes no sangue e responsáveis pela absorção e transporte de oxigênio. As hemoglobinas extracelulares gigantes presentes na Amynthas gracilis (HbAg) constituem o ápice de complexidade em se tratando de proteínas que ligam oxigênio por possuírem arranjos proteicos extremamente organizados1, além de possuírem ligantes específicos e sofrerem alterações na presença de substâncias diversas. A A. gracilis é uma espécie exótica no Brasil e é muito frequente nos solos do Vale do Ribeira. A avaliação das características biofísicas da HbAg pode trazer informações relevantes tanto para a biologia das espécies quanto para aplicações específicas, tal como o uso dessa biomolécula como biossensor de contaminação ambiental.2

Objetivos

O presente trabalho tem por objetivo a avaliação do efeito do cobre (Cu) na HbAg em pH ácido (pH predominante nos solos da região do Vale do Ribeira) visando o desenvolvimento de um biossensor de contaminação ambiental.

Material e Métodos

As amostras de HbAg 0,1 mg/ml (que corresponde à uma concentração, em heme, de 4 µM) foram preparadas em tampão acetato-fosfato-borato 30 mM, pH 5,0. As titulações das soluções de HbAg foram feitas através da adição de alíquotas de soluções concentradas de sulfato de cobre (CuSO4) e as concentrações de cobre utilizadas foram na faixa de 0-100 μM. As amostras foram, inicialmente, equilibradas por 3 horas antes da primeira leitura de Absorbância, Fluorescência e Espalhamento de Luz (medida no espectrofluorímetro em 350 nm a 90ºC) e, posteriormente, foram equilibradas por mais 24 horas para a segunda leitura. Os dados obtidos foram tratados e interpretados.

Resultados e Discussão

Através da Fig. 1A observa-se que o aumento da [Cu] diminui a intensidade de absorção óptica e desloca o máximo da banda de Soret para menores comprimentos de onda (415 para 405 nm), além de promover um alargamento nas Bandas Q, indicando

o estado de oxidação da hemoglobina e evidenciando a interação da HbAg com o metal2. A partir de 5 µM de cobre ocorre o aparecimento da banda LMCT (banda de transferência de carga ligante-metal) em 630 nm. A Fig. 1B e 1C mostram que não houve aumento na intensidade de fluorencência como consequência da dissociação da proteína2, sugerindo que esse método não é adequado para acompanhar o processo de dissociação da HbAg na presença de cobre, pois esse é um metal paramagnético e supressor de fluorescência. Nas 3 primeiras horas de equilíbrio (HbAg x Cu) não houve aumento significativo na intensidade de espalhamento de luz como representado na Figura 1D, indicando que não houve agregação da hemoproteína. Após 24 horas de equilíbrio, a intensidade de espalhamento de luz teve um ligeiro aumento no ponto máximo.

Figura 1. (A) Espectro de absorção óptica da HbAg para diferentes concentrações de CuSO4; (B) Espectro de fluorescência da HbAg em diferentes concentrações de CuSO4; (C) Área de fluorescência normalizada em função da concentração de CuSO4 para leituras de 3 e 24 horas; (D) Intensidade de espalhamento de luz em função da concentração de CuSO4 para leituras de 3 e 24 horas.

Conclusões

A adição de CuSO4 alterou as características biofísicas da HbAg, promovendo a oxidação do seu grupo heme na concentração de 5 µM de Cu, indicando uma alta sensibilidade da proteína ao metal. A partir de 30 µM observou-se que a oxidação da HbAg atingiu um ponto de saturação.

Através do método de fluorescência não foi possível avaliar o processo de dissociação da hemoproteína na presença de um metal paramagnético.

Agradecimentos

Bolsa PIBIC/CNPq e ao grupo Biomoléculas/CERe.

____________________

1Vinogradov, S. N. Micron, v. 35, n. 8, p.127-129, 2004.

2 Santiago, P.S.; Moura, F.; Moreira, L.M.; Domingues, M.M.; Santos, N.C.; Tabak, M. Biophysical Journal, v. 94, p. 2228–2240, 2008.

Referências

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