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Academic year: 2023

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XXIV Congresso de Iniciação Científica

A comunidade pioneira de trepadeiras de uma área em restauração ecológica por transposição de galharia de cerrado.

Isabela Beraldo de Souza, Veridiana de Lara Weiser, Osmar Cavassan.

Campus de Bauru, Faculdade de Ciências, Departamento de Ciências Biológicas e-mail para correspondência: isabela.beraldo@hotmail.com

Palavras Chave: cerrado, nucleação, restauração.

Introdução

Os ecossistemas degradados, após distúrbio, têm eliminados os seus meios de regeneração natural e apresentam baixa resiliência1. Os métodos de restauração ecológica tradicionais apresentam uma visão altamente dendrológica e com a utilização de espécies arbóreas exóticas, causam contaminação e potencializam a degradação2, além de não apresentarem as fases iniciais da sucessão ecológica3. Uma alternativa possível é a nucleação, método de restauração que implementa a sucessão dentro de ecossistemas degradados e assim, restitui sua biodiversidade2. Uma técnica que se destaca dentro da nucleação é a transposição de galharia, que incorpora matéria orgânica no solo, apresenta potencial de rebrotação e germinação, além de abrigos e microclimas adequados à fauna4. Não há informações publicadas sobre a presença de trepadeiras em áreas em restauração ecológica, porém acredita-se que essa sinúsia instala-se facilmente nessas áreas.

Este trabalho tem como objetivo conhecer as espécies de trepadeiras que compõem a comunidade pioneira na área em restauração ecológica por transposição de galharia de cerrado e verificar se tais espécies são as mesmas que ocorrem nos fragmentos de cerrado em Bauru.

Material e Métodos

A área em restauração ecológica por transposição de galharia de cerrado localiza-se em um terreno com vegetação degradada, adjacente a Reserva Legal do Campus da UNESP de Bauru. As coletas foram realizadas em uma área de 810 m2, quinzenalmente, de outubro de 2010 a junho de 2012. Considerou-se trepadeiras, as plantas autotróficas, vasculares, que germinam no solo, mantêm contato com ele durante todo o seu ciclo de vida e perdem a habilidade de auto-sustentação à medida que crescem, necessitando de uma sustentação mecânica para o seu desenvolvimento5. Para verificar se as espécies inventariadas na área de estudo são as mesmas que ocorrem nos fragmentos de cerrado em Bauru, foi realizada uma consulta à lista florística6.

Resultados e Discussão

Foram amostradas 18 espécies de trepadeiras, distribuídas em 18 gêneros e 12 famílias. Das

espécies observadas na área em restauração ecológica, 17 (94,4%) também são encontradas em outros fragmentos de cerrado em Bauru, o que indica que a comunidade pioneira da área em estudo é composta em sua maioria por espécies de cerrado. Também foi observado que as trepadeiras utilizam as leiras como forófitos para adensarem suas folhagens, constituindo um ambiente protegido para a fauna4, produzem néctar, pólen e, no caso das espécies zoocóricas, frutos que atraem predadores, polinizadores, dispersores e decompositores2 para a área em restauração ecológica, formando verdadeiras ilhas de diversidade.Além disso, espécies de trepadeiras apresentam queda constante de folhas, contribuindo para a formação da serapilheira durante todo o ano, o que constitui uma importante fração do recurso vegetal disponível para a ciclagem de nutrientes7.

Conclusões

As trepadeiras representam um importante componente da comunidade vegetal pioneira da área em restauração ecológica por transposição de galharia de cerrado. Suas espécies também ocorrem em outros fragmentos de cerrado de Bauru e funcionam como plantas nucleadoras neste processo de restauração ecológica.

____________________

1 KAGEYAMA, P. Y; REIS, A. Área de vegetación secundaria en el valle de Itajaí, Santa Catarina, Brasil. Perspectivas para su ordenación y conservación. Recursos Genéticos Forestales, v. 21, p. 37-39, 1994.

2 REIS, A.; BECHARA, F. C.; ESPINDOLA, M. B.; VIEIRA, N. K.;

SOUZA, L. L. Restauração de áreas degradadas: a nucleação como base para incrementar os processos sucessionais. Natureza & Conservação, Curitiba, v. 1, n. 1, p. 28-36, 85-92, abr. 2003.

3 BECHARA, F. C. Unidades demonstrativas de restauração ecológica através de técnicas nucleadoras: floresta estacional semidecidual, cerrado e restinga. 2006. 249 f. Tese (Doutorado em Recursos Florestais) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2006.

4 KUNTSCHIK, D. P.; EDUARTE, M.; ARMELIN, R. S. Sistemas de nucleação. São Paulo: SMA, 2011. 63 p.

5 WEISER, V. de L. Árvores, arbustos e trepadeiras do cerradão do Jardim Botânico Municipal de Bauru, SP. 2007. 100 f. Tese (Doutorado em Ecologia) – Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 2007.

6 WEISER, V. de L.; CAVASSAN, O. Plant diversity in three different vegetation types in southeastern Brazil. Biodiversity and Conservation, em fase de elaboração.

7 HORA, R. C.; PRIMAVESI, O.; SOARES, J. J. Contribuição das folhas de lianas na produção de serapilheira em um fragmento de floresta estacional semidecidual em São Carlos,SP. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 31, n.2, p. 277-285, abr./jun. 2008.

Referências

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