XXVIII Congresso de Iniciação Científica
Influência de um treinamento resistido com tubos elásticos na potência e capacidade aeróbia de doentes pulmonares obstrutivos crônicos.
Mariana Akemi Cucatto1, Ercy Mara Cipulo Ramos1, Rebeca Nunes Silva1, Ana Paula Rabelo1, Vittoria Raffaela Alves Formico1.
1- Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP Campus de Presidente Prudente – São Paulo – Brasil. Curso de Fisioterapia.
E-mail: mariakemi97@gmail.com Bolsista: PIBIC (CNPq)
Palavras Chave: DPOC, exercício físico, tolerância ao exercício.
Introdução
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada como uma doença de caráter obstrutivo com limitação persistente e progressiva do fluxo aéreo1. Apesar de afetar prioritariamente a função pulmonar, a DPOC também causa comprometimentos extrapulmonares, como a disfunção muscular periférica2, que contribui para o aumento da mortalidade desta população. Contudo, uma vez que o exercício físico possui evidência A no tratamento da DPOC, faz-se importante avaliar os efeitos de um treinamento resistido com tubos elásticos na capacidade aeróbia de pacientes com DPOC, a fim de inserir elementos sobre o tema na literatura e contribuir para a prática clínica no tratamento destes.
Objetivos
Avaliar os efeitos de 12 semanas de treinamento resistido com componente elástico sob a capacidade aeróbia de pacientes com DPOC.
Material e Métodos
Foram recrutados 18 pacientes com DPOC atestada por espirometria (idade: 71,53±6,97 anos;
IMC:24,88±4,17 Kg/m2; VEF1: 1,41±0,55L), onde todos foram submetidos a um teste cardiopulmonar de exercício (TCPE) em esteira ergométrica para a determinação do VO2máx e VVO2máx, antes e após 12 semanas de treinamento resistido com tubos elásticos.
Resultados e Discussão
Conforme exposto na tabela 1, os indivíduos não apresentaram mudanças em nenhuma das
variáveis analisadas referentes à capacidade aeróbia após o treinamento resistido de 12 semanas com tubos elásticos.
Tabela 1. Valores referentes a capacidade aeróbia antes e após o treinamento resistido.
VO2: consumo máximo de oxigênio; VVO2: velocidade de exercício correspondente ao VO2; L/min: litro por minuto; ml/kg:
mililitro por quilograma; Km/h: quilômetro por hora.
A progressão do treinamento resistido adquiriu uma característica de treinamento de força, devido ao aumento da carga e redução do número de repetições, o que pode ter dificultado a análise da capacidade aeróbia dessa população, limitando os achados, uma vez que a resistência muscular também reflete a capacidade aeróbia, e não somente a força.
Conclusões
Os indivíduos não apresentaram mudanças em nenhuma das variáveis analisadas referentes à capacidade aeróbia após o treinamento resistido de 12 semanas com tubos elásticos.
Agradecimentos
Ao programa CNPq/PIBIC pelo financiamento do projeto de pesquisa, à UNESP e aos membros do Laboratório de Estudos do Aparelho Mucossecretor (LEAMS).
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1 From the Global Strategy for the Diagnosis, Management and Prevention of COPD, Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) 2017. Disponível em: http://goldcopd.org.
2 Rondelli RR, et al. Métodos de avaliação da fadigabilidade muscular periférica e seus determinantes energético-metabólicos na DPOC. J Bras Pneumol. 2009; 35(1).
Basal Final p
VO2max (L/min) 1,148±0,4342 1,120±0,3845 0,4677 VO2max (ml/kg) 17,43±4,395 17,13±3,856 0,6926 VVO2max(Km/h) 4,935±1,474 4,725±1,413 0,138
Figura 1. Tubos elásticos.
Figura 2. Cadeira elaborada para o treinamento.