XXXI Congresso de Iniciação Científica
Influência de uma nova biocerâmica, incorporada com diferentes ânions, na atividade osteoblástica.
MARIA LYGIA BARBOSA FERNANDES, HANNA FLÁVIA SANTANA DOS SANTOS, RENATA GUIMARÃES RIBAS TIAGO MOREIRA BASTOS CAMPOS, LUANA MAROTTA REIS VASCONCELLOS. São José dos Campos, ICT- Unesp, Odontologia. mlygiabf@gmail.com. PIBIC
Palavras Chave: Células Tronco Mesenquimais, Diferenciação Osteogênica, Regeneração Tecidual.
Introdução
Atualmente há uma grande demanda por materiais que promovam regeneração de um novo tecido em cirurgias médicas e odontológicas. O cimento de wollastonita (CaSiO₃), um silicato de cálcio, apresenta propriedades promissoras pois promete promover aceleração do reparo ósseo e regeneração tecidual (Shao et al. 2018). O material biocerâmico proposto a base de wollastonita consiste em exibir uma combinação de características bioativas tanto da hidroxiapatita como do biovidro (Pan et al. 2016), sendo realizado o teste in vitro com a incorporação de diferentes ânions, que modificam a reatividade biológica do material.
Objetivo
Avaliar em meio osteogênico a biocerâmica, a base de wollastonita (CaSiO₃) com variação de ânions, sendo estes o amônio (NH₄⁺), o sódio (Na⁺) e o potássio (K⁺) na atividade de osteoblastos diferenciados a partir de células mesenquimais obtidas de fêmures de ratos.
Material e Métodos
Foram obtidas células mesenquimais da medula óssea dos fêmures de 9 ratos (aprovado pelo CEUA/ICT-CSJC- UNESP, sob protocolo nº 09/2015). Após 7 dias as células foram plaqueadas na densidade de 1x104 células viáveis em cada poço da microplaca de 96 poços. O material foi previamente inserido nos poços (n=5 para cada grupo experimental) juntamente ao meio de cultura osteogênico composto por meio essencial mínimo de alfa MEM suplementado com 10% de soro fetal bovino, gentamicina, ácido ascórbico e beta-glicerofosfato. Todas as placas foram incubadas a 37ºC na estufa com 5% de CO₂ e mantidas até o momento de cada teste, os quais foram viabilidade celular (MTT), conteúdo de proteína total e atividade de fosfatase alcalina.
Resultados e Discussão
No teste de viabilidade celular (Figura 1) os resultados obtidos mostraram-se adequados, uma vez que houve maior porcentagem de células viáveis nos grupos experimentais do que no grupo controle, sendo observada diferença estatística na maioria dos grupos (p<0,05), portanto o material não teve efeito citotóxico.
Figura 1: Gráfico de média e desvio padrão ( ± ) da viabilidade celular.
No teste da mensuração do conteúdo total de proteína (Figura 2a) os grupos K, Na exibiram valores similare estatisticamente ao grupo controle (p>0,05). Contudo, os valores de ALP (Figura 2b) dos grupos experimentais foram mais baixos que o grupo controle, exibindo diferença estatística (p<0,05).
(a) (b)
Figura 2: Gráfico de média e desvio padrão ( ± ):
a) conteúdo de proteína total; b) ALP.
Conclusões
Baseado nestes resultados concluiu-se que os materiais não são citotóxicos e permitiram a diferenciação osteoblástica, corroborando com a hipótese que podem ter efeito acelerador na regeneração óssea.
Agradecimentos
Ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, à minha orientadora Luana Marotta e minha co-orientadora Hanna Flávia, e ao CNPq.
____________________
Pan Y, Yin J, Yao D, Zuo K, Xia Y, Liang H, et al. Effects of silica sol on the microstructure and mechanical properties of
CaSiO3bioceram.2016.03.109 4.
Shao H, Sun M, Zhang F, Liu A, He Y, Fu J, et al. Custom Repair of Mandibular Bone Defects with 3D Printed Bioceramic
Scaffolds. J. Dent. Res. 2018;97(1):68–76.