XXVIII Congresso de Iniciação Científica
EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBICO NA QUANTIDADE E NA POLARIZAÇÃO DAS CÉLULAS DE KUPFFER EM RATOS WISTAR.
Autores: Igor Alexandre Domingues¹, Isabela Aparecida Dosualdo Preto¹, Carolina Pasqual Celestrin¹, Wellington Soares Francisco¹, Juliana Alves2, Alexandre Gabarra Oliveira¹.
Instituições: ¹UNESP – Univ. Estadual Paulista, Campus Rio Claro, Instituto de Biociências, Educação Física, DEF, Laboratório de Investigação Molecular e Exercício Físico (LABIMEF). 2
UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Laboratório de Investigação Clínica em Resistência à Insulina (LICRI).
E-mail: igorale@uol.com.br
Palavras Chave: Resistência à insulina, inflamação, macrófagos.
Introdução
Os macrófagos apresentam alta plasticidade, uma vez que podem apresentar diferentes funções, morfologia e propriedades fenotípicas, de acordo com o ambiente onde se encontram. De forma mais especifica, quanto a sua ativação, os macrófagos podem ser classificados como M1, que possuem predominância de estimulação pró-inflamatória, ou como modelo de polarização M2 predominando a estimulação anti-inflamatória. Nesse contexto, a ativação M1 dos macrófagos residentes do tecido hepático, vem sendo associada com a resistência à insulina (RI) induzida pela obesidade e também com a doença hepática gordurosa não alcoólica.
Fortalecendo ainda mais essa ideia, a ausência da ativação M2 no fígado agravava a obesidade e a resistência à insulina. Paralelamente, está cada vez mais evidente que o exercício físico possui um importante componente anti-inflamatório que participa tanto no efeito profilático quanto como tratamento frente a RI. O exercício com intensidade de leve a moderada, é capaz de reduzir a inflamação no fígado de animais.
Objetivos
Investigar o efeito do treinamento da natação na infiltração e no balanço da polarização de macrófagos no tecido hepático em ratos alimentados com dieta hiperlipídica.
Material e Métodos
Foram utilizados ratos machos Wistar com 6 semanas de idade, divididos em 3 grupos: animais controle alimentados com dieta padrão para roedores (CTL), animais sedentários alimentados com dieta hiperlipídica (DH) e animais alimentados com DH e treinados por 8 semanas - 1 hora por dia, 5 dias por semana, durante 8 semanas, suportando carga progressivamente aumentada - (DH+EC).
Para avaliação da infiltração e polarização de macrófagos utilizou-se a técnica de análise de RNAm e também estudos histológicos (HE, imunohistoquimica e imunoflorescencia).
Resultados e Discussão
Todos os animais submetidos à dieta hiperlipídica, sedentários ou treinados, apresentaram peso corporal final significativamente maior que os animais do grupo CTL. Através de estudos histológicos verificamos um grande aumento de deposição de gordura no tecido hepático. Além disso, o treinamento aeróbico foi capaz de reduzir de forma impressionante a esteatose hepática. Da imunofluorescência, pôde-se verificar que houve um grande aumento na infiltração de macrófagos e que as 8 semanas de exercícios físicos reverteram totalmente esse parâmetro no fígado de animais obesos. Quando realizada a dupla marcação entre F4/80 e TNF-verificou-se que houve aumento (de que¿) no grupo DH e completa recuperação no grupo DH+EC, evidenciando assim uma redução na polarização M1. Em paralelo, os resultados mostram significativo aumento da quantidade de macrófagos M2 no fígado de animais submetidos ao treinamento de natação, indicando o importante efeito anti- inflamatório desencadeado pelo exercício físico.
Conclusões
O exercício aeróbico melhora a infiltração de macrófagos no fígado, ao passo que promove a polarização de macrófagos M1 para M2 resultando na melhora do perfil inflamatório do tecido.
Agradecimentos
Agradecemos à UNESP e ao CNPq pelo apoio financeiro.
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1. Pickup, J.C., Inflammation and activated innate immunity in the pathogenesis of type 2 diabetes. Diabetes Care, 2004.
27(3): p. 813-23.
2. Yamauchi, T., et al., The fat-derived hormone adiponectin reverses insulin resistance associated with both lipoatrophy and obesity. Nat Med, 2001. 7(8): p. 941-6.
3. Kahn, B.B. and J.S. Flier, Obesity and insulin resistance. J Clin Invest, 2000. 106(4): p. 473-81.
