XXXI Congresso de Iniciação Científica
EFICÁCIA DE DUAS FORMULAÇÕES DE HERBICIDAS NO CONTROLE DE Memora peregrina EM PASTAGEM
João Lucas Chaves Ferraz; Fernando Tadeu de Carvalho; Carlos Eduardo Batista, Universidade Estadual Paulista “Júlio De Mesquita Filho” Câmpus de Ilha Solteira; Curso de Engenharia Agronômica, email:
jferraz.3@hotmail.com.
Palavras Chave: ciganinha, controle de plantas daninhas, pecuária.
Introdução
A pecuária brasileira é um importante setor do agronegócio. Em vista disso, a manutenção das pastagens é imprescindível para que se atinja altas produtividades. Entre as operações necessárias, a de controle de plantas daninhas. Sendo, a ciganinha (Memora peregrina), uma forte invasora das pastagens, que ocasiona perdas de produção das forrageiras, interferindo na produção animal.
Objetivo
Avaliar e comparar a eficácia de tratamentos aplicados em pós-emergência no controle de ciganinha (M. peregrina) em áreas de pastagens com Urochloa decumbens.
Material e Métodos
A pesquisa de campo foi desenvolvida no período de fevereiro a maio de 2017 e constituiu-se de três experimentos em locais distintos. Sendo eles: Nova Canaã Paulista – SP, Três Lagoas – MS, Brasilândia – MS. Os experimentos foram montados em áreas com pastagem de capim-braquiária (Urochloa decumbens) e com elevada infestação da planta daninha ciganinha. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatorze tratamentos e quatro repetições. Cada unidade experimental foi constituída por uma parcela contendo 10 plantas da espécie infestante. Foi realizada a aplicação foliar dos herbicidas aminopiralide + picloram em mistura com fluroxipir e em mistura com triclopir, para o controle de M. peregrina, nas concentrações de 2,0;
3,0; 4,0; 4,5 e 5,0%, em comparação aos métodos tradicionais: mecânico aliado ao químico (picloram:
aplicado no toco a 2,0%), químico na base do caule (picloram + triclopir: na base da planta a 8%) e apenas o mecânico(roçadeira).
As avaliações foram realizadas em 30, 60 e 90 dias após a aplicação (DAA).
A eficiência dos herbicidas no controle das plantas daninhas foi avaliada em % de controle e considerou-se como eficiente o controle superior a 80%.
Resultados e Discussão
Em Nova Canã Paulista, os tratamentos com fluroxipir até 4% não obtiveram controle em nenhum momento da avaliação. Mas, os tratamentos a 4,5%
e 5% foram eficazes até os 60 DAA, tornando ineficazes a partir desse momento. Os tratamentos com triclopir foram todos eficientes em 60 DAA, porém ineficazes no decorrer do experimento. O tratamento picloram + triclopir a 8% não obteve controle aos 90 DAA. Mas, o picloran a 2% foi eficaz em 90 DAA.
Em Três Lagoas, todos os tratamentos testados, exceto os a 2%, tanto da mistura com triclopir quanto com fluroxipir foram eficientes somente até 60 DAA. O tratamento picloram + triclopir a 8% não foi eficaz, enquanto que o picloran a 2% apresentou bom controle.
Resultados muito próximos ao de Três Lagoas foram observados em Brasilândia.
O não controle da ciganinha pode ocorrer porque:
ela possui robusto sistema radicular constituído de caules subterrâneos (rizomas) extremamente desenvolvidos, podendo atingir dois metros de comprimento e seis centímetros de diâmetro no topo, e que armazena grandes quantidades de água e nutrientes, garantindo a sobrevivência da planta em condições adversas (NUNES, 1999).
Conclusões
As novas formulações de herbicidas não foram eficazes no controle da ciganinha (Memora peregrina), em nenhuma das concentrações testadas nas três localidades.
Apenas o picloram (2%) mostrou nível de controle adequado, portanto o indicado.
Agradecimentos
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DEUBER, R. Ciência das plantas infestantes: manejo. Campinas:
[s.n.], 1997. v. 2, 285 p.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. S. Guia de herbicidas. 6. ed.
Londrina: Edição dos Autores 2011. 697 p.
NUNES, S.G. Ciganinha, Memora peregrina (Miers) Sandw, nova planta invasora de pastagem. Campo Grande: Embrapa, 1999. 3 p.
(Embrapa Gado de Corte).
VICTÓRIA FILHO, R. Fatores que influenciam a absorção foliar dos herbicidas. Informe
Agropecuário, Belo Horizonte, n. 11, n. 129, p. 31 -38, 1985.
