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TIAGO SAMPAIO ANVERSI Itajaí , outubro de 2007 - Univali

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Academic year: 2023

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O objetivo desta monografia foi analisar o acidente de trabalho ou doença ocupacional e seu impacto no contrato de trabalho como fato gerador de responsabilidade civil do empregador. Obrigação de indemnização do empregador em caso de acidente de trabalho independentemente de culpa.

ANÁLISE SOBRE O DIREITO DO TRABALHO

  • C ONCEITO
  • N ATUREZA J URÍDICA
  • P RINCÍPIOS
  • F ONTES

Existem razões bem fundamentadas que sustentam a teoria do direito do trabalho como um ramo do direito privado. Isto também permite que grandes conflitos trabalhistas sejam resolvidos pela própria legislação trabalhista.

CONTRATO DE TRABALHO

T EORIA A NTICONTRATUALISTA

Esta vertente teórica não só viu uma base distintiva própria para a caracterização da natureza jurídica da relação de trabalho, mas também teve como objetivo principal retirar qualquer relevância ao papel da liberdade e da vontade - e, portanto, do contrato - na formação e desenvolvimento desta relação jurídica especializada. A teoria anticontratualista também pode ser dividida em duas direções de compreensão, a saber, a teoria institucional, que é defendida por escritores franceses, e a teoria das relações de trabalho ou incorporação, que é alvo de escritores alemães. O estudo prevê condições de trabalho previstas sob a autoridade do empregador, que tem poder disciplinar.

A partir do conceito de instituição - uma realidade estrutural e dinâmica que teria propagação e autonomia perante seus próprios membros (conceito buscado nos escritores civis Maurice Hauriou e Georges Renard) - os institucionalistas do direito do trabalho constroem sua teorização. A teoria da relação de trabalho sustenta que a empresa é uma comunidade de trabalho à qual o trabalhador se insere para cumprir os objetivos da produção nacional. Nesta comunidade não existe um somatório de relações contratuais especiais entre os interessados, mas apenas uma relação de trabalho num ser unitário, sem margem para autonomia de vontade e consistindo na simples ocupação do trabalho humano pelo empregador.

A teoria da relação de trabalho baseia-se no princípio de que a vontade e, portanto, a liberdade não desempenham um papel significativo e necessário no estabelecimento e desenvolvimento da relação de trabalho subordinada. A oferta material de serviços, a prática de atos trabalhistas no mundo físico e social, seriam a fonte das relações jurídicas de trabalho – e não a vontade das partes, e especialmente não do trabalhador. Numa análise geral, fica claro que a principal característica das duas teorias acima mencionadas, que fazem parte da visão anticontratualista, é o desrespeito à liberdade e vontade do empregado no que diz respeito ao estabelecimento do vínculo empregatício.

T EORIA C ONTRATUALISTA

RELAÇÃO DE EMPREGO E RELAÇÃO DE TRABALHO

EMENDA CONSTITUCIONAL 45

É necessário dizer através de uma breve análise histórica da competência da Justiça do Trabalho que ela não possui caráter jurisdicional desde a Constituição de 1934. 122 Para dirimir questões entre empregadores e empregados, que se regem pela legislação social, é criada a Justiça do Trabalho, à qual não se aplica o disposto no Capítulo IV do Título I. 139 — Para dirimir os conflitos decorrentes das relações entre empregadores e empregados, reguladas pela legislação social, é criada a Justiça do Trabalho, que será regulada por lei e à qual se aplicam as disposições desta Constituição relativas à competência, ao recrutamento e às prerrogativas da Justiça Comum. .

123 — Compete à Justiça do Trabalho conciliar e julgar os litígios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores e outras controvérsias decorrentes de relações de trabalho reguladas por legislação especial. Art 134 - Compete à justiça do trabalho conciliar e julgar os litígios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores e outras controvérsias decorrentes de relações de trabalho sujeitas a legislação especial. Portanto, a coerência está em apresentar à Justiça do Trabalho uma natureza não jurisdicional e especializada apenas em conflitos de natureza predominantemente trabalhista.

A Justiça do Trabalho é responsável pela conciliação e julgamento de conflitos individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores, abrangendo entidades de direito público externo e administração pública direta e indireta nos Municípios, no Distrito Federal, nos Estados e na União, e, em a forma da lei, outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, bem como disputas decorrentes do cumprimento de julgamentos próprios, inclusive julgamentos coletivos. Com o texto aprimorado da Reforma, entre inúmeras outras alterações trazidas pela implementação da EC 45, ocorreu uma mudança estrutural na Justiça do Trabalho que consequentemente ampliou indiscutivelmente seu campo de atuação e passou a assumir a competência para julgar todas as causas. envolvendo relações de trabalho e. Assim, parte dos processos que tramitavam e eram julgados em outros tribunais passaram agora à competência da Justiça do Trabalho.

ACIDENTE DO TRABALHO

D EFINIÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO

Vejamos primeiro o conceito geral da terminologia “acidente de trabalho” em seu sentido estrito, também chamado de acidente típico, que se encontra na norma vigente, mais precisamente no art. Acidente de trabalho é aquele que ocorre quando o trabalho é realizado a serviço da empresa ou quando o trabalho é realizado pelos segurados referidos no inciso VII do art. 20 da mesma lei, que considera expressamente as doenças ocupacionais como acidente de trabalho.

Assim pode-se compreender perfeitamente que ações inseguras são causas de acidentes de trabalho com característica especial. 20 da Lei 8.213/91 as doenças ocupacionais, que claramente também são consideradas uma forma de acidente de trabalho. Vale destacar que no caso das doenças ocupacionais, diferentemente das doenças ocupacionais, não se presume a relação causal, razão pela qual exige a comprovação de que a patologia foi adquirida em razão das condições especiais do ambiente de trabalho.

Grande debate surge quando se discutem as eliminações expressas no texto do artigo 20 da Lei 8.213/91, que destaca no § 1º algumas doenças que não são consideradas doenças ocupacionais. Portanto, torna-se de extrema importância estabelecer sua relação direta com a atividade laboral, o que desta forma caracteriza a doença ocupacional. Estabelecido o nexo de causalidade, estamos confrontados com um acidente industrial previsto na legislação; Porém, se isso não for verificado, torna-se impossível falar em qualquer compensação.

Constata-se, portanto, que o nexo de causalidade é conceptualizado da mesma forma se o trouxermos para o direito do trabalho, sendo também essencial no domínio da saúde no trabalho, onde, em caso de acidente de trabalho ou de doença profissional, é necessário para determinar a culpa e determinar a responsabilidade daí resultante pelos danos sofridos. Neste insight acima mencionado, pode-se analisar que outra finalidade da investigação das causas dos acidentes de trabalho é de natureza preventiva, pois tem como objetivo prevenir a sua recorrência.

DIREITO DO TRABALHADOR A REPARAÇÃO POR EVENTUAL

RESPONSABILIDADE CIVIL

  • R ESPONSABILIDADE C IVIL DO E MPREGADOR
  • T IPOS DE R ESPONSABILIDADE C IVIL E O A CIDENTE DO T RABALHO OU D OENÇA O CUPACIONAL

Verifica-se, assim, que a finalidade essencial da responsabilidade civil é impor ao agente a obrigação de reparar o dano resultante do facto que cometeu, na tentativa de proporcionar à vítima uma situação o mais próxima possível de nenhum dano ter sido causado. feito. III – o empregador ou mandante, por seus empregados, empregados e prepostos, na execução de trabalho de sua responsabilidade, ou por causa dele. É importante ressaltar que o direito do empregado à indenização por acidente de trabalho também está previsto no texto da CRFB/88, que prescreve em sua natureza.

Dentre elas, a que tem maiores consequências econômicas é a indenização do lesado ou de seus dependentes, pelos danos sofridos, com base na responsabilidade civil. Uma característica importante da responsabilidade civil que deve ser destacada no âmbito doutrinário é que ela possui outras subdivisões, sendo (A) relacionada ao seu fator gerador, (B) ao seu fundamento e (C) relacionada ao agente. A) Quanto ao evento causador, a responsabilidade pode ser dividida em contratual e extracontratual ou aquiliana. A indemnização por acidente de trabalho ou doença profissional enquadra-se, em princípio, na responsabilidade extracontratual, porque decorre de qualquer atuação ilícita do empregador, em virtude da violação de deveres definidos nas regras gerais de proteção dos trabalhadores. e o ambiente de trabalho.

Reiterando o âmbito da saúde do trabalhador, esta subseção entende que a indenização por acidentes de trabalho baseia-se na responsabilidade subjetiva. Vale destacar que a responsabilidade civil também pode ser classificada conforme pauta, sendo classificada em direta ou indireta. A responsabilidade civil por ato terceiro ou indireto permite que a obrigação de indemnizar o lesado seja imposta a uma pessoa distinta daquela que cometeu a conduta e causou o dano, desde que, em princípio, exista uma relação jurídica que estabeleça um vínculo de subordinação entre eles.

CULPA

  • A CULPA COMO PRESSUPOSTO DE INDENIZAÇÃO

Outros modos de classificação são culpa in eligendo, culpa in vigilando, culpa in committendo, culpa in omitendo e culpa in custodiando. A culpa in eligendo decorre da má seleção na contratação do trabalhador ou de mantê-lo ilegalmente qualificado, ou sem a devida competência para a execução do serviço. A falta de vigilância caracteriza-se pela omissão do empregador em fiscalizar seus empregados ou instrumentos e ferramentas de trabalho.

Tanto a culpa in eligendo como a culpa in vigilando foram objeto de análise no estudo da responsabilidade civil por ato de terceiro. A culpa por omissão é resultado de abstenção, o que caracteriza ato de descuido do causador. Mais precisamente, Rogério Marrone de Castro Sampaio125 a define quando menciona que “a culpa na prisão se retrata na falta de atenção da pessoa aos objetos ou animais que estão sob sua guarda”.

Esta classificação também pode ser definida de outra forma e, portanto, ser dividida em culpa in concreta ou in abstracto. Por fim, é fundamental mencionar, ainda que brevemente, em relação à responsabilidade civil já discutida acima, que o elemento da culpa pode ainda ser dividido em culpa contratual e extracontratual, esta última também denominada aquiliana. Rogério Marrone de Castro Sampaio127 conclui a ideia acrescentando que, “conceitualmente, a culpabilidade contratual e extracontratual consiste na violação de um dever de cuidado, no qual se estrutura a responsabilidade civil subjetiva”.

INDENIZAÇÃO

  • I NDENIZAÇÃO NOS CASOS DE ACIDENTE DO TRABALHO OU DOENÇA OCUPACIONAL

Portanto, de acordo com o disposto na lei, nos casos de acidentes de trabalho que levem à morte, qualquer perda de origem comprovada. Outra questão que deve ser mencionada, nos casos de acidentes de trabalho que resultam na morte do empregado, é a indenização. Para dar continuidade ao tema dos acidentes de trabalho sem resultar na morte do trabalhador, analisam-se duas hipóteses, nomeadamente a indemnização nos casos de invalidez permanente e nos casos de redução da capacidade da vítima.

No caso de acidentes de trabalho que resultem na invalidez da vítima, o Código Civil expressa no art. A responsabilidade civil também é imposta em caso de acidentes de trabalho que resultem em redução da capacidade para o trabalho. O objetivo básico deste trabalho foi analisar o acidente de trabalho ou doença ocupacional e sua influência no contrato de trabalho como fato gerador de responsabilidade civil ao empregador, dividido em três capítulos.

Assim, entendeu-se a ampliação de sua competência para processar e julgar pedidos de indenização em casos de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. Dessa forma, os pedidos de indenização por danos morais e materiais causados ​​por acidente de trabalho ou doença ocupacional puderam ser processados ​​e julgados pela Justiça do Trabalho. A segunda hipótese destacada colocava a questão da necessidade do elemento culpa para atribuir a obrigação de indemnização em casos de acidentes de trabalho.

Referências

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