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PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: Desenvolvendo uma ... - Univali

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Academic year: 2023

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Programa de saúde escolar: desenvolvendo uma estratégia de promoção da saúde / Denis William Gripa; orientador, George Saliba Manske - Itajaí, SC, 2016. O objetivo geral deste trabalho foi desenvolver uma estratégia de promoção da saúde no Programa PSE – Saúde Escolar, vinculando a participação juvenil à proposta do programa.

UNINDO OS PONTOS, ERGUENDO PONTES

Todos esses elementos constituintes fazem parte do meu problema de pesquisa, que consiste em: como desenvolver uma estratégia de promoção da saúde no PSE – Programa Saúde na Escola, que correlacione a participação dos jovens com a proposta do programa? Para responder a esta questão, estabeleço o meu objetivo geral para esta pesquisa, que consiste em desenvolver uma estratégia de promoção da saúde no PSE – Programa Saúde na Escola, que correlacione a participação dos jovens com a proposta do programa.

CAMINHOS E OLHARES: POR ONDE ANDEI, QUE OLHARES LANCEI

Construindo a pesquisa: Caminhos, reflexões e escolhas

11 Para me organizar durante a pesquisa, utilizei folhas de registro nas quais fiz anotações gerais das rodas de conversa com cada turma. 12 Ver Anexos H, I e J correspondentes às fichas de registro da segunda roda de discussão com cada turma.

Olhares

Quando conversei com as turmas, compartilhei as condições e posteriormente as recolhi, iniciei um diálogo com os professores para encontrar um lugar em suas disciplinas para conduzir grupos de discussão. O grupo de discussão ocorreu nas dependências disponíveis da escola, sete vezes ocorreu no auditório e apenas em dois casos, quando o auditório estava ocupado, as discussões ocorreram na própria sala de aula.

Tabela 1 – Panorama geral de turmas e alunos convidados/participantes
Tabela 1 – Panorama geral de turmas e alunos convidados/participantes

DO CONCEITO A ESTRATÉGIA: SAÚDE EM DEBATE

Problematizando saúde: O conceito como elemento fundante

18 Frase presente no capítulo “O conceito de saúde e a diferença entre prevenção e promoção” do livro “Promoção da saúde: conceitos, reflexões e tendências” (2009, p. 44) (ver referências). A partir dessas duas questões começo a problematizar dois temas: olhares sobre saúde e promoção da saúde. Esta primeira questão evidencia a contínua associação entre bem-estar/qualidade de vida e a saúde que os jovens alcançam, aproximando-se do conceito de saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS), em que “saúde é o estado de completo bem-estar”. 'ser físico, mental e social' e não apenas a ausência de doença ou enfermidade' (OMS, 1946).

Várias questões podem ser colocadas com base no conceito de saúde da OMS, mas o alcance deste conceito é inegável. Diferentemente da primeira questão, em que diferentes concepções de saúde emergiram nas discussões, nesta segunda questão a visão sobre a promoção da saúde, centrada no comportamento dos indivíduos, foi sem dúvida a mais comum entre os jovens. Esta compreensão da saúde como um processo, em que estar doente faz parte da vida, é de difícil compreensão para os jovens.

Sícoli e Nascimento (2003) argumentam a favor do primeiro ponto de vista quando acreditam que nesta nova perspectiva a promoção da saúde passa a assumir a saúde como uma produção social, a avaliação dos determinantes sociais e económicos, a promoção do compromisso político (ambos os gestores e sociedade civil). na resolução dos problemas de saúde da população e na promoção de transformações sociais.

Tabela 2 – Primeiro questionamento da primeira roda de conversa
Tabela 2 – Primeiro questionamento da primeira roda de conversa

O poder biomédico: Onde estão as indicações, as contraindicações e os efeitos

Enquanto Canguilhem defende a saúde como a capacidade de lidar com os obstáculos que surgem em nossas vidas, recriando novas formas de viver no mundo (GAUDENZI e ORTEGA, 2012), e Dejours (1986, p. 11) fala de saúde como “[ .. ] a liberdade de alimentar o corpo quando está com fome, de deixá-lo dormir quando está com sono, de dar açúcar quando o nível de açúcar no sangue cai”, percebemos o quão difícil é para as pessoas reconhecerem e compreenderem este processo . Aos profissionais que atuam no PSE, ressalto a importância da compreensão desse processo para que possamos trabalhar com os jovens os problemas permeados pela medicalização excessiva, onde diversos acontecimentos que fazem parte da vida acabam se tornando patologias, como com a crescente expansão da racionalidade biomédica na sociedade, “a medicalização transforma aspectos da vida em patologias, estreitando o espectro do que é considerado normal ou aceitável” (GAUDENZI e ORTEGA, 2012, p. 24). Gabriela: É necessário manter horários regulares, como comer sempre na hora certa e dormir o suficiente.

Dado o poder biomédico presente nos discursos dos profissionais, das famílias e da população como um todo, o que seria relevante para os profissionais que atuam no PSE levarem em conta os jovens nos debates? Isso significa que reconhecemos quando ocorrem essas intersecções para que possam refletir junto com os jovens, que colocamos em perspectiva situações em que precisamos compreender apenas a presença da medicina moderna na explicação de determinados fenômenos de nossas vidas, e que tematizamos quando os jovens consideram a instituição médica como sua titular. do conhecimento que dita como devemos agir, ou mesmo quando os privilégios biomédicos nos impõem a necessidade constante de otimizar o nosso corpo. Ainda na esteira desse debate, é necessário compreender essas questões para que os profissionais que atuam no PSE, ao discutirem saúde com os jovens, possam fazer análises com os jovens que lhes possibilitem enxergar além das prerrogativas biomédicas e compreender a felicidade, por exemplo. como valor humano desejável, sem subordiná-lo aos aspectos biomédicos e sem considerá-lo como condição vital permanente.

Ao trazer este tema para o debate com os jovens, foi possível contribuir positivamente para ajudá-los a enfrentar a vida e os desafios que dela decorrem, porque não há dose adequada nem mesmo contra-indicações para viver, a vida na sua plenitude inclui tudo o que pode surgir. dele, incluindo problemas e dificuldades.

CONSTRUINDO POSSIBILIDADES: O QUE EMANA DOS JOVENS?

Metodologias ativas: Por uma educação que não seja bancária

Ao pensarem numa questão coletiva, nomeadamente as possibilidades de promoção da saúde no ambiente escolar, os jovens falam sobre o que consideram relevante para eles, não só ampliando as possibilidades de pensamento coletivo, mas também contribuindo para a tomada de decisão que é necessário quando enfrentam problemas de saúde em suas vidas. Utilizo as palavras de Czeresnia (2009) quando defendo que a promoção da saúde envolve o empoderamento individual e coletivo para lidar com os fatores relacionados à saúde, implicando diferenças e particularidades igualmente importantes. Declarações que enfatizam a necessidade de atividades práticas e do referido festival revelam algumas possibilidades de promoção da saúde que fogem do quadro tradicional, em que as palestras são geralmente a principal ferramenta das atividades de saúde no ambiente escolar.

Na medida em que apresente potencial adequado para pensar mudanças nas práticas de saúde no ambiente escolar, metodologias ativas podem ser aplicadas às práticas de saneamento, mantendo e até fortalecendo as estruturas existentes com ênfase em medidas comportamentais de promoção da saúde que diferem apenas no método utilizado para tais práticas. Em relação a esta componente II do programa, que trata de medidas planeadas de promoção da saúde e prevenção de doenças, é difícil pensar em propostas que sejam realmente adequadas e relevantes para a promoção da saúde, com base nestes temas propostos para o trabalho com os jovens, dado que, na minha opinião, estão de acordo com as práticas médicas. A verificação da situação vacinal dos alunos indicados por profissional de saúde tem, além de outras atividades como avaliação antropométrica e avaliação de saúde bucal, previstas no Componente I intitulado Avaliação das condições de saúde no documento de referência do programa (BRASILIA, 2015 ). importância, embora sejam atividades relacionadas à saúde.

Para refletir sobre práticas que efetivamente promovam a saúde no ambiente escolar, independentemente de a proposta ser entendida como substituta ou complementar, falta, portanto, uma aproximação entre os profissionais da saúde e da educação, além da aproximação já mencionada entre os profissionais . e jovens.

SUS e escola: Uma aproximação necessária

Portanto, vale afirmar que, ao considerar a possibilidade de não utilizar um conceito de saúde como norteador do programa, as discussões sobre esse tema com os jovens não podem ignorar o conhecimento dos profissionais envolvidos no PSE sobre abrangências e limites. dos conceitos de saúde existentes. Mas antes de pensarmos em conectar setores, precisamos conectar pessoas, e neste ponto surge um dos problemas que considero mais relevantes para esta tese: a horizontalização das relações entre profissionais e jovens, onde as discussões de forma ativa e problematizadora sobre percepções de saúde e promoção da saúde fornecem apoio para que os jovens participem diretamente no planejamento e nas propostas de atividades do programa. Quais os limites teóricos e práticos dessas ações de convergência para a produção horizontalizada de saúde.

Ao discutir a disponibilidade de serviços de saúde, sugeri que os alunos considerassem quais serviços públicos de saúde existem e são prestados no município. Alguém aqui já esteve ou vai com frequência ou quando precisa a uma unidade de saúde do seu bairro. Caio: Sempre que fui a uma unidade pública de saúde onde fui bem atendido, nunca esperei muito, esperei, ok, mas não muito.

A utilização dos serviços públicos de saúde e a consequente perceção dos mesmos pelos jovens são influenciadas por vários fatores.

Ilustração 3 – Organograma das relações entre profissionais e jovens no PSE
Ilustração 3 – Organograma das relações entre profissionais e jovens no PSE

ALGUMAS SÍNTESES, NOVAS QUESTÕES

Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências 2ª edição, Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, p. Rio de Janeiro, Editora Forense, 2005. O objetivo desta terceira e última discussão será debater as estratégias que acreditam ser relevantes para a promoção da saúde. Ao participar da pesquisa você ajudará a desenvolver uma nova estratégia de promoção da saúde nas escolas, contribuindo para o desenvolvimento do Programa Saúde na Escola no município de Brusque.

Convidamos você a participar da pesquisa intitulada Educação em saúde no programa de saúde escolar: Desenvolvimento de uma estratégia para promoção da saúde juvenil. Nesta pesquisa queremos desenvolver uma estratégia de promoção da saúde no PSE – um programa de saúde escolar que conecte a demanda de vocês, jovens, com a proposta do programa. Serão realizados três grupos de discussão com a pesquisadora, nos quais serão discutidos temas relacionados à promoção da saúde.

Ao participar da pesquisa, você ajudará a desenvolver uma nova estratégia em torno da promoção da saúde nas escolas de Brusque e poderá se beneficiar do aprendizado advindo das discussões sobre temas relacionados à saúde nas rodas de conversa. Ao participar da pesquisa, seu filho ajudará a desenvolver uma nova estratégia em torno da promoção da saúde nas escolas de Brusque e poderá se beneficiar do aprendizado advindo das discussões sobre questões relacionadas à saúde em grupos de discussão. EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: Desenvolvimento de uma estratégia de promoção da saúde dos jovens.

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Tabela 1 – Panorama geral de turmas e alunos convidados/participantes
Ilustração 1 – Organograma da categoria 1, com suas subcategorias e temas indiretos
Ilustração 2 – Organograma da categoria 2, com suas subcategorias
Tabela 2 – Primeiro questionamento da primeira roda de conversa
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Referências

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