XXVI Congresso de Iniciação Científica
Tratamentos de Feridas Cutâneas Experimentais com Extrato e Óleo de Copaíba em Equinos
Débora Perrone Kauer, Prof. Carlos Alberto Hussni, Profa. Claudia Helena Pellizzon, Juliana de Moura Alonso, Lucas Fernando Sérgio Gushiken Campus Botucatu, FMVZ, Medicina Veterinária, deborakauer@hotmail.com, bolsa CNPq/PIBIC.
Palavras Chave: cicatrização, copaíba, equinos.
Introdução
Feridas cutâneas em equinos tem significado como prejuízo material direto com gastos nos tratamentos, na retirada do animal do trabalho e ainda afeta o bem estar destes. O estrato hidroalcoólico e o óleo- resina de Copaíba possuem ações pró-cicatrizantes quando estudados nos processos cicatriciais cutâneos e mostram-se promissores na terapêutica em feridas.
Objetivos
Avaliar e comparar os tratamentos de feridas cutâneas induzidas em equinos, tratadas com extrato hidroalcoólico e com óleo-resina, ambos obtidos da Copaíba.
Material e Métodos
Foram utilizados seis equinos adultos hígidos e em cada animal, produzidas quatro lesões de pele de cada lado da região lombar, utilizado para tal um punch. As feridas dispostas linearmente foram tratadas com solução fisiológica (controle), creme base (veículo), creme de extrato hidroalcoólico de copaíba (EH) e creme de óleo-resina de copaíba (OL). As feridas do lado direito foram avaliadas diariamente macroscopicamente quanto ao aspecto e características, e quanto à retração, por planimetria. As feridas do lado esquerdo que foram destinadas as análises histopatológicas a partir de biópsias coletadas a cada sete dias. As amostras foram preparadas e coradas com Hematoxilina e Eosina e Tricromio de Masson para avaliação por microscopia óptica.
Resultados e Discussão
Em todos os animais foi possível observar as fases cicatriciais normais comuns a todas as feridas a presença de hemorragia pós-cirúrgica imediata e formação de crosta escura e avermelhada. As lesões se mostraram diferentes em relação ao tempo de cada fase. As feridas tratadas com creme base, EH e OL se apresentaram semelhantes quanto as características clínicas. Estes três tratamentos apresentaram desenvolvimento de edema em um período mais curto em comparação ao tratamento controle, com tempo de duração em média do segundo ao quarto dia, com edema grau
1, sendo que as feridas tratadas com solução fisiológica tiveram edema de graus 1 e 2, do segundo até o sexto dia. Com relação a produção de exsudato, as feridas tratadas com creme base, OL e EH se mostraram mais úmidas, por mais tempo, com produção de exsudato seroso em média do segundo ao 15º dia, e as feridas tratadas com solução fisiológica apresentaram exsudato seroso nos segundos e terceiros dias de tratamento. O desenvolvimento da granulação e inicio da epitelização ocorreu mais precocemente nos tratamentos com creme base, OL e EH, em média com início ao 5º dia, enquanto nas feridas tratadas com solução fisiológica, iniciou-se ao 18º dia. Os tratamentos com EH e OL cicatrizaram em média com 24 dias de evolução, enquanto o creme base com 25 dias e solução fisiológica com 26 dias, indicando o EH e OL como melhores produtos nesse aspecto. Das biópsias obtidas no sétimo dia de tratamento, foi observada hemorragia e debris celulares, sendo que nos tratamentos com EH e OL notou-se presença de eosinófilos e neutrófilos, o que é benéfico nesta fase da cicatrização. Nas amostras do 14º dia, notou-se a presença de crosta em todos os tratamentos, e nos tratamentos EH e OL a formação de epiderme. Aos 21 dias há reorganização tecidual avançada em todos os tratamentos, com característica de cicatriz.
Conclusões
O uso EH e OL mostraram-se favoráveis para cicatrização de feridas cutâneas em equinos, apresentando melhor qualidade da cicatrização.
Agradecimentos
Ao CNPq/PIBIC.
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PAIVA L.A.F.; CUNHA K.M.A.; SANTOS F.A.; GRAMOSA N.V.;
SILVEIRA E.R.; RAO V.S.N. Investigation on the Wound Healing Activity of Oleo-resin from Copaifera langsdorffii in Rats.
Phytotherapy Research, v.16, p737-739, 2002
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PIERI, F.A.; MUSSI, M.C.; MOREIRA, M.A.S. Óleo de copaíba (Copaifera sp.): histórico, extração, aplicações industriais e propriedades medicinais. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.11, n.4, p.465-472, 2009
