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universidade do vale do itajaí - Univali

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Academic year: 2023

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Em seguida, no capítulo 2, é explicado o procedimento do julgamento com júri em si, destacando os principais aspectos das etapas do judicium acusais e do judicium causae. Este Relatório de Pesquisa termina com Considerações Finais, que não impedem estudos e reflexões continuados e aprofundados sobre o procedimento do Tribunal do Júri.

CONTEXTO HISTÓRICO

  • E VOLUÇÃO H ISTÓRICA DO J ÚRI NO B RASIL

Na mesma perspectiva, Streck48 diz: “(..) em 1934 o Tribunal do Júri já havia adotado o capítulo ‘Sobre direitos e garantias individuais’. Streck54 observa acertadamente sobre a manutenção da instituição do júri no rol dos direitos e garantias individuais em 1967.

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO TRIBUNAL DO JÚRI

Após esta breve abordagem sobre a evolução histórica do júri no Brasil e no mundo, é realmente possível perceber que esta instituição sofreu diversas alterações ao longo dos anos, até atingir a forma que se encontra hoje. Estes são os princípios constitucionais que regem o Tribunal do Júri e que, para o seu perfeito funcionamento, devem ser aplicados em todos os julgamentos para obtenção de um resultado justo e imparcial. Refira-se que esta polémica, motivo de muita discussão na literatura penal e processual penal, será abordada no terceiro capítulo desta tese, onde falaremos sobre “questões controversas no júri”.

Percebe-se que o propósito do adversário ao estabelecer o sigilo dos votos no Tribunal do Júri baseia-se em preservar a livre formação de veredictos de culpa pelos jurados, para que permaneçam inacessíveis a qualquer influência externa. Não se pode imaginar um julgamento tranquilo, longe de qualquer pressão, conduzido à vista do público, na sala do júri. Portanto, o sigilo dos votos, via de regra, busca proteger o livre convencimento dos jurados, para que uma decisão seja tomada sem interferências externas que possam afetar a imparcialidade do júri.

COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI

São crimes da competência de um júri, mas que podem ser prorrogados pelo direito consuetudinário. Outra norma que determina a competência do tribunal do júri é a dos artigos 78 e 79 do Código de Processo Penal, que estipulam que a competência é definida pela conexão ou continência, o que significa a unidade do procedimento e da sentença. Portanto, numa competição entre a jurisdição do júri e a jurisdição de outro órgão de jurisdição penal conjunta ou regular, prevalecerá sempre a jurisdição deste tribunal71.

Outra exceção à competência do tribunal do júri é o surgimento de foro prerrogativo ou foro especial por prerrogativa de função. Resta ressaltar que a competência do Tribunal do Júri para julgar crimes dolosos contra a vida não é absoluta, admitindo exceções, como ocorre nos casos de prerrogativa de foro ou de foro especial por prerrogativa de cargo. Há também casos em que a competência do Tribunal do Júri será dispensada ou modificada.

PROCEDIMENTO ESPECIAL BIFÁSICO

O procedimento do Tribunal do Júri é dividido em duas etapas ou etapas, compreendendo uma etapa preparatória preliminar, seguida de uma etapa final. Contudo, embora a maior parte dos docentes da área de direito penal e processual penal entenda que o Tribunal do Júri envolve um procedimento em duas etapas ou escalonado, para Guilherme de Souza Nucci, especialmente após a alteração introduzida no Código de Processo Penal em quanto ao júri, ficou evidente a existência de três fases neste instituto. A segunda fase, denominada preparação do processo para julgamento em plenário, inicia-se após a decisão final ter tomado forma e segue até o plenário do Tribunal do Júri.

Na Lei de Processo Penal, no Livro II, Título I, foi inserido acidentalmente como parte de. Além disso, a alteração da Lei de Processo Penal de 2008 reconheceu acertadamente que o Tribunal do Júri é um procedimento e não um processo, como era erroneamente chamado pela legislação antiga79. A seguir, aprofundamos o estudo das duas fases do Tribunal do Júri (judicium acusais e judicium causae), explicando inicialmente a primeira fase ou súmula de culpa.

PRIMEIRA FASE OU “JUDICIUM ACCUSATIONIS”

No caso de citação inválida ou via notificação, porém, será contada a partir do comparecimento do acusado ou de seu defensor em juízo (art. 406, § 1º, CPP). Além disso, o acusado poderá apresentar argumentos preliminares alegando qualquer assunto de interesse de sua defesa (deficiências no processo, provas essenciais a serem apresentadas, motivo de exclusão da punição, etc.), apresentar documentos e justificativas (art. 406, § § 2º) e 3, CPP). Se o réu for regularmente citado e a resposta não for oferecida no prazo legalmente estabelecido, o juiz nomeia um defensor para dá-la no prazo de 10 dias, dando-lhe acesso ao processo (art. 408).

De acordo com o princípio do contraditório, dada a resposta, o juiz dará ao Ministério Público (ou ao autor, no caso de processo privado subsidiário do público) a oportunidade de se manifestar no prazo de 5 dias, se apresentada acusação preliminar ou documentos anexos (art. 409). A realização das diligências necessárias e o interrogatório das testemunhas deverão ser realizados no prazo máximo de 10 dias (art. 410). Compete às partes interpor recurso da decisão de inabilitação em sentido estrito (art. 581, II, do CPP).

SEGUNDA FASE OU “JUDICIUM CAUSAE”

  • A O RGANIZAÇÃO DO J ÚRI
  • A F UNÇÃO DO J URADO

Os artigos 425.º e 426.º da Lei de Processo Penal regulam o recrutamento de jurados para a elaboração da lista anual. A escolha dos jurados é ato privativo realizado pelo juiz presidente, que deverá coletar informações sobre eles junto à sociedade em geral, a fim de indicar pessoas que atendam aos requisitos para o exercício da função (art. 425, §2º, CPP). Inclusive a pessoa inapta, por exemplo, o recurso pode ser interposto em sentido estrito, interposto por qualquer pessoa (art. 581, XIV, CPP), embora geralmente seja ato do Ministério Público ou da defesa.” .

Por fim, após a publicação da lista anual definitiva, serão determinados dia e horário para sorteio dos vinte e cinco jurados que participarão das reuniões periódicas, cujo sorteio será realizado na presença do Ministério Público. , da Ordem dos Advogados do Brasil e da Defensoria Pública (Art. 432 CPP). Além disso, importa referir que o serviço do júri é obrigatório e pode levar à perda ou suspensão dos direitos políticos caso o jurado se recuse a participar por motivos religiosos, filosóficos ou políticos, ou seja, a chamada escusa de consciência (art. 15.º). , IV, CRFB/88). Sem esquecer que a destituição de juiz leigo depende de decisão fundamentada do presidente do Senado, que deve constar de ata (artigo 444.º do CPP).

JULGAMENTO EM PLENÁRIO

  • A F ORMAÇÃO DO C ONSELHO DE S ENTENÇA
  • O S D EBATES O RAIS
  • D A Q UESITAÇÃO E V OTAÇÃO DOS J URADOS
  • D A S ENTENÇA

Além disso, as partes (acusação e defesa) poderão apresentar quantas recusas fundamentadas julgarem necessárias, desde que aleguem uma das causas de obstrução, suspeição e incompatibilidade (art. 470 do CCP). Além disso, não é permitida durante o julgamento a leitura de qualquer documento ou a exposição de qualquer objeto que não tenha sido juntado ao processo com pelo menos três dias úteis de antecedência, desde que disso seja informado à parte contrária (art. 479 CBPL). . . Por fim, ao final dos debates, o Presidente perguntará aos membros do júri se estão aptos a julgar ou necessitam de algum esclarecimento, esclarecendo apenas questões factuais e não jurídicas (art. 480, §§ 1º e 2º). 2º, do CPP).

Caso mais de três jurados respondam sim a uma das duas primeiras questões, são formulados os questionários subsequentes (art. 483, §§ 1º e 2º, do CPP). Mantida a inabilitação, seja por outro crime de competência do júri ou por crime de competência do tribunal individual, deverão ser feitas perguntas a esse respeito (art. 483, §§ 4º e 5º, CPP). Na visão de Gomes, et al.122: “Se for libertado, a sua prisão só poderá ser ordenada quando cumpridos os requisitos da prisão preventiva (art. 312 do CPP).

O CONCEITO DE PRINCÍPIOS DE DIREITO

Quando este é o caso, o Estado democrático de direito não está presente e não se pode dizer que haja uma presunção de que a civilização moderna lidera a produção de normas jurídicas. Assim, fica claro que, para o autor destacado, os princípios são fundamentais dentro de um sistema social e juridicamente organizado, indispensáveis ​​para a efetividade de um Estado democrático de direito, pois as normas ou textos das leis estão em constante mudança, de modo que são essenciais para a interpretação, integração e aplicação do direito. Também importante é o ensinamento de Nucci130, para quem “os princípios gerais do direito estão geralmente presentes em toda parte.

No sentido utilizado em Jura, não se poderia fugir de tais noções, portanto o conceito de princípio jurídico indica uma ordem que irradia e magnetiza sistemas normativos que servem de base para interpretação, integração, conhecimento e aplicação do direito positivo. Ademais, Nucci132 preocupou-se em destacar a relevância dos princípios constitucionais ao mencionar que: “Se em qualquer ramo infraconstitucional o intérprete deve levar em conta os princípios jurídicos gerais e específicos, com muito maior razão merece os princípios constitucionais que norteiam todo o ordenamento jurídico, lugar de destaque na aplicação das normas". Considerando isso, e quando adentramos no campo do direito penal, mais especificamente no tema deste trabalho, no ponto seguinte falaremos sobre a plenitude da defesa, uma questão muito importante princípio dos tribunais, princípio expressamente previsto no art.

A PLENITUDE DE DEFESA NO TRIBUNAL DO JÚRI

Porém, quando se trata de defesa no Tribunal do Júri, o legislador constitucional reservou ao acusado o direito à ampla defesa, conforme art. Outra corrente, a maioria, aliás, acredita que a defesa integral garantida no Júri é muito mais abrangente do que a defesa ampla. Nucci146 compartilha do mesmo entendimento quando afirma que: “(..) no tribunal popular, a plenitude da defesa é uma característica expressiva e essencial da própria instituição.

Só pode haver uma resposta: para que aos acusados ​​de crimes tão graves seja garantido o princípio constitucional da ampla defesa (art. 5º, XXXVIII, da CF). Porém, como dito inicialmente, a maioria dos autores entende que tais itens estão relacionados ao princípio da ampla defesa, estando a integralidade da defesa incluída no art. Na mesma linha, esse é o pensamento de Alexandre de Moraes155, quando diz que: “Logicamente, a plenitude da defesa reside no princípio fundamental da ampla defesa, previsto no art.

A APELAÇÃO PELA ACUSAÇÃO NO CASO ABSOLVIÇÃO

Além disso, com a reforma do Código de Processo Penal de 2008, uma das principais inovações em matéria de interrogatório diz respeito ao agrupamento numa única questão, relativa às teses de defesa. A admissão de uma questão para cada tese apoiada (legítima defesa e inexigibilidade de conduta diversa, por exemplo) contrariaria a garantia de integralidade da defesa (art. 5º, XXXVIII, “a”, CF), na medida em que dois jurados possam entender. ​essa uma das teses e outras três uma segunda tese. Essa forma de questionamento genérico parece ser bastante eficaz até certo ponto, pois quando for levantada uma tese de defesa envolvendo a aplicação de medida de segurança ou uma tese que transite em trânsito em matéria cível, o juiz presidente não terá como não saber . quais das teses foram aceitas pelos jurados para aplicação de alguma medida de segurança.

Para tanto, começamos por conceituar os princípios da lei, passando depois para uma discussão sobre a diferença entre proteção ampla e proteção completa. Outra corrente, a maioria, acredita na diferenciação destes princípios, considerando a integralidade da proteção muito mais abrangente do que a proteção ampla. Após breve relato, constatou-se que a primeira hipótese levantada não foi comprovada, dada a divergência de posicionamentos quanto à diferenciação entre os princípios da proteção ampla e da proteção integral.

Referências

Documentos relacionados

Em “Regina Anastácia” e “Sabela”, narrativas das obras mencionadas, as relações entre escrevivência, resistência e identidade são ressaltadas na abordagem deste trabalho,