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cl0
. " , GE11JUO vaGASBlbllotecá
MarloHénl'lquê
SJmonsen
. ".' § ,
·IN$TITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS 'EM EDUCAÇÃO
. DEPARTAMENTO DE
PSICOLOGIA DA
~DUCAÇÃO
EDMéA MARIA DE
MELO.
E
OlTO KUMMER
f '
RIO
delaneiro,
1~77
t \ , . ' " .
f > ~ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ~ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ~
f:
,
4
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.
,A METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
E
SUA
SIGNIFICAÇ~OPARA A FORMAÇAO DO
PROFESSOR DE ENSINO SUPERIOR
FEITA
NOS CURSOS DE
MESTRADO EM EDUCAÇAO
NOS CURSOS DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO
Edmea
Ma~~a deMeio
eOtto
Kumme~Tese submetida eomo requisito parcial
para a obtenção do grau de Mestre
Educação.
Rio de Janeiro
Fundação Getúlio Vargas
Instituto de Estudos Avançados em Educação
Departamento de Psicologia da Educação
1977
(
'~
f
f
{
i!
111
À minha filha
- À minha orientadora de tese, Prof~ Lea Kauffmann Elliott,
pelo apoio, ajuda e incentivo constantes. Com ela muito
aprendi.
- a
-- A Prof- Estela dos Santos Abreu, pela orientaçao na ela
boração do Projeto de Tese. Com ela também muito
apren-di.
- Às Prof~~ Anna Maria Bianchini Baeta e Mírian P.S.Z.
Grinspun, pela participação nesta pesquisa.
À Annita Guerra Ramos, pela colaboração prestada. A
mi-nha amizade.
À Direção e aos Corpos Docente e Discente do Instituto
de Estudos Avançados em Educação (IESAE) da Fundação Ge
túlio Vargas.
À datilógrafa Antonia L. dos Santos, pelo cuidado
dedi-cado a este trabalho,
meu muito obrigada
Edmêa
Ma~iade
Meio
e
Otto
Kumme~IV
I
,!
!I
I
pâg.
PREFÁCIO
1.INTRODUÇAO . . • • • . • . . • • . • • . • . . . • . . . • . . • . . . • • • o • • 1
1.1. JUSTIFICATIVA
no
TEMA... ... . . 11.2. DEFINIÇIo DO PROBLEMA... . . . . • . . . • . • . . 3
1.3. OBJETIVOS DO ESTUDO... 4
1.4. METODOLOGIA... 4
2. REVISÃO DA LITERATURA... 10
3. A METCnOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR E A FORMAÇÃO DE F~OFESSORES •..••... , ....•..•..•••. , 27
4. ESTUDO ANAL!TICO DOS PROGRAMAS DAS DISCIPLINAS MES, DES E MD NO IESAE, NA UFRJ
r:
NA PUC~ RESPECTIVAMENTE • . . • . . . • • . . . 315. PESQUISA DE CAMPO . • . . . • . • . . . , " . . . 36
5.1. DESCRIÇÃO DA PESqUISA • . . . • . . . . • . . . . • . . . 36
5.2. DESCRIÇÃO E ANÁLISE ESTATÍSTICA !)OS P\.~:SULTADOS ... o . . . o... 46
6. DISCUssIo DOS DADOS ENCONTRADOS . . . • . . . . 65
7. CONCLUSÕES E SUGESTÕES . . . • • . . . . "' .. 1.. C
o
l:~ C LU So
E S .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. G .. .. .. .. .. li .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 2' .. .. .. ..7.2 •. SUGESTOES . . . ~ ... o . . . CIO . . . ~ . . . .
BIBLIOGRAFIA.. ••.. .. •• .. . . . . . . . . .. ... .. .••. .. . • . . 115
APtNDICE I
APÊNDICE 11
APÊNDICE 111
APÊNDICE IV
APÊNDICE V
TABELAS • • . . .
o ... ' ... o...
118PROGRAMAS DAS DISCIPLINAS ..•••••.• 1',6
INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA
A COLETA DE DADOS •...•••••.• 190
ENTREVISTAS. . . • . . . • • . • • • . . . . 198
ANÁLISE DE CONTEnDO (das respostas
abertas do questionario e das
entrevistas) . . • • • • . • • . • . . . . • . • . • . . 252
CARACTERIZAÇÃO GERAL DOS MESTRANDOS QUE CURSARAM
AS DISCIPLINAS MES, DES E MD
T
í
T U L O TABELA- Distribuição segundo a i d a d e . . . 1
- Distribuição segundo o s e x o . . . 2
- Distribuição segundo o número de créditos
cum-pridos . . .
o...
3Distribuição segundo as áreas de concentraçao
de estudos...
4
ATIVIDADES OCUPACIONAIS DOS MESTRANDOS
QUE CURSARAM AS DISCIPLINAS
MES, DES E MD
- Distribuição segundo a ocupaçao~
-
••••••.••••••••- Distribuição segundo as disciplinas que lecionam
5
no Ensino Superior . . . o • • • 6
Distribuição segundo o tipo de instituição de Ensino Superior em que lecionam e localização
dessas instituições... 7
QUE CURSARAM AS DISCIPLINAS
MES~ DES E MD
Distribuição segundo os tipos e caracterização
dos cursos feitos em nive1 de pós-graduação.... 8
EXPECTATIVAS DOS MESTRANDOS QUE CURSARAM
AS DISCIPLINAS MES, DES E MD
EM RELAÇÃO AO CURSO
- D~stribuição segundo as expectativas que
tem d o c u r s o . . . o o • o • • • • • • • • • • • • 9
- Distribuição segundo as expectativas que
t~m? individualmente, do c u r s o . . . 10
EXPECTATIVAS DOS MESTRANDOS QUE CURSARAM MES,
DES E MD EM RELAÇÃO A ESSAS DISCIPLINAS
Distribuição segundo as expectativas em relação
ã
disciplina MES? antes e depois de cursá-la . . .- Distribuição segundo as expectativas que têm em relação às disciplinas MES, DES e MD • • . . • . • • . . .
MOTIVOS QUE LEVARAM OS MESTR!]DOS A CURSAREM
AS DISCIPLINAS MES. DES E MD
- Distribuição segundo os motivos declarados antes
11
12
"
" '.e de p o i s d o c u r s o d e ME S • • . • . . . . • . • . , . . • • • • . . . . 13
PERCEPÇÃO DA NATUREZA DA METODOLOGIA DO CURSO
PELOS MESTRANDOS QUE CURSARAM
AS DISCIPLINAS MES, DES E MD
- Distribuição segundo a natureza da percepção da metodologia do curso, em tprmos de interdiscip1i
naridade...
15
NATUREZA DA PERCEPÇÃO DA METODOLOGIA DAS
DISCIPLINAS MES, DES E MD PELOS
MESTRANDOS QUE AS CURSARAM
- Distribuição segundo a natureza da percepção da metodologia das disciplinas MES, DES e MD,
em termos de interdisciplinaridade.. ...••. •.••• 16
DIFERENÇAS ENTRE AS DISCIPLINAS PERCEBIDAS
PELOS MESTRANDOS QUE AS CURSARAM
- Distribuição segundo as diferenças evidenciadas
entre as disciplinas MES, DES e MD... 17
CONCEITOS EMITIDOS PELOS MESTRANDOS
QUE CURSARAM AS DISCIPLINAS
MES, DES E MD
- Distribuição segundo a natureza dos conceitos emitidos sobre Metodologia do Ensino Superior,
antes e depois de c u r s á - l a . . . 18
sobre Metodologia do Ensino Superior... 19
SUBSÍDIOS OBTIDOS NO ESTUDO DAS DISCIPLINAS MES,
DES E MD PARA O TRABALHO DE PROFESSOR
DE ENSINO SUPERIOR
- Distribuição segundo os subsídios obtidos para aplieação no magistério superior, após o estudo
das d i s c i p l i n a s . . . 20
FALHAS E SUGESTÕES APONTADAS PELOS MESTRANDOS
QUE CURSARAM AS DISCIPLINAS MES, DES E MD
- Distribuição segundo as falhas apontadas em
relação às disciplinas MES, DES e MD... 21
Distribuição segundo as sugestoes oferecidas
para proximos cursos das disciplinas... 22
TEMAS ENCONTRADOS NAS ENTREVISTAS DOS PROFESSORES
QUE LECIONARAM AS DISCIPLINAS MES, DES E MD
NO IESAE, NA UFRJ E NA PUC, RESPECTIVAMENTE
Distribuição segundo a natureza de sua concepção
das d i s c i p l i n a s . . . 23
TEMAS ENCONTRADOS NAS ENTREVISTAS DOS
COOR-DENADORES DOS CURSOS DE MESTRADO EM
EDUCAÇÃO NO IESAE, NA UFRJ E NA PUC
Distribuição segundo a natureza da percepção da
estrutura dos cursos de Mestrado em Educação.... 24
MES - Metodologia do Ensino Superior
PRODEM - Programa de Desenvolvimento de Ensino Médio
CURSOS DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO
IESAE/CMEd - Mestrado em Educação do Instituto de
Estu-dos AvançaEstu-dos em Educação da Fundação Getú
lio Vargas
UFRJ/CMEd - Mestrado em Educação da Universidade
Fede-ral do Rio de Janeiro
PUC/CMEd
MES
DES
MD
At.
Ap.
Esp.
- Mestrado em Educação da Pontifícia
Univer-sidade Católica do Rio de Janeiro
DISCIPLINAS ~UE OS MESTRANDOS CURSARAM
- Metodologia do Ensino Superior, ministrada
no Curso de Mestrado em Educação do IESAE
- Didática do Ensino Superior, ministrada no
Curso de Mestrado em Educação da UFRJ
- Metodologia Didática I e II,ministradas no
Curso de Mestrado em Educação da PUC
CURSOS FEITOS PELOS MESTRANDOS
EM N1vEL DE PÓS-GRADUAÇÃO
- Atualização
- Aperfeiçoamento
- Especialização
PE
SE
AE
OE
MT
UF
UP
- Psicologia da Educação
- Supervisão Escolar
- Administração Escolar
- Orientação Educacional
- M~todos e Ticnicas de Ensino
TIPOS DE INSTITUIÇÕES
- Instituição Federal
- Instituição Particular
Atualmente as instituições de Ensino Sup~rior,
buscam solucionar os problemas resultantes da expansao
-quantitativa de alunos e, conGeqUentemente, do declínio
ocorrido na qualidade do trabalho de professores e
alu-nos.
O aumento considerável de alunos nos
estabele-cimentos de nível superior exigiu que fosse recrutado
um maior número de professores. Apesar de não haver
es-tudos sobre a forma de recrutamento de docentes para o
Ensino Superior, sabemos que, geralmente, são estes
o-riundos dos cursos de graduação, destes mesmos estabel~
cimentos de ensino. A causa deste tip8 comum de recrut~
mento está na dificuldade em admitir docentes devidamen
te capacitados para o exercício da profissão, no que
diz respeito ao conteúdo daquilo que se vai ensinar e
ã
forma como
e
tratado este conteúdo, visando a aprendiz~gemo Reconhecendo que a qualidade co ensino ministrado
em nível superior necessita ser aperfeiçoada,
empenham-se as instituições superiores em melhorar a formação de
seus quadros docentes de modo a que estes adquiram
mai-or capacitação profissional.
Os Cursos de Mestrado têm come uma de suas fun
ções a qualificação docente.
Nossa preocupação volta-se para esse problema
e como ele se processa nos Cursos de Mestrado em
Educa-ção. Sendo assim, nas estruturas curriculares desses cur
sos no IESAE, na UFRJ e na PUC buscamos identificar as
disciplinas especificamente de formação docente e sobre
estas montamos o presente estudo.
so ensino-aprendizagem. O mestrando que sera 8~80rvido
pelas instituições de Ensino Superior precisa saber
co-mo organizar a sua atividade docente, sistematizá-l~ c~
mo enfrentar com espírito reflexivo, crítico e criativo
as incertezas e problemas que, freqUentemente, o
desa-fiarão.
A necessidade de haver uma disciplina com
fun-ção nitidamente profissional no preparo do mestrando
que irá se destinar ao magisterio do Ensino Superior, l~
vou-nos a buscar uma conceituação para a disciplina
Me-todologia do Ensino Superior (MES) dentro da estrutura
curricular dos Mestrados em Educação. A dinâmica de tra
balho da Metodologia do Ensino Superior, se voltada
pa-ra a orientação da prática docente, auxiliapa-ra o mestra~
do a ser, possivelmente, um melhor profissional. Nesse
sentido a disciplina MES devera propiciar, entre outras
coisas, me10S para o tratamento estruturado das informa
ções e para a aplicação racional e adequada dessas
1n-formações na solução de problemas. Isto, por sua vez,se
refletira no aluno de graduação, capacitando-o a
apren-der a aprenapren-der. A possibilidade de uma abordagem
inter-disciplinar no tratamento da Metodologia do Ensino Sup~
rior esboça-se para nós como ponto de investigação.
"o
fato de que muitos dos pólos de crescimentodos conhecimentos se situem, há já alguns anos, no
pon-to de encontro de várias disciplinas tradicionais
é
_um argumento em favor dos estudosinterdisciplinares;simulta-neamente, a necessidade de levar em conta essas novas re
lações intelectuais na estrutura do ensino se traduz nu
ma tendência para o ensino interdisciplinar. Mas isso não
e tudo~ alem dessas razões puramente universitárias
pa-ra modificar a estrutupa-ra dos programas~ deve-se
tão importante quanto as pressões exercidas do exterior,
notadamente pelas necessidades de pessoal qualificado
que a sociedade apresenta e pela evolução das possibili
dades de emprego".l
Diante deste posicionamento, vemos que e impo~
tante tentar caracterizar a Metodologia do Ensino
Supe-rior pela interdisciplinaridade, bem como definir seu
papel na formação do professor de Ensino Superior, no
sentido de satisfazer às necessidades do mestrando na
obtenção de uma melhor qualificação profissional.
"Do ponto de vista do estudante, o importante
não
ê
o ensino magisterial que ele recebe, mas antes otipo de recurso ao qual tem acesso para aprender, bem
como a gama de competências cuja aquisição lhe
permiti-... o o d d o o f o t,2
ra t1rar part1 o esses recursos para at1ng1r seus 1ns.
O mestrando de Educação que se destine ao magisterio s~
perior, tendo vivenciado na MES um metodo de trabalho
dentro destes requisitos, poderá com eficiência reprod~
zí-lo na condução do processo ensino-aprendizagem de
seus alunos.
A título de informação, apresentaremos, alem
da bibliografia, referências bibliograficas das
cita-ções, na ordem em que aparecem no texto.
I MACKENZIE et 31ii.
~e
de
en6~n~
e
~e
de
ap~end~,
introdução aos novos metodos e materiais utilizados no ensino supe -rior. Rio de Janeiro, Fundação GetúEo Vargas, 1974s p.21.2
Ibid, p.31.
A formação d@. docentes para o magistério
supe-rior é uma das funções dos Cursos de Mestrado.
Na pesquisa das condições em que se desenvolve
a formação do professor de Ensino Superior nos Cursos
de Mestrado em Educação, identificam-se. entre outras
disciplinas básicas, algumas especificamente didáticas:
a Metodológia do Ensino Superior no IESAE/cMEd, a
Didá-tica do Ensino Superior na UFRJ/CMEd e a Metodologia Di
dática na PUC/CMEd.
Verifica-se não serem obrigatórias essas disci
plinas para todos os mestrandos, fato que leva a supor
serem suas funções insuficientemente definidas na estru
tura curricular desses Cursos, no tocante
ã
formação do docente.Julgando-se desempenharem essas disciplinas
u-ma mesu-ma função na foru-mação do professor, precisamente
daquele que se destina ao magistério superior, supõe-se
que a falta de definição do papel por ela desempenhado
no currículo dos mestrandos em Educação resulta da
im-precisão dos termos Metodologia do Ensino Superior,
Di-dática do Ensino Superior e Metodologia DiDi-dática. Esta
imprecisão é constatada ao examinar-se a literatura
es-pecializada e ao analisar-se as respostas dos
mestran-dos que cursaram estas disciplinas e
que as lecionaram.
Os resultados das reflexões
do~ professores
feitas conduziram
a opçao da Metodologia do Ensino Superior como discipli
na eminentemente formativa do docente para este nível
de ensino, por considerá-la mais abrangente do que as
de, definindo-a como método de trabalho reflexivo,
tico e elaborativo que possibilita ao professor de Ensi
no Superior conduzir adequadamente o processo ensino-8
prendizagem.
o
trabalho consta de duas etapas: a fundamenta ção teórica e a pesquisa de campo.Na primeira foram feitas: a revisão da
litera-tura, a definição da função da Metodologia do Ensino Su
perior na formação dos professores e o estudo analítico
dos programas das disciplinas Metodologia do Ensino
Su-perior, Didática do Ensino Superior e Metodologia
Didá-tiéa.
A pesquisa de campo consiste em aplicação de
questionários e entrevistas.
o
universo da pesquisa compõe-se de todos os mestrandos que cursaram as disciplinas Metodologia deEnsino Superior, Didaticá do Ensino Superior e Metodol~
gia Didática, dos professores destas disciplinas e dos
Coordenadores dos Cursos de Mestrado em Educação do IESAE,
da UFRJ e da PUC, respectivamente(1976).
Os pressupostos e questionamentos que orientam
a pesquisa referem-se
à
imprecisão conceitual da Metod~logia do Ensino Superior e a seu papel indefinido na
formação do professor de Ensino Superior.
The training of higher education lecturers is
one of the functions of a Masters Degree Course.
When rcsear~hlng into the training conditions of
lecturers taking a Masters Degree Course in Education, i t
is possible to identify some basic disciplines,
specifi-cally in the area of Teaching such as:
"Le..a.JLning and Te..a.c.h
in.g in. Highe..JL Educ.a.tion."
adopted in IESAE/cMEd,"Te..a.ching
Me..thodA in HigheJL Educa.tion
h adopted in UFRJ/CMEd and"The.. Study
06
Te..a.chin.g Me..thod6"
adopted in PUC/CMEd.It was observed that these disciplines are not
compulsory for alI the students. These disciplines are
therefore thought to be insuficiently defined in the
cur-ricular structure of the Masters Courses, bearing in mind
the Education of lecturers.
As sumi ng a s imi 1 ari ty of func t ions of thes e three
disciplines in a Masters Courae i t is possible te believe
that the lack of role definition of the same disciplines
ln
the curriculum is eaused by an imprecision in the te~ minoiogy eoncerning Learning, Teaching, Teaching Methods,The Study of Methods etc.
This lack of precisicn is found in the review
of literature~ ~s well as in the answers to the questio~
aires given by students and lecture~a.
As a result of careful consideraticn
a.n.d Te..aching in Highe..JL Educa.tion."
was chosen as the maniformativê discipline whcn considering the training of
lecturers. This is due to the comprehensive character
of the discipline. For this saroe reason i t is suggested
that i t should be compulsory to alI the Masters studénts
ive and criticaI method of approach which allows the
lec-turer of Higher Education to adequately develop the teach
ing and learning processo
This work has two parts~ a theoretical approach
and a field research.
The first part presents the review of literature,
the definition of the function of
"Teaching and
LeaJtni..ng
i..n Hi..ghe4 Education"
in the training of lecturers ~ andthe analytical study of the syllabuses of the three disci
plines discussed above.
The population was the total number of students
taking the three disciplines, the respective lecturers
and the Course Coordinators of the three ins-.::tHutions(il--976).
The assumptions and questions which form
background of thinking in this work are rclated to
the
both
the lack of conceptual precision and indefinition of role
of the discipline of
"Leanning and Teaching in HlgheJt Edu
catlon"
in the context of the training of lecturers .... forHigher Education.
1.1. JUSTtYICATIVA DO TEMA
Tentaremos em nossa pesquisa elucidar o '~onceito
de Metodologia do Ensino Superior. Sua conceituação
torna-se complexa pela divergência de abordagens, de ênfatorna-se dada
a determinados aspectos e de teorias sobre as quais se
a-poia.
Parece-nos oportuno discutir e esclarecer o signi
ficado da Metodologia do Ensino Superior sem procurar, no
entanto, eneerrar seu significado em uma definição rIgida.
A necessidade de esclarecer o que vem a ser a Metodologia
do Ensino Superior surgiu em decorrência dos seguintes
fa-tos por nôs observados~ se várias conceituações são atri
-buldas
i
Metodologia por diversos autores, devemo. tentarapreender o
que
constitui esseneialmente a disciplina, pa-ra chegarmos a conceitua-Ia.A Metodologia do Ensino Superior devera possuir
como caracterIsticas predominantes a reflexão e a crItica, o
questionamento, a elaboração e a integração, no sentido de
permitir uma abertura para o contlnuo,enriquecimento da
disciplina que a própria evolução pedagógica exige.
Outro aspecto se refere a que Metodologia do Ensi
no Superior(MES), Didatica do Ensino Superior(DES) e
Metodologia Didatica(MD) são disciplinas diferentes, que bus
-cam, porem, uma mesma finalidade - melhorar a formação do
professor de Ensino Superior - do que se depreende que há,
realmente, uma necessidade de unificaçãc dos termos. Para
sentirmos de perto mais uma manifestação da diversidade do
significado da Metodologia do Ensino Superior, colhemos e-a
xemplos entre os mestrandos da 3- turma IESAE/CMEd que cu~
saram a Metodologia do Ensino Superior em 1976.
Constata-mos que entre eles o significado da disciplina vai desde a
Partimos da consideração de que esses mestrandos,sendo pe~
soas selecionadas e esclarecidas e encontrando-se em fase
de conclusão do Curso de Mestrado, deveriam apresentar um
mínimo de concordância quanto ao conceito da disciplina, o
que não se verificou.
Por outro lado, se, por sua natureza, os Cursos
de Mestrado em Educação sublinham a importância do aspecto "6o~maçio
do
docente",
que se pode depreender do fato da Metodologia do Ensino Superior (MES) , Didática do EnsinoSuperior (DES) e Metodologia Didática (MD) não serem disci
plinas obrigatórias para todos os mestrandos em Educação?
~erá por considerar-se que há mestrandos com formação mais completa do ponto de vista pedagógico? Significa que essas
três disciplinás são dadas em cáráter de complementação,i~
to e, apenas para suprir carências evidentes no processo
de formação docente? Serão os Cursos de Mestrado em
Educa-ção estruturados de tal forma que, interdisciplinarmente,~
tend~m
ã
contínua renovação pedagógica?Sendo uma das finalidades dos Cursos de Mestrado
em Educação preparar professores competentes no campo da E
ducação, resta saber qual a concepção que se tem da
forma-ção do professor de Ensino Superior. Qual a atitude a ser
desenvolvida nos cursos de Mestrado que permitirá a
professor ser competente? Será o saber? O fazer? ~u
esse
-serao
oferecidas ao mestrando oportunidades de saber e faFer? Se
rão a ele fornecidas condições para desenvolver atitudes
favoráveis ao bom relacionamento professor-aluno? Viverá
ele situações de aprerdizagem que lhe permitirão posterio~
mente participar com ( • alunos de suas redes cobertas em sa
la de aula? Aprenderá a possibilitar aos alunos o saber des
cobrir outras fontes de estudos, levando-os a ter
indepen-dência de criterios?
~ nessa atitude do professor de Ensino Superior a
ser desenvolvida nos Cursos de Mestrado em Educação que
nos deteremos e
ê
nesse sentido que voltamos nossa atenção para as disciplinas Metodologia do Ensino Superior, Didátiponto de vista institucional e dos professores que as 1eci~
narsm, essas disciplinas são encaradas como instrumentos
de qualificação do professor de Ensino Superior,parece-nos
que deveriam ser obrigatorias para todos os mestrandos em
Educação. No entanto, isso não se verifica.
Procuraremos saber quais as expectativas dos
mes-trandos quanto aos cursos de Mestrado em Educação porque,
mesmo que estas não sejam relativas
ã
formação
do profes -sor de Ensino Superior, os Cursos de Mestrado em Educaçãodeveriam enfatizar a importância e necessidade daquelas
disciplinas. A não-obrigatoriedade da MES, DES e MD para
todos os mestrandos pode ser apontada como uma
manifesta-çao concreta da imprecisão com que são definidas suas
fun
-çoes.
Iremos, ainda, em nosso trabalho, discutir se a
Me~odo10gia do Ensino Superior (MES) pode assumir um
cará-ter de incará-terdisciplinaridade porque, tratando
especifica-mente do processo ensino-aprendizagem e de situações de e~
sino, parece-nos correto encara-la como um momento em que,
para professores e mestrandos, experiências ~conhecimentos
seja. reorganizados e integrados logicamente em um todo.
1.2. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
Pretendemos apontar os varios sentidos com que se
apresenta a expressão Metodologia do Ensino Superior, a
partir dos conceitos encontrados na literatura especializa
da, nos programas das disciplinas Metodologia do Ensino S~
perior, Didatica do Ensino Superior e Metodologia Didatica
e da sondagem feita entre os mestrandos do Instituto de Es
tudos Avançados em Educação (IESAE) da Fundação Getúlio Var
gas, que cursaram, em 1976, a disciplina Metodologia do En
sino Superior.
Verificaremos o que significam essas diferenças
de conceituação em relação as funções da Metodologia do En
dem acarretar na formação do professor de Ensino Superior.
Será que a imprecisão do que
é
a Metodologia do Ensino Superior (MES)é
uma das causas de não ser conside-rada prioritária nos Mestrados em Educação? Essaimpreci-são poria em dúvida a sua função na formação do professor.
Afinal, em que consistem as disciplinas MES, DES e MD?
Se-rá que são disciplinas que têm como função ensinar a ser
professor no Ensino Superior? Seriam, então,
indispensá-veis
à
formação do mestrando em Educação? Ou será que os Cursos de Mestrado em Educação são estruturados metodologicamente de maneira interdisciplinar, excluindo a necessida
de dessas disciplinas? Como estes Cursos atendem
à
forma-ção docente?1.3. OBJETIVOS DO ESTUDO
• Identificar as conceituações atribuídas
ã
Metodo-logia do Ensino Superior.• Propor uma conceituação de Metodologia do Ensine
Superior e definir sua função em relação
ã
forma-ção do docente de Ensino Superior.· Discutir a extensão da obrigatoriedade da
Metodo-logia do Ensino Superior a todos os mestrandos de
Educação.
· Verificar o alcance interdisciplinar da
discipli-na Metodologia do Ensino Superior.
1.4. METODOLOGIA
qual a sua importância na formação do docente de Ensino ~u
perior, nos Cursos de Mestrado em Educação.
Optamos pela pôs-graduação
C'J.d.Jt.ic.tu.-.óe.n.óu."
~ emnível de Mestrado) em Educação~ porque a nossa preocupação
se prende aos papéis e responsabilidades de um professor
de Ensino Superior no que diz respeito a sua atuaçao como
docente.
Considerando ser uma das funções da pós-graduação
o aperfeiçoamento da qualificação docente~ solicitamos dos
mestrandos, que cursaram, em 1976~ as disciplinas que
tra-tam especificamente da formação do professor (Metodologia
do Ensino Superior~ Didática do Ensino Superior e Metodolo
gia Didática), dados que nos permitissem ver como esta fun
ção está sendo desenvolvida nos Cursos ce Mestrado em
Edu-cação. Com o mesmo objetivo, colhemos informações dos Coor
denadores desses Cursos.
Alguns educadores não consideram de fundamental
importância as disciplinas MES, DES e MD na formação do
professor de Ensino Superior. Acrenitam, talvez, que o bom
professor
ê
aquele que mais sabe e não. o que melhor faz os alunos aprenderem e que a formação pedagógica seadqui-re com a experi~ncia. Nós, entretanto, acreditamos na
::.-portância da Metodologia do Ensino Superior (MES) ,como dis
ciplina que vai permitir a integração dos fundamentos
teó-ricos da Educação com a prática educativa. Nesse sentido,
afirma StScker:" ••• só em uma 'lerdadeira integração de teoria
e prática, não em sucessão temporal, nem em uma
justaposi-ção inconexa, mas unicamente em uma mútua inter-relajustaposi-ção de
reflexão teórica e realização prática dentro das margens
da configuração individual, pode lograr-se uma
prá t ica es co lar duradoura e fecunda ".1
-preparaçao
Escolhemos os Cursos de Mestrado em Educação do
IESAE, da UFRJ e da PUC, por serem instituições com fontes
mantenedo~as e tipos de organizaçao diferentes.
Orientamos o nosso trabalho no sentido de
respon-der às questoes:
- Como a formação docente
ê
atendida nos Cursos deMestrado em Educação?
- Como
ê
estruturado o Curso de Mestrado em Educa-ção em termos de interdisciplinaridade?
- Quais as funções das disciplinas MES. DES e MD no
Mestrado em Educação e em que consistem?
- Que vem a ser a Metodologia do Ensino Superior e
qual a sua importância na formação do
de Ensino Superior?
professor
- Poderá a disciplina Metodologia do Ensino Superior
ser interdisciplinar?
- Quais os significados atribuídos à Didática e
-
a Metodologia e que representam no processoensino-aprendizagem?
Para responder a essas questoes. adotamos os
se-guintes procedimentos:
1.4.1. Revisão da literatura
Selecionamos algumas obras de autores que tra
ba1ham no campo da Didática e da Metodologia.
Ve-rificamos os vários significados que são
atribuí-dos
ã
Didática eã
Metodologia, quais as suas funções e as disciplinas com as quais se relacionam.
Os elementos identificados são subsídios para a
conceituação da Metodologia do Ensino Superior e
para a caracterização de seu valor na formação do
ccnte.
1.4.2. Uma visão interpretativa do problema da relação
d~ Metodologia do Ensino Superior com a formação
1.4.3. Estudo ana1itico dos programas das disciplinas
Adotamos os seguintes criterios para a
anali-se dos conte~dos programaticos das disciplinas MES,
DES e MD.
SeqUência e apresentaçao dos conte~dos.
- Concepção e organização do programa como um
todo.
- Enfoque predominante.
- Relação da disciplina com o conte~do progr~
tnatico.
- Interdiscip1inaridade.
- Bibliografia.
1.4.4. Pesquisa de campo
Com o objetivo, ainda, de responder às
ques-tões basicas que orientaram nosso trabalho, rea1i
zamos q!t8 pesquisa de campo. Obtivemos informações r!:,
su1tantes das vivências docentes e discentes, n08
Cursos de Mestrado em Educação do IESAE, da UFRJ
e da PUC, por parte de:
- ~r8trandos das disciplinas MES, DES e MD;
- professores dessas disciplinas;
- Coordenadores desses Cursos.
Buscamos dados objetivos e subjetivos
perti-nentes aos sujeitos da pesquisa.
Elaboramos um questionario-pi10to,
constitui-do de questões abertas. Foi aplicaconstitui-do aos
mestran-dos do IESAE que cursaram a disciplina MES, eom o
objetivo de fazer um levantamento de como eles pe~
cebiam a disciplina, quais as suas expectativas
em t~r.os de obter informações no curso de Metod~
10gia do Ensino Superior e quais os motivos que
os levaram a cursa-la. Esse trabalho,
a primeira etapa da pesquisa.
Tomando como base as informações colhidas
a-traves desse questionário-piloto, elaboramos um
outro questionário. Neste último, acrescentamos
algumas questões fechadas e abertas. Fizemos o
pre-teste desse questionário com mestrandos do
IESAE que não cursaram a disciplina MES. Como não
houve necessidade de fazer significativas
altera-ções no questionário, após o pre-teste, nós o
a-plicamos aos mestrandos que cursaram as
discipli-nas MES (IESAE), DES (UFRJ) e MD (PUC).
Para a obtenção de dados junto aos
professo-res que lecionaram MES, DES e MD em 1976 e aos
Coordenadores dos Cursos de Mestrado em Educação
do IESAE, da UFRJ e da PUC, optamos por
entrevis-tas individuais.
A codificação das respostas fechadas do
ques-tionário aplicado aos mestrandos foi feita manual
mente. Para análise das questoes abertas do mesmo
questionário utilizamos categorizações.
Para análise das entrevistas, adotamos a
tec-nica de analise de conteúdo. Utilizamos a téctec-nica
de juízes independentes para confirmação da obr~
tividade pretendida na analise.
O universo de nossa pesquisa constituiu-se de
todos os mestrandos ea Educação que cursaram as
discip1ina~ MES (IESAE/CMEd). DES (UFRJ/CMEd) e
MD (PUC/CMEd).
Embora não intenciona1~~nte,consideramos
par-te de nossa população par-tendenciosa, porquanto a
pesquisa foi feita no ano de 1976 e, nesse ano, o
IESAE manteve um convênio com o Programa de Dese~
vo1vimento do Ensino Medio (PRODEM), aceitando co
mo mestrandos, professores de Escolas Tecnicas do
País. Tais mestrandos faziam parte da área de con
centração de estudos de Administração de Sistemas
Educacionais e eram obrigados a cursar a MES, por
terem o compromip~o de, posteriormente. virem a
são tlpicos do IESAE/CMEd, se considerarmos que o
seu processo de admissão ao curso não foi o mesmo
que o dos demais mestrandos.
Ainda fizeram parte de nosso universo os
pro-fessores que lecionaram as disciplinas MES, DES e
MD, ministradas nos Cursos de Mestrado em Educa
-çao do IESAE, da UFRJ e da PUC e os Coordenadores
desses Cursos.
1.4.5. Pressupostos e questionamentos
Nossos pressupostos se relacionam,
fundamen-talmente, com a imprecisão conceitual da Metodol~
gia do Ensino Superior e com a falta de definição
de seu papel na formação do professor. Foram deri
vados de leituras e experiências e orientaram nos
sas reflexões, que se prendem mais
especificamen-te aos seguinespecificamen-tes aspectos:
Se
-
ministradas, Cursos de Mestrado-
sao emem Educação, três disciplinas (MES, DES e
MD) que possuem a mesma função, por que a
divergência de nomes?
- Por que não houve consenso sobre o conceito
de MES entre os mestrandos que cursaram
es-sas disciplinas em 1976 no IESAE, na UFRJ e
na PUC?
- Como os professores vêem as diferenças
fun-damentais de conceito entre as disciplinas?
- Por que os varios sentidos atribuídos
ã
Di-datica e
ã
Metodologia?- Se as disciplinas MES, DES e MD tratam da
formação docente, por que não serem
obriga-tórias para todos os mestrandos?
- Pode a MES ser interdisciplinar?
2. REVISÃO DA LITERATURA
Vasta e a literatura que se refere
ã
didática eà
metodologia. Selecionamos alguns autores que t~abalham nes
sa area de estudo pedagógico, de modo que em suas obras p~
déssemos colher subsídios para chegarmos a definir a
Meto-dologia do Ensino Superior e aprofundar nossa analise.
Supomos que, atualmente, ainda sejam confusos e
desconcertantes os si,nificados atribuídos
ã
Didática e àMetodologia, o que talv~~ se justifique pela origem desses
termos.
O termo »methodi~e» surgiu do grego, significando
caminho para um determinado fim. Quintiliano traduziu-o p~
ra o latim
"methodic.a."
como a arte de ensinar.Posterior-mente, os pedagogos alemies traduziram como "methodi~",se~
do considerado c<imo ciência dos metodos de ensino.
O termo didatica surgiu tambem do grego
"dic:ltu
c.oo "
I ~ que quer dizer a ciência e a arte do ensino,consistindo noato de expor ou de discorrer sobre um assunto. l
A arte de ensinar, baseando-se num caminho, num
metodo, gerou, talvez, a confusio e imprecisio criadas e
que, ai1lda hoje, supomos persistirem, quanto aos termos»di
ditic.a."
e"metodologia.».
Interessa-nos apreender o significado em que as
palavras ~didatic.a.» e
"metodologia."
sio empregadas, paraque servem, qual a abrangência de cad3 uma e quais as
dis-ciplinas com que se relacionam (explícita ou
implicitamen-te referidas nos trabalhos).
2 3 4 5
Aguayo , Castro ,GKrtner e St8cker apresentam,
em seus trabalhos, a Didatica como mais abrangente que a
Metodologia. ~ na Didática que centralizam suas
considera
-çoes.
Aguayo, por exemplo, apresenta a evolução dos ter
mps
"d.i.dã..t..i.c.a."
e"me.t.odolog.i.a.",
usados na pedagogia. Adi-dática significava a doutrina ou ciência do ensino e a
me-todologia pedagógica consistia no estudo dos metodos de en
sino. As palavras
"d.i.di.t..i.c.a."
e"me.t.odolog.i.a."
sãoabandona-das pelos pedagogos contemporâneos, sendo substituIabandona-das por
direção da aptendizágem. Revela o autor que, átualmênte,
ainda e muito ineerta a distinçáo entre didática e
metodo-logia e sugere que as palavras ,1
en.6.i.no"
e"me..t.odolog.i.a."
s~jam usadas o menos possível e que a Didática seja
conside-rada a direção da aprendizagem.
A Didática consiste em duas partes: a primeir~ g~
ralou sistemática, trata das funções da aprendizagem, dos
meios de efetivá-la, da teoria dos metodos, etc. A segunda
parte, chamada de especial ou metodologia, trata da teoria
dos metodos gerais e especiais da aprendizagem.
Segundo o autor, não existem metodos universais
de ensino. Há os gerais, que consistem em princípios
peda-gógicos aplicáveis a varias situações didáticas e há os me
todos especiais, que visam objetivos definidos. E,mais ai~
da, há muitos e variados meios pedagógicos que contribuem
para a formação do educando, não sendo o metodo didático o
único instrumento para isso.
A Didática possui uma amplitude maior do que a Me
2 AGUAYO Y SÂNCHEZ, Alfredo Miguel.
Vidiiü.c.a. da
e.6c.ofunova..
são Pau 10, Nacional, 1966.3 CASTRO, Ame1ia D. Redefinição da didática.
Re.v~.t.a.
~.i..e~a.
de.
E6tudO.6 Pe.dagõg.i.C.O.6,
Rio de Janeiro, 59(129):41-56, jan./mar.1973:---o
O professor e a didática. Educ.a.~ão\ Brasília, (ll)~18-27, abr./ jun. 1974.4 GXRTNER, Friedrich.
PfuYl.e.a.m.i.e.Yl..t.o
yc.oYl.duc.c..<.õYl. de.
fue.Yl..6e.na.Yl.za..
Bue-nos Aires~ Kapelusz, 1970.todologia.
Relaciona-se
ã
Didática as disciplinas chamadasbásicas, que são: Psicologia da Aprendizagem, Biologia, So
ciologia e Pedagogia Geral.
Seu enfoque e dado, essencialmente, sobre as
con-dições que conduzem
ã
aprendizagem, sendo a matéria ou conteúdo também importante para a Didática.
Discordamos da sugestão feita pelo autor para que
sejam usados poucas vezes os termos
"en6ino"
e"metodolo
-gla".
Buscamos definir aMES e. nesta perspectiva, temos que situar cada um dos termos.Quanto
ã
divisão da Didática em Geral e Especial,parece-nos ser uma posição tradicional. Se a Didática visa
ã
prática de ensino e esta envolve o conhecimento da disciplina, conhecimento dos metodos, técnicas etc, e conheci
-menta de teorias da aprendizagem~ de grupo etc, como
admi-tir a separação desta em Geral e Especial?
No trabalho de Castro, a Metodologia é tida como
o estudo, o exame e a elaboração dos métodos didáticos,te~
do uma amplitude menor do que a Didática. Esta última é
mais abrangente porque trata do que antecede e procede
ã
atividade metodológica.
A
autora faz esta distinção,embo-ra confesse que não e fácil decidir por um cu outro termo.
Em sua exposição sobre a Didática, afirma que
es-ta tem como objetivo a orienes-tação da prática docente,
com-petindo-lhe preparar o professor para dirigir e orientar a
aprendizagem do aluno. A Didática surgiu como uma carência
por parte dos professores e para eles foi criada, tendo,
portanto, um carater pratico, ou seja, oferece alternati
-vas ao docente para tomar decisões.
A Didatica se situa em duas dimensões: de um lado,
é acompanhada da reflexão pedagógica e, de outro, liga-se
ao desenvolvimento técnico-científico do processo didático.
Considera ser a Didatica "campo de confluência de
nicação, Sociologia da Educação, Antropologia Cultural,
Tecnologia Educacional, Filosofia da Educação, Psicologia
Social e Psicologia da Aprendizagem.
As suas referências
ã
Didática são, basicamente,di~igidas
ã
prática docente.Percebe~os que ao termo
"diditica"
~ .dada uma am plitude maior que a que 1he dá Aguayo. Aguayo define a didática como direção da aprendizagem do aluno. A autor~ en
tretanto, define-a como direção e orientação da prática
docente. Isso evidencia a divergência de abordagem do ter
mo.
Castro, ao confessar que não ~ fácil a opção por
um dos termos
"me.todologia"
ou"didá.tica"
~ apresenta e co!!,firma a imprecisão existente quanto a estes termos.
Acre-ditamos que não ~ o caso de fazer opção por uma ou outra
palavra, mas sim de definir, para cada uma~ o sentido e
função que lhe e pertinente.
G~rtner assume a mesma posição de Aguayo. Afirma que a Metodologia está contida na Didática Geral, uma vez
que se encarrega dos problemas de metodos de ensino. A Di
dática possui uma abrangência maior. pois seus conhecimen
tos buscam constituirem-se em uma base sólida para a
prá-tica de ensino.
Serve a Didática ao docente e ao aluno, pois, se
gundo o autor. a aprendizagem significativa e a atividade
básica de todo o ensino. Considera ser a situação
didáti-ca a que engloba as atividades que se realizam em sala de
aula, tendo por base o professor e o aluno.
o
professordeve, fundamentalmente. ponderar a situação didática, com
suas condições variáveis e invariáveis para? a partir daí,
encontrar meios e medidas que possam a ela ser aplicados.
As disciplinas com que a Didática mant~m relacio
namento são~ a Psicanálise, a Psicologia Evolutiva, a Psi
cologia da Aprendizagem e a Sociologia da Educação.
ra o processo de ensino e aprendizagem,_ servindQ ao
pro-fessor para a obtenção de aprendizagem significativa.
o
autor aereseentou um elemento que, atenão tinha sido mencionado: a situação didática.
aqui,
Com relação a StBcker, emprega ele a Didática co
mo arte do ensino e,como tal, trata dos princípios, fenôm~
nos, formas, preceitos e leis de todo o ensino. A
Metodo-.
~.
-
.
log1a, entretanto, e uma parte da D1dat1ca, podendo ser
chamada de Didática Especial. Trata ela dos procedimentos
de instrução e ensino e tem como função mostrar a maneira
de se proceder em um trabalho.
A Didática, como teoria e a artê do ensino, é
u-tilizada para refletir e investigar os fatos pedagógicos
e didáticos, de modo que o processo didático, composto de
fatores variados, seja centralizado no encontro formativo
do aluno com a materia de ensino.
A Didática se relaciona com as disciplinas
Peda-gogia, Psicologia da Educação, Psicologia Voluntarista e
Psicologia Evolutiva.
Pelo contexto de suas ideias, percebemos que a
ênfase e colocada na relação entre materia e aluno.
Tal como os autores anteriores s dá
ã
Didáticau-ma abrangência u-maior do que
ã
Metodologia. Ao focalizar amatéria, pareceu-nos que ele quis mostrar ser esta o elo
que une o professor e o aluno, daí a Didática servir ao
professor. Desse modo, entende-se e aceita-se, parcialme~
te, sua posição, porque o relacionamento entre professor
e aluno
e
fundamental.A METODOLOGIA
r
MAIS ABRANGENTE DO QUE A
DID~TICA
°f5
S1 ,
Vejamos. agora, outras correntes de idéias.
Nas-por exemplo, atribui uma abrangência bem maior
ã
Metodologia, chamada por ele de Educativa ou Pedagógica. A
Didática e uma parte da Metodologia e trata da direção da
aprendizagem, da transmissão intelectual, enquanto a Met~
dologia procede dos conceitos e dos objetivos da educação,
consistindo em um conjunto de metodos (seus tipos e
for-mas de realização) de que a educação se vale para cumprir
suas funções e, como tal, e uma metodologia da ação. Ela
engloba todos os metodos que utiliza a educação sistemát!
ca, ou seja: estimulativos, exercitativos, guiadores, ins
trutivos e corretivos (estes dois últimos pertencem
ã
Di-dática).Relaciona-se a Metodologia com a Filosofia da
E-ducação e a Didática com a Psicologia da Aprendizagem.
As ideias expostas sobre a Metodologia fornecem
elementos para conceituarmos a Metodologia do Ensino Sup~
rior. Será atribuído à MES um enfoque semelhante ao que
ele dá à Metodologia, em termos de amplitude.
A OIoATICA
t
IGUAL
~METODOLOGIA E [ MAIS ABRANGENTE
Apesar de comungar com os autores anteriores, no
sentido de conceituar a Didática como direção do processo
de aprendizagem e como a teoria da p~áx~~ docente, Tit~
6
ne se refere, em seu trabalho, à Didática como
Metodolo-gia e
ã
Didática diferen~e da Metodologia. Para ele, a Didática, em seu sentido mais amplo, trata da formação inte
lectual e, como tal, e uma Metodologia da instrução. A Me
todologia
e
pedagógica quando estuda cientificamente osproblemas pedagógicos e e Metodologia Educativa, quando
resolve, praticamente, os problemas educativos ou
desco-bre o melhor modo de efetuar uma tarefa educativa.
o
objetivo da Didática e garantir ao ensino a má xima capacidade de adaptação dos alunos às circunstânciasinerentes
ã
situação escolar. Ã Didática cabe a tarefa de determinar as condições e modalidades de eficácia ao ensi1 - .
no e a aprend1zagem.
A Didática apresenta relacionamento com as disci
p1inas: Tecnologia do Ensino, Filosofia da Educação,
Teo-logia, BioTeo-logia, Psicologia da Personalidade, Psicologia
da Aprendizagem e Sociologia da Educação.
Enfim, centraliza Titone suas considerações
so-bre a ação em função do ensino e da aprendizagem.
Aceita-mos o que o autor expoe sobre o conte~do da Metodologia
Pedagógica e Metodologia Educativa. Apenas, na Metodolo
-gia do Ensino Superior, não faremos esta dicótimi~ação,
considerando-as como componentes da disciplina.
A DI DAT I CA [, IGUAL 'A METODOLOG I A
Os termos
"didá.tica"
ou"metodologia"
são usadosindistintamente por Ibarra7, que, conceitua uma e outra
como o estudo da direção da aprendizagem. O educador
uti-liza a Didática para analisar os distintos aspectos tecni
cos, ou seja, conhecimento de regras, metodos e preceitos
para a obtenção dos fins mediatos e imediatos da educação.
A Didática aplica regras por meio da instrução ~
nesse ato, se confundem a intenção do educador e a
neces-sidade do educando. Da harmonia de ambos, obtêm-se
resul-tados mediatos ou imediatos, formativos ou informativos.
Na Didática, portanto, existe um educador, um educando,um
conte~do da ação educativa e um metodo. Possui a Didática um dinamismo criador que atua ao receber estímulos domeio
escolar.
Na Didática há integração dos conhecimentos da
Filos~fia da Educação, Estudos Sociais, Psicologia do
De-senvolvimento e Psicologia da Aprendizagem.
7 IBARRA PEREZ, Oscar.Viddctied
mod~;
e.l
a~endizaie
y la.o
eixo da temática de Ibarra e o aluno, poisnele que se centraliza o processo educativo.
-e
o
autor, apesar de adotar indiferentemente ostermos
"diditiea"
ou"metodologia",
usa sempre"diditiea"
para sobre ela tecer seus comentários. Ao comentar os ele
mentos a que serve a Didática, dá a mesma uma abrangência
maior do que a que foi dada ate aqui, pois tece
comentá-rios sobre os resultados produzidos no educando, sejam
e-les mediatos ou imediatos, formativos ou informativos.
A
DID~TICAt
DIFERENTE DA METODOLOGIA
Já para Spencer e Giudice8, a Didática nao
é
pu-ra Metodologia. Sobre a Didática, explicam queé
uma ati-vidade de e para a instrução, de reflexão sobre a aprendizagem e os meios de produzi-la. Neste sentido, organiza e
dirige a educação e ordena os meios com relação a um fim,
para cumprir o trabalho educativo.
Para as autoras, a Didática centraliza sua
aten-ção sobre as experiências que os alunos adquirem,
resul-tantes da aprendizagem. Sendo assim, esta posição leva a
considerar os meios e os modos da ação docente em relação
às experiências que eles podem provocar.
Fundamenta-se a Didática na Pedagogia e se
rela-ciona com as seguintes disciplinas: Lógica, Psicologia da
Aprendizagem, Filosofia da Educação e Sociologia da Educa
-çao.
Preocupam-se as autoras, fundamentalmente, com
os resultados da aprendizagem dos alunos, em termos de ex
periências.
A Didática possui, na abordagem das autoras, um
sentido tão amplo quanto o que lhe
é
dado por Ibarra. Vai8 SPENCER, Rosa A.P. de
&
GIUDICE, Maria Celina M. de.Nueva didactl
ela alem do que se processa em sala de aula, para
organi-zar e dirigir a educação.
t
interessante e importante sua preocupação, não apenas com o ato de aprender, mas tambémcom os resultados desse ato.
Deixam de tecer comentários sobre a Metodologia,
já que a distinguem da Didática, o que lamentamos.
METODOLOGIA DIDATICA
Os trabalhos de Valenzuela9 e
Tirad~lO,
fugindoàs posições que até aqui apresentamos, referem-se
ã
Meto-dologia Didática.
Valenzuela comenta que algumas pessoas usam a e~
pressão
"Viditica"
e outras, a"Metodologia Pedag5gica".
Ao optar por Metodologia Didática, atribui a esta a
fun-ção de estudar e aplicar os métodos. O importante é que o
mestre, através do método, converta a auto-atividade do
aluno no centro da aprendizagem e da educação. O método,
então, deve se ligar ao professor,
ã
matéria e ao aluno e, para isto, o professor deve ter consciência deste,de seuslimites e de sua eficácia educativa. O método deve ser
entendido como um modo de orientar o trabalho mental.
A Metodologia Didática considera o aluno como
centro da aprendizagem e da educação, tendo por base a
sua auto-atividade.
A Metodologia Didática está relacionada com a
Psicologia da Educação, Psicologia da Aprendizagem e com
a Estrutura Lógica da Matéria.
q VALENZUELA, G~
OI
berto. Conceptos generales: ~nstrucc~on.
o~ d y e uca-ción; ensenanza y aprendizaje; breve teoria deI aprendizajeo In: HERN1~~EZ RUIZ, Santiago.Metodologia
gen~de
la
enóe-nanza.
Mexico, Unión Tip. Editorial Hispana-smericana, 1969,v.l, p.74-96.
Como vimos, Valenzue1a centraliza suas
referên-cias no metodo e no aluno.
A forma como o autor explica o metodo de ensino,
servirá para atribuirmos
ã
Metodologia do Ensino Superioressa característica, ou seja, de orientação do trabalho
mental. Atribuiremos, porem,
ã
MES uma amplitude bem maiordo que
ã
atribuída pelo autorã
Metodologia, pois, alemde se relacionar com o professor, a matéria e o aluno, es
tará ligada a toda a estrutura política e filosófica do
Ensino Superior.
Tirado, por sua vez, utiliza tambem a
Metodolo-gia Didática como ciência dos métodos de ensino. Define o
metodo didático como a maneira de ensinar a matéria, para
que o aluno a aprenda e a assimile. Afirma, entretanto,
que não há apenas um metodo de ensino, mas diferentes
mé-todos, ainda que possuam características comuns.
Para o autor, a educação e um ato bilateral,pois
exige uma relação educativa entre educador e educando.São
os comportamentos do professor e do aluno, como um todo,
que servem de base para uma aplicação adequada de todo me
todo.
A Metodologia Didática mantem relacionamento com
as disciplinas: Filosofia da Educação, Psicologia da
A-prendizagem, Psicologia da Educação, Psicologia da Motiva
ção, Axiologia, Economia Didática e Sociologia da Educa
-çao.
Pelas considerações feitas, percebemos nitidame~
te que Tiradó dá maior ênfase aos metodos didáticos.
Con-cordamos com o autor quanto
ã
existência de diferentes metodos.
Tanto Valenzuela quanto Tirado têm razão ao se
referirem aos metodos. A abordagem que fazem e que
diver-ge, pois Valenzuela coloca o metodo como trabalho mental
do aluno e tinado o apresenta
ã
serviço do docente, ou seA
DID~TICACOMO CItNCIA E COMO TrCNICA
A Didática, eomo ciência e como tecnica, e consi
. - 11 12 "
derada por Le1tao e Castello • Ambos omitem o termo me
todolog-i.a.".
o
trabalho de Leitão está voltado para o planej~mento didáticog que consiste na criação, manutenção e
a-perfeiçoamento das condições em que se processa a aprendi
zagem. Refere-se ao metodo, no sentido de que existe para
servir ao aluno; fala tambem na materia. Segundo o autor,
a Didática busca metodos e tecnicas que, do ponto de
vis-ta experimenvis-tal, produzam um ensino eficaz, de modo que
não haja o comprometimento pessoal do mau professor.
Nes-se Nes-sentido, chama a Didática de "t~en-i.ea.", apesar de afir
mar não ser dispensável a função pessoal do professor.
Segundo ele, o professor, ao errar e acertar,
e-labora sua própria didátiea. Afirma tambem que, pela
au-sência de cursos de preparação do professor universitário,
"
a Didática deve encontrar metodos e, consequentemente,to~
nar-se tecnicag para não prejudicar o aluno com um ensino
inadequado.
Relaciona a Didática com a Psicologia da Aprendi
zagem.
Pelo exposto, percebemos claramente que Leitão
. se preocupa com a aprendizagem. O fato de ver a Didática
como tecnica se justifica pela inadequada formação
docen-te. Não achamos necessário transformar a Didática em
tec-nica, ela deve sim, usar tecnicas, uma vez que estas dela
fazem parte.
Esboça a formulação de uma das principais
ques-toes desta dissertação, ao colocar o problema da precari~
dade de cursos de preparação de professores
universitá-11 LE IT-AO, V1cente e Pau a. P aneJamento 1 at1co na un1verS1 a e. . d 1 1 · d·d- " · " d d
Eduea.ção,Brasília,5(17):30-39,
jul./set.1975.
12 CA TELLO, Han.a e Fat1ma. S . d - .
A
UÃ.!.I.UA.-<.ea. na. ltenOllma. o
J:J~~: 1d
eJ'L6..tno. 10 e.
R" drios para a prática docente.
Castello afirma, por seu lado, que a Didática e~
volve conhecimentos teôri~os e experiência prática. Sua
função e a transmissão de noções. A Didática deve-se
ori-entar em torno do aluno e dos objetivos, sendo estes os e
lementos mais importantes do processo de ensino e aprendi
zagem, determinando, inclusive, a materia, o metodo e a
ação do professor. Enfim, a Didática serve ao professor,
fornecendo-lhe elementos que permitam colocar a materia
ao alcance do aluno. ~, tambem, uma tecnica,
caracteriza-se pela vivência e, como tal, está a caracteriza-serviço de um metodo
e de uma teoria da educação. ~ a Didática mais aplicável
ao 19 e 29 graus. No 39 grau, o aluno já está capacitado
a aprender sozinho.
As disciplinas com as quais a Didática se reI a
-ciona são: Filosofia Educa-cional, Psicologia da Educação
e Psicologia da Aprendizagem.
Refere-se a autora, basicamente, ao aluno e aos
objetivos pedagógicos. Alem dos componentes do processo
ensino-aprendizagem, inc1uiriamos a situação didática,
pois ela se reflete em todo o processo.
A autora afirma que a Didática diz mais respeito
ao 19 e 29 graus. Ate que ponto a aprendizagem de um
alu-no de 19 e 29 graus e diferente da do alualu-no de 39 grau?
Será que o aluno de Curso Quperior está mais capacitado a
aprender, de forma a dispensar a orientação do professor?
ME~ODOLOGIA
13 . Ih 14 .
Os autores Me.ns e Lorenzo F1 o om1tem em
seus trabalhos
°
termo"did;tica"
e usam apenas o termo13 MEANS, R.R.
Metodoiogia
y
educacIon.
BuenosAires~
Paidós. 1969. 14 LORENZO FILHO, M.B. Experimentaciôn pedagôgica.In~
HERNÃNDEZ"metodologia".
Vejamos o que dizem a esse respeito.Means usa a Metodologia voltada para a aprendiz~
gemo Segundo ele, os metodos, as tecnicas e os procedime~
tos consistem em um meio para ajudar os alunos a
resolve-rem seus problemas individuais e sociais.
o
planejamento e a ordenação das experiências-
e que possibilitam a aprendizagem. Para que seja efetuada aaprendizagem, e fundamental o uso adequado de tecnicas e
o conhecimento das condições que a produzem.
A Metodologia relaciona-se com a Psicologia da
Aprendizagem e com a Psicologia da Educação.
Seu trabalho e marcado pela ênfase dada ao uso
das tecnicas para a aprendizagem. A Metodologia, segundo
o autor, diz respeito unicamente às atividades ligadas à
aprendizagem. ~ válida a maneira como focaliza a
aprendi-zagem, dando à mesma um sentido pratico e objetivo, pois,
segundo o que ele expõe, ela visa a dar ao aluno uma auto
nomia, uma independência de atitudes, que lhe permita a
resolução de seus problemas. Atribui à Metodologia um
caráter restrito ao considerala baseada, apenas, em meto
-dos, procedimentos e, principalmente, tecnicas.
Para Lorenzo Filho, entretanto, a Metodologia su
põe direção, sentido e se interessa por doutrinas, fatos
e realidades. Inspira-se em uma teoria, seja ela completa
ou incompleta. A pratica docente tem por base uma teoria,
que o professor deve formular e procurar comprovar,
atra-ves de preceitos de organização e orientação da dinâmica
pedagógica.
Afirma$ ainda, ser estreita a relação entre a Me
todologia e a experimentação, pois e a rtexperimentação p~
dagógica que reflete sobre as concepções da própria teo
-ria de onde se deriva, para estabelecer com ela relações
d e or em conce1tua d . I e cr1t1ca . . . " lS