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Respostas de panicum maximum cv. massai a doses de biofertilizante ou adubação com nitrogênio e fósforo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL

RESPOSTAS DE PANICUM MAXIMUM CV. MASSAI A DOSES

DE BIOFERTILIZANTE OU ADUBAÇÃO COM

NITROGÊNIO E FÓSFORO

LEONARDO EUFRÁZIO SOARES

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RESPOSTAS DE PANICUM MAXIMUM CV. MASSAI A DOSES

DE BIOFERTILIZANTE OU ADUBAÇÃO COM

NITROGÊNIO E FÓSFORO

Trabalho apresentado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, Campus de Macaíba, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre em Produção Animal.

Orientador: Prof. Dr. Gualter Guenther Costa da Silva

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Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da Publicação na Fonte.

Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias Campus Macaíba Biblioteca Setorial Professor Rodolfo Helinski

Soares, Leonardo Eufrázio.

Respostas de panicum maximum cv. massai a doses de biofertilizante ou adubação com nitrogênio e fósforo / Leonardo Eufrázio Soares. – Macaíba, RN, 2015.

54 f. -

Orientador (a): Prof. Dr Gualter Guenther Costa da Silva.

Dissertação (Mestrado em Produção Animal). Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias Campus Macaíba. Programa de Pós- Graduação em Produção Animal.

1. Adubo Orgânico - Dissertação. 2. Biodigestor - Dissertação. 3. Capim- massai - Dissertação. 4. Sustentabilidade - Dissertação.I.Silva, Gualter Guenther Costa da II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III.Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias Campus Macaíba. IV. Título.

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A toda minha família em especial a

minha mãe, Edneide, minha vó,

Dona Margarida e minhas irmãs,

Loisiana e Laisa.

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Primeiramente a Deus, pai divino que nunca desampara um filho;

A minha família pelo apoio de sempre, em especial a minha mãe, Edneide Eufrázio, a quem devo tudo que sou;

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e ao Programa de Pós-Graduação em Produção Animal (PPGPA-UFRN);

A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela concessão da bolsa durante parte do mestrado;

Ao Prof. Dr. Gualter Guenther Costa da Silva, por ter me orientado na graduação, especialização e mestrado, pelos compartilhamento do saber, pelo exemplo de ética e pela confiança depositada a mim.

Ao Prof. Dr. Gelson dos Santos Difante pela atenção e apoio na execução deste trabalho;

A Profª. Dra. Ermelinda Maria Mota Oliveira pelo grande apoio prestado o qual sou imensamente grato;

Aos Professores Dr. Henrique Rocha, Dr. Luciano Patto e Dra. Nívea Felisberto pelas palavras de apoio e incentivo durante o curso;

A Márcio Gleybson pela ajuda imprescindível na execução deste experimento;

A Jucier Magson que tive o prazer de conhecer e pela ajuda incondicional;

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Aos amigos Apauliana, Fernanda, Jully Anne, Fabrício, Kivya, Priscila, Karen, Victor e Guevara, que tive a honra de conviver durante o curso;

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LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS

LISTA DE ABREVIATURAS

CAPÍTULO I: REFERENCIAL TEÓRICO 10

REFERENCIAL TEÓRICO 10

1. Biofertilizante 10

1.1. Uso de biofertilizante 11

2. Adubação em pastagem 13

2.1. Adubação mineral 14

2.2. Adubação orgânica 15

3. Capim-massai 16

4. Conceitos e variáveis da forragicultura 18 4.1. Acúmulo de forragem (AF) 18 4.2. Taxa de acúmulo de forragem (TAF) 18 4.3. Levantamento da composição botânica 18

4.4. Altura (AL) 19

4.5. Interceptação de luz (IL) 20 4.6. Índice de área foliar (IAF) 20

4.7. Clorofila 20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 22 CAPÍTULO II:

Respostas de Panicum maximum cv. Massai a doses de

biofertilizante ou adubação com nitrogênio e fósforo.

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INTRODUÇÃO 35

MATERIAL E MÉTODOS 38

RESULTADO E DISCUSSÃO 42

CONCLUSÕES 50

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Figura 1 – Médias de altura do pasto (AL) (A), interceptação de luz (IL) (B), índice de área foliar (IAF) (C) e clorofila total (CLO) (D) de Panicum maximum cv. Massai em função das doses de biofertilizante aplicadas ao solo.

42

Figura 2 – Médias da produção de matéria seca (PMS) (A), taxa de acúmulo de forragem (TAF) (B), acúmulo de folha (AFo) (c), acúmulo de material morto (AMM) (D) e acúmulo de invasoras (AIn) (E) de Panicum maximum cv. Massai em função das doses de biofertilizante aplicadas ao solo.

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Tabela 1 – Tratamentos e estimativa de nutrientes adicionados ao solo pela aplicação de biofertilizante e da adubação mineral (NP).

40

Tabela 2 – Médias da altura do pasto (AL), interceptação de luz (IL), índice de área foliar (IAF) e clorofila total (CLO) em pasto de capim-massai adubado com doses de biofertilizante em comparação com a adubação mineral.

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Tabela 3 – Média da produção de matéria seca (PMS), taxa de acúmulo de forragem (TAF), acúmulo de folha (AFo), acúmulo de material morto (AMM) e acúmulo de invasoras (AIn) em pasto de capim-massai adubado com doses de biofertilizante em comparação com adubação mineral (NP).

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AF – Acúmulo de Forragem AFo – Acúmulo de Folha AIn – Acúmulo de Invasoras

AMM – Acúmulo de Material Morto AL – Altura do Pasto

CLO – Clorofila

C/N – Relação carbono-nitrogênio CV – Cultivar

EAJ – Escola Agrícola de Jundiaí GEE – Gases do Efeito Estufa

GEFOR – Grupo de Estudos em Forragicultura GESOLO – Grupo de Estudo em Solo

IAF – Índice de Área Foliar ICF – Índice de Clorofila Falker IL – Interceptação de Luz

MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MF – Massa de Forragem

MO – Matéria Orgânica MS – Matéria Seca

NP – Nitrogênio e Fósforo

NPK – Nitrogênio, Fósforo e Potássio PB – Proteína Bruta

PMS – Produção de Matéria Seca

PPGPA – Programa de Pós-Graduação em Produção Animal PRNT – Poder Relativo de Neutralização Total

TAC – Taxa de Acúmulo de Forragem

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CAPÍTULO I

REFERENCIAL TEÓRICO

1. Biofertilizante

De acordo com o MAPA, a Lei nº 6.894, de 16 de dezembro de 1980; decreto nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004; capítulo I; artigo 2º, diz que biofertilizante é:

Produto que contém princípio ativo ou agente

orgânico, isento de substâncias agrotóxicas, capaz

de atuar, direta ou indiretamente, sobre o todo ou

parte das plantas cultivadas, elevando a sua

produtividade, sem ter em conta o seu valor

hormonal ou estimulante.

Partindo desse princípio, Diesel et al. (2002), também definem o biofertilizante como um efluente resultante de um processo de fermentação anaeróbica da matéria orgânica, na ausência do oxigênio, por um determinado período de tempo; Timm et al. (2004), acrescentam, que para tal processo de fermentação basta uma simples mistura de água e esterco fresco para facilitar a ação dos microrganismos que atuam na decomposição do material orgânico.

Na composição dos biofertilizantes, encontram-se compostos bioativos, resultantes do processo de biodigestão de compostos orgânicos de origem animal e vegetal. Em seu conteúdo são encontradas células vivas ou latentes de microrganismos de metabolismo aeróbico, anaeróbico (bactérias, leveduras, algas e fungos filamentosos) e também metabólitos e quelatos organominerais em solutos aquoso (MEDEIROS e LOPES, 2006).

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proteínas e enzimas; 3) Fase estacionária – as células param de se dividir e as colônias, após juntarem-se, iniciam um processo de diferenciação celular produzindo metabólitos secundários como forma de defesa (antibióticos, toxinas, fenóis, ácidos orgânicos e outras proteínas de cadeia longa de alto interesse biotecnológico); 4) Morte Celular – esgotadas todas as reservas de energia, as células começam a morrer numa velocidade exponencial.

1.1. Uso de biofertilizante

O uso excessivo de fertilizantes minerais em sistemas de produção agrícola pode causar sérios danos ao meio ambiente, além de desencadear desequilíbrio nas reservas naturais de nutrientes essências para plantas (VILLELA JUNIOR et al., 2007).

Em alguns lugares do mundo, os danos causados pela falta da tratamento dos resíduos orgânicos produzidos pelo setor agropecuário superam àqueles do setor industrial, considerados os principais poluidores dos recursos hídricos. Dependendo do manejo, os resíduos gerados na atividade agrícola, podem apresentar enorme potencial de poluição ou alternativa sustentável, através da geração de energia e de biofertilizante (MESQUITA FILHO, 2011. apud REVISTA LEITE DPA, 2006).

No Brasil, o uso indiscriminado de fertilizantes químicos e de defensivos sintéticos na agricultura contribuem para o aumento do custo de produção e da contaminação do meio ambiente; dessa forma, coloca-se em evidência a importância do aperfeiçoamento de técnicas de cultivo, com menor custo de produção e menores impactos ambientais negativos. Um exemplo claro dessas técnicas, que tem crescido tanto no mundo quanto no país, é a substituição dos agroquímicos por produtos alternativos, como os biofertilizantes, para o aumento da produtividade e controle de pragas e doenças das plantas (DIAS et al., 2004). Menezes Júnior et al. (2004), recomendam a utilização de insumos de princípios orgânicos, como o biofertilizante, para composição de soluções nutritivas no solo.

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objetivo de produzirem dois subprodutos de base sustentável, energia e biofertilizante (ESPERANCINI et al., 2007).

Essa técnica tem sido implantada em muitas propriedades em razão, principalmente, do processo ser eficiente e estar envolvido no tratamento dos dejetos dos animais, na geração de energia (biogás) e na reciclagem de nutrientes (biofertilizante). O destino e uso adequado dos efluentes dos biodigestores podem ser fertilizantes eficientes para diversas culturas (FARIA et al., 2009).

As fontes alternativas de nitrogênio, como o biofertilizante, tem recebido especial atenção nos últimos anos, devido ao custo elevado dos fertilizantes químicos, que dificulta a aquisição e, consequentemente, o uso por pequenos produtores, além de ser prática de agricultura sustentável (URQUIARA e ZAPATA, 2000). Nesse contexto, Werner et al. (2001) afirmam a importância do nitrogênio para plantas, visto que este é um dos nutrientes absorvidos em maior quantidade pelos vegetais, daí sua alta exigência. Além disso, é o nutriente mais importante, em termos quantitativos, para maximizar a produção de matéria seca das gramíneas forrageiras e, consequentemente, propiciar maior taxa de lotação e maior produção de carne por área.

Os biofertilizantes quando utilizados como fertilizante apresentam uma maior expressividade no que se refere à qualidade em comparação com a quantidade, uma vez que possuem em sua composição quase todos os macros e micronutrientes essenciais às plantas, mas em proporções marcadamente inferiores em relação aos fertilizantes minerais. A sua composição química, em geral, apresenta grande variabilidade em função da natureza do material utilizado, época do ano, determinação dos constituintes, idade após a preparação, métodos de análises utilizados e método empregado para o preparo (DANTAS et al., 2006).

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Vem sendo observado aumento no uso do biofertilizante sólido em substituição aos produtos agroquímicos; esses compostos orgânicos exercem no solo efeitos nutricionais e biológicos que auxiliam no crescimento vegetativo e melhorias nos atributos químicos, físicos e biológicos do solo, os quais contribuem para obtenção de produtividade economicamente viável (MARROCOS, 2011).

Em experimento na Rússia, Nikmane et al., (1990) concluíram que o biofertilizante proveniente de esterco suíno, processado em biodigestor, pode substituir as soluções nutritivas à base de minerais na produção de forrageiras hidropônicas. Já em experimento no Brasil, em cultivo de meloeiro em sistema hidropônico aberto com substrato, Villela Júnior et al. (2003) demonstraram que o biofertilizante produzido com efluente de biodigestor pode substituir parcialmente a adubação mineral. De forma, Albuquerque Neto et al. (2008), recomendaram a substituição parcial da solução química pelo biofertilizante, em crescimento do milho cultivado em substrato inerte.

Tanaka et al. (2003), além destes, verificaram que o uso do biofertilizante sem adição de micronutrientes, promoveu efeitos nutricionais consideráveis, apresentando maior acúmulo de biomassa nas plantas, quando aplicado em concentrações acima de 12%, por via foliar.

Enquanto que, Villela Júnior et al. (2007), utilizando o biofertilizante sólido moído na cultura do meloeiro, em substituição à adubação química, o observaram maior precocidade na colheita, frutos maiores e maior produtividade da cultura.

2. Adubação em pastagem

A fertilidade do solo é um dos fatores determinantes no processo de produção de forragem, principalmente quando se almeja alcançar a sustentabilidade da exploração intensiva. A prática da adubação, nitrogenada e fosfatada, melhora a produção de massa e a composição química do capins, como do gênero Panicum, aumentando de forma satisfatória o seu valor nutritivo (PATÊS et al., 2008).

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produtividade das gramíneas forrageiras é decorrente da produção de biomassa, a qual irá definir a capacidade de suporte da pastagem. Este aporte de biomassa é uma resposta das plantas à fertilidade do solo, associada à época, à frequência e ao intervalo entre cortes.

Entretanto a qualidade da forragem tem como um de seus principais componentes o teor de proteína bruta (PB), a qual pode ter influência direta ou indireta no consumo voluntário de matéria seca e consequentemente, na produção animal (SNIFFEN et al., 1992), tendo em vista que o teor de PB é resultado direto da concentração de nitrogênio na planta. Desta forma, se houver baixa disponibilidade de nitrogênio no solo, as plantas manifestarão menor crescimento, reduzindo o teor de PB, podendo tornar a forragem inapropriada para fins de nutrição animal (RODRIGUES et al., 2004).

2.1. Adubação mineral

O fornecimento de nutrientes em quantidades e proporções adequadas, em especial o fósforo e o nitrogênio, é de suma importância no processo produtivo das forragens, pois, em geral, o nível desses nutrientes no solo não é suficiente para atender à demanda de gramíneas com alto potencial produtivo (FAGUNDES et al., 2006).

Dessa forma, o fósforo desponta como nutriente limitante na produção das forrageiras, devido a sua importância na nutrição das plantas e à escassez nos solos das regiões tropicais (POLITI e PRADO, 2009). Em experimento realizado por Rossi e Monteiro (1999) com o Panicum maximum cv. Colonião, constatou-se expressivos incrementos na produção da parte aérea e raízes, em função de doses crescentes de fósforo, demonstrando que a qualidade da forrageira também pode ser alterada pelo fósforo. Em outro estudo realizado por Oliveira et al. (2004) foi verificado que as plantas adubadas com fósforo apresentam maior digestibilidade in vitro da matéria seca.

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Segundo Nabinger (2001) o nitrogênio é o nutriente que mais influencia os diferentes processos de crescimento e desenvolvimento das plantas e, assim, proporciona aumento na biomassa devido ao incremento na fixação de carbono. Isso o torna imprescindível na manutenção da produtividade de plantas forrageiras, pois além de culminar em aumentos de produção de massa vegetal, confere também aumentos nos teores de nitrogênio e proteína bruta, propiciando diminuição da relação C/N e aumento nos níveis de clorofila no tecido foliar (MAZZA et al., 2009).

Mesmo que o potencial produtivo das forrageiras na pastagem possa ser melhorado com a adubação nitrogenada, a utilização do nitrogênio tem sido limitada pelo custo, em virtude da extensão das áreas envolvidas e da necessidade de aplicações frequentes, além de poder ser facilmente perdido quando não associado à parte orgânica do solo (VITOR et al., 2008).

Mesmo assim, quando feito de forma correta, o uso da adubação em pastagens aumenta a produtividade e, consequentemente, pode gerar diminuição nas derrubadas de matas nativas, contribuindo de forma sutil com o meio ambiente, pois o desmatamento resulta em pastagens degradadas é fonte de emissão de GEE, sendo a maior parte da emissão dos GEE resulta da queima de combustíveis fósseis e da transformação de florestas em área agrícola (ALBRECHT e KANDJI, 2003).

2.2. Adubação orgânica

Apesar de representar pequena parcela do total dos solos, a matéria orgânica é um componente fundamental para a manutenção da qualidade do solo, essencial em vários processos químicos, físicos e biológicos do ecossistema terrestre (CONCEIÇÃO et al., 2005).

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A adubação orgânica com resíduos vegetais geralmente é utilizado em função de sua disponibilidade, variando entre as regiões e com a cultura na qual se fará seu emprego (KIEH, 1985). Dessa forma, as fontes mais comuns de adubo orgânico são representadas pelos adubos verdes, resíduos de culturas, estercos, compostos e outros (CALEGARI, 1998). Tais adubos orgânicos contêm vários nutrientes minerais, especialmente N, P, e K, e embora em concentrações mais baixas, deve-se levar em conta, também, o efeito físico benéfico que exercem sobre o solo (BRATTI, 2013).

Segundo Bayer & Mielniczuk (1999), em solos tropicais e subtropicais altamente intemperizados, a matéria orgânica tem grande importância no fornecimento de nutrientes às culturas, retenção de cátions, complexação de elementos tóxicos e de micronutrientes, estabilidade da estrutura, infiltração e retenção de água, aeração e atividade microbiana, constituindo-se em componente fundamental da sua capacidade produtiva.

3. Capim-massai

Gramíneas do gênero Panicum estão entre as forrageiras mais utilizadas em sistema de produção animal no Brasil devido a sua adaptação a climas tropicais e subtropicais e elevada produtividade (GOMES et al., 2011). Dentre elas, o capim-massai é um híbrido espontâneo entre Panicum maximum e Panicum infestum coletado na Tanzânia na rota entre Dar es Salaam e Bagamoyo em 1969; lançado em 2001, a cultivar Massai (EMBRAPA, 2001) caracteriza-se por ser uma gramínea perene que possui hábito de crescimento cespitoso, com folhas finas (1 cm) e decumbentes, raízes profundas e altura média das plantas de 65 cm, destaca-se das demais cultivares por apresentar maior adaptabilidade ao estresse hídrico e menor estacionalidade de produção (VALENTIN et al., 2001).

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O capim-massai é uma gramínea promissora para uso intensivo, devidos suas características relevantes e desejáveis, como alta produção de biomassa foliar, baixa produção de colmo, elevada relação lâmina foliar/colmo, alta capacidade de perfilhamento, boa cobertura de solo, entre outras (LOPES, 2012). Em relação as outras cultivares de Panicum maximum, a cultivar Massai apresenta diferenças morfológicas acentuadas, como maior tolerância à acidez e a baixa fertilidade dos solos e a outros estresses ambientais, mas seu valor nutritivo é inferior (BRÂNCIO et al., 2003; VALENTIM et al., 2001).

Estudo realizado por Euclides et al. (2008), observaram para a cv. Massai no pré-pastejo 3,5 t ha-1 de massa de matéria seca total e 2,0 t ha-1 de matéria seca verde, da qual 45,5% eram de material morto, 12,7% de colmo e 41,8% de lâmina foliar; Brâncio et al. (2003), avaliaram três cultivares de P. maximum (Tanzânia, Mombaça e Massai) com adubação nitrogenada em regime de pastejo e concluíram que o capim-massai apresentou a menor exigência em fertilidade, com maior disponibilidade de MS total, maior densidade de forragem e relação folha:colmo.

Em experimento realizado por Valentim et al. (2001), foram observados produções de MS do capim-massai crescentes no período chuvoso, variando de 1,83 t ha-1 em 4 semanas a 6,70 t ha-1 em 12 semanas. As taxas de acúmulo de forragem variaram de 65 para 80 kg ha-1 dia-1 de MS entre 4 e 12 semanas de crescimento, respectivamente. No período seco apresentou produções de MS variando de 0,88 t ha-1 em 4 semanas a 3,76 t ha-1 em 16 semanas, apesar das taxas de acúmulo de forragem terem sido prejudicadas pelo déficit hídrico.

Enquando isso, Emerenciano Neto et al. (2013), avaliaram duas cultivares de

Panicum maximum (Aruana e Massai) e duas de Brachiaria brizantha (Marandu e

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4. Conceitos e variáveis da forragicultura

Disponibilidade de forragem, altura, densidade e composição botânica são características do pasto usualmente mensuradas, que propiciam informações básicas do quanto e de que forma a forragem está disponível, embora amostragens estratificadas contribuam mais para detalhar o perfil do pasto. As proporções dos componentes folha, colmo e material morto no pasto têm sido estimadas por meio da separação manual de amostras colhidas no campo, e são importantes na caracterização da massa de forragem, pois, além de apresentarem composição química e digestibilidade características, a proporção destes componentes podem influenciar a apreensão de forragem pelos animais (TORREGROZA SANCHEZ et al., 1993; SANTOS, 1997).

4.1. Acúmulo de forragem (AF)

Segundo Aguiar (2009), o acúmulo de forragem é calculado pela equação: AF = MF pré-pastejo – MF pós pastejo do ciclo anterior

onde:

AF = Acúmulo de forragem;

MF pré-pastejo = massa de forragem no pré-pastejo do ciclo de pastejo atual; MF pós-pastejo = massa de forragem no pós-pastejo do ciclo de pastejo anterior.

4.2. Taxa de acúmulo de forragem

Segundo Aguiar (2009), a taxa de acúmulo de forragem é expressa em kg de MS/ha/dia e calculada pela seguinte equação:

Taxa de acúmulo =período de descansoAF

4.3. Levantamento da composição botânica

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forragem morta, devido a importância de cada componente em termos quantitativos e qualitativo da forragem produzida. Dessa forma, a técnica que procura fornecer dados mais confiáveis, consiste nas etapas de corte da forragem, separação manual dos componentes e espécies, secagem, pesagem e classificação em unidade de produção (AGUIAR, 2009).

4.4. Altura

A facilidade de coletar os dados de altura do dossel faz com que esta seja uma ferramenta importante no manejo de pastejo (GOMIDE et al., 2003; MORENO, 2004; PEDREIRA et al., 2007; DIFANTE et al., 2010).

A altura do dossel é uma característica estrutural que afeta diretamente a produtividade animal em pasto, pois exerce um efeito direto sobre a massa de forragem e a profundidade do bocado (HODGSON,1990; BRÂNCIO et al., 2003), além de alterar os componentes das plantas e a dinâmica do pastejo (PEDREIRA et al., 2009). Esta variável tem alta correlação com o nível de interceptação de luz (IL) pelo dossel, sendo um parâmetro eficiente para ser utilizado como indicador de IL em pastagens tropicais (PEDREIRA et al., 2007) e consequentemente relacionado ao IAF e a massa de forragem do dossel (HODGSON, 1990).

A maior importância da altura, no entanto, é a competição por luz, uma vez que, em estandes mistos, plantas mais altas podem interceptar quase toda a radiação e limitar o crescimento de plantas mais baixas (WARREN WILSON, 1961).

Deve-se levar em consideração também a altura do resíduo pastejo e/ou pós-corte, pois esta exerce um importante efeito sobre o vigor da rebrotação, visto que uma altura residual elevada apesar de favorecer o crescimento da planta sem mobilizar as reservas orgânicas, pode elevar o alongamento das hastes, com a consequente elevação do meristema apical (LOPES et al., 2011a). A altura de corte pode influenciar também o acúmulo e a composição morfológica da forragem produzida (PENA et al., 2009), podendo ser usada para controlar o alongamento de colmos, fração indesejável e de composição bromatológica inferior àquela de lâminas foliares (BUENO, 2003).

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espécie ou cultivar, além do tipo animal. Para isso tomam-se por base os parâmetros ecofisiologicos, como interceptação de luz, índices morfogênicos e características estruturais do dossel (EMERENCIANO NETO et al., 2014).

4.5. Interceptação de Luz (IL)

O início do período de rebrotação é marcado pelo acúmulo quase que exclusivo de folhas, porém quando o dossel atinge um nível de interceptação de aproximadamente 95 % da luz incidente começa a acumular de maneira significativa no dossel os componentes colmo e material morto (PEDREIRA et al., 2009), este ponto deve ser o limite máximo do período de rebrotação, devendo ser interrompido pela desfolhação ou pelo corte (CUTRIM JUNIOR et al., 2011).

4.6. Índice de área foliar (IAF)

O IAF é definido por Watson (1947) como sendo a razão entre a área de folhas e a área de solo ocupada pela cultura, sendo o principal determinante da interceptação e utilização da radiação solar pelas plantas. Tal conceito passou a ter grande importância em estudos sobre crescimento e manejo de pastagens, pois contempla aspectos físicos e fisiológicos da comunidade de plantas (BROWN e BLASER, 1968). A distribuição do IAF ao longo do dossel pode explicar, ao menos parcialmente, as eventuais diferenças em produção, além de definir a necessidade de diferentes regimes de desfolha devido às diferenças morfológicas entre plantas (RHODES, 1971). O IAF no qual o dossel atinge máxima taxa de acúmulo é chamado de IAF ótimo (MURTAGH e GROSS, 1966); o IAF crítico é aquele no qual 95 % da radiação incidente é interceptada (RHODES, 1971) e, embora sejam muito próximos, não são necessariamente coincidentes (BROWN e BLASER, 1968).

4.7. Clorofila

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razão, são estreitamente relacionadas com a eficiência fotossintética das plantas e, consequentemente, com seu crescimento e adaptabilidade a diferentes ambientes. As clorofilas são constantemente sintetizadas (com ajuda do nitrogênio) e destruídas, sendo os processos influenciados por fatores internos e externos às plantas. Entre os fatores externos, os nutrientes minerais se destacam por integrarem a estrutura molecular das plantas, como também por atuarem em alguma etapa das reações que levam à síntese desses pigmentos.

Como base nisso, a determinação indireta do teor de clorofila na folha, empregando-se o clorofilômetro, constitui ferramenta relevante na quantificação de nitrogênio (MENGEL e KIRKBY, 2001), pois estudos têm revelado a influência positiva da adubação nitrogenada sobre o índice relativo de clorofila nas forrageiras (ABREU e MONTEIRO, 1999; MATTOS e MONTEIRO, 2003; LAVRES JÚNIOR e MONTEIRO, 2006; COSTA et al., 2008; LOPES et al., 2011b).

Avaliando o índice relativo de clorofila em P. maximum x P. infestum cv. Massai adubado com nitrogênio, Lopes et al. (2011b) observaram valores estimados de 17,6 a 25,4 unidades SPAD (soil plant analysis development) para as doses de N de 0,0 e 600 mg dm-3 de solo, respectivamente, com essa variável revelando incremento de 44,4 % na dose de N de 600 mg dm-3 em relação à ausência de adubação nitrogenada.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, J. B. R.; MONTEIRO, F. A. Produção e nutrição do capim-marandu em função de adubação nitrogenada e estádios de crescimento. Boletim de Indústria

Animal, v. 56, p. 37- 146, 1999.

AGUIAR, A. P. A. Planejamento alimentar em sistemas de pastejo. 2009. 90 p. Apostila apresentada no módulo 7 do Curso de Pós Graduação em Nutrição e Alimentação de Ruminantes – Uberaba, 2009.

ALBRECHT, A.; KANDJI, S. R. Carbon sequestration in tropical agroforestry systems.

Agriculture, Ecosystems and Environment, Amsterdam, v. 99, n. 1-3, p. 15-27, 2003.

ALBUQUERQUE NETO, A. A. R.; SILVA, A. F.; OLIVEIRA, A. P. D. et al. Avaliação de Solução Nutritiva de Biofertilizante pela Quantidade Acumulada de Nutrientes e Crescimento do Milho Cultivado em Substrato Inerte. ENCONTRO NACIONAL SOBRE SUBSTRATOS PARA PLANTAS MATERIAIS REGIONAIS COMO SUBSTRATO, 6, 2008, Fortaleza. Anais... Fortaleza: EMBRAPA Agroindustria Tropical, 2008. p. 1-4.

ANDRADE, C. M. S.; VALENTIM, J. F.; CARNEIRO, J. C. et al. Crescimento de gramíneas e leguminosas forrageiras tropicais sob sombreamento. Pesquisa

Agropecuária Brasileira, v. 39, n.3, p. 263-270, 2004.

ARAUJO, A. S.; SILVA, J. E. C.; SANTOS, A. C. et al. Substituição de nitrogênio por esterco bovino na produtividade de forragem e qualidade do solo. Revista Brasileira de

Saúde e Produção Animal, Salvador, v. 12, n. 4, p. 852-866, 2011.

BAYER, C.; MIELNICZUK, J. Dinâmica e função da matéria orgânica. In: SANTOS, G. A.; CAMARGO, F. A. O. (Ed.). Fundamentos da matéria orgânica do solo:

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(34)

CAPÍTULO II

Respostas de Panicum maximum cv. Massai a doses de biofertilizante ou adubação

com nitrogênio e fósforo

Resumo: A utilização da adubação mineral e principalmente da adubação orgânica em

sistemas de produção a pasto ainda são pouco adotadas no Nordeste do Brasil. Objetivou-se nesse trabalho avaliar diferentes doses de biofertilizante e de adubação mineral em Panicum maximum cv. Massai em Neossolo Quartzarênico. O experimento foi realizado na Escola Agrícola de Jundiaí, Macaíba –RN, conduzido em campo com delineamento experimental em blocos ao acaso com seis tratamentos e quatro repetições, sendo os tratamentos: 0, 10, 20, 30 e 40 t ha-1 de biofertilizante. Além destes, utilizou-se um tratamento com adubação mineral (NP). As variáveis analisadas nos experimentos foram: altura do pasto (AL), interceptação de luz (IL), índice de área foliar (IAF), clorofila total (CLO), produção de matéria seca (PMS), taxa de acúmulo de de forragem (TAF), acúmulo de folha (AFo), acúmulo de material morto (AMM) e acúmulo de invasoras (PIn) em pastos de capim-massai. A coleta dos dados foram feitas a cada 60 dias durante seis meses, totalizando três coletas. Os dados foram retirados da área útil de cada parcela (8,16 m²). Houve efeito linear positivo para todas variáveis estudadas a medida que aumentou-se a dose de biofertilizante, exceto para as variáveis AMM e AIn. A adubação mineral promoveu melhores resultados que as doses de biofertilizante para as variáveis IL, IAF, PMS, TAF e AFo e se assemelhou a dose de 40 t ha-1 de biofertilizante, para variáveis AL, CLO, AMM e AIn. Recomenda-se novos experimentos para avaliação de doses maiores que 40 t ha-1, a fim de identificar a máxima produção do capim-massai adubado com biofertilizante.

(35)

Responses of Panicum maximum cv. Massai at biofertilizers doses or fertilization

with nitrogen and phosphorus

Abstract: The use of mineral fertilizers and especially of organic manure on pasture

production systems are still poorly adopted in Brazilian northeastern. This work aimed to evaluate different doses of biofertilizers and mineral fertilizer in Panicum maximum cv. Massai in Quartzipsamment. The experiment was conducted at the Escola Agrícola de Jundiaí, Macaíba, RN, led in experimental design fields in random blocks with six treatments and four replications, as treatments: 0, 10, 20, 30 and 40 t ha-1 of biofertilizer. In addition, we used a treatment with mineral fertilizer (NP). The variables analyzed in the experiments were: height of pasture (AL), light interception (IL), leaf area index (IAF), total chlorophyll (CLO), dry matter production (PMS), forage accumulation rate (TAF), leaf accumulation (AFo), dead material accumulation (AMM) and accumulation of weeds (PIn) in massai grass pastures. Data collection were made every 60 days for six months, in three collections. Data were taken from the useful area of each parcel (8.16 m²). There was a positive linear effect for all variables as they increased the dose of biofertilizers, except for the AMM and AIn variables. The mineral fertilizer promoted better results than the doses of biofertilizers for IL, IAF, PMS, TAF and AFo variables were similar to dose of 40 t ha-1 of biofertilizers for AL, CLO, AMM and AIn variables. It is recommended to do new experiments to evaluate higher doses than 40 t ha-1 to identify the maximum capacity of massai grass fertilized with biofertilizer.

(36)

INTRODUÇÃO

No Brasil, as gramíneas do gênero Panicum estão entre os cultivos de pastagens mais utilizados em sistema de produção animal, devido a sua adaptação a climas tropicais e subtropicais além de apresentar elevada produtividade (GOMES et al., 2011).

Na região Nordeste, destaca-se o Panicum maximum cv. Massai, pelo grande potencial para ser utilizado sob corte, por apresentar boa produção de matéria seca determinada pelas elevadas taxas de acúmulo de lâminas foliares (LUNA et al., 2014). Porém, segundo Costa et al. (2010), um dos principais problemas das pastagens cultivadas é a ausência de adubação, que leva ao esgotamento da fertilidade do solo e, consequentemente, à degradação do pasto.

Contudo, no manejo de pastagens, o custo alto da adubação mineral pode, em alguns casos, onerar o custo de produção e assim obrigar, em muitos casos, o produtor a reduzir a quantidade ou não utilizar adubo na área de pastagem além de poder desencadear desequilíbrio nas reservas naturais de nutrientes essenciais para as plantas (VILLELA JUNIOR et al., 2007). Em consequência disto, muitos produtores buscam as fontes de fertilização mais baratas, sem que estas causem problemas às plantas e aos animais em pastejo (ORRICO JUNIOR et al, 2013). Dentre estas fontes de fertilização, destaca-se os resíduos da produção animal, pois além de serem ricos em nitrogênio também possuem quantidades significativas de fósforo, potássio e, praticamente, todos os micronutrientes importantes para o crescimento das gramíneas forrageiras (ASSMANN et al., 2007).

(37)

Além disso, segundo Betioli Júnior et al. (2012), uma das formas de melhorar a qualidade estrutural do solo é por meio da conservação e adição de matéria orgânica, pois a adição de compostos orgânicos nos mais diferentes sistemas de manejo pode trazer benefícios químicos, mas também melhoria na qualidade física do solo. Isso por que a matéria orgânica pode reduzir a densidade do solo, elevar o volume de poros, favorecendo a infiltração e aeração para desenvolvimento das plantas (CUNHA et al., 2011; JORDAN et al., 2010).

Dessa forma, o biofertilizante, advindo de biodigestores, pode ser usado para fornecer nutrientes para pastagens e outras culturas, além de contribuir para a minimização do efeito poluidor, causado pelo descarte indiscriminado dos dejetos de animais. Além disso, torna-se econômico em relação a adubação química ao melhorar a estrutura do solo, devido à grande incorporação de matéria orgânica, devolvendo nutrientes que foram consumidos pela planta juntamente com a fixação de uma nova população de microrganismos (MORAES et al., 2006), o que contribui nos aspectos físicos, químicos e biológicos do solo (ARAÚJO et al., 2011), principalmente para solos como os Neossolos Quartzarênicos que são naturalmente distróficos, apresentam acidez média e são bastante arenosos com baixa capacidade de retenção de água. Segundo Araújo et al. (2011), solos com essas características são pobres em nutrientes, e a adubação com matéria orgânica vai favorecer o bom desenvolvimento das gramíneas.

A facilidade de coleta os dados de altura do dossel, faz com que esta seja uma ferramenta potencial no manejo de pastejo (GOMIDE et al., 2003; PEDREIRA et al., 2007; DIFANTE et al., 2010). Esta variável tem alta correlação com o nível de interceptação de luz (IL) pelo dossel, sendo um parâmetro eficiente para ser utilizado como indicador de IL em pastagens tropicais (PEDREIRA et al., 2007) e, consequentemente, relacionado ao IAF e a massa de forragem do dossel (HODGSON, 1990). Outro parâmetro que constitui importante potencial de utilização no manejo de pastagem é a determinação indireta do teor de clorofila na folha, empregando-se o clorofilômetro, que se constitui em ferramenta relevante na quantificação de nitrogênio (MENGEL e KIRKBY, 2001).

(38)

(EMERENCIANO NETO et al., 2013). Associado a isto, preciso é, entender assim como em qualquer cultivo, o manejo adequado para seu desenvolvimento satisfatório.

(39)

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido de agosto de 2014 a janeiro de 2015 na área do Grupo de Estudos em Forragicultura (GEFOR), situado na Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias - Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ) – Campus de Macaíba da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, em Macaíba – RN. A área experimental apresenta como coordenadas geográficas, latitude 5° 53' 35.12" Sul

e longitude 35° 21' 47.03" Oeste.

A área experimental foi de 825 m² (15 m x 55 m), dividida em quatro blocos com seis parcelas cada; as parcelas possuíam área total de 12 m² (4 m x 3 m), das quais desprezou-se 30 cm das bordaduras de cada parcela, restando 8,16 m² de área útil. O espaçamento entre parcelas foi de 1 m e entre blocos de 2 m.

O solo foi classificado originalmente como Neossolo Quartzarênico de onde foram coletadas amostras do solo em 20 pontos da área experimental em profundidade de 0-20 cm, das quais após homogeneizadas, foi retirada amostra composta com as seguintes características química: pH em H2O: 5,88; 10,60 g.dm-3 de M.O; 4,00 mg dm -3 de P; 96 mg dm-3 de K; 0,74 cmol

c dm-3 de Ca2+; 0,25 cmolc dm-3 de Mg2+; 0,0 cmolc

dm-3 de Al+3; 1,21 cmolc dm-3 de H+Al; 35 mg dm-3 de Na+; 10,86 mg dm-3 de Fe2+;

0,95 mg dm-3 de Zn2+; 0,13 mg dm-3 de Cu2+ e 3,86 mg dm-3 de Mn.

Foram aplicados 2 t ha-1 de calcário dolomítico (PRNT 45 %) em toda área experimental, distribuído a lanço uma semana antes da aplicação das doses de biofertilizante e adubação mineral, com o intuito de elevar o pH para 6,5 e os teores de cálcio e magnésio do solo próximo aos requerimentos médios da pastagem (RIBEIRO et al, 1999).

O pasto utilizado foi o Panicum maximum cv. Massai, estabelecido no primeiro semestre de 2011 por método de semeadura convencional em linhas, adubado com superfosfato simples e pastejada por ovinos desde então.

(40)

aleitamento. Tal resíduo foi armazenado em caixa de fibra de vidro com capacidade de 1000 L; logo após, o biofertilizante foi homogeneizado para coleta de amostra e realização da seguinte análise. A composição química do biofertilizante foi: 7,28 g kg-1 de N; 5,90 g kg-1 de P; 1,36 g kg-1 de K; 9,36 g kg-1 de Ca2+; 2,18 g kg-1 de Mg2+; 52 g kg-1 de Na+; 117 mg kg-1 de Zn2+; 75 mg kg-1 de Cu2+; 363 mg kg-1 de Fe2+ e 62 mg kg-1 de Mn.

Os tratamentos utilizados foram doses crescentes de biofertilizante, calculadas conforme sua composição mineral, levando-se em consideração o nitrogênio como nutriente em maior teor. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso com seis tratamentos e quatro repetições, sendo os tratamentos doses de 0; 10; 20; 30 e 40 t ha-1 de biofertilizante e um tratamento adicional, utilizando apenas adubação mineral com nitrogênio e fósforo (NP).

As quantidades dos principais macronutrientes essenciais adicionadas ao solo em cada tratamento pela aplicação das doses de biofertilizante estão descritas na Tabela 1. Para adubação mineral (NP) utilizou-se as recomendações de acordo com Ribeiro et al. (1999), considerando a análise química das amostras de solo utilizadas para caracterização da área experimental.

Realizou-se corte de uniformização do capim-massai a 15 cm do solo, em agosto de 2014.

As doses de biofertilizante foram aplicadas com auxílio de regador de 10 litros diluídas em água na proporção de 1:1 e fracionada em duas etapas, sendo os primeiros, 50 % aplicados após o corte de uniformização e os 50 % restantes logo após o primeiro corte. Como adubação mineral foram utilizados a uréia e superfosfato simples como fontes de N e P2O5, respectivamente (Tabela 1). A adubação mineral (NP) foi dividida

em duas aplicações, sendo aplicada a lanço seguindo a mesma ordem cronológica da adubação com biofertilizante.

Após a aplicação dos tratamentos foi realizada irrigação durante o período

experimental por meio de aspersão convencional, com lâmina bruta média d’água de 9,6

(41)

Tabela 1 – Tratamentos e estimativa de nutrientes adicionados ao solo pela aplicação de biofertilizante e da adubação mineral (NP).

As variáveis analisadas foram as seguintes: altura do pasto (AL), interceptação de luz (IL), índice de área foliar (IAF), clorofila total (CLO), produção de matéria seca (PMS), taxa de acúmulo de MS de forragem (TAF), acúmulo de folha (AFo), acúmulo de material morto (AMM) e acúmulo de invasoras (PIn) do pasto de capim-massai. A coleta de dados destas variáveis foram feitas a cada 60 dias durante seis meses, totalizando três coletas. Os dados foram obtidos da área útil de cada parcela (8,16 m²).

A altura do planto (AL) foi medido antes de cada corte, utilizando-se régua graduada em centímetros, sendo medidos dez pontos aleatórios por parcelas. A altura de cada ponto correspondeu à altura média da curvatura das folhas em torno da régua.

A medição da IL foi realizada imediatamente antes do corte. Utilizando-se o aparelho analisador de dossel – AccuPAR Linear PAR/LAI ceptometer, Model PAR – 80 (DECAGON Devices), com o qual foram realizadas cinco leituras acima do dossel forrageiro e cinco ao nível do solo por parcela, sempre no horário entre as 9:00 e as 14:00 h. Para obter-se o percentual de interceptação de luz pelo dossel (%IL) utilizou-se a seguinte formula: % IL = 100% - (solo / acima x 100). O IAF foi obtido por leitura direta no mesmo aparelho utilizado para IL e no mesmo ponto de amostragem.

As estimativas da CLO foram realizadas em cinco leituras em diferentes plantas dentro da mesma parcela, com clorofilômetro ClorofiLOG® modelo CFL 1030, o qual fornece estimativas dos teores de clorofila total (a+b), expressas em unidades chamadas Índice de Clorofila Falker (ICF). As leituras foram realizadas sempre na primeira folha

Tratamento e doses de biofertilizante (t ha-1)

N P K Ca Mg Na kg ha-1

0 - - - -

(42)

completamente expandida (do topo para a base do dossel) e exposta à radiação solar, no terço médio da lâmina foliar.

Para determinação das demais variáveis foi coletada toda forragem contida na área útil de cada parcela, cortada a 15 cm do nível do solo e pesadas individualmente para determinação do peso verde. Retirou-se uma sub-amostra (mínima de 300 g), para estimativa de matéria seca (MS) total, multiplicando o peso da matéria natural pelo percentual de matéria seca. Em seguida, no restante do material coletado, foi realizada separação botânica do capim-massai nas frações lâmina foliar, material morto e espécies indesejáveis. Após separação dos componentes morfológicos, os mesmos foram levados à estufa de ventilação forçada a 55 ºC por 72 horas; Em seguida foram pesados para estimar o peso seco de cada fração da amostra, a fim de estimar a porcentagem de matéria seca e cálculos de acúmulo de folha, material morto e espécies indesejáveis. A taxa de acúmulo diário de matéria seca foi obtida através da razão entre a produção total de matéria seca e o número de dias do período experimental.

(43)

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os valores de altura do pasto (AL) do capim-massai foram influenciados pelas doses crescentes do biofertilizante (Figura 1 A), verificando-se incremento de 26,27 % quando comparada à dose máxima (40 t ha-1 de biofertilizante) em relação à testemunha (0 t ha-1 de biofertilizante).

Figura 1 – Médias de altura do pasto (AL) (A), interceptação de luz (IL) (B), índice de área foliar (IAF) (C) e clorofila total (CLO) (D) de Panicum maximum cv. Massai em função das doses de biofertilizante aplicadas ao solo.

Ao comparar as doses de biofertilizante com a adubação mineral (Tabela 2), constata-se que não houve diferença significativa na AL entre os tratamentos 40 t ha-1 (dose máxima de biofertilizante) e a adubação mineral (NP). Tal resultado demonstra o efeito positivo do uso do biofertilizante para esta variável, assim como em um estudo realizado por Araújo et al. (2011), em que avaliaram a produtividade do Brachiaria

brizantha cv Marandu após a incorporação de proporções de esterco bovino e nitrogênio

em Neossolo Quartzarênico e observaram que a utilização de adubos orgânicos como fonte de nitrogênio promoveu respostas positivas para altura de plantas.

y = 0,1863x + 27,845 R² = 0,956

0 10 20 30 40

0 10 20 30 40

AL (c

m

)

Dose de Biofertilizante (t ha-1)

A

y = 0,665x + 45,441 R² = 0,9671

0 20 40 60 80

0 10 20 30 40

IL

(%

)

Dose de Biofertilizante (t ha-1)

B

y = 0,033x + 1,1812 R² = 0,9098

0 1 2 3

0 10 20 30 40

IA

F

Dose de Biofertilizante (t ha-1)

C

y = 0,1224x + 20,74 R² = 0,8932

0 10 20 30

0 10 20 30 40

C

LO

(

IC

F)

Dose de Biofertilizante (t ha-1)

(44)

Tabela 2 – Médias da altura do pasto (AL), interceptação de luz (IL), índice de área foliar (IAF) e clorofila total (CLO) em pasto de capim-massai adubado com doses de biofertilizante em comparação com a adubação mineral.

Variável

Doses de biofertilizante (t ha-1)

NP 0 40

AL (cm) 27,84 c 35,29 ab 40,66 a IL (%) 45,44 d 72,04 b 83,28 a IAF 1,18 d 2,50 b 4,02 a CLO 20,74 d 25,63 ab 28,06 a

Médias seguidas de letras distintas na linha diferem entre si pelo teste de Tukey (p<0,05).

Observou-se também efeito linear positivo para interceptação de luz (IL) em relação as doses crescentes de biofertilizante (Figura 1 B), com incremento de 58,53 % da dose máxima (40 t ha-1) em relação a testemunha (0 t ha-1), sem adição do biofertilizante. Apesar dos resultados positivos da aplicação do biofertilizante, foi observado que mesmo na maior dose utilizada, que a interceptação de luz ficou abaixo dos 95 % que seria o ideal para a ótima produção preservando aspectos qualitativos do pasto como afirma Reis et al. (2013). Mesmo assim, a adição do biofertilizante propiciou aumento significativo na IL. Ainda, segundo Difante et al. (2009) a partir de 95 % de IL pode ocorrer alterações na estrutura do dossel forrageiro, levando ao aumento no acúmulo de colmos e material morto, em consequência, diminuição do valor nutritivo do pasto.

Quando se compara as doses de biofertilizante com a adubação mineral (Tabela 2), constatou-se diferença significativa entre as doses de biofertilizantes e o tratamento NP. Apesar disto, este tratamento obteve média de 83,28 % de IL, média inferior a 95 % de IL, que seria o ideal (REIS et al., 2013).

(45)

de doses mais elevadas de biofertilizante, já que a mesma promoveu efeito linear para essa variável.

Capistrano (2014) trabalhando com desempenho de matrizes e crias ovinas em pastos de capim-massai na mesma área experimental que foi realizado este experimento, encontrou média 77,95 % de IL em dois ciclos de pastejo com período de descanso de 35 dias. Média semelhante, 72,04 % de IL, foi encontrada neste experimento para o tratamento com dose de 40 t ha-1 de biofertilizante e inferior a 83,28 % de IL encontrado no tratamento NP (Tabela 3).

O índice de área foliar (IAF) apresentou efeito linear positivo (Figura 1 C), com acréscimo de 111,86 % quando comparado a dose máxima (40 t ha-1 de biofertilizante) e a dose mínima (0 t ha-1 de biofertilizante).

Comparando os tratamentos com biofertilizante e o tratamento NP, para variável IAF, foi observado (Tabela 2) que houve diferença significativa entre os tratamentos com biofertilizante e o NP. Segundo Reis et al. (2013) quando a interceptação da luz incidente chega a 95 %, atinge-se o IAF denominado crítico, que em pastagens situam-se normalmente entre 3,0 e 5,0, apenas o IAF de 4,02 para adubação mineral, alcançou a média ideal. Nesse ponto a rebrota dos pastos deve ser interrompida, com o intuito de alcançar maior produção de forragem com elevada proporção de folhas e baixa proporção de material morto, pois a diferença entre o crescimento e a senescência é máximo, permitindo maior acúmulo de forragem.

Quando a IL for acima de 95 % ou o IAF acima do crítico, as plantas iniciam o alongamento de colmos, responsável pelo sombreamento e senescência de folhas basais, o que resulta em aumento na proporção de colmos e material morto na massa de forragem antes do pastejo (DIFANTE et al., 2009).

(46)

média semelhante a 4,02 obtida nesse experimento para o tratamento NP. Segundo LARA et al. (2012) o IAF ótimo para capim-massai na época das águas é de 3,60.

A clorofila total (CLO) apresentou efeito linear positivo para os tratamento com biofertilizante (Figura 1 D), obtendo incremento de aproximadamente 23,57 % quando comparando a dose máxima (40 t ha-1 de biofertilizante) e dose mínima (0 t ha-1 de biofertilizante).

Comparando-se as dose de biofertilizante com o tratamento NP (Tabela 2), constata-se que o tratamento NP e a dose máxima de biofertilizante (40 t ha-1 de biofertilizante) não apresentaram diferença significativa. Entretanto, Lopes et al. (2011b), trabalhando com pastos de capim-massai, adubado com nitrogênio e pastejado com ovinos e períodos de descanso de 22, 18, 16 e 13 dias para as doses 0, 400, 800 e 1200 kg N ha-1ano-1, respectivamente, encontraram o índice relativo de clorofila (IRC), obtido a partir do clorofilômetro Chlorophyll Meter SPAD-502, de 24,07 e 37,70 unidade SPAD (IRC) para doses de 0 e 1200 kg N ha-1ano-1, respectivamente, o valor de 24,07 unidade SPAD (IRC) foi semelhante a 24,41 índice de clorofila Falker (ICF), encontrado nesse experimento para o tratamento com a dose de 30 t ha-1 de

biofertilizante, equivalente a aplicação de 225 kg/ha de N (Tabela 1).

Avaliando o índice relativo de clorofila em P. maximum x P. infestum cv. Massai adubado com nitrogênio, Lopes et al. (2011a) observaram valores estimados de 17,6 a 25,4 unidades SPAD para as doses de N de 0,0 e 600 mg dm-3 de solo, respectivamente, com essa variável revelando incremento de unidades SPAD de 44,4% na dose de N de 600 mg dm-3 em relação à ausência de adubação nitrogenada.

De acordo com Costa et al. (2009), a utilização do clorofilômetro de marca ClorofiLOG® modelo CFL 1030 - FALKER, constitui um procedimento apropriado para estimar teores de N foliar, de forma rápida e não destrutiva, pois relacionando as leituras do clorofilômetro com os teores de N foliar do capim tifton 85 encontraram precisão de 94,1 % de correlação para essas características.

Imagem

Tabela 1  – Tratamentos e estimativa de nutrientes adicionados ao solo pela aplicação de  biofertilizante e da adubação mineral (NP)
Figura 1  – Médias de altura do pasto (AL) (A), interceptação de luz (IL) (B), índice de  área foliar (IAF) (C) e clorofila total  (CLO)  (D)  de  Panicum maximum cv
Tabela  2  –  Médias  da  altura  do  pasto  (AL),  interceptação  de  luz  (IL),  índice  de  área  foliar  (IAF)  e  clorofila  total  (CLO)  em  pasto  de  capim-massai  adubado  com  doses  de  biofertilizante em comparação com a adubação mineral
Figura  2  –  Médias  da  produção  de  matéria  seca  (PMS)  (A),  taxa  de  acúmulo  de  forragem  (TAF)  (B),  acúmulo  de  folha  (AFo)  (c),  acúmulo  de  material  morto  (AMM)  (D) e acúmulo de invasoras (AIn) (E) de Panicum maximum cv

Referências

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