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Fatores de risco para a ocorrência de déficit estatural em pré-escolares.

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Fatores de risco para a ocorrência

de déficit estatural em pré-escolares

Risk facto rs fo r sho rt stature

in p re scho o l child re n

1 In stitu to d e Saú d e Coletiva, Un iv ersid a d e Fed era l d e M a t o Grosso. Av. Fern a n d o Corrêa d a Cost a s/no, CCBS III, Ca m p u s Un iv ersit á rio, Cu ia b á , M a t o Grosso, 78060- 900, Bra sil. lv gu im a @z a z .com .b r 2 Dep artam en to d e Ep id em iologia , Fa cu ld a d e d e Sa ú d e Pú b lica , Un iv ersid a d e d e Sã o Pa u lo. Av. Dr. Arn a ld o 715, Sã o Pa u lo, SP 01246- 904, Bra sil. m d rd d ola @u sp .b r 3 Dep artam en to d e Med icin a Prev en t iv a e Socia l, Fa cu ld a d e d e Ciên cia s M éd ica s, Un iv ersid a d e Est a d u a l d e Ca m p in a s. Ca m p u s Un iv ersit á rio Z eferin o Va z , Dist rit o Ba rã o Gera ld o, Ca m p in a s, SP, 13081- 970, Bra sil. a b a rros@correion et .com .b r Len ir Va z Gu im a rã es 1

M a ria d o Rosá rio Dia s d e Oliv eira La t orre 2 M a rilisa Bert i d e Az ev ed o Ba rros 3

Abst ract A ca se- con t rol st u d y w a s con d u ct ed t o k n ow t h e m a gn it u d e of t h e effect of m a in risk fa ct ors for sh ort st a t u re of p re-sch ool ch ild ren in a cit y in Sã o Pa u lo St a t e, in 1995. An a n t h rop o-m et ric su rvey carried ou t w ith all ch ild ren (1201) atten d in g p u blic p re-sch ool classes w as u sed to select t h e ca se a n d t h e con t rol grou p s. It w a s select ed a ra n d om sa m p le of 165 ch ild ren a m on g t h ose w ith statu re/age -1 Z score (case) an d an oth er sam p le of 165 am on g th ose w ith statu re/age

+1 Z score (con t rol). Th e m ot h ers or p erson s resp on sib le for t h ese ch ild ren w ere in t erv iew ed in ord er t o ob t a in in form a t ion on d em ogra p h ic, m a t ern a l a n d socio- econ om ic v a ria b les. Th e m u l-tip le logistic h ierarch ical an alysis sh ow ed th e follow in g variables as associated w ith p re sch ool ch il-d ren’s sh ort statu re: m oth er’s eil-d u cation al level (OR = 2,1; CI: 1,1-3,8); p er cap ita fam ily in com e 0,5 SM (OR = 3,4; CI: 1,5-8,0); n u m ber of p erson s in th e h ou se 6 (OR = 3,7; CI: 1,5-9,0); n u m ber of d o-m estic equ ip o-m en t 1 (OR = 4,4; CI: 1,8-10,7); birth len gth < 48 (OR = 7,4; CI: 2,3-23,7), m oth er’s statu re

156,6 (OR = 5,9; CI: 3,1-11,0) an d fath er’s statu re (OR = 4,2; CI: 2,1-8,6). We w as fou n d th at even in a p op u lation of p resch ool ch ild ren w ith ou t n u trition al d eficien cy (as m easu red by th e u su al an -th rop om etric in d ex) it is p ossible to observe -th e effect of socio econ om ic variables in ch ild ren statu re. Key words Nu trition al Statu s; An th rop om etry; Pre-Sch ool Ch ild ; Case-Con trol Stu d ies

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Introdução

Mu itas in vestigações têm b u scad o ap rofu n d ar o con h ecim en to sob re os fatores econ ôm icos, sociais e b iológicos q u e in terferem n a estatu ra d e cria n ça s e a d u lto s. O efeito d a s co n d içõ es sócio-econ ôm icas sob re o crescim en to in fan til tem sid o ob servad o em d iferen tes con textos e a p resen ta d o gra n d e m a gn itu d e (Bo b á k et a l., 1994; Am igo & Bu stos, 1995). Variáveis relacio-n ad as aos arelacio-n teced erelacio-n tes rep rod u tivos d a m ãe e à s ca ra cterística s d a fa m ília têm sid o a p o n ta-d as freqü en tem en te com o fatores associata-d os à e st a t u ra a t in gid a p e la s cr ia n ça s (Go ld st e in , 1971; Lin d gre n & Ce rn e ru d , 1992; Ba rro s & Barros, 1994).

Com relação às variáveis b iológicas, tem si-d o en co n tra si-d o q u e o reta rsi-d o esta tu ra l é m a is freq ü en te n o s m en in o s d o q u e n a s m en in a s (Ba rro s et a l., 1990). Ta n n er (1987) refere q u e, com resp eito ao retard o d o crescim en to lin ear, o s m en in o s sã o, em gera l, m a is su scep tíveis q u e as m en in as às con d ições d esfavoráveis d e vid a . Tem sid o rela ta d a ta m b ém a a sso cia çã o en tre o p eso e o com p rim en to ao n ascer com o crescim en to p osterior d a crian ça (Olin to et al., 1993; Miller & Koren m an , 1994). A relação en -tre a e sta tu ra d o s p a is e a d o s filh o s é a m p la-m e n te re co n h e cid a n a lite ra tu ra (Go ld ste in , 1971; Gu illiford et al., 1991; Am igo et al., 1997; Voss et al., 1998). Ten d o em vista qu e a estatu ra d os p ais exp ressa, em certo grau , o p oten cial biológico do crescim en to da crian ça, o u so des-ta in form ação torn a-se relevan te p ara a an álise da variabilidade do crescim en to físico.

Com o en fatiza Bicu d o-Zeferin o (1992:2), “o crescim en to é a exp ressão d a in teração extrem a-m en t e coa-m p lex a en t re o p ot en cia l gen ét ico d o in d ivíd u o e as con d ições d e vid a, d eterm in ad as p ela su a in serção social”. Preten d e-se com este

estu d o id en tifica r a m a gn itu d e d o efeito d o s p rin cip a is fa to res a sso cia d o s à esta tu ra b a ixa d e p ré-esco la res, em u m a p o p u la çã o d o in te-rio r d e Sã o Pa u lo q u e a p re se n t a p a d rã o d e con d ições d e vid a u m p ou co su p erior à m éd ia b ra sile ira e co m b a ixo s ín d ice s d e d é ficit n u -tricion al.

M at erial e mét odos

Desenho do est udo

Tra ta se d e u m estu d o ca socon trole exp lora -tório, rea liza d o em 1995, q u e b u scou id en tifi-car fatores associad os à estatu ra b aixa d os p ré-escolares q u e freq ü en tavam a red e p ú b lica d o Mu n icíp io d e Cosm óp olis, São Pau lo.

Local do est udo

O Mu n icíp io d e Cosm óp olis, localizad o n a re-gião n ord este d o Estad o d e São Pau lo a 39 qu i-lôm etros d a cid ad e d e Cam p in as, con tava com 36.646 h a b ita n tes, em 1991. A eco n o m ia d o m u n icíp io b aseia-se, p rin cip alm en te, n a agro-in d ú stria (Prefeitu ra Mu n icip al d e Cosm óp olis, 1995). Segu n d o d ad os d a p esq u isa “Qu alid ad e d e Vid a e Sa ú d e n o Mu n icíp io d e Co sm ó p o lis 1993-1994”, a p ro p o rçã o d e a n a lfa b eto s en tre p essoas com 18 an os ou m ais, variou d e 14,2% n o seto r u rb a n o m a is ca ren te a 4,2% n o seto r u rb a n o d e m elh o r n ível só cio -eco n ô m ico. A p rop orção d e crian ças d e cin co an os d e id ad e q u e freq ü en ta va m a p ré-esco la fo i d e 37,5% a 71,4%, segu n d o o setor d e resid ên cia, e 64,7% a 91,7% d as crian ças com seis an os d e id ad e fre-q ü en tavam as p ré-escolas. A m éd ia d e salários d o s tra b a lh a d o res d o m u n icíp io fo i d e 327,58 d ólares m en sais. As fam ílias eram com p ostas, em m éd ia, p or 4,2 m em b ros. Cerca d e 70% d as fam ílias eram p rop rietárias d a casa em q u e re-sid iam (Barros & Aoki, 1995).

Levant ament o ant ropomét rico

Os gru p os d e casos e con troles d o p resen te estu d o fo ra m o b tid o s d e u m leva n ta m en to p ré -vio d e m ed id as an trop om étricas realizad o em n ovem b ro d e 1994, q u e in clu iu o con ju n to d as cria n ça s q u e fre q ü e n ta va m a s p ré -e sco la s d a re d e p ú b lica d o Mu n icíp io d e Co sm ó p o lis. Existia m n o m u n icíp io, n esse a n o, n ove Esco-las Mu n icip ais d e En sin o In tegrad o freq ü en ta-d as p or 1.260 alu n os, a m aioria n a faixa ta-d e 4 a 7 an os d e id ad e. Destas crian ças, 4 foram exclu í-d a s p o r terem m en o s í-d e 4 a n o s e 1.201 fo ra m estu d a d a s n o in q u érito. A p erd a d e 4,37% d e-correu d e: faltas con secu tivas (51), d oen ça (3) e recu sa (1). As m ed id as an trop om étricas (p eso e estatu ra) foram coletad as p or u m a equ ip e d e q u atro an trop om etristas trein ad os e p ad ron i-za d o s segu n d o a s reco m en d a çõ es d e Jelliffe (1968). As cria n ça s fo ra m p esa d a s co m in d u -m en tária -m ín i-m a e d escalças. O p eso foi ob ti-d o u tiliza n ti-d o b a la n ça ti-d igita l m a rca Filizo lla com cap acid ad e m áxim a d e 150 qu ilogram as e com p recisão d e 100 gram as. A estatu ra foi ob -tid a u tilizan d o u m a fita m étrica d e aço com es-cala m ilim étrica e u m esq u ad ro d e m ad eira. A leitu ra d a m ed id a era feita aten tam en te, ap ós a cria n ça d e ixa r a p o siçã o so b o e sq u a d ro e registra d a im e d ia ta m e n te n a fich a d e le va n ta -m en to an trop o-m étrico.

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-cia, ad otou -se a d o N at ion al Cen t er for Healt h St a t ist ics– NCH S, reco m en d a d a p ela Orga n

iza çã o Mu n d ia l d e Sa ú d e ( WH O, 1995). A a va -liação n u tricion al realizad a com esse in qu érito d etectou q u e 2,3% d as crian ças ap resen tavam escore Z < -2,0 e 16,5% escore Z ≤1,0 p ara o ín -d ice estatu ra/ i-d a-d e. A classificação -d a crian ça segu n d o esse ín d ice serviu d e b a se p a ra sele-cion ar os casos e con troles d o p resen te estu d o.

Definição e seleção de casos e cont roles

Foram con sid erad os com o “casos” as crian ças com o ín d ice estatu ra/ id ad e situ ad o u m d esvio p ad rão ou m ais ab aixo d a m ed ian a d a p op u la-ção d e referên cia (estatu ra b aixa). As cria n ça s com ín d ice estatu ra/ id ad e p osicion ad o em u m d esvio p a d rã o o u m a is a cim a d a m ed ia n a d a p o p u la çã o d e referên cia , fo ra m co n sid era d a s co m o “co n tro les”. Os segu in tes p ressu p o sto s n o rtea ra m a seleçã o d o s gru p o s d e estu d o. Co n sid ero u -se q u e, em b o ra a d istrib u içã o d a altu ra/ id ad e n a p op u lação d e estu d o fosse se-m elh a n te à d a p o p u la çã o d e referên cia , p o r-tan to sem a p resen ça d e d eficiên cias sign ificativa s d e esta tu ra , en tre a s cria n ça s p osicion a d as ab aixo d e 1 escore Z, existiria u m p ercen -tu al d e “n a-tu ralm en te” b aixos, m as, p rovavel-m e n te, u rovavel-m p e rce n tu a l e xp re ssivo co rovavel-m a lgu rovavel-m grau d e com p rom etim en to d a estatu ra d ecor-ren te d e fatores n ão gen éticos. Por ou tro lad o, en tre a s cria n ça s co m o ín d ice su p erio r a u m esco re Z, a m a io ria n ã o teria tid o p reju ízo d e su a altu ra ten d o p or referên cia o seu p oten cial gen ético d e crescim en to.

Tamanho da amost ra

A a m ostra foi ca lcu la d a p a ra d etecta r u m a ra-zão d e od d sd e 2,5, d ad a u m a freqü ên cia

relati-va d e 10% d e u m fator d e exp osição. Con sid e-ro u -se esse va lo r p o r tra ta r-se d e u m estu d o em qu e vários fatores d e exp osição seriam an a-lisad os e as freq ü ên cias d e algu n s d eles n a p o-p u lação d e origem eram d escon h ecid as. Defi-n iu -se u m p od er d o estu d o (1-β) d e 80% e u m erro alfa d e 5%. O cálcu lo d a am ostra foi b ased o em Sch lesselm an & Stolley (1982). O tam a-n h o d e a m o stra a-n ecessá rio fo i d e 151 ca so s e 151 co n tro les. Acrescen ta ra m -se 9,3% p a ra co m p en sa r p o ssíveis p erd a s, to ta liza n d o 165 crian ças em cad a gru p o. Das 1201 crian ças es-tu d ad as n o levan tam en to an trop om étrico, 198 tin h am o ín d ice estatu ra/ id ad e ≤-1 escore Z e 217 crian ças tin h am o ín d ice estatu ra/ id ad e ≥ 1 escore Z. Foram selecion ad as aleatoriam en te 165 crian ças p ara cad a gru p o.

Q uestionário e entrevista

Para ob ten ção d as in form ações n ecessárias fo-ra m rea liza d a s en trevista s co m a m ã e o u res-p o n sá vel res-p ela cria n ça . As en trevista s fo ra m rea liza d a s em m a io e ju n h o d e 1995 n a s p ró -p rias escolas q u e as crian ças freq ü en tavam ou n os d om icílios, q u an d o n ecessário. A en trevis-ta foi feitrevis-ta p or q u atro p esq u isad ores trein ad os com o in stru m en to d e coleta d e d ad os.

O q u estion ário ap licad o n a en trevista con -tin h a qu estões p ré-cod ificad as relativas aos se-gu in tes tó p ico s: in fo rm a çõ es so b re a cria n ça (sexo, id ad e, cor, p eso e com p rim en to ao n as-cer, o rd em d e n a scim en to, a n teced en tes d e m o rb id a d e, in tern a çã o h o sp ita la r e cu id a d o s n a in fâ n cia ); com p osiçã o fa m ilia r (id en tifica -çã o d o ch efe d a fa m ília , p resen ça d o s p a is n o d o m icílio, n ú m ero d e m o ra d o res, n ú m ero d e irm ãos e n ú m ero d e crian ça m en ores d e cin co an os); características rep rod u tivas m atern as e situ a çã o co n ju ga l (n ú m ero d e filh o s n a scid o s vivos, n ú m ero d e filh os m ortos, in tervalo in terp artal, id ad e m atern a ao n ascim en to d a crian ça, estad o con ju gal, m u d an ça d a situ ação con -ju gal, n ú m ero d e u n iões e sep arações d esd e o n ascim en to d a crian ça); con d ições d o d om icí-lio e sa n ea m en to (tip o d e ca sa , co n d içã o d e o cu p a çã o, n ú m ero d e cô m o d o s e d e q u a rto s, tip o d e eq u ip a m en to s d o m éstico s, a cesso à á gu a p o tá vel, red e d e esgo sto, co leta d e lixo ); d ad os sob re m igração (n atu ralid ad e d a crian ça , n ú m ero d e cid a d es em q u e a cria n ça m o -rou , p roced ên cia d os p ais) e características só-cio-econ ôm icas (escolarid ad e d os p ais, ren d a fam iliar p er cap ita, ocu p ação m atern a e p

atern a ). Qu a atern to à ocu p a çã o p a teratern a fora m leva atern -tad os d ad os sob re p osição n a ocu p ação, tem p o n a ocu p ação, carga h orária sem an al d e trab a-lh o, rem u n era çã o m en sa l, n ú m ero d e em p re-gos e ocorrên cia d e d esem p rego.

Du ran te as en trevistas foram tom ad as m e-d ie-d as e-d e p eso e estatu ra e-d os p ais b iológicos e-d as cria n ça s estu d a d a s. Fo ra m u tiliza d o s o s m esm o s in stru esm en to s eesm p rega d o s n o leva n ta m en to an trop om étrico realizad o com as crian -ça s e a s m ed id a s fo ra m to m a d a s p elo p esq u i-sad or p rin cip al.

Processament o dos dados

Os d ad os d o levan tam en to an trop om étrico fo-ram p rocessad os u tilizan d o o p rogfo-ram a CASP

Cen t ers for Disea se Con t rol An t h rop om et ric

Softw are Pack agedo Ep i-In fo versão 6.02 (Dean

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q u estio n á rio fo ra m d igita d o s em u m b a n co elaborado com o p rogram a Ep i-In fo versão 6.02 (Dean et al., 1994). A d igitação d as in form ações foi feita p or d u as p essoas, sen d o q u e a an álise d e co n sistên cia e co rreçõ es fo ra m rea liza d a s p elo p esqu isad or p rin cip al.

Análise dos dados

Na a n á lise u n iva ria d a fora m estim a d os os va -lo re s d e od d s ra t iob ru ta s, co m in te rva lo d e con fian ça d e 95% com o u so d o p rogram a Ep i-in fo versão 6.02 (Dean et al., 1994). Por m eio d o p rogram a SPSS versão 5.02 p ara W in d ow s,

fez-se a n á lifez-se d e regressã o lo gística m ú ltip la n ã o con d icion al h ierarq u izad a. An álises h ierarq u izad as têm sid o p rop ostas e u tiliizad as em estu -d os b rasileiros (Olin to et al., 1993; Fu ch s et al., 1996; Victora et al., 1996). Para a an álise h ierar-q u iza d a d este estu d o fo i segu id o o esierar-q u em a ap resen tad o n a Figu ra 1.

Result ados

Das 330 crian ças sortead as p ara o estu d o, a en -trevista p ôd e ser realizad a com 307, sen d o 156 casos e 151 con troles. Os m otivos d e p erd as fo-ram : m u d an ça (12), n ão localização d e en d ere-ços (9) e d oen ça d o resp on sável (2). Os resu lta-d o s lta-d a a n á lise u n iva ria lta-d a estã o a p resen ta lta-d o s n os segu in tes tóp icos: variáveis in d icad oras d o n íve l só cio -e co n ô m ico, va riá ve is re la tiva s à s características d a fam ília e m atern as, variáveis d o d om icílio, variáveis an trop om étricas e sexo. Não foram in clu íd os n as tab elas os resu ltad os d as variáveis qu e n ão ap resen taram associação esta tistica m en te sign ifica tiva co m a esta tu ra b aixa.

A Tabela 1 ap resen ta os resultados referen tes à s va riá veis só cio -eco n ô m ica s. Mo stra ra m -se associad as com a p resen ça d e estatu ra b aixa a escolarid ad e d a m ãe, a ren d a fam iliar p er cap i-tae algu m as variáveis relacion ad as à ocu p ação

do p ai: n úm ero de em p regos desde o n ascim en -to d a crian ça, tem p o d e ocu p ação n o em p rego atual e rem un eração m en sal. Pré-escolares cujas ren das fam iliares p er cap itaforam m en ores qu e

1/ 2 salário m ín im o (SM) ap resen taram ch an ce 4,4 vezes m a io r d e esta tu ra b a ixa q u e a q u eles d e fam ílias com ren d a su p erior a 2,5 SM.

As variáveis relativas à fam ília e rep rod u ti-vas m atern as q u e se ap resen taram estatistica-m en te sign ifica tiva s n a a n á lise u n iva ria d a fo-ram : n ú m ero d e p essoas q u e m ofo-ram n o d om i-cílio, n ú m ero d e irm ã o s, n ú m ero d e cria n ça s m en ores d e cin co an os, n atu ralid ad e d a crian -ça, n ú m ero d e filh os n ascid os vivos e in tervalo in terp a rta l. Cria n ça s cu ja s m ã es tin h a m tid o qu atro ou m ais filh os ap resen taram ch an ce 3,5 vezes m aior d e estatu ra b aixa q u e aq u elas cu jas m ães tin h am tid o ap en as u m filh o. A ch an -ce d e estatu ra b aixa foi m aior n as crian ças qu e tin h am n ascido ap ós p eríodo in terp artal m en or ou igu al a 24 m eses (Tab ela 2).

O tip o d e a ca b a m en to d a ca sa , n ú m ero d e cô m o d o s n o d o m icílio, n ú m ero d e q u a rto s e n ú m ero d e eq u ip am en tos d om ésticos m ostra-ram -se associados estatisticam en te com a esta-tu ra baixa de p ré-escolares (Tabela 3). O n ú m e-ro d e eq u ip am en tos foi calcu lad o com b ase n a p resen ça ou n ão n o d om icílio d os equ ip am en to s q u e h a via m m o stra d o iso la d a m en te a sso -ciação com a b aixa estatu ra: gelad eira, freez er,

lava-rou p a e telefon e. Crian ças com u m ou n e-n h u m d esses equ ip am ee-n tos e-n o d om icílio ap re-sen ta ra m ch a n ce 5,4 vezes m a io r d e esta tu ra b aixa qu e as qu e tin h am três ou qu atro equ ip a-m en tos ea-m su as casas.

O sexo, o p eso e o co m p rim en to a o n a scer d a crian ça e a estatu ra d os p ais ap resen taram

-Níve l só cio -e co nô mico Fig ura 1

Mo d e lo d e análise d e e statura d e p ré -e sco lare s.

Caracte rísticas d a família

e re p ro d utivas mate rna Caracte rísticas d o d o micílio

Estatura d o s p ais Se xo , id ad e , co r

Pe so e co mp rime nto ao nasce r

(5)

se estatisticam en te associad os com a estatu ra b aixa (Tab ela 4).

En tre as variáveis qu e n a an álise u n ivariad a n ão m ostraram associação com a b aixa estatu -ra en con t-ravam -se: a idade, a p resen ça de m or-b id ad e e o n ú m ero d e in tern ações h osp italares d esd e o n a scim en to d a cria n ça . No to u -se u m au m en to n os valores d as od d s ratiosegu n d o a

id a d e d a cria n ça , m a s sem sign ificâ n cia esta -tística. A in form ação sob re m orb id ad e foi ob ti-d a p ergu n tan ti-d o-se se a crian ça ap resen tava al-gu m p rob lem a d e saú d e (grave e freqü en te) ou d eficiên cia física . Nã o fo ra m feita s p ergu n ta s esp ecíficas sob re p atologias associad as à d es-n u triçã o. Qu a es-n to à va riá vel ies-n teres-n a çã o h osp i-ta la r verifico u -se u m a u m en to d a ch a n ce d e esta tu ra b a ixa co m o a u m en to d o n ú m ero d e in tern ações, m as sem sign ificân cia estatística.

A od d s ratiop ara u m a in tern ação foi d e 1,2 (IC

95% = [0,73-2,1]) e p ara d u as in tern ações foi d e 1,45 (IC 95% = [0,70-3,0]), em com p aração com n en h u m a in tern ação.

Os resu lta d os d a a n á lise m u ltiva ria d a h ierarqu izad a estão ap resen tad os n a Tab ela 5. En -tre as variáveis sócio-econ ôm icas, p erm an ece-ram com o estatisticam en te sign ificativas a es-colaridade m atern a (OR = 2,1 IC 95% = [1,1-3,8]) e a ren d a fa m ilia r p er ca p it a. A ch a n ce d a

cri-a n çcri-a ter estcri-a tu rcri-a b cri-a ixcri-a fo i 3,4 vezes m cri-a io r (IC 95% = [1,5-8,0]) n as fam ílias com ren d a fam ilar

p er cap itam en or ou igu al a 0,5 SM, em com p

a-ração com aq u elas q u e tin h am ren d a su p erior a 2,51SM.

Da s va riá veis rela cio n a d a s à fa m ilia e rep ro d u tiva s m a tern a s b em co m o à s rela cio n a -d as ao -d om icílio, p erm an eceram sign ificativas

Tab e la 1

Distrib uição d o s caso s, co ntro le s, o d d s ratio b ruta e re sp e ctivo inte rvalo d e co nfiança d e 95% se g und o variáve is só cio -e co nô micas. Co smó p o lis, SP,1995.

Variável Caso Controle Total O Rbrut a IC 95% (O Rb) p (χ2)

Escolaridade da mãe

Primário co mp le to e mais 21 42 63 1 –

Até p rimário inco mp le to 131 107 238 2,5 1,3-4,6

To tal 152 149 301* – – 0,003

Renda familiar per capita (SM )**

2,51 e mais 17 42 59 1 –

2,01-2,50 11 17 28 1,6 0,6-4,7

1,51-2,00 21 16 37 3,2 1,3-8,4

1,01-1,50 35 20 55 4,3 1,8-10,3

0,51-1,00 42 39 81 2,7 1,2-5,8

≤0,50 30 17 47 4,4 1,8-10,8

To tal 156 151 307 – – 0,001

Tempo de ocupação do pai

≥5 ano s 44 63 107 1 –

< 5 ano s 84 68 152 1,8 1,0-3,0

To tal 128 131 259* – – 0,034

Remuneração mensal do pai (SM )**

8,01 e mais 24 43 67 1 –

4,01-8,00 62 46 108 2,4 1,2-4,8

Até 4,00 42 39 81 1,9 0,9-4,0

To tal 128 128 256* – – 0,020

Node empregos do pai

1 37 57 94 1 –

Mais q ue 1 92 73 165 2,0 1,2-3,5

To tal 129 130 259* 0,012

(6)

o n ú m ero d e p essoas q u e m oram n o d om icílio e o n ú m ero d e eq u ip a m en to s d o m éstico s, q u a n d o a ju sta d a s en tre si e p ela s va riá veis d o b lo co a n terio r (esco la rid a d e m a tern a e ren d a fam iliar p er cap ita).

Ma n tivera m -se a lta m en te a ssocia d a s com a estatu ra b aixa d a crian ça, ap ós aju ste com as variáveis d os b locos an teriores, o com p rim en -to ao n ascer e as estatu ras m atern a e p atern a. A od d s ra t iod o sexo m ascu lin o em relação

ao fem in in o, ap ós o aju ste, atin giu 2,1 (IC 95% = [1,1-3,9]).

Discussão

No p resen te estu d o, a p erd a em rela çã o à s crian ças sortead as foi d e 5,5% n os casos e 8,6% n o s co n tro les, n ã o d even d o a feta r o s resu lta -d os ob ti-d os. Das en trevistas realiza-d as, 92,5% foram com as m ães (18,5% d as vezes acom p a-n h ad as p elo p ai), 5,2% com o p ai e 2,3% foram rea liza d a s com ou tro m em b ro d a fa m ília (a vó ou tia ). A d u ra çã o m ed ia n a d a s en trevista s foi d e 15 m in u t o s (m ín im o = 5 m in u t o s e m á xim o = 35 xim in u to s). O p ercen tu a l d e in fo rxim a

-Tab e la 2

Distrib uição d o s caso s, co ntro le s, o d d s ratio b ruta e re sp e ctivo inte rvalo d e co nfiança d e 95% se g und o caracte rísticas d a família e re p ro d utivas mate rnas. Co smó p o lis, SP, 1995.

Variável Caso Controle Total O Rbrut a IC 95% (O Rb) p (χ2)

Node pessoas

< 4 16 28 44 1 –

4 43 52 95 1,4 0,6-3,2

5 41 42 83 1,7 0,8-3,9

6 e mais 56 29 85 3,4 1,7-7,8

To tal 156 151 307 – – 0,005

Node crianças < 5 anos

Ne nhuma 81 99 180 1 –

1 e mais 75 52 127 1,8 1,1-2,9

To tal 156 151 307 – – 0,020

Node irmãos

Até 1 76 100 176 1 –

2 41 40 81 1,4 0,8-2,4

3 e mais 39 11 50 4,7 2,1-10,4

To tal 156 151 307 – – < 0,001

N aturalidade da criança

São Paulo 135 144 279 1 –

O utro s e stad o s 21 7 28 3,2 1,2-8,6

To tal 156 151 307 – – 0,013

Node filhos nascidos vivos*

1 24 36 60 1 _

2 42 53 95 1,2 0,6-2,5

3 38 31 69 1,8 0,9-3,9

4 e mais 42 18 60 3,5 1,5-8,0

To tal 146 138 284 _ _ < 0,001

Intervalo interpartal (meses)**

≥36 39 48 87 1 –

25-35 16 10 26 1,9 0,7-5,3

≤24 32 15 47 2,6 1,2-5,3

To tal 87 73 160 – – 0,026

* mãe s b io ló g icas.

(7)

ções ign orad as foi m ín im o e m esm o in existen -te p a ra a m a ior p a r-te d a s va riá veis estu d a d a s. Atin giu valores im p ortan tes n as variáveis rela-cio n a d a s à o cu p a çã o d o p a i (16%) e co m p ri-m en to ao n ascer (21,8%).

As va riá veis n ú m ero d e filh o s n a scid o s vivo s e in ter va lo in terp a rta l fo ra m o b tid a s so m en te d as m ães b iológicas (casos = 146 e con -tro le s = 138), q u e re sid ia m n o d o m icílio d a crian ça. A estatu ra d a m ãe e d o p ai foi tom ad a d e tod os p ais b iológicos q u e com p areceram à p ré-escola, in d ep en d en te d e estarem m oran d o n o d om icílio d a crian ça estu d ad a.

Qu a n to a o s fa to res estu d a d o s, co n sta to u -se n este estu d o q u e a s cria n ça s cu ja s m ã es ti-n h am ap eti-n as p rim ário iti-n com p leto ap reseti-n ta-ra m m a io r ch a n ce (ORa ju sta d a = 2,1; IC 95% = [1,1-3,8]) d e ter estatu ra b aixa.

A esco la rid a d e m a tern a co m o u m d o s d e -term in a n tes d o crescim en to in fa n til tem sid o freq ü en tem en te evid en ciad a n a literatu ra. Bo-b á k et a l. (1994) verifica ra m em cria n ça s co m cin co an os d e id ad e qu e aqu elas cu jas m ães tin h a m a p etin a s ed u ca çã o p rim á ria a p resetin ta -vam m éd ia d e estatu ra 0,3 d esvios p ad rão ab

axo d a m éd ia d as filh as d e m ães com n ível u n i-versitário. Mães an alfab etas ap resen taram ris-co q u ase três vezes m aior d e ter u m filh o ris-com d éficit d e estatu ra/ íd ad e qu e m ães com qu atro ou m ais an os d e escolarid ad e, segu n d o estu d o realizad o em áreas u rb an as d a região n ord este, em crian ças m en ores d e cin co an os (Card oso, 1995).

A im p ortân cia d a escolarid ad e m atern a n a p roteção à saú d e d a crian ça d ecorre d os cu id a-d o s p reven tivo s e cu ra tivo s q u e a m ã e rea liza co m m a is p ro p ried a d e, p o r ter m a is co n h eci-m en to e/ ou acesso a serviços. A foreci-m a coeci-m o a m u lh er d ed ica su a aten ção aos filh os, tan to d retam en te com o delegan do a terceiros este cu i-d ai-d o, é in flu en ciai-d a p elo n ível i-d e escolarii-d ai-d e (Card oso, 1995).

A in flu ên cia qu e a ren d a fam iliar exerce so-b re o crescim en to in fan til é evid en ciad a em vá-rios trab alh os ( Joh n son & Rogers, 1993; Miller & Koren m an , 1994; Mon teiro el al., 1995). Nes-te estu d o a ch a n ce d e esta tu ra b a ixa n o s p ré-escolares foi m aior n os estratos d e ren d a fam i-liar m ais b aixos ain d a q u e sem ap resen tar u m gra d ie n te in te gra lm e n te co n siste n te. Ap ó s o

Tab e la 3

Distrib uição d o s caso s, co ntro le s, o d d s ratio b ruta e re sp e ctivo inte rvalo d e co nfiança d e 95%, se g und o variáve is re lacio nad as ao d o micílio . Co smó p o lis, SP, 1995.

Variável Caso Controle Total O Rbrut a IC 95% (O Rb) p (χ2)

Tipo de acabament o da casa

co mp le to 85 104 189 1 –

inco mp le to 71 47 118 1,8 1,1-3,0

To tal 156 151 307 – – 0,013

Node cômodos

6 e mais 47 70 117 1 –

5 40 41 81 1,4 0,8-2,7

4 31 17 48 2,7 1,3-5,8

< 4 38 23 61 2,5 1,2-4,9

To tal 156 151 307 – – 0,007

Node quartos

3 e mais 41 57 98 1 –

2 63 61 124 1,4 0,8-2,5

1 52 33 85 2,2 1,2-4,1

To tal 156 151 307 – – 0,033

Node equipamentos domésticos

3 a 4 13 42 55 1

2 103 85 188 3,9 1,9-8,2

≤1 40 24 64 5,4 2,2-13,1

(8)

con trole p ela variável escolarid ad e m atern a, as

od d s ratiocon tin u aram sign ificativas.

A form a d e in serção d o ch efe d a fam ília n o m ercado de trabalho é um a con dição im p ortan -te, p ois determ in a as p ossibilidades e lim ites de acesso a ben s e serviços p elas fam ílias. Neste es-tudo, algum as variáveis relacion adas à ocupação d o p a i co m o tem p o d e o cu p a çã o n o em p rego atual, rem un eração m en sal e n úm ero de em p re-gos d esd e o n ascim en to d a crian ça, m ostraram a sso cia çã o a p en a s n a a n á lise u n iva ria d a , n ã o p erm an ecen d o sign ificativa n a p resen ça d e es-colarid ad e m atern a e ren d a fam iliar p er cap ita. O a cesso a b en s e eq u ip a m en to s d o m ésti-cos con stitu i m ed id a d o p od er aq u isitivo (Bar-ros & Bar(Bar-ros, 1994; Card oso, 1995). Além d isso, a lgu n s eq u ip a m en to s d o m éstico s sã o im p o r-ta n tes n a con serva çã o d os a lim en tos e ou tros facilitam o acesso a in form ações, d iferen cian -d o o estilo -d e vi-d a -d a s fa m ília s. Ob ser vo u -se

u m a relação in versa en tre a d im in u ição d o n ú -m ero d e eq u ip a-m en tos d o-m ésticos e a ch an ce d e estatu ra b aixa n os p ré-escolares.

As con d ições d e m orad ia, seja o seu tam a n h o ou o tip o d e a ca b a m en to estivera m a sso -ciad as com estatu ra b aixa som en te n a an álise u n iva ria d a . Estu d o rea liza d o co m esco la res ta m b ém verifico u q u e a s cria n ça s q u e m o ra -vam em b arracos ou em casas d e tijolos p reca-riam en te con stru íd as eram m ais b aixas q u e as qu e resid iam em casas d e m elh or n ível (Barros & Barros, 1994).

A litera tu ra tem evid en cia d o a a sso cia çã o en tre a alta p arid ad e – m en or d isp on ib ilid ad e d o tem p o m atern o, d im in u ição d o aleitam en to m atern o, d istrib u ição in trad om iciliar red u zid a d o s a lim en to s – co m o reta rd o esta tu ra l (Ca r-d oso, 1995).

A ob servação, n este estu d o, d e m aior ocor-rên cia d e esta tu ra b a ixa n o sexo m a scu lin o,

Tab e la 4

Distrib uição d o s caso s, co ntro le s, o d d s ratio b ruta e re sp e ctivo inte rvalo d e co nfiança d e 95%, se g und o se xo e variáve is antro p o mé tricas. Co smó p o lis, SP, 1995.

Variável Caso Controle Total O Rbrut a IC 95% (O Rb) p (χ2)

Sexo

fe minino 62 78 140 1 –

masculino 94 73 167 1,6 1,0-2,6

To tal 156 151 307 – – 0,048

Peso ao nascer (gr)

> 3500 30 61 91 1 –

3000-3500 54 56 110 1,9 1,1-3,6

2500-2999 40 18 58 4,5 2,1-9,8

< 2500 16 6 22 5,4 1,7-17,5

To tal 140 141 281* – – < 0,001

Comprimento ao nascer (cm)

50 e mais 45 89 134 1 –

48-49 39 34 73 2,2 1,2-4,1

< 48 27 6 33 8,9 3,2-26,1

To tal 111 129 240* – – < 0,001

Estatura da mãe (cm)**

> 156,6 44 103 147 1 –

até 156,6 106 35 141 7,1 4,1-12,4

To tal 150 138 288* – – < 0,001

Estatura do pai (cm)**

> 169,8 35 87 122 1 –

até 169,8 90 31 121 7,2 3,9-13,3

To tal 125 118 243* – – < 0,001

* e xcluíd as as crianças co m info rmação ig no rad a.

(9)

Tab e la 5

Re sultad o s d a análise d e re g re ssão lo g ística múltip la hie rarq uizad a. Co smó p o lis, SP. 1995.

M odelo O Rbrut a O Rajust ada IC95%(O Ra) p (cat egoria) p (variável)

Fat ores sócio-econômicos*

Esco larid ad e d a mãe

Primário co mp le to e mais 1 1 – – 0,0695

Até p rimário inco mp le to 2,5 2,1 [1,1;3,8] 0,0226

Re nd a familiar p e r cap ita

2,51 e mais 1 1 – – 0,0092

2,01 - 2,50 1,6 1,4 [0,5;3,6] 0,5284

1,51 - 2,00 3,2 2,8 [1,2;6,7] 0,0222

1,01 - 1,50 4,3 3,9 [1,8;8,7] 0,0008

0,51 - 1,00 2,7 2,2 [1,0;4,6] 0,0359

≤0,50 4,4 3,4 [1,5;8,0] 0,0042

Caract eríst icas da família e domicílio**

Nod e p e sso as q ue mo ram no d o micílio

< 4 1 1 – 0,0239

4 1,4 1,8 [0,8;4,0] 0,1517

5 1,7 1,7 [0,7;3,9] 0,2115

6 e mais 3,4 3,7 [1,5;9,0] 0,0039

Nod e e q uip ame nto s d o mé stico s

3 e mais 1 1 – – 0,0025

2 3,9 3,4 [1,6;7,1] 0,0016

≤1 5,4 4,4 [1,8;10,7] 0,0012

Sexo e variáveis antropométricas***

Se xo

fe minino 1,0 1,0 – – 0,005

masculino 1,6 2,1 [1,1;3,9] 0,0233

Co mp rime nto ao nasce r

50 e mais 1,0 1,0 – – 0,0005

48-49 2,2 2,8 [1,3;6,1] 0,0087

< 48 8,9 7,4 [2,3;23,7] 0,0008

Estatura d a mãe (cm)

> 156,6 1,0 1,0 – – < 0,001

até 156,6 7,1 5,9 [3,1;11,0] < 0,001

Estatura d o p ai (cm)

> 169,8 1,0 1,0 – – < 0,001

até 169,8 7,2 4,2 [2,1;8,6] < 0,001

* Ajustad a p e la o utra variáve l, incluíd a no mo d e lo .

** Ajustad as p e las variáve is e sco larid ad e d a mãe , re nd a familiar p e r cap ita e p e la o utra variáve l incluíd a no mo d e lo . *** Ajustad as p e las variáve is e sco larid ad e d a mãe , re nd a familiar p e r cap ita, núme ro d e e q uip ame nto s d o mé stico s,

(10)

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con cord a com o relatad o n a literatu ra (Tan n er, 1987; Barros et al., 1990).

En tre a s fa m ília s q u e vive m e m situ a çõ e s só cio -e co n ô m ica s d e sfa vo rá ve is é m a is fre-q ü e n te o n a scim e n to d e cria n ça s co m b a ixo p e so e co m d é ficit d e co m p rim e n to (Mille r & Koren m an , 1994). Um a p recária situ ação eco-n ôm ica teeco-n d e a p erd u rar ap ós o eco-n ascim eeco-n to d a cria n ça , a gra va n d o o d é ficit a n tro p o m é trico o b se r va d o a o n a sce r. Po r o u tro la d o, re cé m n ascid os p eq u en os, freq ü en tem en te, ap resen -tam d ificu ld ad es d e am am en tação e ten d em a ter m a is ep isó d io s d e d o en ça s, a cen tu a n d o o com p rom etim en to d a estatu ra. Ap ós aju ste p e-las d em ais variáveis o com p rim en to ao n ascer fo i a va riá ve l q u e a p re se n t o u a a sso cia çã o m ais forte com a b aixa estatu ra n o p ré-escolar. Crian ças com m en os d e 48cm d e com p rim en -to ao n ascer ap resen taram ch an ce aju stad a 7,4 vezes m aior d e estatu ra b aixa q u e as n ascid as com 50cm ou m ais.

Um a associação estatística forte en tre esta-tu ra d o s p a is e e sta esta-tu ra b a ixa d o s filh o s fo i tam b ém ob servad a n o p resen te estu d o.

Algu m a s p u b lica çõ es têm m o stra d o q u e en tre cria n ça s d e n ível só cio -eco n ô m ico a lto, q u a n d o o p o ten cia l d e crescim en to é to ta l-m en te exp resso, a estatu ra b aixa d os p ais é u l-m b om p red itor d a estatu ra d as crian ças (Am igo & Bu stos, 1995; Voss et al., 1998). Nos n íveis só-cio-econ ôm icos b aixos, ou tros fatores, além d o p oten cial gen ético, p od em exp licar a ocorrên -cia d e estatu ra b aixa n a p op u lação in fan til. Es-tu d o rea liza d o co m esco la res d a á rea ru ra l d o Ch ile con stata q u e as variáveis estatu ra d o p ai (OR = 4,98), esta tu ra d a m ã e (OR = 4,64), su b -n u trição d os p ais (OR = 4,53) e p eso ao -n ascer

in su ficien te (OR = 3,23) foram associad as com estatu ra baixa dos escolares (≤1 escore z) (Am i-go & Bu stos, 1995).

Em sín tese, a an álise m ú ltip la h ierarq u izad a in izad ico u n este estu izad o co m o fa to res só cio -econ ôm icos associad os à estatu ra b aixa: a es-colarid ad e m atern a e ren d a fam iliar p er cap ita. Com o variáveis relativas à fam ília e d om icílio: o n ú m ero d e p essoas q u e m oram n o d om icílio e o n ú m ero d e eq u ip a m en to s d o m éstico s. Mostraram -se, ain d a associad os, o sexo e as va-riáveis an trop om étricas: com p rim en to ao n as-cer e estatu ra d os p ais.

(11)

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Referências

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