UNIVERSIDADE
DE
SAO
PAULO
rNsTrruro
DE
GEocrÊNcrns
coRREuçoes
ENTRE
FRAcMENToS
Do
EMBASAMENTo
pnÉ-MEsozórco
DA
TERrvrrunçÃo
SETENTRToNAL
Dos
ANDES
coLoMBrANos,
coM
BAsE
EM
DADos
rsoróp¡cos
e
GEOCROI,TO¡-ÓGTCOS
AGUSTIN CARDONA MOLINA
Orientador: Prof.
Dr.
Umberto Giuseppe
Cordani
DISSERTAÇAO DE MESTRADO
-fs
¡stt
COMISSNO
¡UI-CADORA
Presidente:
Examinadores: Prof.
Prof.
Prof.
Nome
Dr.
Umberto Giuseppe CordaniDr.
Allen Hutcheson FetterDr.
Wilson TeixeirasÃo
pRur-o
UNIVERSIDADE
DE SÃO
PAULO
INSTITUTO
DE
GEOCIÊNCIAS
CORRELAÇOES
ENTRE
FRAGMENTOS
DO
EMBASAMENTO PRÉ.MESOZÓICO
DA
TERMINAçÃO
SETENTRIONAL DOS
ANDES
COLOMBIANOS,
COM
BASE EM
DADOS
ISOTÓPICOS
E
GEOCRONOLOGICOS
Agustín Cardona
Molina
ít
-t1ç"
Orientador:
Prof.
Dr,Umberto Giuseppe
CordaniDISSERTAÇÃO
Programa
de
Pós-Graduação
DE
MESTRADO
em
Geoquímica
e
Geotectônica
DEDALUS-Acervo-tGC
1iltiltililililtilililililililililtililtililtilililtilililil
3090001 1709
El Padre Sol marcó su sendero dorado sobre las altas cumbres, asi creó a las montañas, los templos del sol. Fertilizó las lagunas, madres de la tierra y origen de la gente. Trazó los rios, caminos de los primeros hombres Todo esto fue creado del mar, cuando el sol y la luna llegaron al cielo El sol es un hombre con máscara de oro. De ella salen Éyos, y esos rayos hacen que la vida nazca y que todo crezca.
A
mis padres Silvia
y Mario
por
su
eterna complicidad
y
amistad.
A
Marcela por
la
fuerza
y la inspiración.
Um homem sáb¡o d¡sse faz alguns anos que nossas "conquistas" são possíveis porque såo feitas sobre os "ombros de gigantes". Eu quero agradecer às pessoas e entidades que contribuíram no desenvolvimento deste trabalho de mestrado.
A
meu orientador Prof. Dr. Umberto Cordani por ter aberto as portas para in¡ciar estudos de pós-graduaçåo, pela constante e fundamental guia, e pelo apoio neste processo de formaçãoAo
lnstitutode
Geociêncìasda
Universidadede Såo
Paulo pela formaçåo acâdêmica,a
seusprofessores
pela
grandedisposiçåo, Em
especial gostariade
agradeceraos
Prof.Dr.
MarlyBabinsky, Colombo Tassinari, lan McReath, Jorge Bettencourt, Waldecir Janess¡, Miguel Basei.
Ao
grupodo Centro de
Pesquisas Geocronológicas, Helen, lvone, Lil¡ane, Mitzi, Vasco, Vera,Veridiana, Arthur
e
Solange, e.ao Sandra, lnês, Paulae
Marcos dos Laboratórios de Quím¡cae
aM¡crossonda do lnstituto pela colaboração no trabalho de laboratórìo
À
fnpesp
pela bolsa de mestrado outorgada, processo 00/09695-1 AGRADECIMENTOSA
amosttagêmno
Caribeda
Colômbiafoi
possível pela colaboraçãoe
presençâ dos amigos ecolegas Andrés e Pablo, e o'WAYUU" Daiver Pinto.
Ao
am¡go Prof.
Dr.
Bill
MacDonaldda
Universidadede
Binghanton(EEUU)
pelos valiosos conselhos sobre a geologia do Caribe e as amostras emprestadas.Ao professor Jorge Julian Restrepo pela amizade e a forçå em iodo momento
Ao
Geólogo do INGEOMINAS Humberto Gonzáleze
ao professor Carlos Garcia da Universidade Industrial de Santander (Colômbia) pelas amostras emprestadas.À
nllen
Nutman
da
Australian National University
e
Liu
Dunyi
da
Academia
Chinesa deAos colegas e amigos, Andrés, César, Michelle, Fabio, Diana, Javier, Liliana, Paul, Leo, Cely por sua amizade e as enriquecedoras d¡scussôes.
íruorce
í¡¡orcr
oE
FTGURASil,lotce oe
TABELASRESUMO
ABSTRACT
r.
rrurnoouçÃo
z.
¡¡lÉrooos
ËxPERtMENTAISVII
viii
2.1. GeoquÍmica de rcchas 2.2. Geotermobarometria
2.3.1. Método. Rb-Sr 2.3.2. Método Sm-Nd
2.3.3.Método U/Pb (SHRIMP) em zircão. 2.3.4 Método. Ar-Ar
tv
X
3.3.Tenenos e domínios teclonoestratigráficos dos Andes do Norte...-..-...,--..--....-...14
o
3.3.4. Península da
Guajira...-.-...
...,..,...2O3.3.5. Cordilheira da Costa (Teneno
Caucagua-Tinaco)
-...-..21 3.3.6. TerrenosCaparo-Mérida.
...22 3.3.7. Sêgrnênto Oriental da Cordilheira Real do Equador...--.---..---...-..-.-.,... ...,..-...--..-..-.-....233.3
I
Terreno
Loia
24
3.4. Ensaio de reconstrucåo
oaleotectonica
244
Â
,6
4. CONTEXTOGEOLÓGICO DAS UNIDADES
ESTUDADAS
29 4.1. Serra Nevada de Santa Marta4.1.1 Grânulito dos Mangos.._.-.-. 4.1 .2. Complexo Sevilla... 4.2. Gnaisse de Bucaramanga.--4.3. Peninsula da Guajira...
4.3.1 . Gnaisse de Jojoncito
4.3.2. Formaçåo Macu¡ra....
4.3.3. Granod¡orito de S¡apana
4.4.. Embasamento da Cordilheira Central 4.4. 1 . Gnaisse do Nus
4.4.2. Anfibolito de El
Vapor..,,,_.
_-..._..._..._.635. RESULTADOS E
DISCUSSÃO
A45.'1. U/Pb SHRIMP em
zircåo
655.1 .
L
Gnaisse de Dibuyá do Granulito dos Mangos5.1 .2. Complexo Sevilla
5.1.3. Gnaisse de Bucaramanga 5.1.4. Gnaisse de Jojoncito._.
5,1.5. Granodiorito de S¡apana
5.1.6. Gnaisse do Nus. ... .. ..._ 5.2. Rb-Sr em rocha total ....
.
. 5.3. Sm-Nd em rochatotal....
....5.3.1 . Unidades Proterozóicas
5.3.2. Gnaisse do Nus (Cordilheira Central) e Formação Macuira (península
5.4. Ar-Ar em minerais
separados.,.__.-__
...__, ._..._.__.91 5.4.1 . Gnaisse de Dibuya do Granulito dosMangos.
..._,.,_.. 915.4.2. Complexo
Sevilla...--_._-..,,
95.29 JJ
45 47
..61 61
da Guajira).
5.4.4. Formação Macuira.
5.4.5. Gnaisse do Nus. ...
5.4.6. Anfibolitos de El Vapor
5.4.3. Gnaisse de Bucaramanga
70
O'l
54
60
oà oÊ
66
70 72 74
83
vt
,oo
105
6.3. Proveniência do material dos terrenos Colombianos
6.4. Evolução Fanerozóica
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
1. Localização das amostras
2- Dados geoquímicos (rocha total)
3.
Dados e cálculos anfibólio e plagioclásio4. Dados U/Pb
112
115
INDIGE
DE FIGURAS
Figura 1. Andes da Colômbia, área da pesquisa_
F¡gura 2. Províncias geotectònicas de América do Sul, e tenenos dos Andes do Norte
Figura 3. Mapa Geológ¡co simplificado dos Andes colombianos...._
Figura 4. Mapa geológico de Santa Marta._..-_.._.-.,._...,.,...
Figura 5. Bandamento composicional, Gnaisse de Dibuya
Figura 6. Veias e lenles quartzo-feldspáticos, texturas nebulíticas,.._.-..
Figura 7. Ribbons poli e monocristal¡nos, def¡nindo a l¡neaçåo mineral..__,_...__.. - _..___,..,.
Figura 8. Embah¡amento inegular dos cr¡stais, invasåo
recíproca._-,,..__.-Figura 9. Texturas gráficas, crista¡s de quartzo (Q) em forma de T ou irregulares,
poss¡velmente conoídos por fusão_...,_..
Figura 10.
Foliação definida por anfibólio e biotitaFigura
11. Padröes dos efementos das terras raras das amostras analisadas. Em azul 4 gna¡sses do Gnaisse de Dibuya, e em marrom a amostra (A58) do mesmo gnaisse amostrando o padrão cumuláticoF¡gura 12. Padrões dos elementos das terras raras dos anfibolitos intercalados no
Gnaisse de
Dibuya.._._,.__
...,...,,...42Figura
13. Diagrama multielemental normalizado ao manto pr¡mitivo (Li et al., 1998)dos anf¡bolitos do Gnaisse de Dìbuya
Figura
14, AnortositoFigura
15. Gnaisse Bândâdo encaixanteFigura
16. Textura granoblástica e ferromagnesianos totalmente lransformados a epídotoFigura
17. Anfibólio e Biotita secundáriosF¡gura
18. Bandamento compos¡cional, Complexo SevillaFigura
19. Foliaçäo mineral definida por biot¡ta e anfibólioFigura
20. Mapa geológico do de SantanderFigura
21. Biotita de Gna¡sse biotítico def¡n¡ndo a fot¡ação m¡neral.__..,.,,Figura
22. Anfibólio e plagioclásio em contato. Amostra analisada para geotermobarometria, Gnaisse anfibólico.11
.16 30 e4
JO JT 37
38
Figura
23. Mapa geológico da Península da GuajiraFigura
24. Agregado monocnstalino de quartzo definindo a lineação da rochaFígura
25. Quartzo e feldspato amebóides..-.--..Figura
26. Elementos das Tenas Raras, Gnaisse de Jojoncito.,_._.42
.43 44
44
.44 .44 .46 .46 .49
50
...,...50
4t
.53
Figura 27. Bandamento composicional do Gnaisse de Uray,,_,.,,.._...,_..,,...
Figura 28. Lineação mineral de anf¡bólio em afloramento
Figura 29. Lineaçáo mineral de anfibólio e biotita em lamina delgada._..._.
Figura 30. Aspecto do anf¡bolilo da Formação Macuira
Figura 31. Anf¡bólio com extinção ondulante, e matr¡z de quartzo com
do grão.
Figura 32. Diagrama das Tenas Raras para o Gnaisse de Uray
Figura 33. Diagrama Mult¡-Elemental Gnaisse de Uray...._.
Figura 34. Xistosidade bem defin¡da e redobrada, bandas de quartzo e mica
intercaladas
centimétricamente...-_..-.
._-.._.____,...__.__.,,.__,,._...,59Figura 35. Moscovita em sigmóides def¡nindo e foliação aparecendo em possíveis sigmó¡des...S9
Figura
36. Plagioclásio com zoneamento, e biot¡ta do Granodiorito de Síapana,__.-..,_..._-_...__.._,._,._60F¡gura 37. Mapa geológico do flanco oriental da Cordilheira Central..._..._.... .._...,...62
F¡gura 38. Biot¡ta sem or¡entação, silimanik f¡brosa formando-se às expensas da biotita..._..,_..._.63
Figura
39. Porfiroblasto de andaluz¡tâ (cristal com manchas vermelhas), e biotita....-._.,.,.._.,_,_..__._63Figura
4o' (A) e (B), Porfiroclastos de anfibólio envolvidos por xistosidade, e substituidosnas bordas por outro anfibólio e clorita
Figura
41- (A) Diagrama Tera*wasserburg dos z¡rcões da amostra A49 do Gnaisse de Dibuya,(B)
Detalhe do intervalo das idades entrei0s0
e 12s0 Ma, excluindo a análise (15) peloFigura
42. (A) Diagrama convencional da amostra A19 do complexo sevilla, (B) Detalhe do intervalo de idades entre 1 100 e 1 050 MaFigura
43. (A) Diagrama Tera-wasserburg dos zircöes do Gnaisse de Bucaramanga, (B) Detalhe do trecho da Concórdia entre 800 e 1300 MaFigura
44. lmagens de zircões anal¡sados do Gnaísse deJojoncito__....
._..._..._76Figura
45. Diagrama Tera-Wasserburg dos zircões do Gnaisse de Jojoncito, comrazóes conigidas pelo 2øpb
Figura
46. Detalhe d¡agrama Tera-Wasserburg zircões Gnarsse de Jojoncito..,,.,.,-.,.,...._Figura
47. Detalhe diãgrama Tera-Wasserburg zircôes Gnaisse de Jojonc¡to56 56
Figura
48. (A) Diagrama convenc¡onal, zircöes Granodiorito de s¡apana, (B) Detalhe dacurva Concórdia nas proximidades de 160
Ma.,_,._.-...-...,.
.,..._.._..-.._..,--._...,._._,_g0F¡gura 49. D¡agrama Tera-Wasserburg do Gnaisse do Nus
_..__.,_._....
,...,..._...A2Figura
50. Distribuição dos dados Rb/Sr do Gnaisse deDibuya...-,.-__
.._..,.._-.--...-84 56 57 5864
69
71
78
Figura 51. Linhas de evoluçäo de Nd nas diferentes unidades Proterozóicas do Terreno Chibcha, em relaçäo ao manto empobrecido (DePaolo, 1981) ^.". ,..._.
Figura 52. Espectros de desgase¡ficaçåo do anfibólio, Gnaisse de Dibuya (459)....-...-..__.
Figura
53. Especlros de desgase¡ficaçåo da biotita, Gnaisse de Dibuya (459) ... .__..,....-...,. ..93Figura
54. Espectros de desgase¡ficaçao da biotita, Gnaisse de Dibuya (449)Figura 55. Espectros de desgaseificação da biotita, Anortosito
(
77).^..^...Figura
56. Espectros de desgaseificaçâo do anfibólio, Anortosito(
77)...
. .Figura 57. Ëspectros de desgaseif¡caçåo da biotita, Complexo Sevilla (428).._.._.__,_,,.__...._.,,,,.__._,_.96
Figura
58. Espectros de dêsgase¡f¡cação do anfibólio, Complexo Sevilla (428)Figura
59.
Espectros de desgase¡ficaçåo da biot¡ta, Gnaisse de Bucaramanga (PCM-1105)..._.98Figura
60. Ëspectros de desgaseif¡cåçåo da biotita, Gnaisse de Bucaramanga (PCM-815).,,.,...98
Figura
61. Espectros de desgaseif¡cação do anfiból¡o, Gnaisse de Bucaramanga (PCM-815)... ..99Figura
62. Especlro de desgaseificãção do anfìbólio, Gnaisse de Bucaramanga (PCM-1102) .... 99Figura
63. Especlros de desgaseificação da biotita, Gnaisse de Bucaramanga (PCM-1102)...100Figura
64. Espectros de desgaseificação do anfibólio, Gna¡sse de Uray (A 83).-..._,_-...- ._..._.]O2Figura
65. Ëspectros de desgaseificaçáo da b¡otita, Gnaisse de Uray (A83)..-..-.-__.,-..-Figura
66. Espectros de desgaseificação do anfiból¡o, Gnaisse de Uray (A-91)._. ,...Figura
67. Espectros de desgaseificaçåo da moscovita, X¡stos deJaturuhu
(495)._..Figura
68.
Espectros de desgaseificação do anfiból¡o, FormaçãoMacuira (A-99)
.,.Figura
69. Espectros de desgase¡ficaçáo da biotita, Granodiorito de Siapana (Siap-1)Figura
7O. Ëspectros de desgaseificâçäo da biotita, Gnaisse de Nus (CC-1)..Figura
7'1. Espectros de desgaseificaçåo do anfiból¡o, Anfibolitos de El Vapor (SL-1)...Figura
72. Uma das possíveis reconstruções da Rodinia (Weil et a|.,1998)....89
93
94 94 95
.,...102 103
...103 .,..,.1M
.._...104 ...105
íruorce
DETABELAS
Tabela 1. Dados geocronológ¡cos existentes para o Granul¡to dos Mangos...
Tabela 2. Dados analít¡cos Rb e Sr
Tabela 3. Resultados Sm-Nd em rocha total obt¡dos nas diferentes unidades
anal¡sadas na pesquisa
Tabela 4. Dados existentes Sm-Nd em rochas Proterozóicås da Sena Nevada de
Marta dados apresentados por outros autores no segmento SW
Tabela 5. ldades aparentes U/Pb SHRIMP das un¡dades do embasamento Proterozóico do
Norte da Colômbia
Tabela 6 Registro temporal e característ¡cas da evolução iectono-magmat¡ca dos
domínios tectônicos da Colômb¡a e as provínc¡as
maiores...--.--.--Tåbela T.ldades U/Pb SHRIMP das unidades representativas dos domínios
Fanerozóicos estudados
Tabela 8. ldades Ar-Ar das unidades anal¡sadas durante a pesqu¡sa
35 84
Santa
...86
oa
108
113
Foram real¡zadas análises geocronológicâs U/Pb SHRIMP em zircão, Rb-Sr em rocha total e
Ar/Ar
em m¡case
anfibólios, bem como anál¡ses isotópicas Sm-Nd em rocha total, em algumasdas
localidades ma¡s tepresentativasdo
embasamento Pré-Mesozóico dispersona
terminaçãosetentrional
dos
Andes Colombianos, v¡sando determinar
as
características geológicas
etemporais dos princ¡pais eventos tectônicos que formaram
as
rochas,e
sua conelação regional.Estes
resultadosforam
¡ntegradosaos dados
geológicos ex¡stentes, assistidospor
análises petrográf¡cas e geoquímicos em algumas das amostras.Os
resultados U/Pb SHRIMP em zircões de três gnaisses com metamorfismo de alio grau (Gnaisse de Jojoncito, Gnaisse de Dibuya e Gnaisse de Bucaramanga) apresentamo
registro deuma extensa h¡storia Mesoproterozó¡ca, que inclui protolitos com heranças
de
idades entre 1250 Mae
I 550 Ma, um registro metamórfico policíclico com um pnmeiro evento entre '1 140-1 190 Ma, eum
últ¡mo evento melhor definido com idades pouco inferioresa
1000Ma.
O sistema Rb-Sr do Gnaisse de Dibuya preserva o registro parcial do evento metamórfico mais ántigo.ldades modelo Sm-Nd entre 1450 Ma
e
1900 Ma, obtidas nos gnaisses, são consideradascomo idades médias de residência crustal, e sugerem a presença de materiais Mesoproterozóicos
e
ma¡santigos.
Um meta-anortosito associado a uma seqüência de alto grau na Sena Nevada deSanta
Marta,e
um gnaisse hornbléndico apresentam e¡¿¡16¡¡ Mâ negativoe
levemente positivo,que
em conjunto com as idades modelo Sm-Nd T¡6a do anortosito sugerem que este magmatismofoi
possivelmente acompanhado de contaminaçåocrustal.
Dados geoquímicos de anfibolitos doGnaisse de Dibuya também sugerem processos semelhantes na gênese destes protolitos.
As
características geocronológicase
isotópicas
bem
como
o
caráter geoquímico
epetrográfico indicam
que
os
protolitos
destas
rochas
foram
formados
em um
dominio predominantemente ensiál¡co, caracterizado por retrabalhamento crustal. O metamorfismo de altograu
pode
ser
relacionadoaos eventos
orogênicosde
afinidade Grenvill¡ana associados áformação
do
Supercont¡nenteRodinia. Da comparaSo do
registro geocronológico dos zircöescom
outras províncias tectônicas ma¡ores, sugere-se que estes protolitos podem ter sido geradosna
margem do Cráton Amazôn¡co.Outros dois paragnaisses, relac¡onâdos a domínios mais oc¡dentais (Gnaisse do Complexo
Sev¡llâ e Gna¡sse do Nus), apresentam também zircões com fontes mistas, sendo que ambos
lêm
o
reg¡stro de idades Meso e Neoproterozo¡ca entre 880 Mae
1400 Ma, e no caso do Gnaisse doComplexo Sevilla foram também identif¡cadas fontes mais jovens até
o
Cambriano, caso de umaamostra
em
que fomeceu 529
t
10
Ma.
Estas idades
mostrama
part¡cipaçäode
fontesl\/esoproterozóicas-Neoproterozóicas,
e
cond¡cionaa
formaçåodos
protolitosdos
Gnaisses deSevllla
antes do
Cambriano, contrastando comas
¡dades Proterozoicasdo
Gnaissede
Dibuyalocalizado ao SE.
Um
granodioritoda
Penínsulada Guajira, que corta
rochas metamórf¡casda
FormaçãoMacu¡ra, apresenta ¡dade U/Pb SHRIMP em zircão de 167 +
I
Ma considerada como relacionadaà
sua
cristal¡zação,e
idadesde
resfriamentoa 350'
C Ar/Ar em
b¡otitaentre
157
e
1Sg Ma.ldades
Meso-Neoproterozóicase
Ordovic¡anas consideradascomo
herançasforam
iambémobtidas.
A
rocha total apresenta idades modelo sm-Ndde
1470 Maê uffi
er.¡¿ paråa
¡dade decristalizaçåo
de
-5,90.
A
presençade
herançase
as
característicasdo
Nd
sugeremque
aformação deste
granitó¡deteve
uma
forte
componentede
material crustal mais
antigo. Oembasamento
no
que
se
encontra
este
grânitó¡de apresenta também
fontes
Meso
eNeoproterozóicas. Em conjunto, as idades Jurássicas e os indicådores mais antigos sugerem que
este domín¡o é um fragmento para-autoctone à margem continental de América do sul.
As
idades Ar/Ar em micae
anfibóliosda
maioria das rochas analisadas mostram espectrosperturbados parcial
ou
totalmente, refletindo
a
presença
de
aquec¡mentosma¡s
jovens,relacionados aos diferentes períodos
de
ativ¡dade magmática Andinano
Jurássico, Cretáceo elntegrated
z¡rcon U/Pb SHRIMP, Rb-Sr
whole rock,
and
mica
and
amph¡bole ArlArgeochronological analysis,
as well
as
Sm-Ndwhole rock where carried ¡n some
of
the
typelocalities
of
the dispersed Pre-Mesozoic basement onthe
northern termination of the Colomb¡anAndes. lt
was
¡ntendto
establ¡shthe
main geological and temporal constraints ofthe
tectonic eventsthat
have formed these rocks,and
its regional conelaiion. Petrographic and geochemical analyses of key samples were also integrated.U/Pb SHRIMP z¡rcon data from three high grade metamorphic gneisses (Jojoncito Gne¡ss,
Dibuya Gneiss and Bucaramanga Gneiss) records an extens¡ve Mesoproterozo¡c h¡story, including protoliths with inherited ages between 1250 Ma and 1550 Ma, a polymetamorphic evolution with a first event between 1'140-1190 Ma, and
a
more well defined last event with ages around 1000 Ma. Rb-Sr whole rock data from the Dibuya Gneiss partially preserves the older metamorphic event.Sm-Nd model ages
between1450 and 1900 Ma from the
gneissesare
considered as average crustal res¡dence ages, and suggest the presence of Mesosproterozoic and older materialin
the
genesis
of the rocks.
A
meta-anorthosite associatedwith h¡gh grade rocks and
anhornblend¡c
gneiss shows
negativeand
slightly posítive er.r¿oroo),that
in
additionwith
meta-anorthosite Sm-Nd T¡¡¡
suggestthat
magmatismwas
associatedw¡th crustal
contamination. Geochemical data from amphibolites ofthe
Dibuya Gneiss also suggest the presence of the same processes for protol¡th format¡on.The
geochronologialand
isotopical
character¡stics,as
well
as the
geochem¡cal andpelrographic particularíties ¡ndicates that the protol¡ihs of these rocks where formed on an ens¡al¡c
domain, characterized by crustal reworking
processes.
High grade metamorphism can be relatedto
Grenville related orogenic events associatedto the
SupercontinentRod¡n¡a.
Comparison ofzircon
geochronological record withthe
broader tectonic provinces, suggestthat
this protoliths could have been formed on the margin of thè Amazon Craton.Two
more paragneisses from the westemmost domains (Sevilla Complex and Nus Gneiss)also
presents zircons with m¡xed ages,of
Mesoand
Neoproterozoic times between 880 Ma and14OO
Ma.
ln the gneiss from the Sevilla Complex younger ages until Cambrian where also found,with a zircon
show¡nga
529x
10Ma.
This äges showsihe
presenceof
Mesoproterozoic andNeoproterozoic sources, and lim¡ts the genesis of
the
Sevilla Gneiss protoliths to the Cambrian,contrasting with Proterozoic ages found on the SE Dibuya Gneiss.
A
granodiorite from the Guajira Península that cross-cut metamorphic rocks of the MacuiraFormation presents U/Pb zircon SHRIMP 167
*
9 Ma ând 158 Ma Ar/Ar biotite ages, interpreted ascrystallization and
350' C
coolingages.
Meso-NeoproterozÒic and Ordovician ¡nhentance wherefound.
Also 1470 Ma whole rock sm-Nd model ages and -5,90 e¡¿116¡ where also obta¡n.The
presenceof
zircon
inheritanceand
the
Nd
character¡stics showsthat the
magmaticevolut¡on
of
this
granitoidwas
accompaniedby strong crustal ¡nteraction. The
Jurassic agestogether
with
the
older
geochronologicâlsignatures suggest
that
th¡s doma¡n
¡s
a
para'autochthonous fragment of the South American continental margin.
Ar/Ar ages in micas and amphiboles from most of the rocks show part¡ally or totally perturbed
spectrums, reflect¡ng
the
presenceof
younger heating events, related to the different per¡ods ofAndean magmatic activity in the Jurass¡c, Cretaceous, and Paleocene-Eocene that have built the
A
evoluçåo tectônicada
margem ocidentalde
Américado
Sul apresenta uma dinâmica eextensa historia geofógica,
onde
diferentes
ambientes
e
processos
tectôn¡costêm
sido superpostos desde o Mesoproterozóico até a formação da cadeia Andina.Esta extensa atividade tectônica
superposta,e
as
extensas coberturas
sedimentares Fanerozóicas têm deixado o registro e as relaçöes geológicas dos eventos mars antigos cada vez ma¡s incompletos e segmentados.Neste complexo quebra-cabeça
a
geocronologiae a
geologia isotópica såo ferramentaspoderosas,
ao
perm¡t¡rem muitos
casoso
reconhecimentotemporal das
diferentesfases
daevolução geológica em tenenos policíclicos, identificar o caráter geral dos processos relacionados
à gênese das rochas (participaçäo do manto ou retrabalhamento crustal), e definir uma ident¡dade
geológica que posa
ass¡st¡rna
análiseda
proveniênciade
possíveis terrenos suspeitos,e
aintegração nos modelos tectônicos reg¡ona¡s (Mueller et al., 1994, Nance e Murphy, 1994, Tosdal,
1996, Kepp¡e et al., 1998, Dickin, 2000).
Nesta pesquisa são apresentados
e
analisados dados geocronológ¡cose
isotóp¡cos (U/PbSHRIMP, Rb-Sr, Sm-Nd e Ar-Ar) nos domín¡os metamórf¡cos Pré-Mesozóicos da reg¡ão norte dos
Andes da
Colômbia, procurando definir as característ¡cas geológicase
temporais dos prìncipaiseventos tectônicos, e sua relaçäo com os modelos de correlação regional.
Os dÕmín¡os de embasamento Pré-Mesozóico presentes na cade¡a montanhosa dos Andes,
além
de
ser
fundameniais
para
a
compreensãoda
evolução geológica local,
têm
sidoconsiderados como traçadores tectônicos das supostas interações da protomargem continental de
América do Sul com outras massas continenta¡s e terrenos, que geraram uma serie de orógenos
no
Meso-Neoproterozóicoe no
Paleozóico (Dalziel, 1994, 1997, Sadowskye
Bettencourt, 1996,Tosdal, 1996, entre muitos outros).
Os
resultados apresentados neste trabalho pretendem rever em uma perspectiva reg¡onalalgumas
das perguntas, considerando como baseas
análises geocronológicase
¡sotóp¡c¿s dealgumas local¡dades repÍesentativas das unidades Pre-Mesozóicas do Norte da Colômbia.
Os
problemas fundamentais cons¡derados
neste
projeto
foram
a
caracterizaçäo geocronológ¡ca e isotópica dos principais eventos tectônicos registrados em alguns dos domíniosdo
embasamento Pré-Mesozóico da região mais setentrional dos Andes do Norte, sua correlaçãoe
seu sign¡fic€do regional.-
Caracterizaçäo geocronológica U/Pb SHRIMPdos
principais eventosque
afetaram asunidades Pré-Mesozóicas
da
parte Norteda
Colômbia, incluindo algumas reg¡öes que careciamde informaçåo geocronológica.
-
Novos dados isotópicos Sm-Nd , permitindo caracterizar de forma geral os processos que formaram os protólitos de algumas das unidades estudadas.-
Dados geoquím¡cose
termobarométricos,em
algumasdas
unidades,para
melhorar oconhecimento dos protol¡tos e do metamorfismo, que caracterizaram sua historia geológica.
-
Análises Ar-Arem
anfibóliose
micas, permitindo anal¡sara
evolução tectonotermal dasunidades
estudadås
e a
resposta
do
embasamento Pré-Mesozóico
aos
eventos tectonomagmáticos Meso-Cenozóicos.-
Revisáo críticada
evolução tectônicae
paleogeográfica Pré-Mesozóica dosAndes
doNorte, sua relaçáo com outros domínios
ou
massas crustais (proveniência), e as implicaçóes naevolução paleotectôn¡ca regional.
A primeira fase de trabalho incluiu a revisäo bibliográfica dos trabalhos geológicos ex¡stentes relacionados com a regiåo de estudo. Posteriormente foram feitas a fase de campo e amostragem
das
unidades selecionadas,o
irabalhode
laboratório que incluiuas
análises petrográficas dasamostras, a seleção e realização das análises geocronológicas e geoquímicas, e a discussão final dos resultados.
Para
a
realização da coleta de amostras foram uiil¡zadosos
mapase
trabålhos geológicos regionaise
locais ex¡stentes (1:200.000, 1:50. 000), onde foram selecionadas as locâlidades comas exposições mais representativas, e as relaçóes estrat¡gráficas melhor
definidas.
As amostrasforam coletadas ao longo de estradas e drenagens, procurando ev¡tar no possível a obtenção de
amostras evidentemente alteradas.
Outras
amostrasforam obtidas
das
coleções
de
gruposde
pesqu¡sada
Un¡vers¡dadelndustrial
de
Santander (ColÔmbia),da
Universidadede
Binghamtom(Esiados
Unidos)e
do Serv¡çoceológico
da Colômbia (INGEOMINAS). Estas amostras foram consideradas e utilizadas, em vista da exlstência de um controle adequado quanto à localização geográf¡ca e geológ¡cå.No total foram
coletadas cerc€de
100
amostrasno
campo,(-20
por
unidade),e
das coleções existentes foram obt¡das outras 20.A
petrograf¡a permitiu def¡n¡ras
características texturaise
composicionais das rochas, eselecionar as amostras para análises geocronológicas e geoquímicas.
No
planejamento das anál¡ses geocronológicas procurou-seque
cada uma das unrdâdesestudadas fosse anal¡sadä por mais de uma metodologia.
A
preparaçãodas
amostrasfoi feita no
laboratór¡ode
separação mineraldo
Centro dePesquisas Geocronológicas do lnstituto de Geociências da USP (CPGeo). Este trabalho incluiu a
preparação
de
concentrados minerais com elevado graude
pureza, particularmente de micas,anfibólios e zircåo, mediante os d¡versos processos de fragmentaçäo, peneiraçâo, separação por
gravidade, separação magnéticå,
e
utilização de líqu¡dosdensos.
As amostras para análise emrocha total foram fragmentadas, quarteadas,
e
pulverizadas finalmente em mornho com bolas detungstênio.
As análises isotópicas e geocronológicas Rb-Sr, Sm-Nd, Ar-Ar foram feitas nos laboratérios do CPGeo-USP, e as análises U-Pb SHRIMP em zircäo foram realizadas, parte no equipamento SHRIMP I da Australian Nat¡onal University (AustÉlia) por Allen Nutman, e parte no SHRIMP ll da Chinese Academy of Geology, em Beijing (China) por Liu Dunyie e U. Cordani.
Para
a
geoquímicade
rochas,as
análisesforam feitas
nos
laboratóriosdo
Depto. de Mineralogia e Geotectôn¡ca do lnstituto de Geociências da Universìdade de São Paulo.Procurando melhorar
o
conhec¡mentodas
condições
de
metamorfismo,
e
possiveisvariaçöes químicas
nos
anf¡bólios,foram realizadas
anál¡sesde
química mineral em
duas amostras representativas de unidades Proterozóicas, na microssonda dos Laboratór¡os do Depto. de Mineralogia e Geotectônica do lnstituto de Geociências da Universidade de Sâo Paulo,2.1. Geoquímica de Rochas
No total foram analisadas 19 amostras para óxidos maiores e alguns elementos traço, pefo
método
de
Fluorescênc¡ade
RaiosX. As
rotinasde
preparaçãoe
características das análisesforam
feitas
segundoos
procedimentos descÍitospor
Mori et al. (1999) paraos
laboratórios dolGc-USP.
lncluíram quarteamento, fragmentação, trituração, pulverizaçåoe
micron¡zaçâo das amostras, e a elaboraçåo de pastilhas fundidas e de pó de rocha. Os dados apresentam em geral um limite de precisåo entre 1 e 10 ppm (Mori et al-, 1999).Das 19 amostras,
l4
foram selecionadas para análises deteras
raras, Y, Sce
Hf noICP-OES
do
lGc-USP.As
característ¡casda
anáse
e
as
rotinasutilizadas
especificamente nolaboratório såo descritas por Navarro et al. (2002). Em geral inclui a fusão e a preparação de urna
solução para
a
realização das colunasde
separaçäo iônica, posteriormenteos
elementos são rnedidos a partir de uma soluçåo no ICP-OES.Todas as
rochas analisadas são metamórficas,e
os
dados geoquímicos foram ut¡lizadoscomo
ferramentas indicadorasda
naturezae
amb¡ente tectônicoem que
foram formados osprotolitos.
A
¡nterpretaçãoteve como
prem¡ssa fundamentala
mobilidade
desprezível doselêmentos de HFSE
(Ti,Zr,Y,
Nb, P, Hf), asteras
raras (REE), os metais transicionais (Cr, Ni, V),e a
sobrevivênciaparcial
de
alguns óxidos maiores
(MgO,SiO2, MnO, CaO)
ao
longo do2.2.
Geotermobarometria
Foram analisadas as caracterist¡cas gerais
do
meÌamorfismo mediante análise petrográfica,a
aplicaçåo
dos
equilíbrios minerais
anfibólio-plagioclásio
para
a
utilizaÉo
dos geotermobarômetrosque
¡ncluem estes dois minerais,e a
comparaçåo com informação regionalexistente. Foi selec¡onada uma amostra representativa
em
duas das unidadesde
alto grau demetamorfismo.
Fo¡ cons¡derada
a
presençâde
relações evidentemente paragenéticase
a
ausência deefe¡tos
de
metamorfismo retrógrado s¡gnificat¡vo.As
composiçôesdo par
anfibólio-plagioclásio foram ana¡isadas nas bordas em contanto e nas regiöes ¡ntemas com a miscrossonda.A formula estrutural e a classifrcação dos anfibólios foi feita no software NEWAMPHCAL de Yavafuz (1999), que segue a proposta da lntemat¡onal Mineralogical Association apresentada em 1997 para a nomenclatura dos anfibólios.
Os barômetros utilizados eståo baseados na substituiçäo de silício e alumínio no anfibólio e
o
plag¡oclásio (Fershater, 1990),e
no conteúdode
alum¡naem
anfibólio (Hammarstrome
Zen,1986,
Hollisteret al.,
1987, Johnsone
Rutherford,1989, Schmidt,
1992).
O
termÔmetro de Holfand e Blundy (1994) cons¡dera a disposiSo do alumínio e do silício na estrutura do anfibólio, a compos¡ção do plagioclásio e a presså0.O geobarômetro de Ferschater (1990) foi calibrado experimentalmente para rochas Ígneas e
metamórficas
em
anfibólios cálcicos,e os
resultadossão
aptopriadospara
rochasna
fáciesanfibol¡to e granulito. No trabalho fo¡ ulìlizado como o indicador fundamental da pressão.
Holland
e
Bluncly (1994) apresentam do¡s termômetros para metabasitos, o temômetro (A)para
rochas com quartzoe o
termômeiro (B) para rochas come
semquartzo. O
intervalo deaplicaçåo destes
temômetros
inclur pressões entre 1-15 Kbare
temperaturas entre 400'-100O',apresentando
uma
precisãode
t
40'.
Os
anfibóliose o
plagioclásio devem apresentar urnacomposiçäo NaA > 0.02 pfu, Alv¡ < 1,8 pfu, e XAn < 0,9.
Os
outros barômetros
(Hammarstrome
zen,1986, Hollister
et al.,
1987, Johnson
eRutherford, 1989, Schmidt, 1992) util¡zados foram calibradas em rochas magmát¡cas por métodos
2.3.
Geocronologia
Em total foram real¡zadas 135 anál¡ses geocronológicas,
92
analises U/Pb SHRIMP em 6amostras, '1 -1 Sm-Ncl (rocha
total),
12
Rb-Sr (rochatotal),
e
20
Ar-Ar.
As
características dosresultados dependem das lim¡taçöes dos métodos geocronoìógicos,
e da
h¡storia geológica das amostras. Em geral pretendeu-se estabelecer as idades de cristal¡zaÉo dos principais eventos, apresença eventual de fontes crustais ma¡s ant¡gas,
e
os principais episódios da evoluçåo termal.Os
dados U/Pb SHRIMP real¡zados em paragnaisses,em
conjunto com as idades modelo Tov,foram
consideradoscomo guias
fundamentãisnas
correlações tectônicas,e
nas
anál¡ses da proveniênc¡a destes domín¡os.2.3.1. Método Rb-Sr
O Rb é um metal alcalino com raio iônico de 1,48 que pode subst¡tuir o K (1,33) nos m¡nerais portadores desie elemento. O Sr faz parte dos metâ¡s alcalinos terrosos, e seu ra¡o iônico de 1,13
A
perm¡te que ele seja substituído pelo Ca.As
idades
que
podem
se
obter pelo método Rb-Sr
em
rocha total
conespondem àcristalização
de
rochas
magmáticasou
metamórficas.
A
temperaturade
fechamento destesistema não é definitiva pela complexa mobilidade do Rb e o Sr, mas em rochas metamórficas de
méd¡o a alto grau tem sido muitas vezes conservada a idade dos protolitos magmát¡cos.
Um importante indicador petrogênet¡co corresponde
à
razão isotóp¡ca ¡nicial da rocha, quepode indicar a sua origem juven¡l (maniél¡co) ou de retrabalhamento crustal,
Os dados das ¡sócronas foram calculados com
o
ISOPLOT 2.49 (Ludwig, 2002).2.3.2. Método Sm-Nd
Em total foram analisadas 14 amostras de do¡s gnaisses Proteorozóicos
O
Sm
e
o
Nd são
elementos
das terras
raras
com
comportamentos geoquímicossemelhanles.
O latsm é um
isótopo radioativoque
se transforma no ¡sótopo radiogênico 1a3Nd,com uma constante de des¡ntegraçäo 15.= 6,54 x 10 -12 anos, e uma vida méd¡a de 1,06
x
1011 Ma,Desde
a
formação
da
terra,
a
evoluçåo isotópica
do
lotNd
está
condicionadafundamentalmente
pelo
decaimento rad¡oat¡vodo
1atsm.Em
muitos
c€sos,o
processo dediferenciação manto-crosta é o único que modificä significativamente a relação Sm/Nd, refletindo
Sm fìca concentrado prêferentemente no manto e, pofianto a relação 143Nd/14{Nd vai aumentar no manto em relação à crosta.
Em
contÍaste,
na
maioria
dos
casos,
os
processos
de
caráter crustal (fusão
parcíal, metamorfismo, diagênesis, alleração hidrotermal)não
modificam novamenteas
razöes Sm/Nd. Este comportamento perm¡te fazer a extrapolação das razöes ¡sotópicas atuais da rocha até uma curva deevoluÉo
isotópica do Nd do manto, e estabelecer a idade (ï¡ay) em que o material crustalfoi
separadodo manto (De Paolo,
1988,Sato
et al., 1995).
Se
a
evoluçåoda
rocha estárelacionada
à
misturade
diferentes fontes,ou
coma fusäo de
rochasde
origem crustal ma¡santigäs
a
¡dade
modelo obtida
é
cons¡deradacomo idade
média
de
residênc¡a crustal, representando uma méd¡a das ¡dades das d¡ferentes fontes envolvidas (Arndte
Goldstein, 1987,Mclennan et al., 1993).
O eNd é um indicador petrogenético de grande significado. E obt¡do da comparação da razão
1a3Nd/Nd1aa da amostra com
a
relação totNd/t*Nd que representao
reservatório característico daterra pnmitiva
(CHUR).
Este parâmetroé
determinado paraa
idadeda
formaçåoda
rocha, eperm¡te identificâr a presença de fonies mantéf ¡cas ou crusta¡s.
Na pesquisa foram anal¡sadas onze amostras de rocha pelo método Sm-Nd.
A
preparação e análise das amostras fo¡ feita conforme aos procedimentos apresentados por Sato et al ('1995) e Sato (1998),e
inclu¡u a fragmentaçãoe
pulverização da rocha,o
ataque químicoe a
separaçäodos elementos
em
colunade troc¿
iônica.
A
determinaçâodas
razöes isotópicasfoi feita
noespectrtmetro
de
massas Finnegan Matt commulti-coletor. As
idades modelose o
e¡¡¿ foramcalculados com relação ao manto empobrecido (DM), segundo as equaçöes apresentadas por De Paolo (1988) para o estag¡o simples.
2.3.3. Método U/Pb (SHRIMP) em z¡rcäo
Discussões mâ¡s extensas
da
sistemát¡cae
aplicações do método U/Pb se encontram emFaure (1986), Heaman
e
Paß¡sh, (1991), Dickin(1995).
O comportamento do zircáo e o s¡stemageocronológico U/Pb såo objeto de extensa pesquisa, tendo numerosos trabalhos que consideram
o
comportamento
dentro
de
diferentes s¡stemas
crustais
(deformaçåo,
metamorfismo,magmat¡smo),
A
descriçãofe¡ta
a
seguir conside¡acomo guias os
trabalhosde
Mezger andKorgstad (1997),
Compston (1998),Ashwall
(1999), Connelly,(2000),
Nutman (2000), entre outros.O zircão
é
um mineral comum na maioria das rochas ígnease
metamórficas,e
de grandemagmas, bem como formaçåo
em
condições metamórficas por proc€ssosde
recristalizaçåo ernestado sólido, presença
de fluidos ou
reaçöes metamórf icâsde
paragêneses minerais com Zr.Depois
de
cristalizado,este mineral pode
sobreviver parcialou
totalmenteà
maior parte doseventos crustais sobreimpostos na sua historia geológica, incluindo fusåo e metamorfismo.
O
SHRIMP
(Sensit¡veH¡gh Resolution
Ion
M¡croprobe)permite
a
análise
in
situ
de segmentos específicos do cristal (15-30 pm),que
podem ser relacionados à formação de zircåoem
ambientes magmáticos,
ou ao
sobrecrescimentoou
recr¡stal¡zaçãoem
condições metamórf¡cas.O
U235e
o
U238såo isótopos
rad¡oal¡vosdo U
que se
transformamno
'otPb
e
'mPb respectivamente, depois de uma serie de transformaçóes em isótopos rad¡oativos de menor meia-vida.Estes isótopos se encontram sempre assoc¡ados, permitindo usar
de
maneira conjunta trêscronômetros diferentes (2æU/2*Pb, 235U/zosPb e totPbl'*Pb¡.
A
curva formada pelas composiçöes de 2æPb/2æUvs
207Pbl23supara
idades concordantes(Wetherhill, 1956) é utilizada na representação gráfica dos resultados obtidos neste método. Outra
apresentaçåo dos dados está constituída pelo
diagramaTera
e
Wasserburg
(1972), neste d¡agÊamasão
incluídos2æl)f6u vs
'otPblt*Pb,
e
tem como
vantagemo
fato que
a
razão 2o7Pbl2o6Pb é medida diretamente.
As análises obtidas no SHRIMP são comgidas da contaminação do Pb comum derivado dos
procedimentos
de
preparaçãoda
amostra para análise,e da
própria amostra por três métodosfundamentais discui¡dos pelo Williams (1998).
A
preparaçáo in¡cial das amostras foi feita nos laboratórios de separaçåo mineral do Centrode
Pesquisas Geocronológicasda
Univers¡dadede Säo
Paulo (CPGeo-USP). Este processoincluiu a fragmentação de amostras de 1 a 5 Kg, a diminuição do tamanho dos gräos nos moinhos
de discos, e a
peneira$o
até concentrar a fração < 200 mesh. As amostms foram enläo passadaspela mesa grav¡tatoria, pelo separador magnético e pelos líquidos densos até obter o concentrado
ma¡s puro
possível. Deste concentrado foram preparadasas
montagensem
d¡scosde
resina epóx¡ no laboratór¡o de U/Pb do CPGeo-USP e na Academ¡a Ch¡nesa de Geociências.As
análises isotópicas foram feitas no instrumento SHRIMPI da
Un¡vers¡dade Nacional deAustrália
porA.
Nutman,e
por U. Cordani no SHRIMPll
da Academ¡a Chinesa de Geociências,As
característicase
princípios analít¡cos ut¡lizadospara
a
operaçäodestes
¡nstrumentos sáoapresentados por Stem (1998) e Williams (1998).
No caso das
anál¡sesfeitas
na Austrália foramfeitas
imagensde
catodolum¡nisencia asgrãos
e
clos domíniosa
serem anâlisadosem
cadagrão.
Nas anál¡ses feitas na China foram fotografados os zircões, mas não foi feita a catadodoluminsencia antes das análises.2.3.4. Método
Ar-Ar
O
método Ar-Ar,que
se constitu¡ uma variantedo
método K-Ar,foi
uiil¡zado em mineraisseparados
das
rochas faneríticas, especialmente
em
anfibólio, biotita
e
moscovita.
Ascaracterísticas
de
operaçåo
do
método
e
a
preparaçåo
das
amostras
säo
descritas emVasconcclos el al (2OO2). Foram selec¡onados diversos cnstais por amostra e colocådos em disco de alumÍnro para serem irradiados no reator nuclear IEA-R1 no IPEN no Såo Paulo. A sanidina do
Fish Canyon
com
idadede 28,3
t
0,2 Ma
foi
irrad¡adaem
conjuntocom as
amostras, comoreferência_
Depois da
irradia$o
foram escolh¡dos três gråos de cada amostra para extraçao de argônio pelo método de fusão por etãpas. As análises foram efetuadas med¡ante aquecimento com lazer em sistema de ultra-alto vácuo acoplado ao espectrômetro de massas do CP-Geo do lnstituto de Geociências da USP.Na
¡nterpretaçãodos
dadosfoi
utilizadoo
conce¡tode
temperaturade
fechamento, querepresentaria
o
momentoem
que
a
velocidadede
difusãodo
argôn¡ono
sistema toma-seprat¡camente nula. Considera-se que as temperaturas de fechamento do anfibólio são de 450"
*
50",
biot¡ta 300"-350",
e
moscovita
350'.
Deformação, presença
de
flu¡dos,
variaçôescomposicionais
das fases
mineraise
as taxas
de
resfriamentopodem
modificaro
valore
o3. CONTEXTO TECTÔNICO
3.1. Generalidades do NW de
América
do SulO
NW de
Américado Sul pode
se
dividirem dois
domínios fisiográficose
geológicosprincipais.
A
região NNW representada pela cade¡a montanhosa ativa dos Andes,e
a região SEde caráter plano
com
algumaszonas
isoladasde
relevo, const¡tuídapor
extensas savanas ezonas selváticas
que fazem parte
da
plataformaSul
Americana,e
que
correspondeá
zonacratôn¡câ de referencia.
Na Colômbia, os Andes formam três fa¡xas montânhosas paralelas que atravessam
o
país em uma direção SW-NE, e que sáo denominadas Cordilheiras Oriental, Central e Ocidental. Alémdestâs regiôes fisiográficas principais existem
outras
áreasde
relevo
significativoao norte
eocidente
do
país
(Figura1).
Na
regiáo Caribe
a
terminaçãoda
Cadeia
dos
Andes
estácaracterizada por uma serie de sefras
e
senanias isoladas entre plänicies costeiras: de Wa
E asSenanias
de Sinú
e
San Jacinto,a
Sena
Nevadade
Santa Martae
as
Senaniasda
Guajira(Macuira, Carpintero, Jarara, Simarua e Cocinas).
Ao
W
da região setentrional da Cordilheira Ocidental, limitada pelo Oceano Pacífico mais aoW
encontrA-seoutra
região montanhosa denominada Senaniado
Bâudo,que
Se estende Até Panamá em uma direçåo SW-NW, formando as Senanias do Darien e San Blas.A
área
da
pesquisa
(Figura
1)
êsta
local¡zadanas
regiöes
mais
setentr¡onais das Cordilheirâs Centrale
Oriental,e
na Sena
Nevadade
Santa Martae
as
Senaniasde
Jarars, Macuira e S¡marua da Península da Guajira na regiåo N do Caribe daColômbia-A configuraçâo tectônica atual dos Andes do Norte está determinada pela interação da placa
Sul-Americana
com
as
placas oceânicAs
de
Nazca
e
dO Caribe,
que
Se encontram
emconvergência ôbliqua com subducçåo em relação à placa Sul-americana.
A evoluÉo
orogênica Meso-Cenozóica que configurou a Cadeia Andina na reg¡âo norte de América do Sul (Colômb¡a, Equador, Venezuela), tem como característica fundamental a interação da margem continental da plataforma Sul-Americana com uma sene de tenenos ou domínios deafinidade oceån¡ca-
Estes dominios estáo
constituídospor
seqüências vulcano-sedimentaresgeradas em diferentes arcos de ilhas, plateaus oceânicos, e complexos acrescionais (Stokchert et
al., 1995, Toussaint, 1996, Giunia elal.,2OO2,
Kerretal.,
1997 ' 2OO2)FIGURA 1. ANDES DA COLOMBIA
CC: Cordilheira da Costa, AM: Andes de Mérida ,CE: Cordilheira Oriental, CCC: Cordilheira Central, CW: Cordilheira Ocidental, CR: Cordilheira Real, B: Serrania do Baudó, S: Serra Nevada de Santa Marta, P: Península da Guajira,
A colisão e acres@o dos diferentes domínios à margem cont¡nental aconteceram de
forma
diacrônica em diferentes segmentos, duranteo
Cretáceo Superiore o
Cenozóico,ao longo
de falhas transcorentes,em um
regimede
convergência predominantementeoblíqua
(Toussaint, 1996, Reynaud et al-, 1999, Hughes e Pilassig, 2002. Kerr et al., 20O2).Temporalmente, os principais períodos de atividade orogênica relacionados com a acresçÉo dos domínios intraoceânicos conespondem ao Cretáceo Superior-Paleogeno, Eoceno Superior e Mioceno-Plioceno (Toussaint, 1996, Villamil, 1999, Hughes e Pilatasig, 2001, Kerr et al.,
2002).
o
Eoceno e o Mioceno tardio também apresentam outras fases orogênicas relacionadas diretamente
com processos de subducção (Cooper et al., 1995, Gutsher et al., 20O0). Atualmente
o
domínio Andino é deslocado como um bloco rígido ao NE, em uma velocidade de 6i
2 mm/a (Trenkarnp etal., 2002), mostrando em termos atual¡stas um mecanismo de d¡spersáo de tenenos que puderam ter acont€cido também na historia geológica mais antiga.
Em
termos geográf¡cosos
domínios oceânicos acresc¡onados constituema
CordilheiraOcidental
e
a Sena do
Baudona
Colômbia, Cordilheira Ocidentale
a
CordilheiraCosteira
do Equador, ea
Cordilheíra da Costa na Venezuela. O segmento central e ocidental da Cordilheira Central da Colômbia,e
a Cordilheira Real do Equador eståo constituídos por possíveistenenos
continentais acrescionados no Mesozóico à margem cont¡nental e por outros domínios de origemoc¿ånica (Litherland
et
al.
1994,
Toussa¡nt,19S6). Estes domínios
são
cortados
por
ummâgmatismo Meso-Cenozóico
de
arco, que tèm
migradoem
respostaà
subducçãodesde
opaleogeno
na
margem continental
-atual-,
A
Cordilhe¡raOriental
e o
flanco Oriental
da Cordilheira Central fazem parte de um domínio de caráter corìtinental, com um embasamentoPrê
Mesozóico acrescìonado para a sua posiçåo atual no Paleozóico Superior (Restrepo e Toussãint,1988). Estes apresentam
o
registrodo
rifteamentodo
Mesozó¡co lnferior,a
conf¡guração dosarcos
magmáticosJurássicos,
e a
sedimentaçãoCretácea
que
caracterizarama
margemcontinent€l autóctone
dos Andes
do
Norte na
conformaçåoda
Cadeia Andina.Todos
estesdomínios apresentam lim¡tes tectôn¡cos entre eles, marc¿ldos por extensos s¡stemas de fâlhas de câráter reg¡onal.
3.2. Evolução
tectônica
do CrátonAmazônico
A
regiåo onentalda
Colômbia, Venezuelae
Equador que constituemo
domínio cratôn¡co (Cráton Amazôn¡co) de referência da Cadeia Andina, encontra-se coberta em sua maior partepor
seqúências extensas sedimentiares do Meso-Cenozó¡co.Rochas cristalinas
e
coberturas sed¡mentares Proterozóicas estäo expostasa
-300
Km
e500 Km da frente de deformaçáo Andina na Colômbia
e
na Venezuela. Na regiåo do piemonte e em sondagens de perfuraçåo estão expostas algumas unidades de embasamento relacionadas aoque
seriaa
regiåo cratônica.As
sondagens fe¡tas nas bacias Fanerozóicasda
Venezuela têmatingido gnaisses e granitóides de idade Mesoproterozó¡cas entre 110G.1500 Ma (Feo-Codoecido et al., 1982).
Na
Colômbiaas
carac{erísticas geológicas geraise o
caráterda
evoluçãotemporal
dodomínio cratônico
é
incluída
na
província
geocronológicaRio
Negro-Juruenado
CrátonAmazônico (Tassinari et al., 2000).
L¡tologicamente conesponde
a
uma
associaçäo
de
paragnaisses
e
migmatitosmetamorfoseados na fácies anfibolito alto,
e
diferentes granitoides associadosde
caráters¡n
epos-tectôn¡co (Galv¡s et
al., 1979).
ldades Rb-Sr, U-Pbe
K-Ar indicama
presença de atividadetectonomagmát¡ca entre 156G1450 Ma, relacionada com a remobilização de material mais antigo
com idades entre 185G1800 Ma (Priem et al.,
1982).
ldades K-Ar e RÞSr em minerais sugerem a presença de importantes perturbações termais entre 1350 e 125O ma (Priem et al., 1982).Em discordância sobre estas unidades encontram-se diferentes seqüências sedimentates clásticas formadas em ambientes continentais
e
trans¡cionais, afetadas por um metamorf¡smo nafácies
xisto
verde,e
uma
seqùência vulcånicanäo
deformadade
caráter predominantementeácido, associada com arcóseos e níveis de formaçöes feníferas (Galvis et al , 1979). Diques e s¡lls máficos aparecem intrusivos nas diferentes unidades (Priem et al., 1982).
A
idade
da
sed¡mentaçåoda
coberturanâo
é
ainda
conhecida.Ao
sul (no
Bras¡l), ogran¡tóide
de
Uaupés
com idade
1.52
Ma
é
intrusivo
em
uma
seqüência
sedimentar conelacionável com as seqúênc¡as presentes na Colômbia (Almeida etal.,
1997 em Tassinari et al.,20OO).A
idade
e
s¡gn¡f¡cadodo
vulcanismoácido
e
dos
diques máficosé
mais
complexa, osresultados Rb-Sr
e
K-Ar indicam idades entre765
Mae
96O Mae -1400
Ma respectivamente(Priem
et al.,
I 982).A
atividade magmáticadas
mesmas característicasem
outras regiöes damanifestaøes intracratônicas reflexo das atividades orogênicas na malgem ativa
flassinari et
al.,2000).
A ausência de deformaçåo nas unidades vulcânicas sugere que estas unidades teriam uma
idade
mais
próx¡maa
960 Ma
(Priemet al.
1982),e
tefiam
provavelmente relaçåocom
asmanifestaÉes intraplacås dos eventos tectônicos que poderiam estar acontecendo na margem- O
evento deformacional
que afeta
as
unidades sed¡mentarestem sido
relacionadoao
eventoNickeriense,
caracterizado
pelo
desenvolvimentode
extensas
zonas
de
cisalhamento
em¡lonitizaÉo
com 1.1 Ga, no
Surinamee
Republicada
Guyana (Priemet
al.,
1973),e
quetambém pode ser reflexo da orogen¡a Meso-Neoproterózoica na margem W do Craton Amazônico. A região cratônica da Venezuela no segmento SW está constituída por granito-gna¡sses com
¡dades
entre
1.85 Ga
e
1.83Ga,
e
um
extenso magmatismo granitoide rapak¡wi,de
caráter¡ntracratôn¡co, com ¡dade de 1.55 Ga. Trata-se da extensão da Provincia Venturi-Tapajós (revisåo
em
Tassinar¡et
al.,
200o).
o
segmentosE
está
formadopor
ortognaissese
paragnaisses metamorfoseados na fácies anfibolito egÉnulito e
associados a um plutonismo tardi-tectônico, eque
conespondemao
Complexo lmatacacuja
evolução tectono-magmát¡cãé
policicl¡ca, comep¡sódios do Arqueano e Paleoproterozóico
ffassinari
et al., 2000)'3.3. Terrenos e dom¡nios
tectonoestratigraticÔs
dos Andes do Norteos
domínios de embasamento Pré-Mesozóico dos Andes do Norte encontram-se expostos de maneira segmentada e inegular na Colômbia no Maciço deGazon,
nas Cordilheirâs Oriental ecentral, na
sena
Nevadade santa
Martae
na
Penínsuladâ
Guajira. Aparecemtambém
nacordilheira Real
do
Êquador,e
nos Andes
de
Méridae
cordilheira
da costa
da
Venezuela(Figura 2).
A
complexa
superposiçåode
eventos tectônicos Meso-Cenozóicosque
configuraram acadeia
Andinae
o caribe, os
extensos movimentos translacionais,e a
existênciade
extensas côberturas sed¡mentates Meso-Cenozóicas nas regiöes de piemonte, e na zona cratônica proximaà
frente de
deformação Andina,têm
fragmentadoe
isoladoo
registro geológicomais
ant¡go' dif¡cultando a análise e conelaçåo da evoluçåo geológica Pré-Mesozóicâ'Além disso,
as
complexasvariaçöes
longitudinaisno
estilo
da
evoluçäotectônica
damargem continental em um mesmo período de tempo, faz das reconstruçöes paleogeográficas e da análise geológica uma tarefa complexa
Em um contexto geotectôn¡co global,
os
fatores determinantesda
formação, migração e acresção de tenenos continenta¡s na protomargem Andina estäo relacionados com os extensosprocessos
de
rifte,
transcorrenciâs,e
as
colisöes
cont¡nentaisdeconentes
da
formaçåo
efragmentaçâo
dos
últimostrês
supercontinentes (Dalziel, 1992, 1997, Erdtmann, 200O, Cocks,2000, Câawood et al-,2001), somados aos deslocamentos gerados pela evolução tectônica
Meso-Cenozóica, e a instâlação de arcos magmáticos convergentes na margem continental And¡na.
Nesta
complexidade,as
análises
de
natureza
e
proveniênciados
tenenos,
têm
s¡doestabelecidas
mediante
a
comparaçäo
com
outras
massas
cratônicas
maiores(predominantemente Laurentia), a derivaçåo e posterior âcresção d¡reta do mesmo bloco cratônico
de
referencia (Amazônia, Gondwana),ou a
afin¡dade com outrostenenos ou
microcont¡nentes independentes (Dalziel, 1994, 1997, Kayet al.,
1996, Tosdal, 1996, Kepp¡ee
Ortega-Gutierrez, 1995, Ramos e Base¡, 1997, Keppie e Ramos, 1999, Ramos, 2000).Entre os Andes
da
Colômbia, Equadore
Venezuelatêm sido
¡dentifìcadaa
presençå decinco domínios
ou
terenos
Pré-Mesozóicos(Figura
2)
limitadospor
grandes falhamentos decâráter
îegional
(Restrepoe
Toussa¡nt,1988,
Forero-Suarez,1991,
Litherlandèt al.,
1994,Bellizz¡â e P¡mentel, '1994).
A
segu¡r, neste c€pituloé
apresentadoum
resumoda
evolução geológica Pré-Mesozóica destas regiöes, baseada no modelo de tectôn¡ca de tenenos, e incluindo a margem continental dereferència.
Na análise são
cons¡deradoso
grau
de
conhecimentodas
diferentesfases
da evoluçäo destes terrenos, as correlaçôes e as diferenças geológicas gue suportam este modelo, e sáo revisadas algumas evidências geológicas relacionadas coma
pâleogeografia e proveniência destes.Na
nomenclaturae
definiçãodos tenenos såo
utilizadasas
propostasde
Restrepo eCRATON AMAZÔNICO
rzE? PROVÍNCtA AMAZONTCA
.@ CENTRAL
@l
nnnonr-rrncnurunsffi
veruruanr,rncruosffi
nro rueoRo-tunuetrrrffi
nooournruo,sAorcNAcroffi
sur.rsesFIGURA 2.
ftrl
EI,|SASA[,1ENTO PROTEROZÓICOtJ
oos n¡¡oeszffi
oovfr.rros rueoPRorERozôtcos[i¡
[rAssAs cRATôNrcAS MENoREsCOBERTURAS SEDIMENTARES
l-_l
rn¡:enozôrcoffi
eneclnanrcoPROVÍNCIAS GEOTECTONICAS DE AMÉRICA DO SUL E TERRENOS DOS ANDES DO NORTE.
MODTFTCADO DE RESTREPO E TOUSSA|NÎ (1988), STEWART ET AL (1999), CORDANT El AL. (20û0)
0
500 Km
F---DETALHE
E
REGrÃo cRArôNrcAml
rËRRENos ou Do[r¡Ntos,....u PRÊ-MEsozÖtcos
lì:ìli¡ir¡1.) a.: r,i1-: t:-¿ì:
3.3.1. Maciço de Gar¿ón (Terreno Andaquí)
Na região de piemonte
e
no segmento sul onental da cadeia Andina da Colômbia, naSena
da Macarenae
no Maciço de Garzón, está exposto um domín¡o de embasamento, compostopor
rochas metâmórficås de alto grau (Trumpy, 1943, Kronemberg, 1982), com uma extensa evolu@o
tectônica Mesoproterozóicå, denominado Teneno Andaquí (Toussaint,
1993)-No Maciço de Garzón (o mais conhecido) este domín¡o tectônico está limitado ao E e
W
por significativasfalhas
regionaisque
o
justapðemsobre
a
sed¡mentaçãoclástica
Cênozó¡ca doantepaís das regióes orienta¡s (Cráton)
e ocidentais,
Litoestratigraficamente está constituído poruma seqr.ìência bandada de gnaisses charcockit¡cos
e
pelíticos, granulitos máfìcos, mármores erochas calco-silicatadas
com lentes
de
rochas metaultrâmáficas, metiamorfoseadasna
fáciesgranulito
em
cond¡çöesde
média
pressåo,e
ortognaisses graníticosfoliados
(Kroonemberg,1982).
O
caráter
bandeadoda
seqüência
metamórfica,e as
características geoquímicas dos protolitos såo relacionadas a uma seqüência vulcano-sedimentar formada em um arco continentalde tipo
And¡no (Kroonemberg,1982,
2000).
Os
granitóidestêm sido
interpretadoscomo
de caráter sin-tectôn¡co formadosem um
ambiente colisional (Kroonemberg, 1982, Restrepo-pace, 1995), mas outras interprelações såo possíveis.ldades U/Pb
convencionaisem zircåo
de
1088t
6
Ma
têm
sido
relacionadascom
a cristalização do granito sin-tectônicoe
um possível evento tectonomagmático regional (Resirepo,Pace
et al., 1997).
Outrasidades
Rb-Sre
K-Arem
anfibólio, micase
feldspatosde
rochasgranuliticas, anfibolitos, mármores e pegmatitos pos{ectônicos
apresntam
um intervalo entre 89Oe lO25 Ma (Priem et al.,
1989). A
êvoluçåo tectonometåmórf¡ca deste domínioé
mais extensa ecomplexa, incluindo diferentes fases
dè
mâgmatismoe
metamorfismo (Jimenez em preparaçäo). Rochas magmáttcas Mesozóicas de ¡dade Jurassica cortam as unidades metamórficas. Baseado na comparação do estilo do metamorfismo e a deficmaçåo entre este domínio e a região cratônica 300 Km ao leste, e em cons¡derâçóes globais da paleogeografia do Mesoproterozóico, Toussaint (1993) cons¡derou este domínio como um possível terreno suspeito transferido durantea
colisåocontinentâl
que gerou
o
metamorfismo. Estas diferençäs tamhÉm podemser
explicáveis porvariações latera¡s no estilo tectónico (hinterland, foreland).