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Avaliação da Maturidade Organizacional em Gerenciamento de Projetos (OPM3®) em Saúde

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(3)

Santos, Luis Augusto dos

Avaliação da Maturidade Organizacional em Gerenciamento de Projetos (OPM3®) em Saúde: Universidade Federal de São Paulo/EPM, 2008.

81f.

Tese (Mestrado) – Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Departamento de Enfermagem, Disciplina de Enfermagem Obstétrica. Programa de Pós-Graduação em Ensino em Ciências da Saúde, 2008.

Título em inglês: Evaluation of the Organizational Maturity in Project Management (OPM3®) in Healthcare.

(4)

A minha esposa Tereza e ao meu filho Thales pela compreensão da minha dedicação

necessária a este trabalho;

A Profa. Dra. Heimar de Fátima Marin, pelos ensinamentos, dedicação, paciência,

orientação na elaboração deste trabalho e por ajudar-me a delimitar o que desejava

realmente pesquisar;

Aos colegas da Siemens Medical que cooperaram neste trabalho;

A todos que não estão citados nominalmente, mas que direta ou indiretamente

contribuíram para a realização desta obra: secretarias, auxiliares, professores e

(5)

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0 . . 1 2 3 41

& 5

(6)

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS E QUADROS

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

RESUMO

ABSTRACT

1. Introdução 01

1.1. Apresentação 03

1.2. O problema 07

1.3. Justificativa do tema 10

1.4. Literatura 11

1.4.1. O ciclo de vida 12

1.4.2. Os processos de projetos 12

1.4.2.1. Iniciação de projeto 13

1.4.2.2. Planejamento 15

1.4.2.3. Execução 16

1.4.2.4. Monitoramento e controle 17

1.4.2.5. Encerramento de projeto 18

1.4.3. As áres de conhecimento 19

1.4.4. Gerenciar a integração 22

1.4.5. Gerenciar o escopo 23

1.4.6. Gerenciar o tempo 24

1.4.7. Gerenciar os custos 25

1.4.8. Gerenciar a qualidade 26

1.4.9. Gerenciar os recursos humanos 27

1.4.10. Gerenciar as comunicações 28

1.4.11. Quantificar os riscos 29

1.4.12. Gerenciar as aquisições 30

1.5. O modelo OPM3 30

1.6. Respostas do modelo 33

(7)

3.1. População 36

3.2. Amostra caracterizada 37

3.3. Processo de coleta de dados e tempo de coleta 38 3.4. Experiências do processo de coleta de dados 40

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 43

4.1. Respostas do modelo OPM3 43

4.2. Visão de alto nível das respostas 46

5. CONCLUSÃO 57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 58

(8)

1.4.2.2 Planejamento ... 15

1.4.2.3 Execução ... 16

1.5.2.4 Monitoramento e Controle ... 17

1.4.2.5 Encerramento de projeto ... 18

1.4.3 As áreas de conhecimento ... 19

1.4.4 Gerenciar a Integração ... 22

1.4.5 Gerenciar o Escopo ... 23

1.4.6 Gerenciar o Tempo... 24

1.4.7 Gerenciar os Custos ... 25

1.4.8 Gerenciar a Qualidade ... 26

1.4.9 Gerenciar os Recursos Humanos ... Erro! Indicador não definido.26 1.4.10 Gerenciar as Comunicações ... 27

1.4.11 Quantificar os Riscos ... 28

1.4.12 Gerenciar as Aquisições ... 29

46

(9)

(

'

Figura 1. Grupos de Processos de Projeto do PMBOK - IPECE ... 10

Figura 2. Sobreposição de fases IPECE do PMBOK. ... 11

Figura 3. Grupo de Processos de Iniciação. ... 13

Figura 4. Grupo de Processos de Planejamento. ... 15

Figura 5. Grupo de Processos de Execução. ... 15

Figura 6. Grupos de Processos de Monitoramento e Controle... 18

Figura 7. Grupo de Processos de Encerramento. ... 19

Figura 8. Ciclo de vida do OPM3®. ... 31

Figura 9. Processos Organizacionais de Gerência de Projeto, PPP. ... 32

Figura 10. Distribuição por PPP e SMCI. ... 34

Figura 11. Índice de Maturidade OPM3® da Siemens Medical. ... 34

Figura 12. Distribuições PPP e SMCI da Siemens Medical. ... 45

(10)

(

*(

( +

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Quadro 1. Áreas de Conhecimento e IPECE do PMBOK Terceira Edição. ... 20

Quadro 2. Grupos de gerenciamentos de processos e Áreas de Conhecimento ... 48

Quadro 3. Melhores práticas encontradas ... 50

(11)

(

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(

CASI - Canadian Aeronautics and Space Institute

CMM® - Capability Maturity Model

CMMI® - Capability Maturity Model Integration

DoD - Departamento de Defesa dos EUA

EAP - Estrutura de Analítica do Projeto

IPECE - Iniciar, Planejar, Executar, Monitorar & Controlar e Encerrar

KPI - Key Performance Indicator

NASA - Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA

OPM3® - Organizational Project Management Maturity Model

PEP - Prontuário Eletrônico do Paciente

PMI® - Project Management Institute

PMBOK® - Project Management Body of Knowledge

PMO - Project Management Office

PGP - Plano Geral do Projeto

PPP - Projeto, Programa e Portfolio

SNIS - Sistema Nacional de Informação em Saúde

SMCI - Standardize, Measure, Control, Continuously Improve

(12)

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Este trabalho verifica a capacidade de uma organização em empreender projetos;

identificando se a mesma tem processos de gerenciamento organizacional de projetos e

como implementa esse gerenciamento através de melhores práticas, aceitas

mundialmente. Para tanto, foi realizada a aplicação do modelo OPM3® em organização

de saúde, o qual consiste de um aplicativo de software com 151 questões que elabora

relatórios e gráficos da existência ou não dessas melhores práticas. Aplicado em uma

organização multinacional, reconhecida internacionalmente como de excelência em

gerenciamento de projetos, obtendo um alto grau de maturidade que pode servir como

(13)

*

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This work verify the capacity of an organization to undertake projects, and as to identify

if the organization it has processes of management and as to implement this project

management through currently accepted of world-wide form. For in such a way, the

application of model OPM3® in health organization was carried through, which consists

of an applicatory one of software with 151 questions that elaborates reports and graphs

of the existence or not of these best practices. Applied in a multinational organization,

recognized internationally as of excellence in management project, getting one high

(14)
(15)
(16)
(17)
(18)
(19)
(20)
(21)
(22)
(23)
(24)
(25)
(26)

A informática em saúde é uma área de conhecimento com expansão cada vez

mais acelerada, exigindo, portanto, a necessidade de investimento humano, financeiro

e organizacional e a integração entre profissionais de diferentes áreas de

especialidades para a busca pela qualidade do atendimento à saúde da população (1).

Porém, no processo de desenvolvimento e aplicação de sistemas

informatizados, diversas questões precisam ser analisadas para que maiores e melhores

resultados possam ser alcançados, dos investimentos feitos. Como auxiliar uma

organização da área de saúde a empreender projetos de informática que visam garantir

a saúde do paciente? Como fazer a integração de recursos humanos de diferentes

especialidades? Como identificar se a organização tem processos organizados de

gerenciamento de projetos e como implementar esse gerenciamento?

De modo geral, pode-se inferir que as organizações têm realizado esforços para

integrar a disciplina de gerenciamento de projetos em suas atividades; muitas relatam

diferentes graus de sucesso, algumas nem conseguem conquistar os benefícios

esperados e, isto muitas vezes acontece até porque desenvolveram expectativas irreais.

O que ocorre é que não há uma clara visão de separação entre o gerenciamento

(27)

operações diferem principalmente pelo fato de que as operações são contínuas e

repetitivas, enquanto os projetos são temporários e exclusivos (2). O projeto tem por

objetivo um resultado e a operação, visa manter o resultado.

Deve haver, portanto uma separação entre o conhecimento de gerenciamento

de projetos e a operação. Enquanto que o primeiro envolve a aplicação de um

conhecimento aplicável à maioria dos projetos (2), o segundo envolve a operação da

especialidade a ser tratada pelo projeto. O importante é distinguir o “produto do

projeto” versus o “projeto em si”, declara Verna, (3).

Um projeto é freqüentemente implementado como um meio de atingir os

planos estratégicos da organização. Morris e Jamieson (4) declaram que o

gerenciamento de projetos é reconhecido e estabelecido como uma importante

operação em muitas organizações, contudo não é formalmente articulada em um

documento e sim, em vários.

Conforme já mencionado, as operações são realizadas como rotinas e possuem

uma característica repetitiva; os projetos são temporários e únicos, ou seja, o projeto

possui um inicio, meio e fim, além do fato de ser único, pois o resultado é algo novo,

que não foi feito antes.

O gerenciamento de projetos é uma disciplina que atualmente está sendo usada

como estratégia chave para gerenciar mudanças em organizações contemporâneas,

conforme afirma Cleland e Ireland (5) e Kloppenborg (6). Essa disciplina, em sua base

(28)

objetivos: o orçamento previsto, o prazo acordado, a qualidade esperada e o escopo

pretendido.

Recente pesquisa global, executada pelo Project Management Institute

(PMI®), sobre gerenciamento de projetos, concluiu que um projeto que utiliza as

atuais técnicas, aceitas por consenso mundial, não mais fornece garantia que o sucesso

irá ser alcançado. Em resposta a esta pesquisa, foi elaborado o modelo Organizational

Project Management Maturity Model (OPM3®) (7) para auxiliar organizações de

qualquer tipo, tamanho ou ramo de atividade a conquistarem sua maturidade em

processos organizacionais de gerenciamento de projetos.

Uma organização que não esteja satisfeita com seu processo atual, na procura

da qualidade e aprimoramento contínuo, identifica a necessidade de empreender

mudanças na forma de trabalho (8). Via de regra, estas mudanças devem ser

implementadas em substituição ao processo rotineiro atual que não mais atende as

necessidades e o alcance de objetivos, segundo a percepção da organização e dos

clientes, no que se refere aos propósitos da organização. Portanto, essas mudanças

devem ser desenvolvidas através de um projeto para facilitar a obtenção do sucesso.

Por outro lado, vale destacar que quanto melhores forem as condições dos

sistemas de informações, melhor será a qualidade e/ou precisão das informações.

(29)

aperfeiçoadas, ou seja, se a organização possui um nível de maturidade organizacional,

como identificado na primeira iniciativa do modelo Capability Maturity Model

(CMM®), que define cinco níveis de maturidade1: The Initial Level, The Repeatable Level, The Defined Level, The Managed Level e The Optimizing Level (9). Cada nível

define a capacidade da organização em desenvolver “softwares”, ou seja, quanto maior

o nível, mais capaz é a organização em desenvolver “softwares”.

Esse modelo, o CMM®, como o próprio nome exprime, é o modelo de

capacidade de maturidade de uma organização e é obtido por meio de análise dos

estágios em que se encontra a organização, classificados pelos cinco níveis,

apresentados acima, ou seja: (1) O nível “Inicial”, onde o desenvolvimento de

software é feito por processos imprevisíveis e quase sem controle; (2) O “Replicável”

que possui desenvolvimento bem sucedido e pode ser reproduzido; (3) O “Definido”

que possui um processo de desenvolvimento caracterizado e satisfatoriamente

entendido; (4) O “Gerenciado” onde o processo é medido e controlado e por fim (5) o

nível “Otimizado” que possui foco na melhoria do processo de desenvolvimento de

“software”.

Já o modelo OPM3 utiliza um índice de maturidade organizacional, que é

medido por valores percentuais, de tal sorte que o estado atual da organização possa

ser comparado com o modelo proposto. Portanto, há uma mudança de paradigma de

(30)

níveis para índices. Enquanto o CMM® utiliza cinco níveis, o modelo aqui utilizado

define percentuais.

No entanto, como modelo, o OPM3 ainda vem sendo testado em diversas

organizações, em variados ramos de atividade. Porém, a principal hipótese a ser

trabalhada é para investigar se o modelo OPM3 pode auxiliar ou corrigir ou ainda ser

um fator de apoio no gerenciamento de projetos de informática em saúde. Ainda mais

especificamente, verificar se pode ser aplicado em projetos na área de saúde - esta é a

principal hipótese a ser pesquisada em ambientes complexos e dinâmicos como a

administração hospitalar e seus sistemas de informação.

Diversos autores demonstram como os recursos da informática são fortes

aliados na busca de qualidade, principalmente na otimização de recursos e segurança

do paciente. Um dos temas mais freqüentemente discutidos na literatura nesta área de

conhecimento é o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP).

Marin, Massad e Azevedo (1) entendem que uma função do PEP é apoiar

pesquisas e avaliar a sua qualidade através dos registros. Ainda citam as desvantagens

e vantagens de seu uso, tais como acesso remoto, legibilidade, integração com outros

sistemas, finalizando o apoio no gerenciamento e controle de custos para a melhoria da

qualidade.

Ferreira (10) considera o PEP como a base do sistema de informações em

saúde, uma vez que suporta as tomadas de decisões para assistência ao paciente e ao

(31)

Lira (11) comenta a melhoria de qualidade e eficiência resultante na implantação do

sistema informatizado para registro de pedidos e exames. Esse sistema padroniza os

exames através do uso de siglas, gerando grande satisfação dos usuários médicos e

técnicos laboratoriais. Böhm, Wen e Silveira (12) vêem que o uso de imagens, uma

importante prática clínica para explanação aos pacientes, incluídos em um sistema

informatizado, melhora a qualidade dos registros médicos. Rodrigues (13) salienta que

o objetivo final de sistemas suplementares ao PEP, tais como telecomunicação,

integração de dados clínicos e administrativos de prontuários individuais ou de

coleções, deve ser o apoio a um processo decisório otimizado, resultando em melhoria

da qualidade do atendimento. Leão (14) enfatiza a busca pela melhoria da qualidade da

assistência e ampliação das iniciativas na área de promoção da saúde através do

Sistema Nacional de Informação em Saúde (SNIS). Moura (15) alerta para o aspecto

de que embora o esforço de desenvolvimento e implantação do PEP seja “local”, o

paciente tende a ser “global”; portanto, a qualidade dos sistemas da organização em

saúde deve estar centrada no cliente.

Por outro lado, merece destaque a análise da capacidade organizacional da

instituição. Ou seja, vale analisar se a organização hospitalar e até mesmo seus

fornecedores, estão capacitados a desenvolver projetos de tecnologia de informação,

(32)

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Em levantamento de trabalhos escolares, jornais acadêmicos, teses e

dissertações publicadas na língua inglesa, entre 1960 a 1999, Kloppenborg e Opfer

observaram que 28% dos trabalhos de gerenciamento de projetos eram em construção

civil, seguidos por 21% que eram relacionados com sistemas de informação, de um

total de 3554 registros. Este trabalho foi apresentado no PMI Research Conference

2000, patrocinado pelo U.S. Departament of Defense (DoD), National Aeronautics and

Space Administration (NASA) e Canadian Aeronautics and Space Institute

(CASI) (16).

Pennypacker (17) realizou um estudo comparativo do uso da gerência de

projetos e declara que a disciplina é largamente usada nas indústrias de engenharia e

arquitetura, de transportes aéreos, de petróleo e gás e de serviços; contudo, em

seguradoras financeiras e serviços de saúde, o uso se mostra mais restrito.

Marin, Massad e Azevedo (1) declaram que nos últimos anos ocorreu uma

forte tendência de mudanças no modelo tradicional de atendimento a saúde, exigindo

dos profissionais uma maior atualização na atenção a saúde, pois os clientes não são os

profissionais de saúde e sim, o paciente.

Segundo McMillan e Wehner (18) ao elaborar projetos (segundo as práticas

propostas pelo PMI) para atender a uma organização hospitalar especializada em

(33)

tratamento de saúde dos pacientes, três programas foram estabelecidos2: Asma Pediátrica; Asma em Adultos e Bronquite e Doenças Pulmonares Crônicas

Obstrutivas. A primeira iniciativa em implantar um programa em Asma Pediátrica

demandou três anos. Desde então, nas novas aplicações de gerenciamento de projetos,

o tempo foi reduzido drasticamente no cronograma passando para seis a nove meses,

para completar os programas restantes.

Segundo Tabak (19) em seu trabalho “Pesquisa e o Desenvolvimento de

Fármacos e Medicamentos: O Caso Brasileiro e Tendência de Mercado

-Dimensionamento da Capacidade Técnico-Científica Instalada” apresentado em

seminário nacional sobre o complexo industrial da saúde, conclui que são três os

fatores que compõem a base de fragilidade do desenvolvimento de novos

medicamentos no Brasil, a saber: a informática, o gerenciamento de projetos e a

colaboração entre as universidades e os centros de pesquisa com as indústrias

farmacêuticas.

O Standish Group, desde 1994, realiza sistematicamente, a cada dois anos uma

pesquisa e elabora o chamado “CHAOS Report”, onde relata os sucessos e as falhas de

projeto em tecnologia de informação. Em 2003, o “CHAOS Report” (20) mostrou que

em 13.522 projetos de tecnologia de informação, houve algumas melhorias, com um

aumento de taxas de sucesso de 34% dos projetos. De fato, 56% dos 59% dos projetos

tiveram um aumento de custo de menos de 20% da estimativa inicial. O valor do

(34)

insucesso de projetos nos Estados Unidos no ano de 2002 foi estimado em US$ 38

bilhões (outros $17 bilhões em aumento de custo), havendo um desperdício de US$ 55

bilhões em investimentos dos US$255 bilhões investidos. Em 1994, a estimativa era

de um desperdício de US$ 140 bilhões (US$ 80 bilhões em projetos sem sucesso)”.

Outras pesquisas levantadas por Reich e Wee (21) apontam que em 35.000

projetos de várias indústrias, executados no mundo, o aumento de custo foi a norma,

que ficou tipicamente entre 40% e 200%. O aumento de custo em 246 projetos

militares das forças armadas dos Estados Unidos ficou entre 21% e 437%.

A complexidade atual dos problemas fica mais evidente face ao explosivo

crescimento da ciência, que aumenta o conhecimento relevante em cada função nas

organizações como, por exemplo, nas finanças, vendas, propaganda, relações públicas,

pessoal, compras, produção, pesquisas, dentre outros.

Ainda, a natureza das decisões também se modifica, devido ao aumento da

complexidade da tecnologia (escritório, fábricas e residências). Conseqüentemente,

para integrar essas diferentes especialidades é preciso envolver as ciências de

comportamentos, biológicas e físicas e, até o momento, são poucos os conhecimentos

(35)

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O modelo OPM3 tem por guia o “PMBOK Guide 2000” (24) que recomenda,

mas não delimita o ciclo de vida de projetos, chamado de “Grupos de Processos de

Projeto” (Iniciar, Planejar, Executar, Controlar e Encerrar - IPECE) (Figura 1).

Figura 1. Grupos de Processos de Projeto do PMBOK - IPECE

Os processos de gerenciamento de projetos podem ser organizados em cinco

grupos; sendo que cada um deles contém um ou mais processos:

• Processos para Iniciar: autorização do projeto ou fase;

• Processos para Planejar: definição e refinamento dos objetivos e

seleção da melhor das alternativas de ação para alcançar os

objetivos que o projeto estiver comprometido em atender;

• Processos para Executar: coordenar pessoas e outros recursos para

(36)

• Processos para Controlar: assegurar que os objetivos do projeto

estão sendo atingidos, através da monitoração regular do seu

progresso para identificar variações do plano e, portanto, ações

corretivas podem ser tomadas quando necessárias;

• Processos para Encerrar: formalizar a aceitação do projeto ou fase e

encerrá-lo de uma forma organizada.

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O ciclo de vida serve para tanto para definir o inicio e fim do projeto, como

também a transição para a operação rotineira ou contínua. Dentro do ciclo, é definida

também a forma ou sinalização, através de documentos que caracterizam a transição

ou interação de um grupo para outro. (Figura 2).

(37)

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Os projetos são compostos de processos. Um processo é “uma série de ações

que geram um resultado”. Os processos dos projetos são realizados por pessoas e

normalmente se enquadram em uma das duas categorias. A primeira categoria engloba

os processos da gerência de projetos, que são aqueles que se relacionam com

descrição, a organização e a conclusão do trabalho do projeto. A segunda categoria diz

respeito aos processos orientados ao produto, que se relacionam com especificação e a

criação do produto do projeto. Os processos orientados ao produto são definidos pelo

ciclo de vida do projeto e variam de acordo com a área de aplicação. (24)

Devido à complexidade de um projeto, pode ser necessário um

desenvolvimento iterativo do mesmo ao longo do ciclo de vida. O PMBOK, portanto,

alerta para a interação ou sobreposição entre as fases do ciclo de vida. (Figura 2).

A seguir estão descritos, de forma resumida, os processos de gerenciamento de

projetos do “PMBOK Terceira Edição” (2).

Ao final de cada processo é apreciada a importância da especialização de

profissionais de saúde, ao separar o conhecimento de gerenciamento de projetos do

conhecimento do domínio do projeto, já que o primeiro se refere à especialidade de

coordenação administrativa e o segundo, à coordenação da especialidade de saúde,

(38)

Por exemplo, o domínio de conhecimento de gerenciamento de projetos tem

como componentes as estimativas de tempo e custos, análises de retornos de

investimentos e até mesmo, a administração de contratos. O domínio de conhecimento

da especialidade de saúde possui características dependentes da região geográfica,

população sexo e idade do paciente.

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O grupo “Iniciar” define de que forma será tratado o projeto, isto é, se o

planejamento e demais grupos serão com alta interação ou não. Este tratamento

auxiliará a comunicação entre diferentes especialidades. (Figura 3).

G ru po d e P ro c e s s os de M on ito ra m e nt o e C o n tro le G rup o d e P roc e s s o s de P la ne ja m e nt o

G ru p o d e P ro c es s o s d e E x ec u ç ão D e s en v olv e r

te rm o de a be rtu ra do p roje to

D e s en v olv e r D ec la raç ã o de

e s c op o p relim in ar

do p roje to G ru po d e P ro c e s s os de M on ito ra m e nt o e C o n tro le G rup o d e P roc e s s o s de P la ne ja m e nt o

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(39)

O principal documento que caracteriza o grupo de “Iniciar” é o “Termo de

Abertura” (Anexo A). Este documento fornece aos envolvidos as principais

informações resumidas sobre o projeto a ser executado, além de auxiliar os

patrocinadores na seleção, priorização e suporte de vários projetos. Os patrocinadores

autorizam o início e, a partir daí, passa-se ao segundo e último documento que é a

“Declaração de Escopo Preliminar” (Anexo B).

As informações contidas nesses documentos são utilizadas para guiar todos os

planos subseqüentes de forma progressiva.

O profissional em saúde é requerido para completar nesses documentos a sua

contribuição de conhecimento especializado. Assim, este profissional deve fornecer as

informações sobre o que é necessário ser realizado, podendo incluir como será feito, o

prazo e orçamento disponível ou ainda, uma solicitação das definições para a equipe

do projeto atender a necessidade.

Uma vez definidos o quê, como, o prazo e o custo, é caracterizada a qualidade

do projeto. A qualidade do resultado do projeto, isto é, o produto ou serviço

(40)

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É a coleta dos planos das outras áreas de conhecimento, descritas a seguir. Este

processo envolve também o desenvolvimento de planos adicionais. O conjunto desses

planos é denominado Plano Geral do Projeto (PGP).

Planos são elaborados de forma progressiva, de forma colaborativa entre os

membros da equipe de projeto, patrocinadores e usuários do produto ou serviço a ser

criado pelo projeto. (Figura 4).

Planejamento do Escopo Criar EAP Estimativa de custos Orçamentação Planejamento de recursos humanos Planejamento da qualidade Planejamento das comunicações Planejar contratações Planejamento de respostas a riscos Definição do Escopo Desenvolver Plano de Gerenciamento Do Projeto Estimativa de recursos da atividade Definição da atividade Estimativa de duração da atividade Sequencia-mento da atividade Desenvolv. do cronograma Planejamento do gerenc. de riscos Identificação de riscos Análise qualitativa de riscos Análise quantitativa de riscos Planejar compras e aquisições Grupo de Processos de Iniciação Grupo de Processos de Execução Grupo de Processos de Encerramento Grupo de Processos de Monitoramento e Controle Planejamento do Escopo Criar EAP Estimativa de custos Orçamentação Planejamento de recursos humanos Planejamento da qualidade Planejamento das comunicações Planejar contratações Planejamento de respostas a riscos Definição do Escopo Desenvolver Plano de Gerenciamento Do Projeto Estimativa de recursos da atividade Definição da atividade Estimativa de duração da atividade Sequencia-mento da atividade Desenvolv. do cronograma Planejamento do gerenc. de riscos Identificação de riscos Análise qualitativa de riscos Análise quantitativa de riscos Planejar compras e aquisições Grupo de Processos de Iniciação Grupo de Processos de Execução Grupo de Processos de Encerramento Grupo de Processos de Monitoramento e Controle Planejamento do Escopo Criar EAP Estimativa de custos Orçamentação Planejamento de recursos humanos Planejamento da qualidade Planejamento das comunicações Planejar contratações Planejamento de respostas a riscos Definição do Escopo Desenvolver Plano de Gerenciamento Do Projeto Estimativa de recursos da atividade Definição da atividade Estimativa de duração da atividade Sequencia-mento da atividade Desenvolv. do cronograma Planejamento do gerenc. de riscos Identificação de riscos Análise qualitativa de riscos Análise quantitativa de riscos Planejar compras e aquisições Grupo de Processos de Iniciação Grupo de Processos de Execução Grupo de Processos de Encerramento Grupo de Processos de Monitoramento e Controle

(41)

O profissional em saúde é requerido na contribuição de conhecimento

especializado nos processos de “Planejar o Escopo”, “Definir o Escopo”, “Criar a

Estrutura Analítica do Projeto – EAP”, (Anexo D), “Estimar Recursos”, “Estimar

duração”, “Estimativa de Custos”, “Análise Qualitativa de Riscos”, “Análise

Quantitativa de Riscos”, “Planejar Compras e Aquisição” e “Planejar Contratação”.

Destacam-se aqui, a Estrutura Analítica do Projeto - EAP, que é uma técnica

de decomposição do projeto em partes mais gerenciáveis. A análise qualitativa de

riscos é a investigação da probabilidade e o provável impacto de cada evento em

interferir no projeto. A análise quantitativa de riscos é a investigação da sensibilidade

da probabilidade e o provável impacto de cada evento em interferir no projeto. (2)

Outros processos que necessitam do profissional especializado em saúde com

experiências de projetos anteriores, são “Definição de Atividades”, “Estimativa de

Custos”, “Planejamento da Qualidade”, “Planejamento de Recursos Humanos”,

“Planejamento das Comunicações”, “Planejamento Gerenciamento de Riscos” e

“Identificações de Riscos”.

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É a execução propriamente dita que visa levar a efeito, o Plano Geral do

Projeto, isto é, os planos definidos no planejamento, planos de qualidade, recursos

(42)

Grupo de Processos de Planejamento Grupo de Processos de Monitoramento e Controle Orientar e gerenciar a execução do projeto Realizar a garantia da qualidade Contratar ou mobilizar a equipe do projeto Desenvolver a equipe do projeto Solicitar respostas de fornecedores Distribuição das informações Selecionar fornecedores Grupo de Processos de Iniciação Grupo de Processos de Encerramento Grupo de Processos de Planejamento Grupo de Processos de Monitoramento e Controle Orientar e gerenciar a execução do projeto Realizar a garantia da qualidade Contratar ou mobilizar a equipe do projeto Desenvolver a equipe do projeto Solicitar respostas de fornecedores Distribuição das informações Selecionar fornecedores Grupo de Processos de Iniciação Grupo de Processos de Encerramento

Figura 5. Grupo de Processos de Execução.

O profissional em saúde é requerido no processo de “Solicitar Respostas de

Fornecedores” para avaliar as propostas de fornecimento de produtos ou serviços (2).

% % * +

Ao executar um projeto, há novas informações que são desenvolvidas ou

encontradas e são necessárias, muitas vezes, mudanças nos planos. O controle de

mudanças deve ser utilizado para documentar as alterações nos planos já definidos.

(43)

M on ito ra r e C o nt rolar o t rab a lh o do P ro jet o

Ve rif ica çã o d o esco p o

Co n tro le d o e sco po

Co n tro le d o cron o gra m a

Co n tro le d e C ust o

Co n tro le d e p erf orm a n ce d e q ua lid a de

Ge rê ncia de eq u ip e

R e la tó rio d e p erf orm a n ce

Ge rê ncia de in te re ssad o s

C on tro le e M on ito ra m .

de risco s

A dm in ist raçã o de co n tra to C on tro le de

M u d an ça s In te gra d as Gru p o de

P ro cesso s d e In icia çã o

G ru po d e Pro ce sso s d e Pla n ejam e n to

Gru p o de P ro ce sso s d e E n ce rra m e nt o

Gru p o de P ro cesso s d e E xe cuçã o

M on ito ra r e C o nt rolar o t rab a lh o do P ro jet o

Ve rif ica çã o d o esco p o

Co n tro le d o e sco po

Co n tro le d o cron o gra m a

Co n tro le d e C ust o

Co n tro le d e p erf orm a n ce d e q ua lid a de

Ge rê ncia de eq u ip e

R e la tó rio d e p erf orm a n ce

Ge rê ncia de in te re ssad o s

C on tro le e M on ito ra m .

de risco s

A dm in ist raçã o de co n tra to C on tro le de

M u d an ça s In te gra d as Gru p o de

P ro cesso s d e In icia çã o

G ru po d e Pro ce sso s d e Pla n ejam e n to

Gru p o de P ro ce sso s d e E n ce rra m e nt o

Gru p o de P ro cesso s d e E xe cuçã o

Figura 6. Grupos de Processos de Monitoramento e Controle.

Cabe ao profissional em saúde aqui, com sua experiência e conhecimento na

área, atuar nos processos de “Monitorar e Controlar o Trabalho do Projeto”, “Controle

de Mudanças Integradas” e “Administração de Contratos”.

% , ( " $ '

São os processos de encerramento administrativos e de contratos, se aplicáveis.

(44)

G r u p o d e P r o c e s s o s d e M o n it o r a m e n t o

e C o n tr o le G r u p o d e P ro c e s s o s d e P l a n e ja m e n t o

G r u p o d e P r o c e s s o s d e E xe c u ç ã o

E n c e r r a m e n to d e p r o je to

E n c e r r a m e n to d e c o n t r a t o G r u p o d e

P r o c e s s o s d e M o n it o r a m e n t o

e C o n tr o le G r u p o d e P ro c e s s o s d e P l a n e ja m e n t o

G r u p o d e P r o c e s s o s d e E xe c u ç ã o

E n c e r r a m e n to d e p r o je to

E n c e r r a m e n to d e c o n t r a t o

Figura 7. Grupo de Processos de Encerramento.

O profissional em saúde nesta etapa deve atuar nos processos de

“Encerramento do Projeto” e “Encerrar o Contrato”.

% - $ " . "

Os processos dos projetos, anteriormente descritos, são apoiados em áreas de

conhecimento do PMBOK, também esses são descritos através de 44 processos de

gerenciamento de projetos (Quadro 1), os quais definem, como melhores práticas

mundiais, os processos requeridos para assegurar as ações necessárias para:

a. realizar a integração dos processos de gerenciamento de projetos;

b. identificar o escopo do trabalho a ser executado e controlado;

(45)

d. estimar e controlar o custo dos recursos materiais e humanos;

e. definir, assegurar e controlar o padrão de qualidade;

f. utilizar de forma efetiva os recursos humanos;

g. assegurar uma efetiva e eficaz comunicação;

h. gerenciar os riscos e;

i. adquirir bens e serviços.

Processos de Áreas de Conhecimento

Grupos de Processos de Gerenciamento de Projetos (PMBOK Terceira Edição) INICIAR PLANEJAR EXECUTAR MONITORAR e

CONTROLAR ENCERRAR 4. INTEGRAÇÃO 4.1 Termo de Abertura* *

4.2 Escopo Preliminar *

4.3 Desenvolver Plano de

Gerenciamento de Projeto * 4.4 Dirigir e Gerenciar a Execução

4.5 Monitorar e Controlar o Trabalho * 4.6 Controle Integrado de Mudanças *

4.7 Encerrar o Projeto *

5. ESCOPO 5.1 Planejar o Escopo * 5.2 Definir o Escopo *

5.3 Criar a EAP

5.4 Verificar 5.5 Controlar

6. TEMPO 6.1 Definir Atividades * 6.2 Sequenciar

6.3 Estimar Recursos * 6.4 Estimar Duração * 6.5 Desenvolver o Cronograma

6.6 Controlar Cronograma

7. CUSTO 7.1 Estimar Custo 7.2 Orçar 7.4 Controlar Custo 8. QUALIDADE 8.1 Planejar Qualidade 8.2 Assegurar o Desempenho 8.3 Controlar Qualidade 9. RECURSOS

HUMANOS

9.1 Planejar os Recursos

Humanos 9.2 Adquirir Equipe 9.3 Desenvolver a Equipe

9.4 Gerenciar Equipe

10.

COMUNICAÇÃO

10.1 Planejar as

Comunicações 10.2 Distribuir a Informação 10.3 Relatar o Desempenho 10.4 Gerenciar os Interessados

11. RISCO 11.1 Planejar o Gerenciamento de Risco

11.2 Identificar 11.3 Qualificar 11.4 Quantificar 11.5 Planejar Respostas

11.6 Controlar e Monitorar os Riscos

12. AQUISIÇÃO 12.1 Planejar Compras e Aquisição *

12.2 Planejar Contratos *

12.3 Solicitar *

12.4 Selecionar 12.5 Administrar Contratos 12.6 Concluir Contratos *

Quadro 1. Áreas de Conhecimento e IPECE do PMBOK Terceira Edição.

(46)

As numerações de 4. a 12. e sub-itens referem-se aos capítulos do PMBOK

Terceira Edição. São 44 processos de gerenciamento de projetos. Todos possuem

entradas definidas como insumos, para serem tratadas pelas ferramentas e técnicas que

produzirão saídas (resultados).

Há processos que necessitam do conhecimento do profissional em saúde, isto

é, do conhecimento especializado em saúde (21) (25). Esses processos estão

referenciados na tabela anterior (Quadro 1).

Reich em sua pesquisa (21) identificou os processos de gerenciamento de

projetos que necessitam do conhecimento especializado, pois o PMBOK (2) tem a

forte tendência de utilizar o conhecimento de forma explícita e declarativa, isto é o

“como”, e fornece pouca atenção ao conhecimento tácito e causal, isto é o “por que”.

O conhecimento explícito e declarativo são precisamente e formalmente

articulados para auxiliar a preparar ou desenvolver os planos do gerenciamento de

projetos, enquanto que os conhecimentos tácito e causal são entendidos e aplicados,

mas difíceis de articular, desenvolvidos através da experiência e ações, compartilhados

através de alta interatividade.

Reich, portanto, orienta em quais processos do PMBOK há a necessidade do

(47)

% % / " 0

Gerenciar a integração de projeto é coordenar os vários elementos do projeto,

isto é, reunir os planos, descritos mais adiante, em função dos grupos de processos de

gerenciamento, anteriormente descritos. Envolve estratégias para desenvolver o Plano

Geral do Projeto (PGP). Ainda, gerenciar a integração envolve uma coleta dos

resultados de outros processos de planejamento, colocando-os em um consistente e

coerente documento.

O primeiro processo, ou seja, “Iniciar” que se submete à organização deve

conter, conforme já descrito anteriormente:

a. “Termo de Abertura de Projeto” (Anexo A) visa começar o projeto, ou

ainda uma próxima fase do projeto;

b. Autorizado o projeto, uma “Declaração Preliminar de Escopo” (Anexo

B) que fornece informações pelo iniciador solicitante ou pelo

patrocinador do projeto, descrevendo qual trabalho, o que deverá ser

realizado e quais “entregas” (produtos) precisam ser produzidas. A

próxima etapa documenta as características e limites do projeto e seus

produtos e serviços associados, além dos métodos de aceitação e

controle do escopo.

Uma vez definido o PGP, inicia-se a execução das atividades incluídas nos

outros processos de planejamento. Via de regra, são atividades que, devido a sua

natureza de incertezas, devem passar por um controle de mudanças globais, que é a

(48)

Os anexos incluídos neste trabalho servem como referências de documentos de

gerenciamento de projeto e podem ser utilizados como padrão de inicio de uma

metodologia, devendo ser “flexibilizada” quanto à duração, orçamento e complexidade

do projeto.

% , / " ( "

Gerenciar o escopo de projeto é incluir todo e tão somente o trabalho

necessário para ser concluído com sucesso. Esta etapa é composta por processos que

devido a natureza do projeto, podem ser seqüenciais ou serem desenvolvidas de forma

paralela. Deve-se:

a. “Planejar o Escopo” ao desenvolver um documento, para que este sirva

de base para as decisões futuras do projeto e;

b. criar um plano de “Gerenciamento do Escopo do Projeto” (Anexo C)

que documenta como o escopo do projeto será definido, verificado e

controlado;

c. “Definir o Escopo”, que é uma etapa cuja intenção é desenvolver uma

detalhada declaração de escopo do projeto, como base para as futuras

decisões do projeto;

d. “Criar a Estrutura Analítica do Projeto” (Anexo D) que subdivide os

principais “produtos” do projeto e o trabalho do projeto em

(49)

e. “Verificar o Escopo”, ou seja, executa-se a etapa que vai formalizar a

aceitação do escopo do projeto e das “entregas/produtos” com os

clientes e ou patrocinadores;

f. “Controlar as Mudanças do Escopo” que consiste na etapa de ordenar o

processo de controle das mudanças no escopo do projeto, para

identificar a necessidade, autorização e a aplicação da mudança.

% 1 / "

Gerenciar o tempo é concluir o projeto no prazo previsto. Para tanto,

utilizam-se as utilizam-seguintes etapas:

a. “Definir as Atividades”: identificar as atividades específicas que serão

executadas para produzir os vários resultados do projeto;

b. “Seqüenciar as Atividades”: identificar e documentar suas

dependências interativas,

c. “Estimar os Recursos das Atividades”: incluir os recursos humanos e

materiais e as quantidades requeridas para executar cada atividade

programada;

d. “Estimar a Duração das Atividades”: aplicar métodos de estimativas do

número de períodos do trabalho que serão necessários para concluir as

(50)

e. “Desenvolver o Cronograma”: analisar as seqüências das atividades,

suas durações e exigências quanto à capacidade de trabalho associadas

à disponibilidade de recursos materiais e humanos;

f. “Controlar o Cronograma” em um processo ordenado de controle das

mudanças no cronograma do projeto, que identifica sua necessidade,

autorização e a aplicação da mudança. (Anexo E – Plano de

Gerenciamento de Cronograma).

% 2 / " +

Gerenciar os custos é concluir dentro do orçamento aprovado. As etapas

envolvidas são:

a. “Estimar Custos” - que é uma fase para desenvolver uma aproximação

dos custos necessários dos recursos para terminar as atividades do

projeto;

b. “Orçar Custos” - alocar a estimativa de custo total aos itens individuais

do trabalho;

c. “Controlar Custos” - um processo ordenado de controle das mudanças

do orçamento de projeto. (Anexo F – Plano de Gerenciamento de

(51)

% 3 / " 4 $ $

Gerenciar a qualidade é satisfazer as necessidades para as quais foi

empreendido o projeto. As etapas são:

a. “Planejar a Qualidade”: identificar os padrões de qualidade relevantes

ao projeto e determinar como serão satisfeitos;

b. “Executar a Garantia de Qualidade”: avaliar a execução total do projeto

em uma base regular para fornecer a confiança de que o projeto

satisfará aos padrões de qualidade relevantes;

c. “Controlar a Qualidade”: monitorar os resultados específicos do projeto

para determinar se atende aos padrões e identificar maneiras para

eliminar causas de desempenho insatisfatório. (Anexo G – Plano de

Gerenciamento de Qualidade).

Em síntese, gerenciar a qualidade é aplicar o plano em atividades sistemáticas

da qualidade para assegurar de que o projeto empregue todos os processos necessários

para encontrar com os requisitos.

% 5 / " " 6

Gerenciar os recursos humanos é utilizar de forma mais eficaz o pessoal

(52)

a. “Planejamento dos Recursos Humanos”: identificar e documentar os

papéis, as responsabilidades e reportar relacionamentos do projeto, bem

como criar a plano de gerenciamento de equipe;

b. “Adquirir a Equipe de Projeto”: obter os recursos humanos necessários

para completar o projeto e atribuir o trabalho no projeto;

c. “Desenvolver a Equipe”: desenvolver as habilidades individuais e do

grupo para elevar o desempenho;

d. “Controlar a Equipe de Projeto”: acompanhar o desempenho da equipe,

fornecer o retorno, resolver ocorrências e coordenar as mudanças para

aumentar o desempenho no projeto. (Anexo H – Plano de

Gerenciamento de Recursos Humanos).

% 7 / " + " 8

Gerenciar as comunicações é garantir que as informações do projeto sejam

adequadamente coletadas e disseminadas. As etapas envolvidas são:

a. “Planejar as Comunicações”: determinar qual informação e quais

comunicações são necessárias para os interessados, ou seja, quem

necessita de qual informação, quando ela é necessária e como lhes será

dada;

b. “Distribuir as Informações”: fazer com que a informação necessária

(53)

c. “Relatar o Desempenho”: coletar e disseminar a informação do

desempenho, status, as medições de progresso e previsões;

d. “Gerenciar as Partes Interessadas”: comunicar os requisitos e resolver

os eventos que surgirem, com as partes interessadas no projeto. (Anexo

I – Plano de Gerenciamento das Comunicações).

% 4 ! " "

Para gerenciar riscos é preciso identificar, analisar e responder aos riscos

identificados do projeto. As etapas envolvidas são:

a. “Planejar o Gerenciamento de Risco”: decidir como abordar, planejar e

executar as atividades de gerenciamento de risco de um projeto;

b. “Identificar os Riscos”: determinar que riscos são prováveis de causar

impacto no projeto e documentar as características de cada um;

c. “Qualificar os Riscos”: ponderar uma escala de probabilidade e

conseqüências possíveis no projeto, priorizando os riscos para

subseqüente análise adicional ou atuar, avaliando e combinando suas

probabilidades de ocorrências e de impactos;

d. “Quantificar os Riscos”: aplicar a probabilidade e conseqüências, para

numericamente analisar o efeito em objetivos totais dos riscos

(54)

e. “Desenvolver as Respostas a Riscos”: desenvolver opções e ações para

realçar oportunidades e para reduzir ameaças aos objetivos do projeto;

f. “Controlar e Monitorar as Respostas a Riscos”: acompanhar os riscos

identificados, monitorar riscos residuais, identificar riscos novos,

executar planos de resposta de risco e avaliar sua eficácia durante todo

o ciclo de vida do projeto.

No Anexo J é apresentado o Plano de Gerenciamento de Riscos.

Vale ainda ressaltar que o risco é identificado na falta de compreensão do

trabalho a ser feito e na incerteza de resultados esperados.

% / " 9 8

Gerenciar as aquisições de bens e serviços de terceiros. As etapas aqui

envolvidas são:

a. “Planejar as Aquisições e Contratos”: documentar produtos, serviços e

requisitos a serem adquiridos e identificar potenciais vendedores;

b. “Planejar a Contratação”: analisar suas ofertas, escolher entre os

vendedores, aqueles que possuem potenciais para o projeto;

c. “Responder as Requisições dos Vendedores”: fornecer informação

documentada das exigências do produto, obter cotações, preços, ofertas

(55)

d. “Selecionar o Fornecedor”:estabelecer a forma de escolher os

vendedores potenciais;

e. “Administrar o Contrato”: controlar o relacionamento com o

fornecedor, rever e documentar como está sendo ou foi executado o

contrato, para estabelecer ações corretivas e fornecer uma base para os

relacionamentos futuros. Cabe também nesta etapa, gerenciar as

mudanças relacionadas ao contrato e, quando apropriado, gerenciar o

relacionamento contratual.

O Anexo K apresenta o Plano de Gerenciamento de Aquisições.

São, portanto, nove áreas de conhecimentos que distribuídas com seus

subconjuntos de processos requeridos (novamente, não delimitados) associadas ao

ciclo de vida de projetos (Grupos de Processos) Quadro 1.

, * $ *

O modelo OPM3 visa atender o planejamento estratégico das organizações

para a medição da eficiência do planejamento, monitoramento, execução e

encerramento dos projetos, possibilitando a visão dos pontos que necessitam de

melhoria e dos pontos implementados, através de um questionário informatizado de

avaliação e resposta.

Existem três fases principais. A primeira é a fase de apresentação do modelo, a

(56)

sobre continuar ou não a avaliação. Ou seja, a avaliação não terá continuidade se os

resultados iniciais do modelo estão abaixo do cálculo de 20% de índice de maturidade.

A terceira fase é a de escolha de melhores práticas a implantar na organização.

(Figura 8).

Figura 8. Ciclo de vida do OPM3®.

C O N H E C I M E N T O

A V A L I A Ç Ã O

4. Plano de Melhorias

Usar o resultado da Avaliação e as prioridades da organização para determinar o escopo e a seqüência de melhorias.

1. Apresentar o Padrão Obter o entendimento básico do OPM3, seus componentes e operação.

2. Avaliação de Alto Nível Identificar as Melhores Práticas e a posição no contínuum da maturidade organizacional de GP.

Suspensão do processo Se satisfeita a atual maturidade da organização. Mas, deve-se reavaliar periodicamente para monitorar os efeitos da mudança.

3. Avaliação Compreensiva Identificar as capacidades existentes para determinar a maturidade de cada Melhor Prática.

5. Implementação das Melhorias Executar o planejado desenvolvimento organizacional das atividades para avançar no continuum da maturidade.

(57)

As outras fases referenciadas na figura do ciclo de vida do OPM3 são

conseqüências da avaliação, que não fazem parte do escopo deste trabalho. Será um

trabalho de melhoria na organização, se a mesma optar por adotar ou melhorar uma

metodologia de gerenciamento de projetos.

O modelo é aplicado aos “Processos Organizacionais de Gerência de Projeto”,

ou seja, ao projeto, ao programa e ao portfolio (PPP), também chamados de domínios ou gerenciamento organizacional de projetos (Figura 9).

(58)

O objetivo é atender a alta administração com um fluxo de informações, pois,

atualmente ela é fragmentada e distante do nível operacional e mais de 90% das

organizações não conseguem comunicação adequada (5).

1 $ * $

O modelo OPM3 fornece um formulário (Anexo L) para respostas sim ou não;

cada resposta afirmativa é identificada como uma das melhores práticas de

gerenciamento de projetos (Anexo M).

O formulário de avaliação do OPM3 é composto por 151 questões (Anexo L),

que são as questões de avaliação de gerenciamento de projetos, programas e portfolio.

A quantidade existente de melhores práticas de gerenciamento de projetos

recebe um valor percentual e pode ser atribuído à organização um total de 626

melhores práticas (Anexo N). Este valor total é considerado como a tabela “gold

standard”.

A verificação da existência ou não da melhor prática, orienta para a não

uniformidade de termos entre diferentes “indústrias”. E também, são distintas entre as

organizações de mesma atividade profissional, pois, cada uma possui sua tradução em

alinhamento de estratégia empresarial para ações confiáveis e de forma repetida, para

resultados de projetos bem sucedidos.

As melhores práticas são separadas conforme os processos organizacionais e

de gerenciamento em função do IPECE (Grupos de Processos de Projeto: Iniciar,

(59)

O OPM3 elabora gráficos percentuais, (Figura 10) quantificando a existência

das melhores práticas, segundo o PPP e os processos de gerenciamento, identificando

o uso dos recursos de Padronização, Medições, Controle e o Contínuo Aprimoramento

(Standardize, Measure, Control, Continuously Improve – SMCI).

Figura 10. Distribuição por PPP e SMCI.

A “Padronização” é para indicar a existência de documentos definidos; a

“Medição” para verificação dos dados de acompanhamento das práticas, o “Controle”

para realizar comparações entre medidas padrões e dados medidos, por último,

destaca-se a existência de práticas para o “Contínuo Aprimoramento”.

O OPM3 é uma avaliação de alto nível e rápida para confirmar percepções da

organização. É um modelo simplificado que procura oferecer soluções para problemas

complexos, assim como o PMBOK que é um corpo mínimo de conhecimento e é

usado como um guia e não como uma metodologia.

PPP/SMCI

Your Organization on OPM3 Continuum

Standard Measure Control Improve

Portfolio

Program

Project

20 20 6

(60)

: (

;

• Identificar o índice de maturidade do uso de melhores práticas de

gerenciamento organizacional de projetos em uma organização que presta

(61)

*<

O método utilizado é o questionário do modelo OPM3 (Anexo L), onde cada

pergunta tem seu relacionamento com uma ou melhores práticas de gerenciamento de

projetos, programas e ou portfolio (Anexo M).

O questionário é composto por 151 questões de respostas fechadas, sim ou

não. As respostas positivas indicam, através de pesos, 626 melhores práticas

identificadas na pesquisa do PMI (Anexo N).

Este modelo foi desenvolvido com base em outros 27 modelos, incluindo 10

específicos sobre maturidade organizacional, nove dos quais estão voltados a área de

tecnologia de informação. Também, está incluído o último modelo Capability

Maturity Model Integrated (CMMI®), (23).

A população escolhida para este estudo são as organizações relacionadas no

documento Fact Sheet (26), disponíveis na Internet, acessado em www.pmi.org. São

organizações multinacionais com representação no Brasil, que adotam as melhores

práticas mundiais de Gerenciamento de Projetos (GP), tais como IBM, Hewlett

(62)

profissionais a utilizarem práticas de gerenciamento de projetos e a adotarem uma

metodologia própria.

Por conveniência, a amostra foi a empresa Siemens Medical, a única

identificada que já aplicou o modelo de forma internacional e possui área

especializada no setor de saúde e que ainda concordou em fazer parte deste estudo.

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Federal de São Paulo em 01 de Janeiro de 2008 sob o número 0103/08.

" " = $

A Siemens Medical declara que possui:

Soluções abrangentes para saúde, em hospitais e clínicas, equipes médicas

são auxiliadas em seu trabalho vital de salvamento de vidas pelos mais

recentes e inovadores serviços e produtos Siemens: de soluções de

Tecnologia de Informação (TI) e serviços de gerenciamento até

equipamentos de diagnóstico por imagem e terapia intensiva; de

arquivamento de imagens até sistemas de registro eletrônico de paciente

totalmente integrado. Utilizando tecnologias avançadas, para aumentar a

eficácia e o fluxo de trabalho a fim de melhorar os cuidados com a Saúde.

Produtos e Soluções de diagnóstico por imagem e equipamentos para

(63)

otimizam o fluxo de trabalho e aumentam a eficácia em hospitais e

clínicas.

Possui soluções que se aplicam de forma integrada a todas as fases de vida

do paciente, de sua preconcepção à eventual internação em UTI, e a todas

as fases do atendimento, desde a recepção em um hospital, passando pelo

diagnóstico, terapia, prontuário médico e chegando à telemetria e

medicina à distância.

A Simens Medical é uma área de negócio da Siemens AG, multinacional

alemã, fundada há mais de 160 anos, e a Siemens Brasil está presente no mercado há

mais de 100 anos. O faturamento global em 2007 foi de € 72,4 bilhões. Possui cerca

de 400.000 trabalhadores no desenvolvimento e fabricação de produtos e instalação

de sistemas complexos e projetos.

De acordo com o objetivo deste estudo, vale ressaltar que este trabalho

procurou focar especificamente no segmento chamado de Soluções de Tecnologia de

Informação para a área de saúde.

" $ " $ $ $ $ "

O formulário foi aplicado em Agosto de 2006, nas dependências da Siemens

Medical. Participaram desta pesquisa e foram entrevistados: um gerente de projetos,

(64)

As questões seguem um padrão de seqüência de perguntas para avaliar como a

organização realiza o gerenciamento. Há questões sobre a organização, do ciclo de

vida (IPECE) e recursos (SMCI), distribuídas nos domínios de projeto, programas e

portfolio (PPP). Questões de respostas positivas resultam no índice de maturidade, ou

seja, melhores práticas utilizadas por práticas globais de gerenciamento.

As questões sobre a organização3 (Anexo M – Números das perguntas e melhores práticas encontradas) foram respondidas por todos, entretanto quando

houve discordância em dar uma resposta positiva ou negativa, optou-se em adotar a

resposta negativa.

Questões sobre gerenciamento de projetos4, programas5 e de portfolio6, isto é, as questões sobre os três domínios de gerenciamento, foram respondidas por todos,

somente que na discordância, prevalecia a resposta do representante do domínio.

As questões foram respondidas com base nas evidências da existência dos

documentos internos da Siemens Medical, registrados em um livro de projeto, o qual

é utilizado para auditoria interna; também foi utilizado como referência, um projeto já

encerrado e disponível na empresa.

3 De 1 a 15, 24 a 30, 47, 56 a 59, 93 a 109, 118 a 124, e de 141 a 143, questões sobre a organização. 4 De 16 a 55, sobre gerenciamento de projetos.

5 De 60 a 92, sobre gerencimento de programas.

6 De 119 a 117, 125 a 140, e de 144 a 151, sobre gerenciamento de

(65)

Ainda, houve o apoio de um sistema interno e proprietário da Siemens

Medical que é utilizado para registro e controle dos documentos existentes dos

projetos. Este sistema proporciona a verificação em tempo real do lançamento dos

registros, recuperação de dados históricos, bem como fornece dados sobre a situação

dos projetos em andamento, mais precisamente, em qual parte do ciclo de vida

encontra-se o projeto, pontos de atenção para intervenções gerenciais, e métricas

indicativas por projetos e programas.

É importante salientar que a Siemens Brasil possui uma versão do software

OPM3 com acesso a Internet, o qual realiza uma comparação com outras

organizações no mundo que já responderam as mesmas questões.

A comparação possibilita um posicionamento da Siemens Medical em relação

a outras organizações na quantidade do uso de melhores práticas de gerenciamento

de projetos, ou seja, o índice de maturidade.

Quatro horas foram despendidas para responder e analisar os resultados

iniciais que software do modelo OPM3 produziu.

% () > " $ " $ " $ $ $

Um número de 151 questões, aplicado neste trabalho, implica em uma natural

resistência, por se tratar de questões relativas a maturidade de projetos internos que

(66)

profissional. A resistência é mais ainda observada se o resultado do processo

apresentar um valor baixo de maturidade, ou seja, inferior a 20% de presença

melhores práticas, resultando em consequente desestimulo à participação. A

resistência pode ser contornada ao iniciar a coleta de dados com as questões relativas

a organização, o que caracteriza a organização, esclarecendo que o modelo quer

avaliar a organização e não o profissional.

As questões sobre os domínios de gerenciamento são apresentadas pelo

software do modelo OPM3 de forma seqüencial. Entretanto, com objetivo de dar

maior eficácia, optou-se por agrupar as questões sobre a organização e

posteriormente, sobre cada domínio.

As questões de domínio PPP mantêm uma repetição em avaliar se há os

recursos de “Padronização”, de “Medição”, de “Controle” e de “Contínuo

Aprimoramento” (SMCI). Por exemplo, ao perguntar se há um padrão da organização

de documento de plano de qualidade de projetos, há perguntas sobre como é medido

esse plano, como é controlado e se está havendo uma melhoria no plano.

Sucessivamente, o mesmo acontece com as perguntas sobre o plano de qualidade de

programa e de portfolio. Portanto, foi possível otimizar a pesquisa apresentando as

questões sobre cada melhor prática para cada um dos domínios sobre a existência de

(67)

Em “Padronização”, as questões são direcionadas para verificar a existência

de um padrão de documentação, ou seja, se faz uma simples verificação sobre a

presença ou não do documento padronizado pela organização.

As questões de “Medição” são para identificar se há uma medição, isto é, se

existe alguma métrica indicativa utilizada. Um exemplo de métrica para avaliar se o

documento é medido pode ser a indicação se um documento está totalmente

preenchido ou em preenchimento, ou mesmo se registra datas de início e término de

preenchimento, ou possui documentação de valores financeiros atribuídos,

quantidades declaradas aprovadas ou em aprovação.

As questões para “Controle”, são para verificar a existência de um controle

através de relatórios gerenciais, que são produzidos pelo sistema interno. Como

exemplo, pode-se citar os controles que verificam valores quantitativos e qualitativos

dos projetos, programas e portfolio em andamento ou encerrados, inclusive em espera

de dados ou informações.

Por último, as questões sobre “Contínuo Aprimoramento”, visam identificar a

existência de melhorias se há um aprimoramento na documentação. Estas questões

implicam na experiência dos entrevistados e na ciência de que há iniciativas

documentadas de estudos para melhorar os recursos de padronização, medições e

(68)

%

(? &

(

?+ ??

Os resultados a seguir são apresentados e discutidos da forma que foi

apresentado pelo software do modelo OPM3. Espera-se que possam ser utilizados

como balizadores de organizações voltadas à área de saúde que desenvolvem

projetos, pois, é o interesse deste trabalho, conforme já mencionado, auxiliar para

promover um melhor gerenciamento organizacional de projetos.

% $ * $ *

As respostas positivas do formulário foram comprovadas por evidências

documentadas, documentos internos e aplicativos de software utilizados pela

organização pesquisada. As exceções de documentos que evidenciavam as respostas

de portfolio foram aceitas como válidas, pois há ciência, por parte dos entrevistados,

sobre a existência da documentação em uso pela alta administração.

O software do OPM3 elaborou as seguintes ánalises à partir dos dos dados

coletados e apresentados a seguir:

a. Índice de Maturidade em 71%, que representa o percentual de

melhores práticas utilizadas em gerenciamento organizacional de

projetos, os domínios de projetos, de programas e portfolio da

(69)

Figura 11. Índice de Maturidade OPM3® da Siemens Medical.

Este é o índice do percentual de melhores práticas nos domínios de projetos,

programas e portfolio em relação as melhores práticas globais de gerenciamento

organizacional de projetos. Representa o total de melhores práticas utilizadas pela

organização.

b. As melhores práticas encontradas pertencem a três domínios: 71% em

gerenciamento de projetos, 68% em gerenciamento de programas e

73% em gerenciamento de portfolio (Figura 12).

c. Os processos gerenciais estão com os seguintes percentuais: 69%

encontram-se padronizados ou existem documentos, 74% possuem

medições, 63% possuem controles e há iniciativas de 79% de

(70)

Figura 12. Distribuições PPP e SMCI da Siemens Medical.

As figuras representam os percentuais encontrados do uso de melhores

práticas em dois grupos separados, o grupo de domínios de projeto, programa e

portfolio e o grupo de recursos organizacionais de padrões, medições, controles e

melhorias.

d. Uma visão consolidada por domínio e processos (Figura 13).

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