UNIVERSIDADE
DE
SAO
PAULO
t
N
srtruro
DE
cEoctÊrucns
HIDRODINÂMICA E HIDROGEOQUíUICA DA ZONA
NÃO
SATURADA
DO
AoÜíTenO
ADAMANTINA
EM
unÂuA:
sP
REG
I
NALDO
ANTON
IO
BERTOLO
Orientador:
Prof. Dr. Ricardo César
Aoki
Hirata
TESE
DE DOUTORAMENTO
COMISSNO
¡UI.CADORA
'&9."9
Presidentei
Prof.Examinadores:
Prof.Profa
Prof.
Nome
Dr.
Ricardo César Aoki HirataDr.
Chang Hung KiangDr.
Rodrigo César de Araújo CunhaDra Sonia Maria Barros de Oliveira
Dr.
William Zambonide MelloAssinatura
t t /. '^ ./../2. ' z /i.(/"///
\t¿ - \
UNIVERSIDADE
DE
SÄO
PAULO
INSTITUTO
DE
GEOCIÊNCNS
HIDROUNÂMICA
E HIDROGEOQUÍMICA
DA
ZONA
NÃO
sATURADA
Do
eoüíreRo
ADAMANTTNA
Ertlt
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Reginaldo
Antonio
Bertolo
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Orientador: Prof.
Dr.
Ricardo
C.
A.
Hirata
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lJ
irg/
TESE
DE
DOUTORAMENTO
Programa de
Pós Graduação
em Recursos Minerais e
Hidrogeologia
Säo
Paulo
2001
DEDALUS-Acervo-lGC
r
ilil
ililt ililt ilil ililt iltil ililt ililt illt ililtil]
]il ll]Ao
Pedro, Helena eCelina,
pela existência.À
Rhauna,
pelocaminho.
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ...
1.
2.
2.2.1.
Monitoramento da Zona Não Saturada...,3,
MATERIAL
E
MÉTODO
3.1.
Instâhção da Estação de Mon¡toramento ...,.,....3.1,1.
Critério de Locação da Estação ,.,..,...,..3.l
.2.
Perfirração, Revestimento e Acesso ao Poço...3, I
.3.
Instslação dos Equipamentos de Monitoramento ...3,2,
Coleta e Análises de Amostras de Solo .,.,...,..,..,....3.2.3.
Alálises Qu1micas ...3.3.
Coleta e Ensaios em Laboratório de Amostras IndefoÌmâdss de Solo-...-,-.-..,..,...,,...,...,....,...453.4.
Monitoramento do ComportBmento Hidráulico das Zonas Saturada e Não Satu¡¡da...,..,,...,,,,.,,,..46','.,..,'.'''16
X
BERTOT-O, R.A. - Tese de Doutoramento - 2001 ,4 .31 ...31...31
...,..35
...39
...,....40
...40
3.6.
Trâtåmento de Dâdos3,6,
L
Caracterização Hidráulica daZon¿Não Saturada ...3.6.2.
Caracterização Hidrogeoquímica da Zona Não Saturada e Modelagem Matemática3.6.3.
Modelagem de Transporte de Contaminantes...4.1.
Car cterizrção do Meio Poroso4,2.
Potenciais Hidráulicos n¡ Zon¡ Não Saturådå...,..4.2.!.
Variações de Potenciais Hidráulicos com a Profundidade..4.2.2.
Variações Laterais de Potenciais Hidráulicos ...4,3.
Utilização do Modelo VS2DT na Avaliação de Fluxo e Reservaçåo de Água na Zona Não Saturada.T64.3.1.
Concepção do Modelo4.3.2.
Calibração...,..,.4.3.3.
ResultadosObtidos4.3.4.
Variações de Urnidade e de Velocidade de Fluxos na Zona Não Saturada5.
HTDROGEOQUíI'¡rCA
Oe ZONA NÃO
SATURADA...
...89
5,L,
Mineralogia e Composiçâo Química da Fase Sólida d¡ Zona Não Saturada5.l.l,
MicroscopiaOtica.5.1.2.
Anrilises Mineralógicas por Difração de Raio X (DRÐ.... 1.1.3.
Análises Químicas por ICP/AES-Plasma...,.,...,...-....1.1.4.
Análises de Capaoidade de Troca de Cátions, pH e Matéria Orgânica ...i.1.5.
Análises em Microscópio Eletrônico de Vanedura (MEþ.. L1.6.
Correlações entre Mineralogia e Composição Química do So1o...,...., ...,.,...53'.'.' '.. '. '. ' ', ' ' ',.., '.55
....,...56
1.2.1.
Resultados das AnáIises...,..,.,...1.2.2.
Classificação Hidroquimica...L2.3.
Variações da Composição Qulmica com a Profundidade...|,2.4.
Variâções Laterais da Composição Química ...,... ...,...571.3,
Modelo Eidrogeoquímico Conceitual...,....1.3.1.
Cálculo de fndices de Satuação atrâvés de Modelo de Especiação1.3.2.
Diagramas de Estabilidade de Aluminossilicatos6.
S]MULAçÕES
DETR,ANSPORTE DE
NITRATO
NA
ZONA NÃO SATURADA.138
6.1.
Transporte de Contâminûntes rtrâvés d€6.2.
Trsnsporte de Nilrato âtråvés deFertilizåntes....
,,,.,.,,...,...,141BERTOLO, R.A.
-
Tese de Doutoramento - 2001 ...,.89...89
...,..91
,...95
... 100
...102
...,...104
...110
...112
..,,...119
..,... 121
...121
...t24 ...127
...129
...134
,,....,... t38
9.3,
ANEXO 3 * DADOS DE MONITORAMENTO DE POTENCIAL MATRICIAL DOSTENSIÔMETROS
9.4.
ANEXO 4-
RELATÓRrO DE DADOS DE ENTRADA DO MODELO VS2DT,...,...1729.s.
A¡rnxo
s-
ulvtrDArln E coNDUTTvTDADEHlDnÁur¡ce xÂo
saruRADA...1s29.6.
ANExo 6-
RESULTADoS DE AnÁr,rsnsquírrncas
nurnrnlr,ócrc¡s
¡o
MATERTAL9.7.
ANExo 7-
RESULTADoS DE¡wÁr-rsps
euiluces
oe
Ác
9.s.
ANExo s-
EstarÍsrrcts
oos
RJsULTADosor
nxÁr,rsns
eufurrcas
nu
Ácua...,.2069,9.
Axrxo
9-
RESULTADoS DE MoDELAGENSIrtonoquÍtrlrcns...
...20e9.10.
ANEXO 10 _ DADOS DE ENTRADA DAS MODELAGENS DE TRANSPORT8....,,...2I4Lista
de
Figuras
Figura 1
-
Localização domunicipio
deUrânia...
...,2Figua
2-
Potenciometria da cidade de Urânia e arredores (Hirata, 2000)... ...2gFigura 3
-
Potenciometria da cidade deurânia
e arredo¡es com a operação dos poços profundosda SABESP
(Hirata,2000)...
...28Figura 4
*
Local ização da estação de monitoramento na ¿iLrea urbana deUrânia...
...,.. ...32Figura5-Plantaconstrutivadaestaçãodemonitoramentodazonanãosaturada....,...
...33Figura 6
-
Resultados dos ensaios de granulometria das amostras de solo do poço da estação demonitoramento.
....
,5g
Figura 7
-
Condutividades hid¡áulìcas nas direções Z,X
eY
de amostras indeformadas de soloem função da
profundidade
... 6 tFigura
I
-
Condutividade hidráulica calculada apartir
dos ensaios granulométricos em função daprofundidade.
...6l
Figura 9
-
Curvas de retenção das amostras de solo de 1 m de profundidade ...,...64Figura 10
-
Curvas de retenção das amostras de solo de 3 m de profundidade ...,..._ ...64 Figura 11-
Curvas de retenção das amostras de solo de 5 m de profundidade _...,.,...65Figura 12
-
Curvas de retenção das amostras de solo de 7 m de profundidade .... ..,_.... .. ......
ó5Figura 13
-
Curvas de retenção das amostras de solo de 9 e 9,5 m de profundidade...,...65Figura 14
-
Potenciais hid¡áulicos totais dos tensiômetros e cargas hidráulicas do poço demonitoramento ao longo do tempo
...
...,..,.,... 6gFigura
l5
-
Potenciais hidráulicos totais dos tensiômetros de 0,5 m ao longo do tempo.
...72Figwa l6
-
Potenciais hidráulicos totais dos tensiômetros de 1,0 m ao longo do tempo... ?3Figura 17
-
Potenciais hidráulicos dos tensiômetros de T50D,TID
e T2 ao longo do tempo..,.73BERTOLO, R,A.
-
Tese de Douloramento -2001
iv
163
hidráulico em função da profundidade em três situações de ..74
81
.81
.83
,,84
Lista
de Tabelas
Tabela 1
-
Algumas reações de dissolução/precipitação de minerais que podem ocorrer na zonanão saturada de aqüiferos sedimentares arenosos em clima
tropical
...,...,...,. 9Tabela 2
-
Medidas de capacidades de troca de cátions e deplt*
de algrms materiais comunsi0
Tabela 3
*
Resumo dos principais processos que produzem e que controlam as concentraçõesdos íons na
água.
....
....12Tabela 4
-
Análises realizadas em amostras deformadas desolo
...,...39Tabela 5
-
Parâmet¡os químicos analisados em amostras de água, preservação, laboratório emétodo de
aná1ise...
... ,..,. , ..
.. 49Tabela 6
-
Reprodutibilidade
das análises de amostras de água duplicata do lisimeüoL9
e dopoço de monitoramento
PM...
,...
.5l
Tabela 7
-
Reprodutibilidade
das análises da âgta para avaliação de diferentes procedimentos deTabela
I
-
Descrição visual do material de perfuração do poço da estação de monitoramento.. 57Tabela 9
-
companção
de resultados de ensaios de granulometria por diferentes métodos..,....59BERTOLO, R.A.
-
Tese de Doutoramento -2001
v
Tabela 10
-
Resultados de condutividade hidráulica em amostras indeformadas de solo epor
curva de
granulometria..
...60Tabela
1l
-
Resultados calculados dos parâmetros da equação de van Genuchten apartir
das curvas de retenção deágua...
..._...63Tabela 12
-
Porosidades total, de retenção (capacidade de campo) e efetiva das amostras indeformadas deso1o...
...66Tabela
l3
-
Resultados de resíduos normalizados dos três modelos...,.,,... ...79Tabela 14
-
Comparação de valores de condutividade hidráulica saturada medidas em laboratório e utilizadas nosmodelos...
.
... _... .....80
Tabela 15 - Resultados de análises mineralógicas por difração de raio
X
do solo do poço -frações fina, flutuado eafundado...
..._...90Tabela 16
-
composição química média das frações total, fina, afundada e flutuada das amosfias de solo das profrurdidades de 1, 6 e 9,5m...
...93Tabela 17
-
Matriz
de correlação das análises quimicas do solo total por ICP/AES e ensaios de granulometria ...
...94Tabela
l8
-Matriz
de conelação entre as aniiLlises de capacidade de troca de cátions(CTC)
e as anålises quimicas do solo total porICP/4ES...
... 98Tabela 19
-
Relação entro cátions adsowidos sobre cátions totais no solo da zona não saturada (em%)...
...99Tabela 20 -
Matriz
de correlação entre as análises de capacidade de troca de cátions(CTC)
e os ensaios degranulometria...
... . ....
.... 100Tabela
2l
-Matnz
de correlação dos parâmetros químicos analisados na água dos lisÍmetros L50aL9
... 115Tabela 22
-
Composição química teorica da âgua na hipótese de oconência de desadsorção dos cátions de baseadsorvidos...
...l2g
Tabela23-
Coeficientes de correlação entre cátions adsorvidos e em solução .... ... ...l2g
Tabela 24*
Resultados da modelagem inversa entre os pontosL3
eL5 (agosto/99)
....
...13l
Tabela?S - Resultados da modelagem inversa entre os pontos L5eL7
(agosho/2000)... 133Lista
de Equações
Equação I...
... _...,... 4Equação
2...
...5Equação 3... ...
,.
...,...5Equação
4...
... 6Equação
5...
... 6Equação
6...
...,... 13Equação7...,...
....,...49Equação
8...
...59EquaçÍio
9...
...,... 66Equação
10...
...,...7g Equação11....,.,...,...
...127Equação 12... . .
.
...,... 140Lista
de
Símbolos
e
Unidades
h
-
potencial hidráulico (em metros de coluna d'água)z
-
potencial de elevação (em metros de coluna d'água)ty
-
potencialmatricial
(em metros de coluna d'água)p
-
potencialmatricial,
(N/m2 - Pascal); (1 mmHg:
133 Pascal)p
-
densidade de massa (kglm3)g
-
aceleração da gravidade (m/s2)0
-
umidade volumétrica para determinado potencialmatricial (vol.
águalvol. sólido)0'"
-
umidade volumétrica de retenção(vol.
águalvol.sólido)
05
-
umidade volumétrica de saturação(vol.
águalvol. sólido)ct,
-
constantes empíricas relacionadas com o solo 1cm-t deHrO)
m
en
-
constantes empíricas de van Genuchten relacionadas com o solo (adímensionais)K1o¡
-
condutividade hidráulica não saturada(cmls)
K
-
condutividade hidráulica saturada (cm/s)o
-
saturação efetiva (adimensional)L
-
parâmetro empírico de van Genuchten (adimensional)lS
-
indice de saturação (adimensional)IAP
-
produto das atividades dos íons formadores de um mineral (adimensional)K
-
constante deequilíbrio
químico de ummineral
(adimensional)lÇr
-
condutividade hidráulica saturada calculada por ensaio granulométrico (em cm/s)A
-
coeficiente relacionado ao grau de arredondamento dos grãos (adimensional)dro
-
diâmetro granulométrico representativo dos 10% mais finos (emmm)
K*, Kv e
lG-
condutividade hidráulica saturada nos sentidosX,
y
e Z (em cm/s)n
-
porosidade total(vol./vol.)
p6
-
densidade aparente da amostra (em g/cm3)p"
-
densidade dos sólidos (em g/cm3).Este
trabalho objetiva
investigar
o
comportamento
hidráulico
e a
evoluçãohidrogeoquímica
da
âgn
de
infiltração da
zonanão
saturadado
Aqüífero
Adamantina, bemcomo
simular
o comportamento de nitrato nestemeio.
O método consistiu na oonstrução de umaestação de monitoramento, na execução de
vários
ensaiose
análisesem
amostras de solo, nomonitoramento
de
potenciais matriciais,
em
amostragense
análisesde
água
da
zona
nãosaturada e na execução de modelagens hidroquímicas e de
fluxo
e transporte de contaminantes.A
zonanão
saturada apresenta natureza arenosafina e
subdivide-seem três
sub-zonashidráulicas: a
primeira,
entre a superflcie até alinha
de evaporação(a2
m),
sofre os efeitos dasvariações
climáticas, com
os potenciaishidráulicos
respondendo rapidamentea
cada pequenoevento
de
recargaou
evaporação;na
segundazona, entre
2
e
7
m,
as
psquenasfientes
demolhamento sofrem
dissipaçãoe
os
tensiômetrosregistram
apenas mudançasde
potenciaismatriciais que
se relacionamcom
eventosmais
longos de recargaou
de
secagem.A
terceirazona situa-se entre 7 m e o nível d'água (média de 9,5 m) e caracteriza-se por apresentar valores
de potenciais
hidráulicos muito
próximosda
cargahidráulica
doaqülfero
freático.O
tempo detrânsito da água na zona não saturada, no evento de recarga do inícìo de 2000,
foi
de 3 mcses.A
zonanão
saturada encontra-senum
avançado estágiode intemperismo,
sendoque
amineralogìa
principal
é
compostapor
quartzo
e
caulinita.
A
água
é
pouco
mineralizada, classificada como bicarbonatada cáùcica, mas com elevadas concentrações denitrato,
apresentavariações
de
concentraçõescom
a profundidade, lateralmente
e
no
tempo
e
encontra-seestratificada
em
três zonasque coincidem com
as zonashidráulicas. Foram identificados
osseguintes processos hidrogeoquímicos na zona não saturada:
(l)
ações anhopogênicas, devido àpoluição por
nitrato;
(2)
ação de evaporação até 2m: (3)
ação de respiração vegetal até 7 m, (4)condições propícias para a dissolução de minerais primários e formação de caulinita e de formas
secundárias de
sílica;
e(5)
condições propícias para a ocorrência de fenômenos de adsorção etroca iônica, cujas anii{ises de capacidade de troca de cátions indicaram os minerais femrginosos
como as principais superfìcies adsorventes.
As
simulações de transporte denitrato indicaram
queo
aqüífero freático
é vulnerável àpoluição devido
à
infiltração de
efluentes
de
fossas sépticase à
aplicação
de
fertilizantesnitrogenados no solo.
Resumo
This
thesis investigatedthe hydraulics
andthe
hydrogeochemicalevolution
of
the
waterinfiltrating
tkough
the vadose zone of the AdamantinaAquifer.
To this end, amonitoring
stationwas
constructedin
the
unsaturatedzone,
soils were
sampledfor
several
analysisand
tests,pressrue hçads were monitored using tensiometers, soil water was sampled
for
chemical analysisusing
suction
lysimeters, andboth
geochemícal models aswell
asflow
and transport modelswere utilized.
The unsatwated zone consists
of
a clayeyfine
sand and ís subdividedinto
threehydraulic
zones: the
first
oneis limited
by thesoil
surface and the evaporationline,
situated at a depthof
2 m.
This
zone is characterized byrapid
changesofthe
hydraulic
potentials dueto
small eventsof
rechargeor
drought.The
secondzone
is
situated between2
and7 m
depth,where
smallwetting fronts suffer
dissipation, and tensiometersonly
register changesin
pressure potentials relatedto
longer eventsof
rechargeor
drought. Thethird
zone extendsfrom z
m
to
the
water table (at 9.5m
depth) and presents valuesof
hydraulic potentials closeto
the hydraulic headsof
the underlying phreatic aquifer. The transit timefor
waterin
the unsatwated zone was measuredas 3 months during the recharge period of the beginning
of2000.
The
unsatu¡ated
zone
is in
an
advanced
stage
of
weathering,
characterized,mineralogically, mainly
by
quartz andkaolinite.
Wateris
little
mineralized
andis
classified ascalcium
bicarbonate,but
with
high
concentrationsof
nitrate. Water quality
changeswith
time,with
depth andlaterally,
andis
stratified
in
three zones,in
accordanceto
the
thee
hydrauliczones
defined
above.
The following
hydrogeochemical
processeswere
identified
in
theunsaturated zone:
(l)
nitratepollution
due to human activities;(2)
evaporationto
a depthof2
m;(3) plânt transpiration to a depth
of7
m; (4)
favorable conditionsfor
the dissolutionof
the mainprimary minerals,
with
subsequentformation
of
kaolinite and
amorphous
silica; and
(5)favorable conditions
for
adsorptionand cation
exchange.cation
exchange capacity analysisindicates that the ferrous minerals may provide the main adsorptive surfaces.
The
transport
of
nitrate was
simulated mathematically.
The results
indicate
that
thephreatic
aquifer is
vulnerableto pollution,
dueto
theinfiltration
of
effluents
from
septic tanks and the applicationof
fertilizers at thesoil
surface.Abstract
Registro o meu agradecimento a várias pessoas e entidades, sem as quais a realização deste
trabalho não seria posslvel.
Ao
Prof
Dr.
Ricardo
c.
A.
Hirata, a quem
devomuito
deminha
evolução profissional,pelo oferecimento da oportunidade da execução desta pesquisa, pelo constante acompanhamento
no trabalho, pela disponibilidade sempre presente, pelo empenho em trazer pessoas de fora para
discutir o trabalho e, sobretudo, pelo companheirismo que extrapola a simples orientação.
Ao Instituto
de Geociências da USP, através dos departamentos de Geologia Sedimentar eAmbiental
(GSA) e deMineralogia
e Geotectônica(GMG)
e docentro
de pesquisas de Á.guasSubtenâneas (CEPAS), pelo uso de suas dependências, de seus equipamentos e infra-estrutura e
por seu apoio técnico.
À
Fundação de Amparo à Pesquisado
Estado de são pauloçraeEsp),
pelo financiamentoda pesquisa (pro cesso 97113879-6) e fornecimento de bolsa de estudo (processo ggll534o-0).
À
companhia
de
saneamentoBásico
do
Estado
de são paulo (sABESp),
através deA¡tonio
"Dalua"
Rodrigues da GrellaFilho
(esoritório de Jales) e de Sérgio Donizete Giovanini(escritório
deurânia),
que cederama
ârea paraa
construção da estaçãode
monitoramento eforneceram valioso suporte para a realização dos trabalhos de campo.
A
Roberto RamosNatividade
(in
memorian) eMiguel
Ma¡iano
de Castro pela dedicaçãona
construçãoda
estaçãode
monitoramento.
A
Gilmar
Domingos
ds Assis, que além
departicipar
da construção da estação,realizou
o
monitoramento dos tensiômetrose ajudou
nostrabalhos de amostragem de ågua dos lisímetros de sucção.
À
prof.
Dra.
SôniaM. B.
Oliveira
(DGSA/IGc-USP) pelas valiosas discussões e ajuda nainte¡pretação dos
difrato$amas
de raioX.
Ao
D¡.
Rodrigo césar deAraújo cunha
(CETESB) eà
Prof
Dra. Maria
cristina Motta
de Toledo (DGSA/IGc-usp)
pelas
sugestõese
críticasocorridas no exame de qualificação.
Aos ftrncionários do
IGc-usP:
Ana Paulacabanal
eMagali
p. F. Rizzo (secretaria de pósGraduação),
por
semprequebrar galhos
com
muito bom humor; Lúcia
Helena
silva
(Lab.Hidrogeoqulmica
II
*
cEPAS),
pelas excelentes análises químicasda
áryua;Miltonete
soares deAraújo, Mauro
Marcos Lopes, JoãoMarcos
Gouveiae Angelito
Teodoro deAraújo
(seção deTransportes), pela companhia e ajuda nos trabalhos de campo; Sandra Andrade (Lab.
euímica
eICP-AES-GMG),
pelaeficiência na
execução das análises químicasde
soloe
por me
ensinarAgradecimentos
muitas
coisas dequímica;
e aFlávio
M.
S. Carvalho (Lab.Difratometria
de RaiosX
-
GMG)
pela ajuda na interpretação dos difratogramas de raio
X.
À
Ondre; Sracek (Universidade de Laval-
Canadá) peloauxilio
na
operação do modeloMinteqA2;
ao
companheiro
Jesse Stimson (Universidade
de
Waterloo
-
Canadá),
quegentilmente veio de longe para ajudar na execução da modelagem inversa com o phreeqo e para dar sugestões na interpretação dos dados.
Ao
amigo CristianoM.
Chiessi, por passar várias horas à frente do computador fazendo assimulações, pelas discussões que provocaram inspirações e
por
ajudarna
rcalização de coisaspequenas e gtandes.
À
Marta L. N. Almodovar,
pelo acompanhamento da escavação do poço daestação
de monitoramento
e pelo
tratamento de parte
das amostrasde
solo.
À
Angélica
s. Gutierrez, pela companhiae
ajuda freqüentes nos trabalhosem Urânia
e
pelas discussões dehidroquímica.
À
FabianaA.
Cagnon, JeaneG.
Santos e FablolaM.
Rossato pela companhia eajuda nos trabalhos de campo.
Ao
Alessandocesarino,
sempre a ajudar a todos;à
cláudia
L.Varnier,
pelas longas discussõese pelo
convlvio
produtivo;
aoLuiz
C.
Fenari,
pelas dicas deestatísticâs; e à
célia
A.
surita,
quetrouxe
a sua experiência em zona não satwada em váriasdiscussões.
E
finalmente àMarisa
Jelen Damous, pela estrutura oferecida epor
cuidar
da casae
doNilo
por inúmeras vezes.t.
Apresentação
A
ága
da chuva aoinfiltrar-se
no solo atravessa todaa
zona nãio saturada antes deatingir
o aqüifero freático. Neste percurso, a água sofre a
primeira e mais
intensamodificação
na suacomposição química, devido às suas interações qulmicas com os minerais do solo, com
o
meiogasoso contido nos poros, com a matéria orgânica, com o meio
biótico
e com toda a dinâmica dainfiltração.
São
relativamente
escassosos
estudos
que
caracterizam
e
relacionam
os
processoshidrodinâmicos e hidrogeoquímicos da zona não saturada, sobretudo em paises de
clima hopical
úmido.
O
entendimentomais
aprofundado destes mecanismosé
importante
na
avaliação darulnerabilidade
deum
aqtiifero
àpoluição,
que pode serdefinida como
sendo uma interaçãoentre o grau de acessibilidade hidráulica da zona não saturada à penetração de contaminantes e a
capacidade
de
atenuaçãodos
contaminantespelos materiais
da
zona
não
saturada, comoresultado
de
sua retençãofisica
e
reaçõesquímicas com
as substânciasinfiltradas
(Foster&
Hirata,
1988).Este trabalho estuda com detalhe a
hid¡áulica
e a hidrogeoquímica da água deinfiltração
ao
longo da
zonanão
saturadaem uma
estaçãode
monitoramento localizada
no
manto
deintemperismo
do Aqilifero
Adamantina,visando avaliar
com maior
detalhe
asvariáveis
queatuam
na
zonanão
saturadae
que definem
as característicasquímicas
da
Íryaado
aqilifero
freático, bem como na sua vulnerabilidade à poluição.
Estudos deste
tipo
são importantes para o contexto do Sistema Aqùífero Bauru, por ocuparcerca de 40Vo do
tenitório
do
Estadode
SãoPaulo
epor
constituir-seem um
dos mananciaismais explorados de água potrivel, principalmente por poços rasos, do
tipo
cacimba. Desta forma,o
estudo
reveste-sede
importância social,
pois
contribui para
o
desenvolvimento
doconhecimento dos fatores que condicionam a qualidade
qulmica
da
írym
do
aqliifero
freático,seja devido a fatores naturais, seja
devido
às conseqùências deum
evento de poluição. Nesteparticular, destaca-se a importância do
nitrato
como poluente, cujas fontes de contaminação sãorepresentadas por fossas sépticas e negras e por aplicação de fertilizantes na região estudada.
Este trabalho
tem
a
intenção de promovero
desenvolvimentodo
conhecimentodo
temaatravés dos seguintes objetivos específicos:
o
caracterizara
hidráulica da infiltração da
águana
zona não saturada atéo
AqüíferoAdamantina,
isto é,
caracterizaro
annazenamento,os
sentidose
as velocidades defluxo
de água nesta zona no espaço e no tempo;o
caracterizar a evolução hidrogeoquímica da águada
zona não saturada atéo
aqüíferofreático,
atravésda
determinaçãodos
mecanismosde
interaçãoentre
a
águae
osminerais do solo; e
o
simular
o
comportamento
de
contaminantesde
interessena
zona não
saturada,especialmente o nitrato, disposto
na
zona não saturada através de infiltraçãopor
fossase através de aplicação de fertilizantes.
A
áreaonde se
desenvolveua
pesquisa localiza-seno
município de Urânia, na
regiãonoroeste
do
Estado
de
São Paulo,
próximo do município de
Jalese a
600
km
da
capital(Figura
l).
Esta regiãofoi
escolhida paraa
execuçãode
estudos hidrogeoquímicosdevido
àsconcentrações anômalas
de
cromo
na
água subterrâneae
que motivaram
a
execuçãode
umprojeto de pesquisa financiado pela FAPESP, da qual o presente estudo
fazparte.
BERTOLO, R.A.
-
Tese de Doutoramento - 2001Para a execução deste trabalho,
foi
construída uma estação de monitoramento da zona nãosaturada, de onde
foram
obtidos dados periódicos de potenciais hidráulicos, coletadas amostrasde âgua para
análises
químicas
e
coletadas amostras
de
solo para
análises
químicas
emineralógicas
e
paraa
obtençãode
algumas propriedadeshidráulicas
quecontribuem para
acaÍaclerizaçáo do
fluxo
e da reservação da âgua na zona não saturada.A
técnica
ulilizada
parao
monitoramento da zona não saturadaé, inclusive, inédita no
Brasil, consistindo na instalação dos equipamentos de monitoramento (tensiômetros e lislmetros
de sucção) ao longo da parede de um poço escavado,
Algumas técnicas modemas também foram utilizadas nesta pesquisa de forma a aprimorar
o
entendimentodos
processoshidráulicos, hidroqulmicos
e de
transportede
contaminantes,através
do
tratamento dos dados
com
modelos matemáticos
de
hidroquímica
e
de
fìuxo
etranspo¡te de contaminantes na zona não satu¡ada.
2.
Revisäo
Bibliográfica
2.1.
Aspecfos Teóricos
Há farto
material
que abordao
tema demovimento e
reservação da águana
zona näosaturada. Para
efeito
de discussão deste tema nesteitem,
foram consideradas as publicações deReichardt (1996), Freeze
&
Cherry (1979) eHillel
(1980).A
zona não saturada corresponde à porção superficial do material geológico situada entrea superffcie do solo e o topo do aqülfero freático, e que s€rve como via para a água a caminho do
aqüífero
freático
após os eventos deinfiltração
através da chuva. Caracteriza-se por ser um meiocujos poros estão ocupados pelas fases líquida e gasosa em diferentes proporções no espago e no
tempo, e onde as forças da gravidade, capilares e adsortivas do meio poroso desempenham papel
importante na circulação da água, juntamente com as atividades climáticas e biológicas.
O movimento
da íryaa na zona não saturada dii-se somente em resposta a diferenças depotencial
hidráulico
(h
-
expresso em metros de coluna d'água) entredois
pontos.o
potencialhidráulico, por
sua vez, corresponde à somatória do potencial de elevação(z),
que representa aelevação (em metros) do ponto de monitoramento em relação a um datum (por exemplo, o nível
do
mar
ou a
superflcie
do
solo), e do potencial
matricial
(Y
-
em
metros)de acordo com
aequação
l.
2.1.1.
Movimento
e Reservação daÁgua na
Zona NãoSaturada
o
potencialmatricial
(Y),
segundo Reichardt (1996), conesponde ao resultado do efeito combinado das forças de capilaridade e de adsorção da água e da matriz sólida, mas que não sãofacilmente
separadas.o
potencial
matricial
representa,portanto,
a
resultantedas forças
desucção que
retém
a
â"gaana matriz do
solo.Em
materiais geológicos arenosos,a
adsorção épouco importante e os fenômenos capilares predominam na determinação do potencial
matricial,
ao passo
que
o
contrário
sedií
nos
materiaiscom
texturasmais finas. Esta
força
resultanteapresenta algumas denominações diferentes
na
literatura,
tal
como
tensãocapilar,
potencialcapilar,
ou
ainda carga de pressão Qtressure head) e potencial de pressão Qtressurepotentia[)
naliteratura internacional (Freeze
&
Cherry,1979 eHillel,
l9g0).
Este trabalho considera o rermo "potencialmatricial"
como o mais adequado por englobar a resultante das forças de retenção.h:z+ry
BERTOLO, R.A.
-
Tese de Doutoramento - 2OOlOs
dados
de
potencial
matricial
são normalmente
obtidos em câmpo
na
forma
depressões menores que
a
atmosférica(em mm
Hg), e
convencionalmente medidascom
valoresnegativos, através de tensiômetros.
A
transformação da expressão deste dadopara
a
forma
demetros de coluna d'água se dá através da seguinte relação (Freeze &, Cherry, 1979\:
onde:
\l.t é o potencial
matricial,
em metros de coluna d'água,p
é o potencialmatricial,
em N/m2 (Pascal); (1 mm Hg=
133 Pascal),p
é a densidade de massa, iguala
1000 kg/m3g
é a aceleração da gravidade, em m/s2yt
:
plp.g
A
quantidadede
água presenteem um
determinadoponto da
zonanão
saturada (ouumidade,
0)
conesponde a uma parcela da porosidadetotal
e é função do potencialmatricial.
A
dependência destes
dois fatores
indica
que quanto
maior
o
valor de
potencial
matricial
(ouquanto menor as forças de retenção),
maior
a quantidade de umidade no solo. Esta relação é nãolinear, histerética e normalmente é obtida através de ensaios de laboratório (curvas de retenção).
A
equação da curva quemelhor
representaa
relação entre potencialmatricial
e
umidade paradeterminado solo, obtida em ensaios de laboratório,
foi
desenvolvida por van Genuchten (1980):Equação 2
0
:
umidade volumétrica para determinado potencialmæricial (vol.
água/vol. sólido);0r:
umidade volumétrica de retenção(volume
água retida./volume de sólido);0"
:
umidade
volumétrica
de
sâturação
(volume
total de
água,/volumede
sólido,numericamente igual à porosidade
total);
Y
:
potencialmatricial
(em cm de H2O);cr (em cm-l de
Iì:o)
efr
(adimensional):
constantes empíricas relacionadas com o solo;n
=
1/(1-m).
onde:
o=0,*,
(g'-g'),
Ir
* (o.v)^J'
BERTOLO, R.A.
-
Tese de Douroramento - 2001De
posse dos dados de potencialmatricial
obtidos em campo em diferentes tempos e combase na equação obtida a partir dos ensaios em labo¡atório relacionando potencial
matricial
comumidade, é possível determinar, portanto, as variações da umidade em função do tempo para as
diferentes profundidades da zona não saturada investigadas no campo.
A
condutividade
hidráulica
na
zona
não
saturada, componente essencial
para
acâracleÅzação da intensidade de
fluxo
de água, também varia em função do potencialmatricial
eda umidade do solo. Uma das formas de se relacionar a condutividade
hidráulica
com a umidadefoi
também
desenvolvidapor van
Genuchten(1980),
atravésda
obtençãoda
condutividadehidráulica
saturada da amostra de solo em laboratório e combinando a equação 3 com o modelode
Mualem
(1976in
van Genuchten, 1980), obtendo:onde:
K1e¡:
condutividadehidráulica
em função da umidade(L/T)
K
:
condutividade hidráulica satu 'ada(LIT)
o
:
saturação"¡"1¡u¿:
(0 -0J
(0" - e,)L
:
parâmetro empírico estimado em 0,5 (adimensional)Krr,
=
K.r^l'
[t-
fr*
rt''¡'¡
A
determinação
das
relações
entre
os
parâmeüos
potencial matricial,
umidade
econdutividade
hidráulica
possibilita, por sua vez, efetuara
caracteÅzação dosfluxos
transientes de água subterrânea em meios não saturados.A
equação5,
denominada equação de Richards,caracleriza
o fluxo
de
água nestemeio
em uma
dimensão (direçãoz
-
profundidade)e
estáescrita em função da variação do potencial
matricial
(Frceze&
Cherry, 1979):onde: C(V) representa a propriedade de armazenamento não
saturado:
do/dry,Esta
equação é normalmente
utilizada
no
processamentomatemático
de
modelosnuméricos em uma dimensão para simular a ocorrência de fluxos de água na zona não saturada.
Equação 4
*[*.,(*.1]=c(.)#
BERTOLO, R.A.
-
Tese de Doutofamento - 2OOlUma ampla
gama
de
processosgeoqulmicos
ocorre
de
forma
intensa
na
zona
nãosaturada.
Isto
se deve poiso
processo de formação dosolo
sedií com
as reações quimicas dosminerais
da rochaoriginal
quando expostas às açõesdo intemperismo químico.
Estas reaçõesocorrem
pois
o
ambienteque formou os
minerais da
rocha original é
termodinamicamente diferente daquelepróximo
da superfïcie. Nestenovo
ambiente,além da
pressão e temperaturamais baixas, a rocha encontra-se exposta a uma maior quantidade de água e compostos qulmicos
provenientes das ações
do clima,
vegetação e atividadebiológica, o
que leva
a transformação dos minerais originais para formas mais estáveis termodinamicamente neste novo ambiente.De uma forma
geral,
os
seguintes fatorescontrolam
a
composição química
da
águasubterrânea, em particular a da zona não saturada (Appelo
&
Postma, 1993):a)
Evaporação e evapotranspímção:A
quantidade de sólidos dissolvidos na água da chuva é substancialmente menor que a daágua
em
trânsito pela zona não
saturada.Um
dos
processos
que leva
ao
aumento
deconcenfiação de íons
é a
evaporaçãoe
evapotranspiraçáoda
âgn
na
zona não saturada. Esteaumento
é
proporcional
à
quantidade
de
água
evaporadae
o
íon
cloreto, que
é
bastanteconservativo, pode ser
utilizado
para estimar a intensidade destes fenômenos, a menos que haja contaminação de origem antrópica por este elemento.b)
Ação da blomassa vívazA
capturae
estocagemde
componentesquimicos
pela
biomassa (raízes de vegetação,microorganismos,
etc.)
na
zona
não
saturada
pode
influenciar
profundamente
as
suasconcentrações na água. De acordo com Likens
et
al. (1977in Appelo
&
postma, 1993), osfluxos
de
praticamente todos
os
elementosque
entram
no solo por
precipitação
ou que
saem doaqüífero
como
fluxo
de base representam apenas uma pequena parcelado
fluxo
de elementospresentes na biomassa. Neste estudo, os elementos mais intensamente reciclados pela biomassa,
com relação ao
fluxo
de base do aqúífero, são, pela ordem,o fósforo
(900 vezes), potássio (34vezes), nitrogênio (20 vezes), e o sódio e cálcio (aproximadamente 4,5 vezes).
2.1,2,
Hidrogeoquímica da
Zona NãoSaturada
c)
Degradação demøtéria orgânicøt
A
degradaçãoda
matéria orgânica
é
o
processoinverso
da
captura
e
estocagem deelementos pela biomassa, conespondendo a uma reação de óxido-redução que
utiliza
oxigêniodissolvido na
âgn,
ououtro
receptor de elétron, paraproduzir
gás carbônico (reação 1).O
gáscarbônico produzido corresponde,
por
sua vez,a
umaimportante fonte
de
acidez na zona nãosaturada (reações 2 e 3):
O
compostoCH2O
da
reação
1
correspondea
uma simplificação de um
compostoorgânico,
que na
realidade
é
bastante
complexo
e
correspondea
uma mistura
de
váriassubstflncias.
A
matéria orgânica apresenta alguns constituintes menores como fósforo, pokíssio,nitrogênio e enxofre que são liberados durante a degradação. O gás carbônico, além do processo
da reação
l,
também pode serprodrzido
a pafür
dL respiração das raizes,o
que faz com que asua pressão
parcial
na
fase
gasosada
zonanão
saturada sejamuiks
vezesmaior
que
a
daatmosfera.
d)
Reações de díssolução eprecípìtação
deminerals:
A
elevadaoferta
de
acídezda
éryn
gerada pelas reações2 e
3
atuana
dissolução deminerais primários do
perfil
de alteração do solo. Este processo de dissolução causa o consr¡mode acidez
e
a liberação de elementos paraa
6,gta; porém,a
oxidaçãoda
matéria orgânicae
arespiração das raízes constituem uma
fonte
de reposição de gás carbônico.o
co2
volta
a reagircom a água, produzindo mais acidez.
Assim,
quando o novo evento de recarga passa pela zonanão saturada, os processos biogeoquímicos providenciam um suprimento contínuo de acidez que
promove as reações
entre os minerais
e
a
âgua.A
zonanão
saturada, normalmenterica
emmatéria orgânica,
funciona como
uma bomba geradorade
acidez que reagecom
os materiais geológicosoriginais,
transformando-osem
espéciesmais
estáveis termodinamicamente nesteambiente (Freeze
&
Cherry, 1979).Alguns minerais,
como os
carbonatose
evaporitos,dissolvem
rapidamentee
mudam significativamentea
composiçãoda
água aindano
solo,
enquanto outros,como os
silicatos, dissolvem lentamente emudam a
composiçãoda
águade forma
que maisdificilmente
se faz notar (Appelo&
Postma, 1993).cH2o +
02-+ co2
+II2o
CO2 + H2O <+ H2CO3
H2CO3 <+
Ht
+HCO3-Reação 1
Reação 2
Reação 3
As reações de dissolução de minerais
primários
podem ser congruentes(isto
é, a reaçãopode ser reversível, como no caso dos minerais carbonáticos) ou incongruentes (ou seja, a reação
é irreverslvel, como no caso dos minerais silicáticos primários). As reações congruentes, geram,
tipicamente, produtos dissolvidos na fase líquida, enquanto que as reações incongruentes podem
gerar, além dos produtos dissolvidos, uma fase sólida secundária (argilominerais).
O
ìntemperismode
minerais aluminossilicáticos
normalmenteproduz
a
formação
deargilas, cujos
tipos
dependem da composição da rochaoriginal e do
estágiodo
intemperismo. Normalmente, quanto mais avançado o estágio de intemperismo, maislixiviado
em cátions e desÍlica se toma o
argilomineral,
até que restam somente as formas dehidróxido
dealuminio. Em
regiões
de clima árido,
o
processode
evaporaçãopode
levar
à
precipitação
uma
série
deminerais no solo, que incluem a calcita, o gipso e outros saís menos solúveis.
A
Tabela 1 apresenta uma relação de algumas reagões congruentes e incongruentes maiscomuns e importantes que podem
ocoffer
em wna, zona não saturada arenosa sobclima tropical,
dentre as quais aquelas de aluminossilicatos que geram caulinita como
argilomine¡al
secundiírìo(Freeze
&
Cherry, 1979 eAppelo
&
Postma, 1993):Tabela
I
-
Algumas
reações dedissoluçãoþrecipitação
deminerais
que podemocorrer
na zona nâo saturada de aqüíferos sedimentares arenosos emclima
tropical
2NaAlSi3OS +
2Ir
+ gHrO -+ AlrSi2O5(OH)a + 2Na* + 4FI4SiO4Albita
CaAlSi3Os +
2tf
+ HzO -+ AlrSi:O(OH)+ + CaAnortita
2KAISi3OE +
2lr
+ 9H2O -+ AlrSirOlOÐ4 + 2K* + 4 H4SiO4K-feldspato
2K[MgrFq][AlSi3]O1(Ot{), +10}f +sO2 +7It2O --+ At2Si2O5(Oп +2K+ +4Mg+2 +ZFe(OH¡. +t1ogig,
Biotita
CaCO3+H"
=Ca"+HCO3-Calcita
CaMg(CO3), + 2H' = Ca" + }idg'" + ¿}lCO|'
Dolomita
CaSOa.2HrO = Ca" + SOo-'+ 2H2O Gipso
Caulinitâ
CaF2= Ca'" + 2F Fluorita
BERTOLO, R.A.
-
Tese de Doutoramento - 2001Reação 4
Reação 5
Reação 6
Reação 7 Reação
I
Reação 9Reação 10
As
reações de adsorçãoe troca
iônica
são reconhecidascomo os
fenômenos qulmicosmais importantes que
ocorremno
solo, principalmente pela
suarelevância nos
processos denutrição vegetal
(Wutke &.
Camargo,
1972),e
nos
processosde
retenção
de
contaminantesorgânicos e de metais pesados
(McBride,
1994; Appelo&
Postma, 1993).Adsorção corresponde a um fenômeno de aderência de lons ou moléculas presentes numa
solução à uma fase sólida que apresenta elevada superficie específica. Os materiais do solo que
possuem
esta
característica(argilas,
matéria
orgânica
e
óúdos
e
hidróxidos)
normalmenteapresentam-se negativamente canegados eletricamente, atraindo cátions para a sua superflcie, a
fim
de que ocorra a estabilizaçãoelétrica.
Há
situações inversas, porém,em
quea
fase sólidaapresenta-se positivamente carregada,
atraindo
ânions paraa
suasuperfìcie.
As
variáveis
quedefinem se haverá ocorrência de adsorção de cátions ou ânions são o
tipo
de material adsorventee
o pH
da
solução percolante. Seo pH
da
solução percolantefor
mais
elevadoque
o pH
domaterial adsorvente no qual a carga elétrica da sua superficie seja zero
(definido
comopI{,'",
oupH de "zero
point
of charge"), haverá condições para a adsorção de cátions, e vice-versa.A
troca iônica
correspondeao
processo reversívelem
queíons
adsorvidosnuma
fasesólida
são substituídosem
quantidade equivalentepor
outrosque
seencontram
em
solução.Como
osmateriais
do
solo exibem com
maior
freqüência os fenômenosde
adsorçãoe
troca catiônica, um conceito importante é o da capacidade de troca de cátions(CTC),
que correspondeà
medida quantiþtiva
da
capacidade
de
retengão
de
cåtions
por
diferentes
materiais,normalmente expresso em equivalentes de cargas positivas por massâ de material adsorvente. Os
valores
de
CTC
variam
dematerial
paramaterial, em função
das suas diferentes superficiesespecificas.
A
Tabela2
apresenta valores decrc
e depH,*
de alguns materiais mais comuns(Appelo
&
Postma, 1993 e Deutsch, 1997):e)
Reações de adsorção e trocøíônìca:
Tabela
2-
Medidas
de capacidades detroca
de cátions e depH"r"
de algunsmateriais
comunsCauliníta
Montmorilonita
Goetita
Material
Matéria oreânica
(oH:8)
BERTOLO, R.A.
-
Tese de Doutoramento - 2001CTC lmeo/100 s)
3 a 15
80 a 120
até 100
150 a 400
ÞH,*
4a5
2.5
7
a8
A
reação detroca catiônica ocorre
numa situação de nãoequillbrio
químico,
quando asolução
disponibiliza
cátions que substituem aqueles que ocupavam o espaço sobre a superficiede adsorção da fase sólida. Os
principais
cátions queparticipam
das reações de troca catiônicasão
o
cálcio,
magnésio,
potássio, sódio, hidrogênio
e
alumínio, sendo
que
a
soma
daconcentração destes íons em situação de adsorção representa uma boa aproximação da medida
de capacidade de t¡oca de cátions
(CTC) (Hounslow,1994;
Wutke&
Camaryo, 1972).Além
da
quantidadede
íons disponibilizados
na
solução,os fatores
quepromovem
âocorrência de uma reação de
troca catiônica
sãoa
valência e
osraios iônicos
hidratados doscátions envolvidos. Normalmente, os materiais do solo ¡etém com
maior
intensidade os íons demaior valência e de menor
raio iônico
hidratado.A
afinidade pela adsorção decresce na seguinteordem (sem
consideraros
metais
pesados,que
apresentam-seem
pequenas quantidades nomaterial
do solo): Al*3>
Ca*2r
Mg*'
>
K*
> Na*. O
hidrogênio tem comportamento especial,assemelhando-se ao de
um
cátion divalente fracamentehidraado,
sendo mais fortemente retidopela caulinita
queo
cálcio, ocorrendo
o
inverso com
a
montmorilonita
(Wutke &.
Camargo, 1972).Isto
acontece provavelmentedevido
aos diferentestipos
de ligações quimicas que
o hidrogênio realiza com os diversos materiais trocadores (ligações eletrost¡íticas e covalentes).No
ambiente do solo,o hidrogênio
é aprincipal
espécie que desencadeia as reações detroca iônica,
promovendoo efeito
de
acidezdo
solo, queé um
processo que se desenvolve àmedida que os cátions básicos adsorvidos
(cálcio,
magnésio, potássioe
sódio)
são deslocadospara a solução do solo pelos lons
Ff.
As
principais fontes de acidez (ou de hidrogênio) do solo,dentre outras menos comuns para
o
contexto
da âreade
estudo, sãoa
degradaçãode
matéria orgânica (reaçõesI
a3),
a conseqüência da respiração de organismosvivos
com a produção degás
carbônico
seguidada
ocorrência das
reações2
e
3,
a
ocorrência
de chuva
âcida,e
autilização de fedilizantes
a
basede
amônio (principalmente
o nitrato
de amônio), que
sofreoxidação de acordo com a reação 12
(McBride,
1994):NFI+* +
2oz
+
No3'+
2H++WO
Reação 12f)
Ações øntropogênìcas:As atividades humanas podem mudar completamente a qualidade da âgaa, ocasionando a
sua contaminação. Estas mudanças podem ocorrer
como efeito
das atividades de urbanização(sistemas de saneamento in
situ,lixões,
vazamentos emateros
sanitiirios, vazamento de tanquesde
combustíveis,
etc.), ìndustrial
(derrames acidentais
de
produtos químicos,
disposìçãoinadequada
de
reslduosindustriais, existência
de
lagoasde infiltração,
oconência
de
chuvaácida, etc.), agrlcola
(aplicação
de
fertilizantes,
adubos orgânicos
e defensivos
agrícolas,inigação,
atividades pecuárias, etc.), e de mineração(lixiviação
de bota-foras, etc.). Todos estesprocessos devem ser considerados, portanto, durante a investigação da hidrogeoquímica da água
subtenânea.
A
Tabela 3 a seguir apresenta um resumo dos processos que são importantes como fontede íons maiores para a âgua e os processos que
limitam
as suas concentrações (Hounslow, 1995):Tabela
3-
Resumo dosprincipais
processos queproduzem
e quecontrolam
asconcentrações dos íons na água.
lon
Na"
K"
Dissolução albitq troca iônica
Mg-Processos que proouzem rons
nara a Áatn
Dissolução de miorocllnio e micas e troca iônica
LA
Dissolução
de
dolomita
e
silicâtosCT
Dissolução de calcita, dolomita, gipso, anortita e
niroxênios e t¡oca iônica
HC03'
Concentração por evapotranspiração da água da chuva. infilt¡acão de ácuas servidas
SO¡-Pressão paroial CO2 e intemperismo de minerais
ah'øin¡<cili¡á+i¡¡a a ¡¡rh¡¡á+i.^"
No¡-Oúdação de pirita e dissolução de gipso
si
Fertilizantes, águas servidas
e
degradação de matéria oreânicaDissolução minerais silicáticos
Procêssos que removem os íons da água
Troca de iônica
Os
modelos matemáticos hidrogeoquímicos compreendemuma
série de programas decomputador
que
auxiliam
no
entendimento
dos
processos
que fazem parte
do
modelogeoqulmico conceitual de um sistema, que pode ser entendido como uma tentativa de explicação dâs características
químicas
deste sistemaem
termos das
interaçõesentre as
fases aquosa,mineral
e
gasosa(Deutsch,
1997). Estes modelostambém
realizam previsões de respostas dosistema a
partir
de mudanças nas condiçõgs químicas do meio.Basicamente,
existem
hês tipos
de
modelos
hidrogeoquimicos:
os
modelos
deespeciação, os modelos de previsão e os modelos inversos (ou de balanço de massa).
Formação de ilita (adsorção ineversível), trooa iônica e acão de biomassa viva
Precipitação de dolomita, formação de argilominerais e
troc¡ iônica
2,1.3.
ModelosHidrogeoqufmicos
Precipitação da calcita e gipso e trooa iônica Nenhum
Solubilidade de minerais carbonáticos
Redução do sulfato e precipitação de gipso
Ação de biomassa viva e denitrificação
Formação de calcedônia e silica amorfa
Os modelos de especiação calculam, a
partir
do resultado da composição química de umaamostra de água, a distribuição e as atividades das espécies dissolvidas entre lons
liwes
e os seusdiferentes complexos, assim como
o lndice
de saturação de diferentes minerais, levando-se emconta a força iônica da solução. Para a execução dos cálculos das concentrações (atividades) das
várias espécies químicas e dos índices de satwação dos minerais, os programas baseiam-se no
princípio geral da
lei
de
ação
de
massase
utilizam-se
de
extensosbancos
de
dados
determodinâmica e de constantes de
equilíbrio
das principais reações qulmicas.O
cálculo
do
índice
de
saturaçãopor
essesmodelos
é útil
no
desenvolvimento demodelos geoquímicos conceituais. Este parâmetro mede o desequilíbrio existente entre a solução
e os minerais da rocha através da relação entre o produto das atividades dos íons formadores de
um
mineral (IAP,
ou,
eminglês,
ion
activity
product),
obtido com os
resultados das análisesquímicas
da
águae
com a
constante deequilibrio qulmico do mineral (K),
de
acordocom
a seguinte equação:c
Modelos de EspeciaçãoValores positivos do índice de saturação
indicam
quea
solução está supersaturada comrelação a determinado mineral,
o
queo
leva à precipitação. Valores negativos sinalizam que omineral
encontra-seem
processode
dissoluçãoe
valores
próximos de
zero
indicam
que
asolução está em
equillbrio
químico com o mineral.c
Modelos de PrevisãoO
princípio
de
funcionamentode
um
modelo
de
previsão
consisteem
apresentar aoprogr¿Ìma a composição de uma água de montante e fazer a previsão da composição de uma água
de jusante em um mesmo sistema de
fluxo,
após a primeira ter entrado em contato com uma ou várias fasesminerais
e/ou gasosasou sofrido
alguma alteração nas condições ambientais(por
exemplo,
temperatua,
pH ou Eh). Como resultado, o programa fomece a especiação e os índicesde saturação da água de jusante, bem como as quantidades de massa transferidas de uma fase
para
outra.
Vários tipos
de
reações químicasentre
as fasespodem ser
modeladaspor
estesprogramas,
tais
como
dissolução/precipitação,
óxido-redução,
troca
iônica,
adsorção
ecomplexação de superficies sólidas.
lS
=
/og
IAPK Equação 6
Nestes modelos, fornece-se ao programa as composições químicas de duas amostras de
água coletadas a montante e a
jusante
deum
mesmo sistema defluxo,
enumera-se ostipos
defases sólidas existentes entre os dois pontos e um índice de incerteza dos resultados das análises
qufmicas, devido a
enos anallticos
e de amostragem.A
saída do programa correspondea
umasérie de sugestões de reações químicas que
justificam
as mudanças de composição química daágua entre os dois pontos. Estes programas utilizam-se apenas da estequiometria das reações na
resolução
do
problema,
não
utilizando
constantes
de
equilíbrio
qulmico
ou
dadostermodinâmicos nos seus cálculos matemáticos.
Dentre os programas de modelagem hidroquímica disponíveis, destacam-se o
MinteqA2
(Allison
et
al.,
1991), desenvolvidopelo
USEPA, eo
Phreeqc (Parkhurst, 1995), desenvolvidopelo USGS.
O primeiro
executa modelos de especiação e de previsão e conta com um extensobanco
de
dados
de
termodinâmica
de
reações,especialmente
de
metais
potencialmentepoluentes.
O
programa Phreeqc executa
os
mesmos modelos
do
MinteqA2
e
também
amodelagem inversa, além de apresentar outros recursos como modelagem de
mistwa
de águas etransporte advectìvo.
A
habilidade
de
um
modelo
geoqulmico
em simular de forma
precisa
os
sistemasnaturais
é limitada por
uma série de fatores,
tais como
acuracidadedos
dadosde
campo
elaboratório,
a extensãoe
precisão da base de dados termodinâmicos, mas principalmente comrelação à velocidade das reações químicas.
A
utilização
do
princípio
do
equillbrio qulmico para
reações geoquimicasé
válida
principalmente para aquelas que são relativamente rápidas (da ordem de dias),
o
que é comumpara as principais
reaçõesde
especiação,de
dissolução/precipitação congruentes(sais
decarbonato, cloreto, sulfato, fosfato) e reações de troca iônica./adsorção. As reações de dissolução
incongruentes, como as que ocorrem
em
aluminossilioatos,e
algumas reações redox, possuemvelocidades
de
processamentomuito
lentas,o
que
desfavorecea
utilização
do princlpio
doequillbrio qulmico
em estudos de hidrogeoquímica, principalmente para águas de fluxos rápidos,tal
comoo
trânsitoda
águana zoîa
não saturada.No
caso destasúltimas
reações, a utilização dosmodelos
geoquímicos torna-selimitada e
uma abordagemda cinética
das reações ganJraimportância, mas que não será considerada neste trabalho.