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Desconstrução da virtual periculosidade em adolescentes considerados em situação de risco

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Academic year: 2017

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4º Congresso de Extensão Universitária Direitos Humanos

055 - DESCONSTRUÇÃO DA VIRTUAL PERICULOSIDADE EM ADOLESCENTES

CONSIDERADOS EM SITUAÇÃO DE RISCO

Soraia G. F. P. Cruz (Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis), Rafael Oliveira Rodrigues (Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis), Diego Solci Toloy (Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis), Rener Busso de Martini (Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis), Eduardo Kenji F. Honji (Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis), Marisa Silva (Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis), Renata S. Carvalhaes (Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis), Gabriel A. Boscariol (Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis), Osvaldo A. de Brito Júnior (Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis), João Paulo de O. Carmo (Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis) - socruz@assis.unesp.br

Introdução: A presente pesquisa-intervenção faz uso do referencial institucionalista. Para tanto, utiliza as ferramentas de Michel Foucault, Gregório Baremblitt e Regina Benevides Barros que compreendem o sujeito como derivado dos saberes, das redes de poderes e da ética. Nesse sentido, apontamos neste trabalho uma prática que busca fugir dos paradigmas que falam de sujeitos universais e dos que focalizam o psicológico em processos privados e íntimos. O referido trabalho é desenvolvido num estabelecimento de atendimento à infância e adolescência consideradas de risco pessoal e social criado na década de 70 em plena ditadura militar. Sua criação é efeito das forças históricas, políticas e sociais num momento em que se afirma a virtual periculosidade de crianças e adolescentes nas ruas. A demanda para nossa intervenção era de que essa população tinha problemas psicológicos e de aprendizagem.

Objetivos: Promover assembléias com os educadores e pensar no uso dos grupos como dispositivo em ação. O conceito de grupo-dispositivo nos permite acompanhar as linhas de enunciação, de visibilidade, de força, de subjetividade e as de resistência e fuga. Fomos gradativamente desconstruindo processos de psicologização e desnaturalizando processos de associação entre pobreza e criminalidade, processos estes que produzem o mito da população pobre como perigosa. Indagamos ainda sobre os processos de administração das virtualidades das composições humanas, a tutela, o controle social e a caridade como tecnologia de controle da população pobre. Percebemos ainda territórios cristalizados e subjetividades assujeitadas que não se permitiam inovações e criações. As homogeneidades nos modos de pensar circulavam pelo estabelecimento, principalmente aquelas relacionadas às crianças e adolescentes que, por sua condição de existência, eram vistos e tratados como virtualmente perigosos.Tornando esses processos evidentes, provocamos problematizações, inquietações e propagamos o desassossego numa tentativa de instituir nesse lugar novas formas de pensamento, novas formas de inscrição social, abrindo perspectivas, bifurcando sentidos novos.

Métodos: Disponibilizamos livros, textos, filmes, músicas, arte urbana, teatro e multiplicação dramática, aprendizagem de línguas, contos fantásticos, cinema brasileiro, oficinas de direitos humanos, oferecendo vários dispositivos com objetivo de dar passagem aos devires artísticos, poéticos culturais e outros, além de cursos para os educadores sobre a produção histórica da infância e da adolescência.

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