• Nenhum resultado encontrado

Atualização da abordagem de infecção do trato urinário na infância.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Atualização da abordagem de infecção do trato urinário na infância."

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

www.jped.com.br

ARTIGO

DE

REVISÃO

Update

on

the

approach

of

urinary

tract

infection

in

childhood

Ana

Cristina

Simões

e

Silva

e

Eduardo

Araújo

Oliveira

DepartamentodePediatria,UnidadedeNefrologiaPediátrica,LaboratórioInterdisciplinardeInvestigac¸ãoMédica, FaculdadedeMedicina,UniversidadeFederaldeMinasGerais(UFMG),BeloHorizonte,MG,Brasil

Recebidoem16deabrilde2015;aceitoem6demaiode2015

KEYWORDS Urinarytract infection; Renalscarring; Ultrasonography; CAKUT;

Hydronephrosis; Obstructiveuropathy

Abstract

Objective: Urinarytractinfection(UTI)isthemostcommonbacterialinfectioninchildhood.

UTImaybethesentineleventforunderlyingrenalabnormality.Therearestillmany

contro-versiesregardingpropermanagementofUTI.Inthisreviewarticle,theauthorsdiscussrecent

recommendationsforthediagnosis,treatment,prophylaxis,andimagingofUTIinchildhood

basedonevidence,andwhenthisislacking,basedonexpertconsensus.

Sources: DatawereobtainedafterareviewoftheliteratureandasearchofPubmed,Embase,

Scopus,andScielo.

Summaryofthefindings: Inthefirstyearoflife,UTIsaremorecommoninboys(3.7%)than

ingirls(2%).SignsandsymptomsofUTIareverynonspecific,especiallyinneonatesandduring

childhood;inmanycases,feveristheonlysymptom.

Conclusions: ClinicalhistoryandphysicalexaminationmaysuggestUTI,butconfirmationshould

bemadebyurineculture,whichmustbeperformedbeforeanyantimicrobialagentisgiven.

Duringchildhood, theproper collection ofurine isessential toavoid false-positiveresults.

Promptdiagnosisandinitiationoftreatmentisimportanttopreventlong-termrenalscarring.

FebrileinfantswithUTIsshouldundergorenalandbladderultrasonography.Intravenous

anti-bacterialagents arerecommended forneonates andyoung infants.The authors alsoadvise

exclusionofobstructiveuropathiesassoonaspossibleandlatervesicoureteralreflux,if

indi-cated.ProphylaxisshouldbeconsideredforcasesofhighsusceptibilitytoUTIandhighriskof

renaldamage.

©2015SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.

DOIserefereaoartigo:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2015.05.003

Comocitaresteartigo:SimõeseSilvaAC,OliveiraEA.Updateontheapproachofurinarytractinfectioninchildhood.JPediatr(RioJ). 2015;91:S2---10.

Autorparacorrespondência.

E-mail:acssilva@hotmail.com(A.C.SimõeseSilva).

(2)

PALAVRAS-CHAVE Infecc¸ãodotrato urinário;

Cicatrizrenal; Ultrassonografia; CAKUT;

Hidronefrose; Uropatiaobstrutiva

Atualizac¸ãodaabordagemdeinfecc¸ãodotratourinárionainfância

Resumo

Objetivo: Ainfecc¸ãodotratourinário(ITU)éainfecc¸ãobacterianamaiscomumnainfância.

AITUpodeseroeventosentinelaparaalterac¸ãorenalsubjacente.Aindahámuitascontrovérsias

comrelac¸ãoaotratamentoadequadodaITU.Nesteartigoderevisão,discutimosasúltimas

recomendac¸õesparadiagnóstico,tratamento,profilaxiaeimagiologiadaITUnainfância,com

baseemcomprovac¸ãoe,nasuaausência,noconsensodeespecialistas.

Fontededados: Osdadosforamcoletadosapósumarevisãodaliteraturaepesquisano

Pub-med,Embase,ScopuseScielo.

Resumodosdados: Noprimeiroanodevida,asITUssãomaiscomunsemmeninos(3,7%)do

queemmeninas(2%).OssinaisesintomasdaITUsãomuitoinespecíficos,principalmenteem

neonatoseduranteainfância.Afebreéoúnicosintomaemmuitoscasos.

Conclusões: OhistóricoclínicoeexamefísicopodemsugerirITU,porémaconfirmac¸ãodeve

serfeitaporurocultura.Antesdaadministrac¸ãodequalqueragenteantimicrobiano,deveser

feitacoletadeurina.Duranteainfância,acoletadeurinaadequadaéessencialparaevitar

resultadosfalso-positivos.Odiagnósticoeoiníciodotratamentoimediatossãoimportantesna

prevenc¸ãodecicatrizrenaldelongoprazo.Neonatos febriscomITUsdevemsersubmetidos

aultrassonografiarenaledabexiga,Agentesantibacterianosintravenosossãorecomendados

paraneonatoseneonatosjovens.Recomendamostambémaexclusãodeuropatiasobstrutivaso

maisrapidamentepossíveleposteriorrefluxovesico-ureteral,casoindicado.Aprofilaxiadeve

serconsideradaemcasosdeelevadasusceptibilidadeaITUeriscoelevadodedanosrenais.

©2015SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitos

reservados.

Introduc

¸ão

A infecc¸ão do trato urinário (ITU) é a infecc¸ão bacteri-ana mais comumna infância1-4 e até 30% dos neonatos e

crianc¸as sofrem deinfecc¸ões recidivas durante os

primei-rosseisa12mesesapósaprimeiramanifestac¸ãodaITU.5,6

AITUpodeseroeventosentinelaparaalterac¸ãorenal

sub-jacente, apesar de anatomia normal ser o mais comum.7

Odiagnósticoeoiníciodotratamentoimediatossão

impor-tantes na prevenc¸ão de cicatriz renal de longo prazo.

Contudo,oaumentodaresistênciaantibióticapodeatrasar

oiníciodaterapiaadequada.

Emneonatosjovens,ossintomasdaITUdiferemdevárias

formas daqueles em crianc¸as mais velhas.8,9 A

prevalên-ciadaITU émaiorem neonatos doque emcrianc¸as mais

velhas,compredominânciaemhomens.7,10,11Amaioriadas

infecc¸õesécausada pelabactériaEscherichiacoli,apesar

de,noprimeiro anodevida,asbactérias Klebsiella

pneu-moniae,Enterobacterspp,EnterococcussppePseudomonas

seremmaisfrequentesdoquemaistardena vidaadultae

existeumgranderiscodeurossepse,emcomparac¸ãocoma

idadeadulta.7,8,10-12

Em30%dascrianc¸ascomanomaliascongênitasdorime

tratourinário(CAKUT),aITUpodeseroprimeirosignal.13

Casoospediatrasnãoconsigamidentificarospacientesem

risco,poderáocorrerdanoaotratourináriosuperior.Até85%

dos neonatose crianc¸as com ITUfebril podemapresentar

alterac¸õesvisíveis naverificac¸ão do ácido

dimercaptosuc-cínico (DMSA) marcado com tecnécio-99 e 10-40% dessas

crianc¸as têm cicatriz renal permanente14---16 que poderá

levar a baixo crescimento renal, pielonefrite recidiva,

func¸ão glomerular prejudicada, hipertensão precoce e,

eventualmente,doenc¸arenalemestágioterminal.14,15,17-20

Portanto,aidentificac¸ãodecrianc¸asemriscodedanoao

parênquima renale o acompanhamentopor imagem após

a ITU é uma tarefa muito difícil. Adicionalmente, o uso

deantibioticoprofilaxiatambémcontinuaumaquestão

con-troversa. Neste artigo de revisão, discutimos as últimas

recomendac¸ões paradiagnóstico, tratamento, profilaxia e

imagiologiadaITUnainfância,combaseem comprovac¸ão

e,nasuaausência,noconsensodeespecialistas.

Infecc

¸ão

do

trato

urinário

na

pediatria:

considerac

¸ões

gerais

AincidênciadasITUsdependedaidadeedosexo.No pri-meiroanode vida, asITUS sãomaiscomuns em meninos (3,7%)doque em meninas(2%).Isso ficaaindamais mar-canteemneonatosfebrisnosprimeirosdoismesesdevida, comincidênciade5%nasmeninase20,3%emmeninosnão circuncisados,conformedemonstradoem umestudo pros-pectivode>1.000pacientescomousodeamostrasdeurina coletadasporcateterismo.10 Posteriormente, a incidência

mudaecercade3% dasmeninasnafasepré-púbere e1%

dos meninos na fase pré-púbere são diagnosticados com

ITU.10,11,13

O primeiro passopara o diagnóstico da ITU é o

histó-ricodesaúde.Defato,ohistóricodopacientenormalmente

possibilita a identificac¸ão do local, episódio, sintomas e

fatorescomplicadores.7,9,11,12 Issoinclui perguntassobrea

infecc¸ãoprimáriaourecorrente,ITUsfebrisounãofebris;

históricodemalformac¸õesdotratourinário(porexemplo,

rastreamento por ultrassom pré ou pós-natal), cirurgias

anteriores,consumo de bebidase hábitosde micc¸ão;

(3)

sintomasno trato urinário inferior; e histórico sexual em adolescentes.

OssinaisesintomasdaITUsãomuitoinespecíficos,

prin-cipalmenteemneonatoseduranteainfância.Afebrepode

ser o único sintoma da ITU, principalmente em crianc¸as

jovens.1,21-23Recém-nascidoscompielonefriteouurossepse

podemapresentarsinaise sintomas nãoespecíficos,

algu-mas vezes sem febre.24,25 Choque séptico não é comum,

atémesmo comfebrealta,26 a menosquena presenc¸ade

obstruc¸ão ou o paciente esteja de outra forma doente.

Em crianc¸as mais velhas, os sintomas do trato urinário

inferiorincluemdisúria,frequência,urgência,urinafétida,

incontinência,hematúriaedorsuprapúbicae,paraotrato

urináriosuperior,febreedornoflanco.Examefísico

pediá-tricocompleto é sempre necessárioparaexcluir qualquer

outra fonte de febre. Por outro lado, caso a febre não

tenha causa aparente, ITU sempre deve descartada.3,4,11

O exame físico deve buscar sinais de constipac¸ão, rim

palpáveledoloroso,bexiga palpável(estigmasdeespinha

bífidaouagenesiasacralnacolunavertebralepés),doenc¸as

genitais(fimose,aderência labial,estenosedomeato

ure-tral, confluência urogenital anormal, malformac¸ões da

cloaca, vulvite e epididimoorquites) e verificac¸ão

datemperatura.

A ITU pode ser classificada de acordo com o local de

alterac¸ãopredominanteemcistiteepielonefrite.Acistite

é umainflamac¸ão damucosa da bexiga urinária com

sin-tomasdeinfecc¸ãodotratourinárioinferior.7,8,12 Contudo,

em recém-nascidose neonatos, esses sintomasraramente

sãodiagnosticados de formaprecisa.7 Na pielonefrite, as

bactérias subiram para os rins por meio do trato

uriná-riosuperior e causaramumainflamac¸ão que podelevara

danorenaloudeteriorac¸ãodecicatrizespreexistentes.Em

crianc¸ascomrefluxovesico-ureteral(RVU)maisintenso,há

umaforte correlac¸ãoentre a recorrência de ITU febril e

cicatrizrenal.27 Além dorisco dedesenvolverdanorenal,

todasascausassintomáticasdeITU causamdesconforto e

angústiae,porsisó,sãosuficientesparajustificaroesforc¸o

parareduzirasrecidivas.28 Também deveser mencionado

queaintroduc¸ãoderastreiopré-natalparamalformac¸ões

comultrassonografia possibilitou a detecc¸ão de

anormali-dadesno trato urinário antes daocorrência de quaisquer

infecc¸ões.29-31Foiconstatado,em90%dasmeninase80%dos

meninosnoprimeiro episódiodeITU,queEscherichiacoli

éopatógenopredominantenaITUnainfância.2,3,8,12,32Um

importantefator paraapredominância daEscherichacoli

é a capacidade de esse patógeno atacar o endotélio do

tratourinário.Aáreaprepucialécolonizadaporbactérias

gram-negativasnãoEscherichacoliemmeninosnão

circun-cisados,porisso odiferente espectrodebactérias na ITU

emhomens.Duranteasinfecc¸õesrecidivas,aproporc¸ãode

bactériasquenãoEscherichacoli,como,porexemplo,

Kleb-siella,enterococci,EnterobacteriaceaeeProteus,émaior.

Casoa cultura deurina apresentebactérias incomuns, as

investigac¸õesdeacompanhamentonormalmentemostrarão

CAKUT.8,31,32Espéciesatípicastambémsãomaiscomumente

vistasem infecc¸õessecundáriasaprocedimentosinvasivos

oucateterizac¸ão.ITUapóstratamentocomantibióticospara

outrasinfecc¸õestambémécausadacommaisfrequênciapor

espéciesdebactérianãoEscherichacoli,poisotratamento

repetidocomantibióticotemopotencialdeselecionar

pató-genosatípicos.8,31-33

Infecc

¸ão

do

trato

urinário

na

infância:

aspectos

específicos

Como já mencionado, o quadro clínico da ITU é hetero-gêneo,variade acordocoma faixaetáriaea localizac¸ão dainfecc¸ão.34Outrosfatorestambémpodeminfluenciaras

manifestac¸ões clínicas daITU, como situac¸ão nutricional,

presenc¸a de anormalidades do trato urinário, número de

infecc¸ões anteriores e intervalo de tempodo último

epi-sódio. O quadro clínico pode variar de febre isolada ou

alterac¸õesnoshábitosdemicc¸ãoapielonefriteaguda,que

podelevaraurossepse,principalmenteemneonatos.35

Em recém-nascidos, a ITU pode se manifestar como

sepse,predominantementecomsinaisesintomasnão

espe-cíficos, incluindo ganho de peso insuficiente, anorexia,

vômitos,baixasucc¸ão,irritabilidade,letargia,convulsõese

hipotermia.Elatambémpoderáapresentarsintomasmenos

agudos,comorecusaalimentar,vômitosocasionais,palidez

eicterícia.36AAcademiaAmericanadePediatriarecomenda

que osneonatos comníveis elevados debilirrubina direta

sejamexaminadosparaITUs.Contudo,aquelescomníveis

elevadosdebilirrubinanãoconjugadanãodevemser

excluí-dos,principalmentecasoestejampresentesoutrosaspectos

clínicos relacionados.37 Como na maioria das infecc¸ões,

nesse faixa etária há alta probabilidade de bacteremia,

sugestivadepropagac¸ãobacterianahematogênica.Há

ele-vada taxa demortalidade (cercade 10%)e muitos desses

óbitos devem-se à disseminac¸ão da infecc¸ão para outros

locais,quelevaàmeningite,porexemplo.38

Em neonatos, a febre é o principal sintoma,

normal-mente o único sintoma da infecc¸ão. Raramente há sinais

ousintomasrelacionadosao tratourinário,como

frequên-ciaurinária,disúria,urinacommaucheiroedornascostas.

Contudo,altatemperaturaestáassociadaamanifestac¸ões

nãoespecíficas,comoperdadeapetite,vômitos,dor

abdo-minal, desidratac¸ão e baixo ganho de peso, comumente

encontradasemneonatoscomITU.34-36Oexamefísicodeve

sercompleto,abrangeraspectosnutricionais,crescimentoe

desenvolvimentopsicomotor.Apalpac¸ãocuidadosados

flan-cos abdominais poderá mostraraumento dovolume renal

(hidronefrose graveourins císticos, por exemplo).A

per-sistência de bexiga palpávelapós micc¸ão sugere processo

obstrutivo oumenor disfunc¸ão dotrato urinário. Em

neo-natos,apercussãolombarraramentepoderámostrarforte

reac¸ãodedor(Giordanopositivo).34-36Principalmentenessa

faixa etária, a observac¸ão do fluxo de urina, durante o

exame físico, é útil. Um fluxo fraco ou de gotejamento

levantaapossibilidadedeobstruc¸ãobaixadotratourinário,

comoválvuladeuretraposterioremmeninos.39

Um exame completo da genitália externa é

obrigató-rio em neonatos e crianc¸as pequenas. É essencial avaliar

a conformac¸ão anatômica,especificamente a aparênciae

localizac¸ão domeatouretral e oestreitamento do

prepú-cioqueimpedeaexposic¸ãodomeatouretralemmeninos.

É importante descartar a presenc¸a de vulvovaginite ou

balanopostite que pode levar a um diagnóstico

laborato-rial falso positivo de ITU. Perda de urina constante e/ou

incontrolável,principalmentequandoobservadaduranteo

exame físico, sugere ureter ectópico.Um exame cuidado

dacolunavertebraltambéméindispensável, embuscade

(4)

evidênciadeespinhabífidaocultaousinuspilonidal

escon-didopordobrasouondulac¸ões.11

OdiagnósticodaITUemneonatostemcomobaseachados

clínicoselaboratoriais,incluindohistóricoclínicodetalhado

eexamefísico.Naanamnese,alémdossintomasespecíficos

deITU,éimportanteperguntarsobreoshábitosintestinais

(constipac¸ão e escapesfecais),ascaracterísticas dofluxo

de urina e ossintomas gerais associados (febre, vômitos,

diarreia, baixo ganho depeso). O histórico dadoenc¸a na

gravideztambém deve serinvestigado, incluindo achados

ultrassonográficosnopré-natal,comohidronefrosefetale

outraspistasdeCAKUT,distúrbiosdotuboneuralevolume

delíquidoamniótico.Ohistóricofamiliardeveincluir

per-guntassobreCAKUTemparentes,comoRVU,obstruc¸õesdo

tratourinárioedoenc¸asrenaiscistíticas.

Infecc

¸ão

do

trato

urinário

na

infância:

abordagem

prática

Diagnóstico

Odiagnóstico eo tratamento daITU é umdas áreasmais controversas --- senão a maiscontroversa --- dapediatria. Umfatorquecontribuiparaasituac¸ãoatualéadificuldade inesperada no diagnóstico da ITU em crianc¸as pequenas. O subdiagnóstico ou superdiagnóstico substancial pode resultardasdificuldadespráticasemnomínimotrêsáreas, incluindoproblemascomcoletadeamostrasdeurina, pro-blemasnainterpretac¸ãocorretadosnúmerosdebactériase diagnósticoserradosentrebacteriúriaassintomáticainfantil erealITUfebrilsintomática.40

Ohistóricoclínicoeoexamefísicopodemsugeriro

diag-nóstico de ITU, porém a confirmac¸ão deve ser feita por

culturadeurina,quemostraráaproliferac¸ãodos

microrga-nismosnotratourinário.41Portanto,antesdaadministrac¸ão

de qualquer agente antimicrobiano, deve ser feita

coletadeurina.11Duranteainfância,coletadeurina

ade-quada é essencial para evitar resultados falso-positivos e

deve ser feitaapós limpeza da área genitalcom sabão e

água,semantissépticos.40 Em recém-nascidos,neonatose

crianc¸asqueaindanãoforamdesfraldadas,existemquatro

principaismétodosparacoletarurinacomvariac¸ãonastaxas

decontaminac¸ãoeinvasividade.11Umsacoplástico

posicio-nadonagenitálialimpaéatécnicamaiscomumenteusada

napráticadiária.42 Apesardeaamostradeurinacoletada

em umsaco comcultura negativa serconfiável, essa

téc-nicatemelevadataxadeculturas falso-positivasdevido à

contaminac¸ão pela floraperiuretral.43 McGillivray et al.44

compararamavalidadedaurináliseemsacosassépticosem

comparac¸ãocom amostras deurina coletadasporcateter

como usodaculturapor catetercomo opadrão-ouroem

umestudo transversal com 303 crianc¸as não desfraldadas

com menosde três anos em risco deITU, na emergência

de umhospital da crianc¸a. A vareta de medic¸ãodo saco

mostrou-semais sensível à varetade medic¸ão docateter

em toda a amostra do estudo: 0,85 em comparac¸ão com

0,71,respectivamente.Poroutrolado,aespecificidadefoi

sistematicamente menor para as amostras coletadas por

saco do que as amostras coletadas por cateter: 0,62 em

comparac¸ãoa0,97,respectivamente.

Para coleta de urina asséptica, o neonato deve ser

posicionado no colo de um dos pais ou da enfermeira

queseguraembaixo dagenitáliadoneonato.Há umaboa

correlac¸ãoentreos resultadosde cultura deurina obtida

poresse métodoe por aspirac¸ão suprapúbica.45 Contudo,

umestudocom120neonatosecrianc¸asmostrouumataxa

de contaminac¸ão de 25% com amostras de urina

assép-ticaemcomparac¸ãocomamostrascoletadasporaspirac¸ão

suprapúbica.46

Aaspirac¸ãosuprapúbica(SPA)éométodomaissensível

deobtenc¸ãodeamostradeurinanãocontaminada.Quando

aurinaé coletadaporaspirac¸ão suprapúbica, ummétodo

queevitaa uretra, qualquercontagemdecolôniasé

con-siderada para representar bacteriúria significativa. Todos

os outros métodos de coleta de urina (coleta asséptica

desprezando o primeiro jato, cateterismo e coletas por

sacos) exigem passagem da urina pela uretra. A SPA foi

consideradaométodopadrãoparaobtenc¸ãodeurina não

contaminadapelafloraperineal.Foramrelatadastaxasde

sucesso variáveis para obtenc¸ão de urina (23%-90%).37 Ao

usar orientac¸ão por ultrassonografia, as taxas de sucesso

aumentam.47 A técnica apresenta riscos limitados, porém

énecessárioconhecimentotécnicoe experiênciaemuitos

pais e médicos consideram o procedimento

inaceitavel-menteinvasivo.Contudo, podenãohaveropc¸ãoaceitável

paraa SPA parameninos com fimosegrave, meninascom

aderências labiais muito fechadas, presenc¸a de infecc¸ão

genitalexternaoupresenc¸adeanormalidadesgenitais

com-plexas.

Cateterismovesicalpodeserumaopc¸ãoparaaSPA,

ape-sarde as taxas de contaminac¸ão serem maiores. A urina

obtidapormeiodecateterismoparaculturatem

sensibili-dadede95%eespecificidadede99%,emcomparac¸ãocom

aobtidapormeiodeSPA.48

Paraescolherummétodoespecífico,éimportante

consi-deraroquadroclínicodopaciente,aexperiênciadaequipe

médicaeosrecursosdasinstalac¸õespediátricasoudocentro

deurgência.

OdiagnósticodefinitivodeITUemneonatoséumdesafio

contínuoparaosmédicoseéobrigatóriaumainterpretac¸ão

criteriosadosresultadosdostestes.Noexamedeurina,as

varetasdemedic¸ãotestadas paranitrito,leucócitos

este-rase e sangue são muito úteis.49 Um teste com varetas

de medicac¸ão positivo para leucócitos esterase e nitrito

é altamente sensíveis para diagnosticar ITU. Um teste

negativoparaleucócitosesteraseenitritoéaltamente

espe-cíficoparadescartarITU.49 Naculturadeurina,aclássica

definic¸ãode>105UFC/mLnoprimeiro jatodeurinaainda

éusada paradefinirITU significativa. Diferentes níveisde

corteestãobemestabelecidosparaserusadospara

cultu-rasemsacos,SPAseculturasdeamostrasporcateter(ver

tabela1,adaptadadeSteinetal.).11Asúltimasorientac¸ões

sobreITUdaAcademiaAmericanadePediatria(AAP)

suge-remqueo diagnóstico deveter comobase a presenc¸ade

piúriaepelomenos50.000UFC/mLemumamostracoletada

porSPA.Culturasmisturadasindicamcontaminac¸ão.37

Em neonatos, ascontagens de proteínaC reativa e de

glóbulos devem ser obtidas por meio de monitoramento

depacientesdoentescomITU febril.Alémdisso, em uma

crianc¸agravementedoente,afunc¸ãorenaldeveseravaliada

eashemoculturasdevemsercoletadas.Paraesses

(5)

Tabela1 Critériosparadiagnosticarinfecc¸ãodotrato

uri-nário(ITU)emcrianc¸as

Métododecoletadeurina DiagnósticodeITU

Aspirac¸ãosuprapúbica QualquernúmerodeUFC

pormililitro(nomínimo

10colôniasidênticas)

Cateterismovesical 1000---50000UFC/mL

Sacoplástico >104UFC/mLcomsintomas

>105UFC/mLsemsintomas

UFC,unidadesformadorasdecolônias.

Adaptadode:Steinetal.,EuropeanUrology2015.11

pode ser muito útil durante a fase aguda, por exemplo,

para identificar imediatamente uma uropatia obstrutiva.

Examedeultrassomprecocetambéméindicadoemcrianc¸as

com suspeita deurossepse, massasabdominais palpáveis,

hematúriaeaquelespacientessemrespostaaotratamento

adequado.11,37

Tratamento

Emcrianc¸asfebriscomsinaisdeITU(sinaisclínicos,vareta de medic¸ão positiva e/ou microscopia positiva), o trata-mentocomantibióticodeveseriniciadoomaisrapidamente possível para erradicar a infecc¸ão, impedir bacteremia, melhorar o quadro clínico, diminuir a probabilidade de envolvimento renal durante a fase aguda da infecc¸ão e reduziro risco decicatriz renal.Conformeanteriormente indicado, antes de iniciar qualquer terapia antibiótica, deve-secoletarumaamostradaurinaparaurinálisee cul-turadeurina.50

O tratamento adequado inclui alívio dos sintomas,

erradicac¸ãodoagenteinfecciosoereconhecimentode

paci-entescomaltoriscodedesenvolverlesõesnoparênquima

renal.Paraalíviodossintomas,medicamentosanalgésicos

eantipiréticossãousadosemdosesnormais.Emneonatose

crianc¸aspequenas,devemosficaratentosàdetecc¸ão

pre-coce de sinais ou sintomas de urossepse, choque séptico

ouestado hipovolêmico. Para pacientes com baixa

inges-tãooral ou com desidratac¸ão, reidratac¸ão deve ser feita

imediatamente,casonecessário,porviaparenteral.11,43

A terapia empírica para neonatos e crianc¸as

peque-nas com ITU e sepse é semelhante devido à etiologia

comum.Portanto,comoresultadodaaltaincidênciade

uros-sepseepielonefriteseveraem recém-nascidoseneonatos

<3meses,recomenda-sesempreaterapiacomantibióticos

porviaparenteral.Docontrário,aoescolherentreterapia

oral eparenteral, alguns fatoresdevemser considerados:

idadedopaciente,gravidadedadoenc¸a,recursode

inges-tãooral, vômitos,nãoadesãoàmedicac¸ão orale possível

ITUfebrilcomplicada(porexemplo,dilatac¸ãogravedotrato

urinário).7,11,37,51Umestudomulticêntricorandomizado

con-troladoporMontini etal.52 mostrouqueaterapia oralfoi

tãoefetivaquantoaterapiaintravenosaseguidadeterapia

oralnotratamentodoprimeiroepisódiodeITU.

Tradicionalmente, os antibióticos intravenosos são

ini-ciados assim que coletadas as culturas adequadas. Um

tratamentocombinadocomampicilinaeaminoglicosídeoou

umaterceiragerac¸ãodecefalosporinanormalmenteatinge

Tabela2 Opc¸õesdeagentesantibacterianosviaparenteral

notratamentodainfecc¸ãodotratourinário

Agente Dose

diária/kg

Aplicac¸ão Númerode

doses/dia

Ceftriaxona 50-100mg IVouIM 1a2

Gentamicina 7,5mg IVouIM 3

Amicacina 15mg IVouIM 1a2

IV,intravenosa;IM,intramuscular.

Tabela 3 Opc¸ões de agentes antibacterianos por

administrac¸ão oral no tratamento da infecc¸ão do trato

urinário

Agente Dose

diária/kg

Número

dedoses

pordia

Sulfametoxazol+trimetoprima 40mg+8mg 2

Cefadroxil 30---50mg 2

Cefalexina 50---100mg 4

Amoxicilina+clavulanato 40mg+

5,7mg

2

excelentesresultados terapêuticos.53 Aescolha doagente

tambémtemcomobaseospadrõesdesensibilidade

antimi-crobiana dolocale podeserajustada posteriormente,de

acordocomotestedesensibilidadedopatógenoisolado.As

tabelas2 e 3mostram,respectivamente,umesquema de

agentesparenteraiseoraisusadoscommaisfrequênciano

tratamento de ITU em neonatos. A maioria das infecc¸ões

é causada pela bactéria Escherichia coli, apesar de, no

primeiro anodevida,asbactérias Klebsiellapneumoniae,

Enterobacter spp,Enterococcusspp ePseudomonasserem

maisfrequentesdoquemaistardenavidaadulta.Em

neona-toscomanomaliasdotratourinário,tambémháumamaior

prevalênciadebactérias‘‘atípicas’’.36

Amelhoriadoquadroclínicogeraleareduc¸ãodafebre

em 48 a 72 horas são indícios de boa resposta ao

tra-tamento com antibióticos. Por outro lado, em pacientes

comfebreprolongadaefalhanarecuperac¸ão,uropatógenos

resistentes aotratamento oupresenc¸adeuropatia

congê-nita ou obstruc¸ão urinária aguda devem ser considerados

e um exame de ultrassonografia é altamente

recomen-dado.Derivac¸ãourináriatemporáriapodesernecessáriaem

neonatoscomuropatiaobstrutivaoucomtratourinário

gra-vementedilatado,emcasodeausênciaderespostaàterapia

antibióticae/oupioriadoquadroclínico.11

Poucos estudos avaliaram a durac¸ão do tratamento e

a transic¸ão da terapia parenteral para oral em neonatos.

Em neonatos prematuros, a biodisponibilidade da

maio-ria dos antibióticos nãoé conhecida; portanto, a terapia

intravenosa normalmente é preferencial. Recomenda-se

a documentac¸ão de hemoculturas e culturas de líquido

cefalorraquidiano em neonatos prematuros e jovens.7 Em

neonatos maisvelhos,Benador etal.54 constataramque o

riscodecicatrizrenalnãofoidiferenteentreneonatosque

receberam terapia parenteral por três dias acompanhada

deterapia oral porsete diasem comparac¸ãocomterapia

(6)

desenvolvidos, podeserusada terapia parenteral portrês

aquatrodiasacompanhadadetransic¸ãoparamedic¸ãooral

paracompletar umcursodetratamentodesetea14dias.

Caso sejam escolhidos tratamento ambulatorial e terapia

oral,monitoramentoesupervisãomédicaestritossão

essen-ciaisnafaseinicialdaterapiae,casonecessário,ajustedo

tratamento.

Prevenc¸ãoderecidivadaITU:profilaxia

Aproximadamente20%dascrianc¸asquetiveramITUsofrem derecidivasintomática.55 Aprevenc¸ão derecidivadaITU

evitaria episódios posteriores da doenc¸a, desconforto e

estressefamiliar.26muitosestudossobreaprofilaxiacom

resultadoscontraditórios e conclusõesdivergentes,porém

apenas poucos deles são adequadamente randomizados e

controlados.Faltacomprovac¸ãodaeficáciadaterapia

pro-filáticaparaevitarrecidivasapósoprimeiroepisódiodeITU

comrelac¸ãoàpopulac¸ãoinfantil.56,57

Umacompanhamentodelongoprazode71neonatoscom

ITUmostroutaxaderecidivade28%.Amaioriados

episó-diosderecidiva(65%)ocorrenosprimeirosseismesesapósa

ITUiniciale75%ocorremempacientessemanormalidades

renais.25 Umestudo recentecomparou neonatoscom RVU

eITUrecidiva(idademédiade3,2meses)esemITU

reci-diva(idademédiade4,8meses).Osautoresmostraramque,

duranteoprimeiroanodevida,quantoantesosurgimento

daprimeiraITU,maisaltaseriaachancederecidiva.Graus

maiselevadosderefluxo,RVUbilateraleprimeirainfecc¸ão

nãocausadaporE.coliaumentamsignificativamenteorisco

deUTIsrecidivas.58

Apesar de alguns estudos prospectivos randomizados

terem questionado a eficácia da profilaxia

antibacteri-ana, estudos recentes bem projetados mostraram que

algumsubgrupodepacienteséclaramentebeneficiadopela

profilaxia.27 Por exemplo, o estudo sueco sobre refluxo

demonstrou claramente que a quimioprofilaxia é eficaz

na prevenc¸ão de novascicatrizes renais em meninas com

refluxo moderado/severo.59,60 Craiget al. mostraram,em

umgrandeestudocontroladoporplacebofeitonaAustrália,

quesulfametoxazol+trimetoprimadebaixadoseemlongo

prazo foi associado à reduc¸ão nonúmerode episódios de

ITU em crianc¸as com predisposic¸ão.55 Durante o estudo,

36 dos 288 pacientes (13%) no grupo que recebeu

sulfa-metoxazol+trimetoprima (grupo de antibiótico) e 55 dos

288 pacientes (19%) nogrupo placebo (razão de risco no

grupodeantibiótico,0,61;intervalodeconfianc¸a de95%,

0,40 a 0,93) desenvolveram ITU. De fato, o efeito do

tratamento foi aparentemente consistente em todos os

subgrupos, inclusive para crianc¸as mais novas. O estudo

recentemente publicado sobre Intervenc¸ão Randomizada

em Crianc¸ascomRefluxo Vesico-Ureteral(RIVUR)com607

crianc¸as(280comrefluxotipograu1ou2e322comrefluxo

tipo 3ou4) mostrou que aprofilaxia antimicrobiana com

trimetoprima/sulfametoxazolreduziuoriscoderecidivaem

50%.61

A comprovac¸ão de boa qualidade da profilaxia em

crianc¸asmuitonovasélimitadadevidoaofatodenãohaver

ensaios clínicos controlados e randomizados específicos

para essa faixa etária. Contudo, há um benefício claro

da profilaxia para alguns subgrupos e a administrac¸ão de

Tabela4 Opc¸õesdeprofilaxiaantibacterianaemrecidivas

deinfecc¸ãodotratourinário

Agente Doseprofilática

pordia,mg/kg

Limitac¸ões

Nitrofurantoína 1-2 Nãorecomendado

<3meses

deidade

Sulfametoxazol+

Trimetoprima

1-2

Trimetoprima

Nãorecomendado

<2meses

deidade

Cefalosporina (primeira gerac¸ão)

¼dadose

terapêutica

Nãorecomendado

parauso

prolongado

antibacterianosdebaixadosee longoprazodeveser con-sideradanessescasosdealtasusceptibilidadeàITUerisco elevadodedano renaladquirido.Nesse contexto,a profi-laxiadeveserconsiderada nosseguintes quadrosclínicos: (1) presenc¸a de achados ultrassonográficos no pré-natal sugestivosdeuropatias;(2)atéainvestigac¸ão ultrassonográ-ficadotratourinárioserconcluída;(3)napresenc¸adetrato urináriogravementedilatado; (4)na presenc¸adeuropatia obstrutivaatéacorrec¸ãocirúrgica;e(4)napresenc¸adeRVU degraus3e4.Oobjetivodaprofilaxianessassituac¸õesé prevenirITUrecidivae/oudanorenal.

A profilaxia contínua com antibióticos de baixa dosa-gem administrados por um período variável foi o pilar dessaabordagem.27Asescolhasusuaisdaprofilaxiaincluem

trimetoprima-sulfametoxazol e nitrofurantoína(tabela 4).

Ousodecefalosporinasnaquimioprofilaxiadeveser

consi-deradoduranteosdoisprimeirosmesesdeidadedevidoaos

possíveisefeitoscolateraisdatrimetoprima-sulfametoxazol

edanitrofurantoínaemneonatosecrianc¸aspequenascom

menos de três meses. Apesar da controvérsia atual com

relac¸ãoàeficáciadaprofilaxia,essaabordagemé

aconse-lhável para alguns subgrupos de pacientes. Nessescasos,

a profilaxia pode proteger de ITU recidiva e de possíveis

sequelasdelongoprazo.

Examesporimagem

Oamplousodeultrassonografiapré-natalclaramente redu-ziuaprevalênciadaausênciadesuspeitaanteriordeCAKUT emneonatos.37,62Contudo,oimpactodosexamespré-natais

sobreaprevalênciadasanormalidadesrenaisemneonatos

comITUsaindanãofoimuitobemestudado.Éimportante

destacarqueaqualidadedasultrassonografiaspré-natalé

extremamenteheterogêneae umrelatode

ultrassonogra-fiafetal‘‘normal’’ nãopodedescartar a possibilidadede

anormalidadesestruturais.37,62

Duasorientac¸õesrecentessobreinfecc¸õesdotrato

uri-nárioem crianc¸as pela AcademiaAmericana de Pediatria

(AAP)epelaAssociac¸ãoEuropeiadeUrologia(EAU)

afirma-ramconsensualmentequeneonatosfebriscomUTIsdevem

sersubmetidosaultrassonografiarenaledabexiga(RBUS).27

Oobjetivo daRBUSé detectar anormalidadesanatômicas

que exigem melhor avaliac¸ão, como exames por imagem

adicionaisouumprocedimentourológico.ARBUStambém

(7)

dotamanhodosrins.63 Essascaracterísticasajudama

esta-belecerumaabordagempersonalizadaparamonitoraresses

pacientes.Contudo, certaprecauc¸ão deve ser tomada na

interpretac¸ãodosachadosultrassonográficos.Ométodotem

limitac¸ões intrínsecas e dependem muito do radiologista.

Porexemplo, aRBUStembaixasensibilidade nadetecc¸ão

de RVU e não pode excluir a presenc¸a de níveis mais

ainda elevados dessa uropatia, apesar de conseguir

mos-trar sinais indiretos de sua presenc¸a.64-66 Por outro lado,

o ultrassom renal é um teste de rastreio muito útil para

uropatias obstrutivas e outras anormalidades estruturais,

é relativamentebarato, nãoinvasivo e normalmente está

prontamentedisponível.Conformemencionado,omomento

daRBUS depende do quadro clínico e do curso do

trata-mento.ARBUSérecomendadalogodoiníciodasuspeitade

ITUfebrilcomplicada(porexemplo,comoabcessosrenais,

pionefrose e anormalidades estruturais) ou em pacientes

semmelhoriadoquadroclínico.Deve-sedestacar,contudo,

queumainfecc¸ãoagudadoparênquimarenalpodecausar

alterac¸õestransitórias, comodilatac¸ãodotratourinárioe

alterac¸õesnaecogenicidadedoparênquimarenal.37

AAAPrecomendaquenãosedevefazercistouretrografia

miccional(VCUG)rotineiramenteapósaprimeiraITUfebril.

AVCUGéindicadacaso aRBUSrevelehidronefrose,

cica-trizououtrosachadossugestivosdeRVUdegrauelevadoou

uropatiaobstrutiva.37 Poroutro lado,a orientac¸ãodaEAU

recomendaque,paraneonatosabaixodeumano,RVUdeve

serexcluídopormeiodoexameVCUGe/ouverificac¸ão do

DMSA.Alémdisso, essaorientac¸ãosugere umaabordagem

semelhanteparameninasacimadeumano,porémnãopara

meninosacimadessa idade. Parameninos demaisde um

ano,essa orientac¸ãorecomendaapenasRBUS.VCUGdeve

serfeitaapósaITUtersidotratada.11 Defato,duas

possí-veisestratégiasdeexameporimagemforamrecomendadas

paradiagnosticar VUR: ométodoascendente (VCUGe,se

positiva, verificac¸ão do DMSA) ou o método descendente

(verificac¸ãodoDMSAe,sepositivo,VCUG).67,68

Portanto,atualmentenãohá umconsensocom relac¸ão

à melhor abordagem de verificac¸ão por imagem após um

primeiro episódio de ITU febril. Nesse contexto, Williams

et al. sugeriram uma abordagem mais simples e direta:

(1)ultrassonografiadotrato renal em todasascrianc¸as e

(2) cistografia miccional e/ou DMSA para crianc¸as com

ultrassonografiadotratorenalanormal.50

Observac

¸ões

finais

OtratamentoadequadodaITUéumadasáreasmais contro-versasnapediatria.Atualmente,aclassificac¸ãodeumaITU é feitadeacordo como local, episódio,sintomas e fato-resdecomplicac¸ão.Para otratamento agudo,olocal ea gravidadesão os fatores maisimportantes. O tratamento depacientescomITUsfebrisdeveseriniciadoapósexame e cultura de urina para confirmar o diagnóstico. A SPA e ocateterismo apresentama menortaxa decontaminac¸ão paracoletadeurina,apesardeométododesacoplástico aindaser maiscomumenteusadona práticadiária. A ITU podeserexcluídacasoavaretademedicac¸ãosejanegativa para leucócitos esterase e nitrito ou a análise microscó-picaseja negativapara piúriae bacteriúria. Em neonatos ecrianc¸aspequenas,antibióticosintravenososnormalmente

sãorecomendadosparaotratamentodeITUfebril.A melho-riadoquadroclínicogeraleareduc¸ãodafebresãoindícios deboarespostaaotratamentocomantibióticos.Aprofilaxia mostraserbenéficaquandoosachadosultrassonográficosno pré-natalsãosugestivosdeuropatias,atéqueainvestigac¸ão porimagemtenhasidoconcluída,napresenc¸adetrato uri-náriogravementedilatado,uropatiaobstrutivaatécorrec¸ão cirúrgica e refluxo vesico-ureteral degraus 3 e 4.Nessas situac¸ões, a profilaxia é prevenir ITU recidiva e/ou dano renal.Aindanãoháumconsensocomrelac¸ãoàmelhor abor-dagemdeverificac¸ãoporimagemapósumprimeiroepisódio deITUfebril.Énecessáriaultrassonografiaprecocedosrins ebexigaempacientesjovenscomITUfebrilparaexcluir uro-patiasubjacente. Estudosprospectivos longitudinaisainda sãonecessáriosparaestabelecerprotocolospersonalizados paraaabordagemdaITUnainfância.

Financiamento

EsteestudofoiparcialmentefinanciadopeloConselho Naci-onaldeDesenvolvimentoCientíficoeTecnológico(CNPq)e pela Fundac¸ão de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais(Fapemig).ODr.ACSimõeseSilvaeoDrEAOliveira têmbolsadepesquisadoCNPq.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Referências

1.HobermanA,ChaoHP,KellerDM,HickeyR,DavisHW,EllisD. Prevalenceofurinarytractinfectioninfebrileinfants.JPediatr. 1993;123:17---23.

2.Mårild S, Jodal U. Incidence rate of first-time symptomatic urinarytract infectioninchildrenunder6yearsofage.Acta Paediatr.1998;87:549---52.

3.O’BrienK,StantonN,EdwardsA,HoodK,ButlerCC.Prevalence ofurinarytractinfection(UTI)insequentialacutelyunwell chil-drenpresentinginprimarycare:exploratorystudy.ScandJPrim HealthCare.2011;29:19---22.

4.Stull TL, LiPuma JJ. Epidemiology and natural history of urinary tract infections in children. Med Clin North Am. 1991;75:287---97.

5.Mangiarotti P, Pizzini C, Fanos V. Antibiotic prophylaxis in childrenwithrelapsingurinarytractinfections:review.J Che-mother.2000;12:115---23.

6.Nuutinen M, Uhari M. Recurrence and follow-up after uri-narytractinfectionundertheageof1year.PediatrNephrol. 2001;16:69---72.

7.ArshadM,SeedPC.Urinarytractinfectionsintheinfant.Clin Perinatol.2015;42:17---28,vii.

8.KanellopoulosTA, SalakosC,Spiliopoulou I,EllinaA, Nikola-kopoulouNM, PapanastasiouDA.First urinarytract infection inneonates,infantsandyoungchildren:acomparativestudy. PediatrNephrol.2006;21:1131---7.

9.ZorcJJ,LevineDA,PlattSL,DayanPS,MaciasCG,KriefW,etal. Clinicalanddemographicfactorsassociatedwithurinarytract infectioninyoungfebrileinfants.Pediatrics.2005;116:644---8. 10.ShaikhN,MoroneNE,BostJE,FarrellMH.Prevalenceofurinary

(8)

11.SteinR,DoganHS,HoebekeP,KoˇcvaraR,NijmanRJ,RadmayrC, etal.Urinarytractinfectionsinchildren:EAU/ESPUguidelines. EurUrol.2015;67:546---58.

12.Zorc JJ, Kiddoo DA, Shaw KN. Diagnosis and management of pediatric urinary tract infections. Clin Microbiol Rev. 2005;18:417---22.

13.SastreJB,AparicioAR,CotalloGD,ColomerBF,HernándezMC, Grupo de Hospitales Castrillo.Urinary tract infection in the newborn:clinicalandradioimagingstudies.PediatrNephrol. 2007;22:35-41.

14.BenadorD,BenadorN,SlosmanD,MermillodB,GirardinE.Are youngerchildrenathighestriskofrenalsequelaeafter pyelo-nephritis?Lancet.1997;349:17---9.

15.HewittIK,ZucchettaP,RigonL,MaschioF,MolinariPP,Tomasi L,etal.Earlytreatmentofacutepyelonephritisinchildrenfails toreducerenalscarring:datafromtheItalianRenalInfection StudyTrials.Pediatrics.2008;122:486---90.

16.JakobssonB,SvenssonL.Transientpyelonephriticchangeson 99mTechnetium-dimercaptosuccinicacidscanforatleastfive monthsafterinfection.ActaPaediatr.1997;86:803---7. 17.JacobsonSH,EklöfO,ErikssonCG,LinsLE,TidgrenB,WinbergJ.

Developmentofhypertensionanduraemiaafterpyelonephritis inchildhood:27yearfollowup.BMJ.1989;299:703---6. 18.RoundJ,FitzgeraldAC,HulmeC,LakhanpaulM,TullusK.

Uri-nary tract infections in children and the risk of ESRF. Acta Paediatr.2012;101:278---82.

19.SacksSH,VerrierJonesK,RobertsR,AsscherAW,LedinghamJG. Effectofsymptomlessbacteriuriainchildhoodonsubsequent pregnancy.Lancet.1987;2:991---4.

20.SimoeseSilvaAC,Silva JM,Diniz JS,PinheiroSV, LimaEM, VasconcelosMA,etal.Riskofhypertensioninprimary vesicou-reteralreflux.PediatrNephrol.2007;22:459---62.

21.BauchnerH,PhilippB,DashefskyB,KleinJO.Prevalenceof bac-teriuriainfebrilechildren.PediatrInfectDisJ.1987;6:239---42. 22.BonadioWA.Urineculturingtechniqueinfebrileinfants.Pediatr

EmergCare.1987;3:75---8.

23.CraigJC,WilliamsGJ,JonesM,CodariniM,MacaskillP,Hayen A,etal.Theaccuracyofclinicalsymptomsandsignsforthe diagnosisof seriousbacterial infectionin young febrile chil-dren:prospectivecohortstudyof15781febrileillnesses.BMJ. 2010;340:c1594.

24.BeetzR.Evaluationandmanagementofurinarytractinfections intheneonate.CurrOpinPediatr.2012;24:205---11.

25.BiyikliNK,AlpayH,OzekE,AkmanI,BilgenH.Neonatal uri-narytractinfections:analysisofthepatientsandrecurrences. PediatrInt.2004;46:21---5.

26.CraigJC,IrwigLM,KnightJF,SureshkumarP,RoyLP. Sympto-maticurinarytractinfectioninpreschoolAustralianchildren. JPaediatrChildHealth.1998;34:154---9.

27.Brandström P, Hansson S. Long-term, low-dose prophylaxis againsturinarytractinfectionsinyoungchildren.Pediatr Neph-rol.2015;30:425---32.

28.SmellieJM,KatzG,GrünebergRN.Controlledtrialof prophy-lactictreatmentinchildhoodurinary-tractinfection.Lancet. 1978;2:175---8.

29.CoelhoGM,BouzadaMC,LemosGS,PereiraAK,LimaBP, Oli-veiraEA.Riskfactorsforurinarytractinfectioninchildrenwith prenatalrenalpelvicdilatation.JUrol.2008;179:284---9. 30.Coelho GM, Bouzada MC, Pereira AK, Figueiredo BF, Leite

MR, Oliveira DS, et al. Outcome of isolated antenatal hydronephrosis:a prospectivecohortstudy.Pediatr Nephrol. 2007;22:1727---34.

31.LiuDB,ArmstrongWR3rd,MaizelsM.Hydronephrosis: prena-talandpostnatalevaluationandmanagement.ClinPerinatol. 2014;41:661---78.

32.IsmailiK,Lolin K, DamryN, AlexanderM,Lepage P,Hall M. Febrileurinarytract infectionsin0- to3-month-oldinfants: aprospectivefollow-upstudy.JPediatr.2011;158:91---4.

33.BonadioW,MaidaG.Urinarytractinfectioninoutpatientfebrile infantsyoungerthan30daysofage:a10-yearevaluation. Pedi-atrInfectDisJ.2014;33:342---4.

34.FeldLG,MattooTK.Urinarytractinfectionsandvesicoureteral refluxininfantsandchildren.PediatrRev.2010;31:451---63. 35.BellLE,MattooTK.Updateonchildhoodurinarytractinfection

andvesicoureteralreflux.SeminNephrol.2009;29:349---59. 36.SaadehSA,MattooTK.Managingurinarytractinfections.

Pedi-atrNephrol.2011;26:1967---76.

37.SubcommitteeonUrinaryTractInfection,SteeringCommittee onQualityImprovementandManagement.RobertsKB.Urinary tractinfection:clinicalpracticeguidelineforthediagnosisand managementoftheinitialUTIinfebrileinfantsandchildren2 to24months.Pediatrics.2011;128:595---610.

38.GinsburgCM,McCrackenGHJr.Urinarytractinfectionsinyoung infants.Pediatrics.1982;69:409---12.

39.OliveiraEA,RabeloEA,PereiraAK,DinizJS,CabralAC,Leite HV, et al. Prognostic factors in prenatally-detected poste-riorurethralvalves:a multivariateanalysis.PediatrSurgInt. 2002;18:662---7.

40.Tullus K. Difficultiesin diagnosingurinary tract infectionsin smallchildren.PediatrNephrol.2011;26:1923---6.

41.Bauer R, Kogan BA. New developments in the diagnosis and management of pediatric UTIs. Urol Clin North Am. 2008;35:47---58,vi.

42.WaldER.Tobagornottobag.JPediatr.2005;147:418---20. 43.Schlager TA.Urinarytract infectionsininfantsand children.

InfectDisClinNorthAm.2003;17:353---65,ix.

44.McGillivrayD,MokE,MulrooneyE,KramerMS.Ahead-to-head comparison: clean-void bagversus catheter urinalysis inthe diagnosisofurinarytractinfectioninyoungchildren.JPediatr. 2005;147:451---6.

45.RamageIJ, Chapman JP, HollmanAS, Elabassi M,McCollJH, BeattieTJ.Accuracyofclean-catchurinecollectionininfancy. JPediatr.1999;135:765---7.

46.AronsonAS,GustafsonB,SvenningsenNW.Combinedsuprapubic aspirationand clean-voidedurineexaminationininfantsand children.ActaPaediatrScand.1973;62:396---400.

47.Buys H, Pead L, Hallett R, Maskell R. Suprapubic aspiration underultrasoundguidanceinchildrenwithfeverofundiagnosed cause.BMJ.1994;308:690---2.

48.KramerMS,TangeSM,DrummondKN,MillsEL.Urinetesting in young febrile children: a risk-benefit analysis. J Pediatr. 1994;125:6---13.

49.WhitingP,WestwoodM,BojkeL,PalmerS,RichardsonG,Cooper J,etal.Clinicaleffectivenessandcost-effectivenessoftestsfor thediagnosisandinvestigationofurinarytractinfectionin chil-dren:asystematicreviewandeconomicmodel.HealthTechnol Assess.2006;10:iii---v,xi-xiii,1-154.

50.WilliamsGJ,HodsonEH,IsaacsD,CraigJC.Diagnosisand mana-gementofurinarytractinfectioninchildren.JPaediatrChild Health.2012;48:296---301.

51.MassonP,MathesonS,WebsterAC,CraigJC.Meta-analysesin preventionandtreatmentofurinarytractinfections.InfectDis ClinNorthAm.2009;23:355---85.TableofContents.

52.Montini G, Toffolo A, ZucchettaP, Dall’Amico R, Gobber D, Calderan A, et al. Antibiotic treatment for pyelonephritis inchildren:multicentrerandomisedcontrollednon-inferiority trial.BMJ.2007;335:386.

53.ClarkCJ,KennedyWA2nd,ShortliffeLD.Urinarytractinfection inchildren:whentoworry.UrolClinNorthAm.2010;37:229---41. 54.BenadorD,NeuhausTJ, PapazyanJP,Willi UV,Engel-BicikI, NadalD,etal.Randomisedcontrolledtrialofthreedayversus

10dayintravenousantibioticsinacutepyelonephritis:effect onrenalscarring.ArchDisChild.2001;84:241---6.

(9)

56.WilliamsG,CraigJC.Preventionofrecurrenturinarytract infec-tioninchildren.CurrOpinInfectDis.2009;22:72---6.

57.Williams G, Craig JC. Long-term antibiotics for preventing recurrenturinarytractinfectioninchildren.CochraneDatabase SystRev.2011;(3).CD001534.

58.Park S, Song SH, Lee C, Kim JW, Kim KS. Bacterial patho-gensinfirstfebrileurinarytractinfectionaffectbreakthrough infections in infants with vesicoureteral reflux treated with prophylacticantibiotics.Urology.2013;81:1342---5.

59.BrandströmP,EsbjörnerE,HertheliusM,SwerkerssonS,Jodal U,HanssonS.TheSwedishrefluxtrialinchildren:III.Urinary tractinfectionpattern.JUrol.2010;184:286---91.

60.BrandströmP,JodalU,SillénU,HanssonS.TheSwedishreflux trial:reviewofarandomized,controlledtrialinchildrenwith dilatingvesicoureteralreflux.JPediatrUrol.2011;7:594---600. 61.Hoberman A, Greenfield SP, Mattoo TK, Keren R, Mathews

R, et al., RIVUR Trial Investigators. Antimicrobial prophyla-xis for children with vesicoureteral reflux. N Engl J Med. 2014;370:2367---76.

62.BouzadaMC,OliveiraEA,PereiraAK,LeiteHV,RodriguesAM, FagundesLA, etal. Diagnosticaccuracy offetal renalpelvis anteroposterior diameterasa predictorofuropathy: a pros-pectivestudy.UltrasoundObstetGynecol.2004;24:745---9.

63.PredaI,JodalU,SixtR,StoklandE,HanssonS.Valueof ultra-soundinevaluationofinfantswithfirsturinarytractinfection. JUrol.2010;183:1984---8.

64.BouzadaMC,OliveiraEA,PereiraAK,LeiteHV,RodriguesAM, FagundesLA,etal.Diagnosticaccuracyofpostnatalrenal pel-vicdiameterasapredictorofuropathy:aprospectivestudy. PediatrRadiol.2004;34:798---804.

65.DiasCS,BouzadaMC,PereiraAK,BarrosPS,ChavesAC,Amaro AP,etal.Predictivefactorsforvesicoureteralrefluxand pre-natally diagnosed renal pelvic dilatation. J Urol. 2009;182: 2440---5.

66.Müller L, Preda I, Jacobsson B, Sixt R, Jodal U, Hansson S, et al. Ultrasonography as predictor of permanent renal damageininfantswithurinarytractinfection.ActaPaediatr. 2009;98:1156---61.

67.Preda I, Jodal U, Sixt R, Stokland E, Hansson S. Normal dimercaptosuccinicacidscintigraphymakesvoiding cystoureth-rographyunnecessaryafterurinarytract infection.JPediatr. 2007;151:581---4,584.e1.

Imagem

Tabela 2 Opc¸ões de agentes antibacterianos via parenteral no tratamento da infecc¸ão do trato urinário
Tabela 4 Opc¸ões de profilaxia antibacteriana em recidivas de infecc¸ão do trato urinário

Referências

Documentos relacionados

2. Identifica as personagens do texto.. Indica o tempo da história. Indica o espaço da história. Classifica as palavras quanto ao número de sílabas. Copia do texto três

1- A vida das comunidades recoletoras era muito difícil, devido ao frio intenso e aos animais ferozes, mas também porque era difícil encontrar comida e lugares onde se abrigarem.. 2-

Um senhorio é um território, pertencente a um Senhor (do Clero ou da Nobreza), em que podemos encontrar terras cultivadas pelos camponeses que vivem no senhorio,

• Crianças com bom estado clínico - coleta de urina para análise sumária e urocultura – seleção...

O desenvolvimento das interações entre os próprios alunos e entre estes e as professoras, juntamente com o reconhecimento da singularidade dos conhecimentos

Deve ser solicitado para crianças abaixo de 6 anos com ITU de repetição, no sexo feminino, e para qualquer episódio de ITU no sexo masculino, desde que não haja um diagnóstico

Em conformidade com as alterações introduzidas pela Lei nº 53 – A/2006 de 29 de Dezembro ao orçamento de Estado para 2007, os imóveis integrados em fundos de investimento

O empregador deverá realizar a avaliação ambiental de poeira de asbesto nos locais de trabalho em intervalos não superiores a seis meses.. Os registros das avaliações deverão