• Nenhum resultado encontrado

O sistema de farmacovigilância em Portugal (sua criação e desenvolvimento).

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "O sistema de farmacovigilância em Portugal (sua criação e desenvolvimento)."

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

O sist ema de farmacovigilância em Port ugal

(sua criação e desenvolviment o)

The p harmaco vig ilance syste m in Po rtug al

(e stab lishme nt and d e ve lo p me nt)

1 In stitu to Nacion al d a Fa rm á cia e d o M ed ica m en t o (In fa rm ed ), M in ist ério d a Sa ú d e. En d ereço p ara corresp on d ên cia: Ru a Au gu st o Pin a no17, 4aEsq u in a , 1500, Lisb oa , Port u ga l.

An a M . Corrêa - N u n es 1

Abst ract Th e safet y p rofile of a d ru g is n ot a st at ic con cep t . It p rogresses an d can ch an ge on t h e b a sis of scien t ific d a t a ga t h ered b efore a n d a ft er it is m a rk et ed . T h erefore, it is n ow con sid ered fu n d a m en t a l t h a t a ll cou n t ries h a v e t h e ca p a cit y t o con t in u ou sly m on it or t h e sa fet y of m ed i-cin es a u t h oriz ed for sa le. Ba sed on t h e resu lt in g a n d a p p rop ria t e d a t a , t h is a llow s t h em t o a lt er t h e p rev iou sly a u t h oriz ed con d it ion s for u se of a giv en d ru g a s a p u b lic h ea lt h sa fegu a rd . T h is p a p er d escrib es h ow a Ph a rm a cov igila n ce Syst em is b ein g d ev elop ed in Port u ga l in t h e 1990s. Th e syst em is bein g im p lem en t ed ba sed on ou r n a t ion a l ch a ra ct erist ics a n d p osit ion s w it h in t h e Eu ro p ea n Un i o n . T h e a rt i cle i n clu d es so m e resu lt s f ro m t h e i n i t i a l i m p lem en t a t i o n o f t h ese m et h od s. M a n y sim ila rit ies a llow on e t o ex t ra p ola t e som e of t h e p roced u res from on e cou n t ry t o a n ot h er. W h en w e b ega n w e b orrow ed a n d a d a p t ed ex t en siv ely from ex p erien ces a lrea d y t est ed by ot h ers.

Key words Ph arm acov igilan ce; Dru g Ut iliz at ion ; Dru gs; Port u gal

Resumo O p erfil d e segu ran ça d os m ed icam en t os n ão é u m con ceit o est át ico, ele ev olu i à m ed i-d a qu e au m en t am os con h ecim en t os sobre eles coligii-d os, an t es e ap ós a su a com ercializ ação. Por isso, h oje se recon h ece com o fu n d am en t al qu e t od os os p aíses p ossu am a cap acid ad e d e m on it o -riz a r d e form a con t ín u a a segu ra n ça d os fá rm a cos q u e a u t o-riz a m . Isso lh es d á a p ossib ilid a d e d e, m ed ian t e os d ad os qu e v ão colet an d o, t er o con h ecim en t o n ecessário qu e lh es p erm it a, qu an -d o a -d eq u a -d o, m o-d ifica r a s con -d ições p rev ia m en t e est a b elecd a s p a ra a u t iliz a çã o -d e u m m e-d i-ca m en t o, p rot egen d o a ssim a sa ú d e p ú blii-ca . N est e a rt igo, d escreve-se com o, n a d éi-ca d a d e 90, es-t á a ser con ses-t ru íd o u m sises-t em a d e farm acov igilân cia em Pores-t u gal. Ten d o em con es-t a as caraces-t erís-t i ca s d o Pa í s e a su a i n serçã o n a Un i ã o Eu rop éi a , sã o a b ord a d os os p rogra m a s q u e eserís-t a m os a u t i li z a r p a ra a i n clu sã o d o s n o t i f i ca d o res e o m o d o co m o o si st em a est á a ser d esen v o lv i d o. Igu alm en t e são ap resen t ad os já algu n s resu lt ad os d esses p rim eiros an os d a ap licação d esses m é-t od os. Há m u ié-t a s sem elh a n ça s q u e p erm ié-t em ex é-t ra p ola r, d e p a ís p a ra p a ís, p roced im en é-t os n esé-t a área. Ou t rossim , qu an d o com eçam os, t ran sp u sem os e ad ap t am os m u it as d as ex p eriên cias já t es-t ad as p or ou es-t ros.

(2)

Introdução

Ao co n trá rio d o s resta n tes p a íses d a Eu ro p a Com u n itária, até ao in ício d a d écad a d e 90 n ão existia em Portu gal q u alq u er ativid ad e organ i-zad a n o d om ín io d a farm acovigilân cia, qu er d a p arte d as au torid ad es d e saú d e, q u er d as u n i-versid ad es, exceção, ap en as, p ara algu n s rep resen ta n tes d a in d ú stria fa rm a cêu tica m u ltin a cion al, que, p or razões de p olítica in tern a, m an -tin h am equ ip es trein ad as n esta área.

Em 1986, tín h a m o s en tra d o p a ra a en tã o Com u n id ad e Econ ôm ica Eu rop éia (CEE), h oje Un ião Eu rop éia (UE), on d e já h avia regras co-m u n s estab elecid as ou eco-m n egociação en tre os esta d o s m em b ro s (EM) p a ra to d o o seto r d o s m ed ica m en to s, e esse fa to co m eça va a im p o r gran d es m u d an ças ao n osso p aís.

O p rim eiro p a sso im p o rta n te fo i d a d o em 1991, qu an d o d a p u b licação d o ch am ad o Esta -t u -t o d o M ed ica m en -t o(Decreto -Lei 72/ 91 d e 8 d e fevereiro) (Figu ra 1). Ele torn ou d ireito n a-cion al a legislação com u n itária já em vigor, es-tab elecen d o as n ovas n orm as p ara os fárm acos d e u so h u m a n o, n o q u e d iz resp eito à s con d i-ções d e ap rovação, com p articip ação, con trole d e qu alid ad e e fab ricação.

Aí se fa la p ela p rim eira vez em fa rm a covi-gilâ n cia , e st a b e le ce n d o q u e a in d ú st ria fa rm a cê u t ica e o s p ro fissio n a is d e sa ú d e d e ve -riam en viar às au torid ad es d e saú d e as n otifi-ca ções d e rea ções a d versa s d e m ed iotifi-ca m en tos d as q u ais tivessem con h ecim en to.

Esta va m , d esse m o d o, cria d a s co n d içõ es p ara avan çar n esse cam p o, e p recisavase com -p en sar, d e algu m a form a, o tem -p o -p erd id o. Ve-jam os, p ois, com o con segu im os evolu ir.

Processo de organização

A b ase legal qu e con stitu ía o Decreto-Lei 72/ 91 p erm itia-n os in iciar a con stru ção d e u m a p e-quen a estrutura que p ossibilitasse, p or um lado, d ar resp osta ao qu e aqu ela legislação já estip u-lava, ou seja, receber as n otificações das reações adversas qu e se p ediam , p or ou tro, desen volvêla, crian do assim con dições p ara o cu m p rim en -to de futuros n orm ativos legais m ais detalh ados e com p letos que seriam , m ais tarde, p ublicados. No p lan o n acion al, con stituíram p assos fun -d a m en ta is a co n stru çã o -d a p rim eira fich a -d e n otificação, o in ício d a ad m issão e trein am en to d e p esso a l técn ico e a ela b o ra çã o d o s p ro -gram as qu e m ais tard e n os p erm itissem in clu ir os n otificad ores.

No p la n o in tern a cio n a l, in icia m o s to d o o trab alh o q u e torn asse p ossível a n ossa aceita

-ção fu tu ra com o m em b ros d o p rogram a in ter-n a cio ter-n a l d e m o ter-n ito riza çã o d e m ed ica m eter-n to s d a Organ ização Mu n d ial d e Saú d e (OMS).

Isso p a sso u p ela a d o çã o d e, en tre o u tro s, u m con ju n to d e técn icas e regras h om ologad as p ela OMS, b em com o p elo con trole d e qu alid a-d e a-d a su a u tiliza çã o (Ea-d wa ra-d s & Biriell, 1994). Igu alm en te, foi tid a em con ta a n ossa in serção eu rop éia e con d içã o d e p a ís m em b ro d a q u ela com u n id ad e. Desd e o in ício, estivem os sem p re rep resen tad os n o gru p o d e trab alh o q u e coord en a, n a UE, as ativicoord acoord es coord e farm acovigilân -cia. Assim , tod o o crescim en to d o n osso siste-m a con sid erou essa realid ad e e foi sen d o d ese-n h a d o a fim d e p erm itir u m a b o a a rticu la çã o com os ou tros estad os m em b ros.

Em fa rm a covigilâ n cia , a troca d e in form a-ção é fu n d am en tal, sob retu d o q u an d o se trata d e p aíses on d e os d ad os n essa área são escas-sos, ou p orqu e estão n o in ício d os sistem as, ou p o rq u e sã o d e p eq u en a d im en sã o. No n o sso ca so, estã o p resen tes o s d o is a sp ecto s e essa b oa articu lação d esd e ced o, com a OMS e a UE, era fu n d am en tal.

Enquadrament o legal

A p a rtir d o m eio d o a n o d e 1992, tín h a m o s já co n d içõ es p a ra co m eça r a d ivu lga r o sistem a aos fu tu ros n otificad ores: m éd icos d as carrei-ras d e clín ica geral e h osp italar, farm acêu ticos e in d ú stria farm acêu tica. Para isso, fez-se sair o Desp a ch o No rm a tivo 107/ 92 d e 27 d e ju n h o (Figu ra 1), q u e criou oficialm en te u m Sistem a Nacion al d e Farm acovigilân cia (SNF) ap oiad o, n o s a sp ecto s técn ico s, p o r u m a Co m issã o d e p eritos, sen d o aí tam b ém estab elecid o o âm b i-to d as su as fu n ções.

Mais tard e, em 1993, já com u m a estru tu ra in cip ien te a d ar os p rim eiros p assos, é p u b licad o o DecretoLei 353/ 93 licad e 7 licad e ou tu b ro (Figu -ra 1). Esse d ocu m en to legal faz n ascer o In sti-tu to Nacion al d a Farm ácia e d o Med icam en to (In farm ed ), organ ism o cen tral d o Min istério d a Sa ú d e, q u e va i reu n ir to d a s a s fu n çõ es, a té a í d isp ersa s o u in existen tes, d a á rea d o m ed ica -m en to. Co -m o n ível d e u -m a Direçã o d e Servi-ços d esse in stitu to, é n ele criad o o Cen tro Na-cion a l d e Fa rm a covigilâ n cia (CNF) (Figu ra 2), com a a trib u içã o d e con tin u a r a im p lem en ta-ção d o sistem a já em m arch a.

(3)

Programas de inclusão dos notificadores

Ao d esen h a r esses p ro gra m a s, leva m o s em con sid eração as características d e Portu gal em d eterm in a d os a sp ectos q u e con sid era m os re-levan tes:

• Tra ta -se d e u m p a ís co m fra ca tra d içã o n o d om ín io d a farm acologia clín ica e on d e tod a a in vestiga çã o rela tiva a m ed ica m en to s esta va m u ito in cip ien te. Tal fato, d e algu m m od o, ex-p lica-se ex-p elo ex-p ou co ex-p eso d ad o ex-p elas u n iversi-d aiversi-d es a toiversi-d a essa tem ática, estan iversi-d o, tam b ém , relacion ad o com a qu ase in existên cia d e in ves-tiga çã o in ova d o ra n a in d ú stria fa rm a cêu tica n a cio n a l. Po r essa s ra zõ es, e d e u m m o d o ge-ral, a form ação e p ráticas n esse cam p o, p or p ar-te d os p rofission ais d e saú d e, eram lim itad as e essa d ificu ld a d e to rn a va -se cru cia l, u m a vez q u e esse sistem a d ep en d e fu n d am en talm en te d a ativid ad e d os n otificad ores com o tal.

• Por ou tro lad o, b en eficiávam o-n os d o fato

d e Po rtu ga l ser p eq u en o em á rea geo grá fica , ter so m en te d ez m ilh õ es d e h a b ita n tes, co m a p en a s trin ta m il m éd ico s e cerca d e seis m il

farm acêu ticos. A n osso favor, vin h a ain d a a for-te in flu ên cia qu e n esfor-te setor exercia a ad esão à EU, a lém d o fa to d e a í term os com o p a rceiros p a íses co m fo rtes tra d içõ es n essa á rea e co m p roced im en tos já b em testa d os, com os q u a is m u ito p od íam os ap ren d er.

Decid iu -se, en tão, sep arar os n otificad ores em gru p os, com esqu em as d e in tegração ad ap -tad os a cad a u m d eles, con sid eran d o-se as rea-lid ad es m u ito d iferen tes em qu e exercem a su a ativid ad e (Ed lavitch , 1988).

Den tro d a s ca rreira s m éd ica s, in d ivid u a li-za m o s a s d e clín ica gera l e a h o sp ita la r, q u e, em con ju n to, d etêm p raticam en te os 100% d a p rescrição n acion al. Relativam en te aos farm a-cêu ticos, sep aram os os d e oficin a (farm ácia co-m u n itá ria ), d o s h o sp ita la res. A in d ú stria fa r-m a cêu tica n a cio n a l e a s rep resen ta n tes d a s m u ltin acion ais foram in tegrad as, con stitu in d o u m só gru p o. Os ou tros p rofission ais d e saú d e com in teresse, p or tam b ém lid arem com m ed i-cam en tos, eram ab ord ad os n o p rogram a m ais ad equ ad o, d aqu eles gru p os já sep arad os, com o as en ferm eiras e os técn icos d e raio-x, os qu ais seriam en glob ad os n o p rogram a d os h osp itais.

Especificando agora cada programa

In icia m os p elos m éd icos d e clín ica gera l, ca r-reira q u e com p reen d e cerca d e 8.500 m éd icos e d etém cerca d e 80% d o total d as p rescrições. Esses p rofission ais atu am n os cen tros d e saú d e d istrib u íd os p or tod o o território e, ao con trá-rio d o qu e ocorre n os h osp itais, on d e se exerce u m a m ed icin a em eq u ip e, o s clín ico s gera is tra b a lh a m isola d a m en te, o q u e teve d e ser le-vad o em con sid eração.

Assim , fizem o s co m q u e o trein a m en to d e tais p rofission ais se d esse d e u m a form a sistem á tica , o b jetiva n d o u sistem a co b ertu ra to ta l. Ba -seam o-n os, p ara isso, n a su a estru tu ra organ i-za tiva p o r regiõ es, o b ten d o o a p o io d o s seu s su p eriores h ierárqu icos e d eslocan d o o p essoal já trein a d o n o Cen tro Na cio n a l. Fo ra m feita s reu n iõ es in fo rm a is d e d eb a te, em p eq u en o s gru p os, p or tod o o País, as qu ais tiveram com o p ro p ó sito u m b o m escla recim en to so b re esse a ssu n to (Co rrêa -Nu n es & Ca rm o n a , 1993). Qu estões com o: o qu e é, p ara qu e serve e com o se faz farm acovigilân cia; o q u e se vai n otificar, co m o se p ro ced e à co leta d e d a d o s em n ível n acion al, qu al o tratam en to e d estin o p osterior d o m a teria l en via d o a o Cen tro, era m exa u sti-vam en te d eb atid as (Corrêa-Nu n es, 1992; Cor-rêa-Nu n es & Carm on a, 1993). Igu alm en te, tod a a u tilização d a fich a, o seu m od o d e p reen ch i-m en to, o s d a d o s in d isp en sá veis, o en vio co i-m p orte p ago etc., eram tam bém abordados. Deu -Fig ura 1

Se q üê ncia d o s d o cume nto s le g ais d e sup o rte à e xistê ncia d e farmaco vig ilância e m Po rtug al.

1991

Arto94oDe cre to -Le i 72/ 91

v Farmacovigilância

em Port ugal

1992

De sp acho No rmativo 107/ 92

v Sist ema N acional de Farmacovigilância

1993

Arto10od o De cre to -Le i 353/ 93

(4)

Fig ura 2

O rg ano g rama d o Instituto Nacio nal d a Farmácia e d o Me d icame nto (Infarme d ) d e aco rd o co m o De cre to -Le i 353/ 93.

Conselho de Administ ração

D. S. Me d icame nto s

Pro d uto s Sanitário s

Ce ntro Nacio nal Farmaco vig ilância

D. S. Farmácia Insp e cção Farmacê utica

De p artame nto Lab o rato rial Re p artição

Ad ministrativa

Re p artição Finance ira

Divisão Estud o s Eco nô mico s

Estatístico s

Divisão Do cume ntação

Info rmação Cie ntífica

Divisão Me d icame nto s

Divisão Pro d uto s Sanitário s

Divisão Farmácia O rg anização Farmacê utica

Divisão Insp e cção Farmacê utica D. S.

Ad ministrativo s Finance iro s

Gab ine te Juríd ico

D. S. Info rmação

Cie ntífica Eco nô mica

Gab ine te Estud o s Plane ame nto Co missão

Té cnica Me d icame nto s

Co missão Farmaco -vig ilância

Co missão Farmaco p é ia

Po rtug ue sa

Co missão Fo rmulário Ho sp italar Nacio nal Me d icame nto s Co missão

(5)

-se gran de im p ortân cia à exp licação sobre o re-torn o da in form ação ap ós o tratam en to das n o-tificações, em carta resp osta in d ivid u al. Divu l-gou -se tam b ém o ap oio forn ecid o p elo Cen tro em con su lta telefôn ica ou ou tra, sob re p rob lm as relativos à segu ran ça n a u tilização d e lm ed icam en tos, p esq u isas b ib liográficas com en -vio d e d o cu m en ta çã o, en tre o u tro s escla reci-m en tos.

Tod a a ação d ecorria com o esp írito d o es-tab elecim en to d e u m a p arceria, en tre o Cen tro e os p rescritores, com a fin alidade de aju da m ú-tu a, visan do m elh orar a segu ran ça dos m edica-m en tos a u tilizar (Nu n es, 1992; Corrêa-Nu n es & Carm on a, 1993). Só n o fin al era d istri-b u íd o o m a teria l, co n stitu íd o p ela s fich a s e u m a s in stru çõ es sim p les d e p reen ch im en to. Con sid eram os sem p re d e gran d e im p ortân cia o fato d e n ão en viar ou d istrib u ir m aterial sem an tes d ar as d evid as orien tações.

Esse trein am en to in ten sivo, qu e du rou m ais d e u m an o, foi acom p an h ad o d e artigos n a im -p ren sa m édica e leiga, com o in tu ito de reforçar a n ossa m en sagem e con segu ir o in ício ráp id o d a n o tifica çã o. Ma is ta rd e, q u a n d o essa p ri-m eira eta p a esta va co ri-m p leta e n o s d irigiri-m o s p ara os ou tros gru p os, ten tam os n ão d eixar d e ap arecer com p letam en te, n ão só con tin u an d o a u tiliza r a im p ren sa esp ecia liza d a o u o u tra , com o fazen do com u n icações sobre diversos te-m a s d e fa rte-m a covigilâ n cia , ete-m co n gresso s o u ou tras reu n iões m ais am p las, d irigid as aos clí-n icos gerais.

Está va m o s já n o fin a l d o a n o d e 1993, q u an d o com eçam os o en volvim en to d o gru p o segu in te, q u e fo i a in d ú str ia fa rm a cêu tica . O trab alh o aq u i estava m u ito facilitad o, p ois, n a su a gran d e m aioria, as em p resas estavam já or-gan izad as ou em p rocesso d e oror-gan ização p ara colab orar com o Sistem a. Ap en as tivem os q u e elab orar as n orm as escritas, com o d etalh e n e-cessário, ao b om cu m p rim en to d o q u e a legis-lação im p u n h a.

Com o con seqü ên cia d a n ossa p articip ação, d esd e o in ício, n o gru p o eu rop eu d e farm aco-vigilâ n cia , essa s n o rm a s já refletia m gra n d e p a rte d o s p ro ced im en to s q u e m a is ta rd e se -ria m a d o ta d o s n o n ível d a Un iã o Eu ro p éia e p ara os q u ais tod a a in d ú stria já se p rep arava. Da m esm a fo rm a , sem p re q u e p o ssível fo ra m segu id os m od elos in tern acion ais an teriorm en te u tiliza d o s p ela in d ú stria , co m o o s d o s gru -p os Ciom s I (Ciom s, 1990) e II (Ciom s, 1992).

Du ra n te o tra b a lh o d e ela b o ra çã o d e ta is n o rm a s, h o u ve u m a co m p a n h a m en to d o s re-p resen tan tes d a in d ú stria, m ed ian te su as asso-ciações, ch am ad os a d iscu tir os p rojetos in ter-m ed iá rio s. Ou tro ssiter-m , a p ó s a p u b lica çã o d o

d ocu m en to fin al, h ou ve am p la troca d e in for-m a çã o efor-m reu n iõ es d e d eb a te co for-m o p esso a l d o Cen tro Nacion al. En tretan to, com a Ord em d os Farm acêu ticos e a Associação Nacion al d e Fa rm á cia s, foi form a d o u m gru p o d e tra b a lh o p a ra ela b o ra r u m p ro gra m a q u e in tegra sse o s fa rm a cêu ticos d e oficin a n o Sistem a (Freire & Co rrêa -Nu n es, 1994; Co rrêa -Nu n es & Lim a , 1995).

O fá cil a cesso d o s d o en tes à fa rm á cia , a o rien ta çã o exclu siva d o fa rm a cêu tico p a ra a área d o m ed icam en to e a cob ertu ra d a faixa d a ven d a sem receita m éd ica são algu m as d as ra-zõ es d e p eso p a ra q u e estes p ro fissio n a is d e saú d e sejam m u ito ú teis a estes sistem as (Frei-re & Co rrêa -Nu n es, 1994; Co rrêa -Nu n es & Li-m a, 1995; Rob erts et al., 1994).

Algu n s p ro b lem a s, n o en ta n to, d ificu lta m esse p rocesso e têm ju stificad o qu e, em algu n s p a íses, os fa rm a cêu ticos n ã o esteja m in tegrad os (Rob erts et al., 1994). O m otivo fu n tegrad am en tal d evese ao fato d e a reação ad versa p ressu p or u m d iagn óstico cu ja p recisão é fu n d am en -tal a tod o o p rocesso, e o cu rricu lu m d o farm a-cêu tico n ão o h ab ilitar a tal. Vários p rogram as têm sid o exp erim en ta d os p a ra ten ta r resolver este p rob lem a, sem gran d e su cesso. Desse m o-d o, e ao con trário o-d o q u e ocorre em ou tros casos em qu e p odem os socorrern os da exp eriên -cia de ou tros p aíses m ais avan çados n essa área, aqu i tivem os qu e criar a n ossa p róp ria altern a-tiva qu e está ain d a em regim e exp erim en tal.

Esse p ro gra m a im p lica u m a estreita co la -b oração en tre o farm acêu tico e o m éd ico, p ara qu e este ú ltim o faça a valid ação clín ica d a d es-criçã o d o efeito su sp eito rela ta d o p elo fa rm a-cêu tico. Para isso, foi ad ap tad a u m a fich a p ró-p ria, ten do com o base a dos m édicos, diferin do n a cor, n o fato d e ser em três vias, n u m erad a, e ter u m co n teú d o u m p o u co d iferen te. Ap ó s o seu p reen ch im en to, o origin al é en viad o ao m é-d ico resp on sá vel p elo é-d oen te ou p ela p rescri-ção, u m a cóp ia segu e p ara o Cen tro Nacion al e o u tra fica retid a p elo fa rm a cêu tico p a ra seu co n tro le. O m éd ico, a o receb er esta n o tifica -ção, faz a d escrição clín ica d o caso n a fich a qu e u sa h a b itu a lm en te, ju n ta n d o o s d eta lh es p o r ele co n sid era d o s n ecessá rio s a o tra ta m en to d aqu ele caso e en via ao Cen tro Nacion al, m en -cio n a n d o o n ú m ero d e id en tifica çã o d a fich a d o farm acêu tico q u e d esen cad eou o p rocesso. A in fo rm a çã o reu n id a n o Cen tro é co n sid era -d a; -d esse m o-d o, sem p re existe a p ossib ili-d a-d e d e vo lta rse a co n ta ta r o m éd ico o u o fa rm a -cêu tico d u ran te o p rocesso d e valid ação (Cor-rêa-Nu n es & Lim a, 1995).

(6)

n otificadores, com reu n iões de exp licação e deb ate sodeb re o q u e é, p ara q u e serve e com o fu n -cion a o Sistem a.

A p articu larid ad e d essas reu n iões, on d e es-tão os farm acêu ticos qu e trab alh am n as farm á-cia s, é q u e ta m b ém fa zem o s esta r p resen tes u m n ú m ero sign ificativo d e m éd icos d e clín ica geral d os cen tros d e saú d e d a zon a a qu e as far-m ácias p erten cefar-m . Aléfar-m d e esse fato con stitu ir m ais u m a op ortu n id ad e d e lh es falar d o Siste-m a, serve taSiste-m b éSiste-m p ara estab elecer o p riSiste-m eiro p a sso p a ra o fu tu ro tra b a lh o em eq u ip e, u m a vez q u e serã o estes clín ico s o s p r in cip a is re -cep to res d a s n o tifica çõ es en via d a s p o r estes farm acêu ticos.

Tam bém aqui estas ações estão sen do acom -p a n h a d a s d e a rtigo s -p u b lica d o s so b re o m es-m o assu n to, n a ies-m p ren sa qu e lh es é d irigid a ou p o r m eio d e co m u n ica çõ es em co n gresso s e em ou tras reu n iões cien tíficas d a área.

Esse p ro gra m a está p a ra ser in icia d o, n ã o ten d o a in d a sid o feita u m a co b ertu ra to ta l d o Pa ís, n ã o sen d o p o ssível, p o r en q u a n to, co n -clu ir sob re a su a eficácia.

Os m éd ico s e fa rm a cêu tico s h o sp ita la res estão igu alm en te a ser aos p ou cos in tegrad os.

Atin gir este u n iverso é vita l p a ra a va lia r a segu ra n ça d o s m ed ica m en to s, b a sta p en sa r q u e gra n d e p a rte d a s rea çõ es a d versa s gra ves p assam p elos h osp itais. Estatísticas in tern acion a is a p o acion ta m p a ra 3% a 7% o acion ú m ero d e a d -m issõ es e-m serviço s d e u rgên cia q u e tê-m co-m o ca u sa fá rco-m a co s, estes co-m o tiva n d o 10% a 20% d os in tern am en tos ( Joh n ston et al., 1990); em ou tros trab alh os m ais recen tes, as p ercen -tagen s são ain d a m aiores (Classen et al., 1997). É, n o en ta n to, con sta n te, em tod os os p a íses, u m a gra n d e d ificu ld a d e n a im p lem en ta -ção d e u m a b oa red e d e n otifica-ção h osp italar. Isto é in d ep en d en te d o d esen volvim en to cien -tífico o u d a tra d içã o em fa rm a covigilâ n cia d o p aís em cau sa. A su b n otificação elevad a n este setor está liga d a , en tre ou tro s, à s ca ra cterísti-ca s p a rticu la res d a p resta çã o d e cu id a d o s d e saú d e n essas in stitu ições.

As vá ria s estra tégia s estu d a d a s p a ra su p erar este p rob lem a, d e im p ortân cia fu n d am en ta l n esta ciên cia , p a ssa m p o r u m p o n to co -m u -m : o p ap el d o far-m acêu tico h osp italar (Rob erts et al., 1994). Nos vários p rogram as já im p lem en ta d os com su cesso, verifica se u m a u -m en to d os n íveis d e n otificação n a ord e-m d os 50% e m ais, q u an d o aos farm acêu ticos foi d a-d o p ap el relevan te (Rob erts et al., 1994).

Ten d o isto em co n ta , a s a çõ es q u e n este cam p o tem os levad o a cab o en glob am sem p re m éd icos e farm acêu ticos em con ju n to. O p ap el d e ca d a u m é tra ta d o co m o co m p lem en ta r e

em equ ip e. Ao farm acêu tico são d ad os, sem p re q u e p o ssível, in stru m en to s q u e fa cilitem a li-gação com o m éd ico, com o, p or exem p lo, p osi-cion ar a farm ácia h osp italar com o b ase p rivile-giad a d e ligação com o Cen tro Nacion al, n ão só p ara o en vio d e reações ad versas n otificad as n o h osp ital, m as tam b ém com o recep tor d a in for-m ação d e segu ran ça qu e o Cen tro n ecessite fzer ch egar ao h osp ital. Por ou tro lad o, o trab alh o d o fa rm a cêu tico ju n to d o m éd ico fu n d a -m en ta-se e-m p on tos-ch ave:

• O farm acêu tico d everá con stitu ir u m a b oa

ligação com o m éd ico.

• O fa rm a cêu tico d eve reco rrer a vá ria s téc-n ica s p a ra u m a p ro cu ra sistem á tica d e sitéc-n a is in d ire to s d e re a çõ e s a d ve rsa s, so b re o s q u a is p osteriorm en te irá d iscu tir com o m éd ico, re-su lta n d o d isso a id e n tifica çã o d o s ca so s re-su sp e it o s a n o t ifica r e m co n ju n t o. Sã o h o je vá -ria s as técn icas u tilizad as n essa p esq u isa, q u e exem p lificam os com a aten ção esp ecial às re-q u isiçõ es à fa rm á cia d e a n tíd o to s o u t ra cer d ru gs(m ed ica m en to s d e p ista o u receitu á rio

d e a lerta ), o u co m o estu d o d o s ca so s em q u e os resu ltad os d a m on itorização sérica d e m ed i-cam en tos feita p elo farm acêu tico ap on ta p ara ca so s su sp eito s, o u a in d a co m o segu im en to d os casos ap ós testes esp ecíficos, com o as p es-q u isas d e Clostrid iu m d ifficile(d a colite p seu -d om em b ran osa) etc.

Tu d o isso está sen d o a m p la m en te d iscu ti-d o com esses p rofission ais, aos p ou cos p or tod o o País, fazen tod ose u so, tam b ém , tod a im p ren sa q u e lh es é d irigid a, d e con gressos ou d e ou -tra s re u n iõ e s. Co m o a m e d icin a h o sp ita la r é u m a p rá tica d e eq u ip e, o s resp o n sá veis p elo s serviços são os p rin cip ais alvos p ara veicu lar a tra n sm issã o d e ssa m e n sa ge m a o s m é d ico s, resp on sab ilizan d o-os p ela im p lem en tação d o h á b ito d e p esq u isa e n o tifica çã o d a s rea çõ es ad versas, d en tro d os gru p os d e q u e são os res-p on sáveis.

Ta l co m o a co n tece co m o s fa rm a cêu tico s d e o ficin a , ta m b ém o p ro gra m a d o s h o sp ita is n ão p od e ain d a ser avaliad o, ten d o em con ta o cu rto tem p o da su a divu lgação e o redu zido n ú-m ero d as equ ip es já en volvid as.

Evolução e sit uação at ual

(7)

e m assivam en te ab ord ar esse gru p o, a relativa sim p licid a d e e a u to n o m ia d o seu fu n cio n a -m en to, o seu en or-m e p od er d e p rescrição (80% d o total n acion al), a m aior facilid ad e n a avalia-çã o d os d a d os a q u i recolh id os p or resu lta rem de esqu em as terap êu ticos m ais sim p les, h aven -d o a in -d a to -d a a in fo rm a çã o resu lta n te -d e u m acom p an h am en to p rolon gad o d e cad a u ten te. Pou co a p ou co, essa ativid ad e foi-se rep ar-tin d o co m o u tra d e o rd em in tern a , n o Cen tro Nacion al, qu e p rogressivam en te foi crescen d o. Com eçam os a receb er n otificações qu e era n e-cessá rio tra ta r e resp o n d er, p ergu n ta s e p ed i-d os i-d e ap oio n esta área q u e iam au m en tan i-d o. Tam b ém d en tro d o In farm ed , essa n ossa ativi-d aativi-d e crescen te im p licou estreitam en to ativi-d e liga-ções com os ou tros d ep a rta m en tos, ten d o em vista a circu la çã o d e in fo rm a çã o im p o rta n te sob re segu ran ça.

Em n ível in tern acion al, a n ossa ligação com a Un ião Eu rop éia acarretava a p articip ação ati-va n a circu la çã o d e in fo rm a çã o d e segu ra n ça en tre esta d o s m em b ro s, sen d o n ecessá rio es-tu d ar, tratar e d iscu tir em con ju n to. Dep ois, q u a n d o ju stifica d o, esse p ro ced im en to p o d e im p licar, d en tro d o p aís, a alteração d as con d i-çõ es d e u tiliza çã o d o s p r in cíp io s a tivo s o n d e fo ra m d em o n stra d o s p ro b lem a s, co m o a viso p osterior a os u su á rios. Essa p rá tica , q u e ta m -b ém o rga n iza m o s, é fu n d a m en ta l e co n siste em fa zer ch ega r a o s p ro fissio n a is d e sa ú d e, através d e carta circu lar, a d escrição d as altera-ções feitas qu an to à u tilização d a su b stân cia(s) ativa(s) em cau sa e as razões qu e a isso levaram . Essas são as razões qu e d eterm in aram u m a d esa celera çã o n a velo cid a d e d e in clu sã o d o s d ois ú ltim os gru p os (farm acêu ticos d e oficin a e h osp itais), qu e ain d a d ecorre.

A evo lu çã o d o n ú m ero d e n o tifica çõ es é a p resen ta d o n a Figu ra 3 e n a Ta b ela 1. Rela ti-vam en te à origem d as n otificações (Tab ela 1), é cu rio so o d ecréscim o d a s n o tifica çõ es d o s m éd icos coin cid in d o com a elevação d as d a in -d ú stria . A in vestiga çã o -d esse fen ô m en o reve-lou q u e a in d ú stria, ao ter con h ecim en to p elo m éd ico d a su sp eita d e u m a reação ad versa, fa-zia a su a n otificação ao Cen tro, e o m éd ico, ao sab er d isso, con sid erava n ão ser n ecessário d e su a p arte p roced im en to sem elh an te. É evid en -te q u e essa atitu d e, con h ecid a e já d escrita p or o u tro s (Ed la vitch , 1988), teve q u e ser ra p id a -m en te a ltera d a , d e-m o n stra n d o -se a o s d o is gru p os q u e são in d ep en d en tes e com o tal, p or qu estões d e segu ran ça, terão qu e atu ar sep ara-d am en te. O risco ara-d e ara-d u p licação ara-d e n otificações é co n ven ien tem en te a ca u tela d o a tu a lm en te, p or m ecan ism os e técn icas d iversas existen tes em tod os os Cen tros Nacion ais.

Ou tros p rojetos estão ain d a h oje n o in ício, com o, p or exem p lo, u m b oletim d o Cen tro, qu e irá veicu lar n otícias sob re a segu ran ça q u e in -teressem a o s u su á rio s d o s m ed ica m en to s e con stitu em im p actos p eriód icos sob re este as-su n to.

To d a s essa s a tivid a d es co n so m em m u ito tem p o d e tra b a lh o técn ico, e a velo cid a d e d e ad m issão e trein am en to d o p essoal n ecessário é p or vezes len ta. Isso im p õe u m ritm o sem p re m ais len to d o q u e o d esejável, sen d o p reciso a ca d a m o m en to n ova a n á lise d o p ro cesso d e crescim en to, reavalian d o as p riorid ad es.

Conclusões

Con sid eram os com o fatores d eterm in an tes p a-ra o in ício e d esen volvim en to d a farm acovigi-lân cia em Portu gal a en trad a d este País p ara a Un iã o Eu ro p éia , b em co m o o fo rte em p en h o govern am en tal n esta área, exp resso n u m con -ju n to d e legislação qu e d estaca com o relevan te a m o n ito riza çã o d a segu ra n ça d o s m ed ica -m en tos já au torizad os, crian d o con d ições q u e a ssegu ra m o su p o rte lo gístico n ecessá rio a o seu p rogresso.

Im p ortava ap roveitar d a m elh or form a esse con texto favorável com a con sciên cia d e qu e se co m eça va d o zero, n u m p a ís sem tra d içã o n a área d a farm acologia clín ica, on d e os n otifica-d o res p o ten cia is, otifica-d e q u em ia otifica-d ep en otifica-d er to ta l-m en te o su cesso d o sistel-m a , d esco n h ecia l-m

Fig ura 3

Evo lução d o núme ro d e no tificaçõ e s/ ano .

0 50 100 150 200 250 300 350

1997 ano s 1996 1995 1994 1993 1992 n ú m e ro d e n o ti fi ca çõ e s (t o ta l/ an o ) 9* 79 140 178 284 331**

(8)

m esm o, n a su a m aioria, o seu sign ificad o. A n e-cessid a d e d e recru ta r e trein a r to d o o p esso a l técn ico con stitu iu ou tra d ificu ld ad e a ser con -sid erad a. Tín h am os, p or ou tro lad o, a n ecessi-d a ecessi-d e p rem en te ecessi-d e ga n h a r u m tem p o p erecessi-d iecessi-d o d e q u a se trin ta a n o s d e evo lu çã o n essa á rea , q u e n os sep aravam d a m aioria d os p aíses n os-sos p arceiros d a Un ião Eu rop éia, com os q u ais iríam os, d oravan te, trab alh ar.

Nesse co n texto, im p u n h a -se a va n ça r co m p rogram as d e trein am en to cu id ad os, d estin a-d os a ven cer tão ráp ia-d o qu an to p ossível a in ércia qu e tal con ju n tu ra favoreércia. Foi d ad a gran -d e im p ortân cia ao estu -d o e p lan ejam en to -d as a çõ es m a is a d eq u a d a s, ten d o em co n ta a s ca-racterísticas d os d iversos d estin atários com os in teresses e o s o b jetivo s d o sistem a . Resu lta -ram , assim , p rog-ram as talh ad os “sob m ed id a” (Ed la vitch , 1988) p a ra o s d ife re n te s gru p o s id e n t ifica d o s. Co n sid e ra m o s se m p re m u it o im p ortan te o en volvim en to, d esd e o p rin cíp io, d o s re p re se n t a n t e s d o s gr u p o s d e d e st in a t á rio s n o p la n eja m en to d a s a çõ es, p a ra m elh o ra r a su a e la b o ra çã o e a ju d a r n a su a im p le -m en tação.

Desd e o in ício d os n ossos con tatos com os n o tifica d o res, era d a d o relevo a o esta b elecim en to d e u elecim a p a rceria q u e ielecim p lica va o ielecim e -d ia to a p o io -d o Cen tro Na cio n a l n o fo rn

eci-m en to d e d ad os ou resp ostas a q u estões sob re a segu ran ça d e m ed icam en tos, com p lem en ta-d o m ais tarta-d e com a resp osta p erson alizata-d a às n o tifica çõ es receb id a s, ca rta s circu la res sem -p re q u e h ou vesse alterações d as con d ições d e u tilização d e m ed icam en tos, b oletim com n o-tícia s d o Cen tro etc. Em su m a , o sistem a n ã o vin h a ‘p ed ir m a is tra b a lh o’ sem reto rn o, m a s sim , e so b retu d o, o tra b a lh o d e n o tifica r era m ín im o, se com p arad o com o ap oio qu e a exis-tên cia d o Sistem a ia d ar (Corrêa-Nu n es, 1992; Corrêa-Nu n es & Carm on a, 1993). O fato d e es-sa m en es-sagem ser tran sm itid a im p licava a exis-tên cia d e m eio s p a ra a cu m p rir, so b p en a d e tu d o falh ar.

O reforço d a m en sagem in icial com im p ac-tos su cessivos foi tam b ém con tem p lad o (Ed la-vitch , 1988).

Por tu d o o q u e foi exp osto até en tão, o p lan ejam elan to d a lan ossa ativid ad e com u m escalo -n a m e-n to d e p rio rid a d es co -n fo rm e a d isp o -n i-b ilid a d e p revisível d a ca p a cid a d e d e resp o sta d o Cen tro foi m u ito im p orta n te. Isso m otivou u m a d esaceleração p rogressiva d e certas ativi-d a ativi-d es, com o a in clu sã o ativi-d os ú ltim os gru p os, o q u e a in d a d eco rre, p a ra p o d er fa zer fa ce a o s ou tros com p rom issos assu m id os, en q u an to se vai agu ard an d o au m en to d a cap acid ad e in ter-n a, m ais leter-n ta.

Tab e la 1

O rig e m d as no tificaçõ e s re ce b id as.

N ot ificações/ ano (por origem)

1992* 1993 1994 1995 1996 1997****

Mé d ico s## 9* 62 67 28 49 160#

Farmacê utico s (o ficina) 3** 1** 3

Ind ústria 8 33 70 47 47

Ensaio s clínico s*** 9 40 80 188 127

To tal 9 79 140 178 284

* Só o s 3 último s me se s d o ano (to d as d e clínico s g e rais).

** No tificaçõ e s valid ad as p e lo s mé d ico s e co ntab ilizad as nas no tificaçõ e s d e sse s mé d ico s. *** As no tificaçõ e s d o s e nsaio s clínico s vê m to d as atravé s d a Ind ústria.

**** Dad o s até 30/ 09/ 97.

#Me tad e d e stas no tificaçõ e s fo ram d e vid as a um p ro b le ma d e q ualid ad e co m vacinas.

##Só a p artir d e finais d e 1994 co me ça a have r no tificaçõ e s d e mé d ico s ho sp italare s e aind a são e xclusivame nte

d e De rmato lo g istas q ue vo luntariame nte p e d iram p ara ad e rir ao siste ma.

N ot a dos edit ores

(9)

Referências

CLASSEN, D. C.; PESTOTNIK, S. L.; EVANS, R. S.; LLOYD, J. F. & BURKE, J. P., 1997. Ad ve rse d ru g even ts in h o sp ita lized p a tien ts-excess len gth o f stay, extra costs an d attrib u tab le m ortality. JAM A, 277:301-306.

CIOMS (Co u n cil fo r In te rn a tio n a l Orga n iza tio n s o f Med ical Scien ces), 1990. In tern ation al Rep ortin g

of Ad v erse Dru g Rea ct ion s. Ge n e b ra :

CIOMS-WHO.

CIOMS (Co u n cil fo r In te rn a tio n a l Orga n iza tio n s o f Med ical Scien ces), 1992. In tern ation al Rep ortin g

of Period ic Dru g Safety Up d ate Su m m aries.Gen

e-b ra: CIOMS-WHO.

CORRÊA-NUNES, A. M., 1992. A im p ortân cia d a far-m acovigilân cia n a otifar-m ização d a terap êu tica.

Ar-qu ivos d e Med icin a, 5:197-199.

CORRÊA-NUNES, A. M. & CARMONA, R., 1993. Fa r-m acovigilân cia – segu ran ça n a terap êu tica. Saú d e em N ú m eros, 8:21-23.

FREIRE, C. & CORRÊA-NUNES, A. M., 1994. Farm aco-vigilân cia em Portu gal.Revista d a Ord em d os

Far-m acêu ticos, 1:20-22.

CORRÊANUNES, A. M. & LIMA, A., 1995. Fa rm a -covigilân cia em Portu gal – o p ap el d o farm acêu ti-co d e oficin a. Rev ist a d a Ord em d os Farm acêu t i-cos, 2:21-25.

EDLAVITCH, S. A., 1988. Adverse dru g even t rep ortin g, im p rovin g th e low U.S. rep ortin g rates. Arch ives of

In tern al Med icin e, 148:1.499-1.503.

EDWARDS, I. R. & BIRIELL, C., 1994. Harm on ization in p h arm acovigilan ce. Dru g Safety, 10:93-102.

JOH NSTON, P. E.; MORROW, J. D. & BRANCH , R. A., 1990. Use o f a d a ta b a se co m p u te r p ro gra m to id en tify tren d s in rep ortin g of ad verse d ru g reac-tio n s. Am erica n Jou rn a l of Hosp it a l Ph a rm a cy,

47:1.321-1.327.

Imagem

Fig ura 1
Fig ura 2
Fig ura 3

Referências

Documentos relacionados

7: As disciplinas classificadas em tipo disciplina: Tese, Dissertação, Estágio Docência, Seminário, Leitura Orientada, não contam créditos para o professor.. 8: Caso

São fo rnecido s alguns exemplo s de empresas que implementaram sistemas de co leta e reciclagem do s seus excedentes só lido s co mo parte integrante do Sistema de G estão

Tanto a democracia quanto o federalismo visam controlar o poder das autoridades, para que os destinos de nossa nação sejam traçados de forma coesa e ordenada, e o povo, verdadeiro

Desta forma, percebe-se que o tempo mínimo utilizado para o cálculo da condutividade e da difusividade térmica fica limitado pela capacidade térmica do fio e pela resistência

Primeiramente serão calculados os parâmetros necessários para realizar o balanço energético com base no teste experimental realizado pela AHRI no chiller, logo serão

internal and external activities. On the one hand, the network manager must promote the network externally and gain new network partners. On the other hand he must

Em algumas topologias utilizadas na indústria, as etapas de elevação e de inversão são feitas separadamente, por duas estruturas distintas. A proposta do inversor

No caso clínico descrito, o doente apresentava CMT, que recidivou cerca de 1 ano após tiroidecto- mia total, com metastização ganglionar e pulmonar, hipertrofia dos nervos