• Nenhum resultado encontrado

Porta para a modernidade

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "Porta para a modernidade"

Copied!
45
0
0

Texto

(1)

1

APRESENTAÇÃO ...4

2

A IN DÚSTRIA PAULISTA ...7

3

CO NCEITO S

...

8

3.1 Definições ...8

3.2 Classificação ...8

4

INDICADO RES DE GERAÇÃO

...

11

4.1 Estado de São Paulo ...12

5

PO R Q UE FAZER A CO LETA SELETIVA E A RECICLAGEM? ...16

5.1 Exigências legais ...16

5.2 Competição global ...18

5.3 Restrições de crédito financeiro para as indústrias poluidoras ...19

5.4 O pções escassas de tratamento e disposição final ...19

5.5 Alto custo para tratamento e disposição final ...22

5.6 Um bom negócio ...22

6

CO NHECENDO O S PRINCIPAIS MATERIAIS RECICLÁVEIS ...25

6.1 Metais ...26

6.2 Plásticos ...27

6.3 Papel ...29

6.4 Papelão ...30

6.5 Vidro ...31

6.6 Ó leo lubrificante ...32

6.7 Solventes ...33

6.8 Lâmpadas fluorescentes ...34

6.9 Pilhas e baterias ...35

6.10 Pneus ...36

6.11 O utros Materiais...37

7

O PRO JETO DE CO LETA SELETIVA DE MATERIAIS...38

7.1 FASE 1– Diagnóstico da situação ...40

7.2 FASE 2 – Planejamento ...45

7.3 FASE 3 – Implementação ...50

7.4 FASE 4 – Monitoramento das atividades...55

7.5 FASE 5 – Estratégia de Marketing ...56

8

CASO S DE SUCESSO ...57

9

LEGISLAÇÃO BÁSICA ...62

9.1 Federal...62

9.2 Estadual ...64

9.3 Normas Técnicas ...65

10

REFERÊNCIAS BIBLIO GRÁFICAS ...67

11

ANEXO S ...70

11.1 Anexo 1 – Instruções para preenchimento da Tabela 4 ...70

11.2 Anexo 2 – Código dos excedentes sólidos ...72

11.3 Anexo 3 – Códigos para acondicionamento de excedentes sólidos ..73

11.4 Anexo 4 – Códigos para tratamento de excedentes sólidos...74

11.5 Anexo 5 – Códigos para disposição final de excedentes sólidos..75

11.6 Anexo 6 – Instruções para preenchimento da Tabela 5 ...76

11.7 Anexo 7 – Valores de conversão volume X massa ...78

11.8 Anexo 8 – Modelo de auditoria de fornecedores ...79

(2)

Um novo conceito

O tema

resíduos sólidos industriais

tem sido o bjeto de acalo rado s debates e decisõ es, tanto nacio nais quanto internacio nais, que apo ntam para uma mudança de postura frente aos princípios mais elementares de desenvolvimento sustentável, quais sejam: pro dução e co nsumo respo nsáveis.

O entendimento do seto r pro dutivo em relação à pro dução respo nsável vem mudando de fo rma significativa na última década. Para ilustrar este fato , impõ e-se desde já a substituição do termo inadequado " resíduo " , que se refere àqueles remanescentes efetivamente não apro veitáveis, inservíveis, que devem ter, co mo destino , o s aterro s o u centro s tecno ló gico s de tratamento e/ o u pro cessamento especializado s. Sugere-se, em seu lugar, a ado ção de termo s mais pro pício s, co mo

excedentes ou subprodutos

, para designar aqueles materiais derivados dos processos tecnológicos de transformação industrial, deno minação mais co mpatível, legítima e adequada.

N a verdade, as so bras do s pro cesso s de pro dução devem ser co nsideradas co mo realmente são : matérias-primas excedentes. Po rtanto , sua não inserção e m pro c e sso s q ue re sulte m e m p ro d uto s a lte rna tivo s, a o s q ua is se d e stinavam o rig inalmente, caracteriza-se co mo " desperdício " .

Desco nsiderar esse " ativo " é co ntrariar a pró pria racio nalidade de um empreendimento industrial, qual seja: sua co mpetitividade e sua respectiva luc ra tividade, além do s aspecto s primo rdiais, co mo a escassez de recurso s naturais dispo níveis e a respo nsabilidade so cial, que se impõ e co mo princípio básico para a so ciedade sustentável almejada.

Esta publicação co nsiste em uma ferramenta de info rmação , apresentando meto do lo g ias e dado s so bre o s excedentes só lido s a empresário s, executivo s, g erentes e técnico s, o bjetivando sua aplicação e incremento do seto r de reci-clagem, o qual é retratado co mo de extrema impo rtância dentro de uma cadeia pro dutiva.

Ângelo Albiero Filho

Porta para a modernidade

Caro s co mpanheiro s,

Este c o mp le to ma nua l p a ra a inte lig e nte e re ntá ve l g e stã o d o s e xc e de nte s pro duzido s pela atividade industrial representa para nó s, da direto ria da Fiesp/ Ciesp, mais um esfo rço para co lo car à dispo sição do s empresário s uma chave para a mo dernidade.

Sabemo s que to das as energ ias deste País, no s pró ximo s ano s, serão d e d icadas ao crescimento sustentado da eco no mia. E sabemo s que as e ne rg ia s da indústria serã o dedic a da s à o b tenç ã o de no vo s sa lto s de pro dutividade e de no vo s níveis de co mpetitividade.

O Brasil pro curará co nstruir um no vo mo delo de pro dução , que será so c ia lmente respo nsável, e que terá co mo o bjetivo s a eficiência máxima, o custo o timizado e um desperdício tendendo a zero .

Este nosso novo manual ajudará os empresários a atingir esses objetivos. Eu destaco a variedade e a riqueza de info rmaçõ es nele co ntidas, a qualidade do s número s e a utilidade prática de várias seçõ es do manual – que realmente indica o " caminho das pedras" numa atividade muito co mplexa e, em parte, ainda a ser inventada.

N ão deixem de ler o capítulo 8 , o nde estão registrado s vário s " caso s de sucesso " que po dem enco rajar as direçõ es po sitivas dentro de suas empresas.

A Fiesp/ Ciesp co ngratula-se co m o s co mpanheiro s da indústria que ado tarem este manual e se preo cuparem, cada vez mais, em transfo rmar a gestão do s excedentes numa fo nte suplementar de lucro s e num brilho adicio nal para a imagem e o no me de suas empresas.

(3)

7

O Estado é respo nsável po r cerca de 4 0 % da pro dução industrial nacio nal e a G rande São Paulo , po r 2 0 %. So mente na reg ião metro po litana estão co ncentradas 5 2 % das indústrias paulistas. É co nsiderado o 1 2 º pro duto r mundial de auto mó veis, co m capacidade para pro duzir mais de 1 ,2 milhão de veículo s. São Paulo o rgulha-se de ter o maio r parque industrial do País e co m indústrias de qualidade, já que mais de 9 0 0 receberam o Certificado ISO 9 0 0 0 . O nível de pro dutividade da indústria paulista é superio r à média nacio nal. Entre o s seto res que mais se destacam na pro dução nacio nal estão :

• Metalurgia: 4 5 % • Mecânica: 5 3 %

• Material elétrico e de co municação : 4 3 % • Material de transpo rte: 6 0 %

• Q uímica: 5 9 % • Farmacêutica: 7 1 % • Plástico s: 6 4 ,5 % • Info rmática: 4 8 %

Comércio Exterior

N a área de co mércio exterio r, São Paulo despo nta no cenário nacio nal, re spo ndendo po r mais de 3 3 % de to das as expo rtaçõ es brasileiras. São mais de R$ 1 8 bilhõ es expo rtado s po r ano .

Dos produtos paulistas que vão para outros países, 9 1 % são industrializados. Do to tal, 2 6 % das expo rtaçõ es do Estado vão para o Merco sul, 2 1 % para a América do N o rte, 1 7 % para a Euro pa, 1 1 % para a América do Sul, 6 % para a Ásia e 1 9 % para o utro s países.

6

O papel da indústria gráfica

O SINDIG RAF-SP (Sindicato das Indústrias G ráficas no Estado de São Paulo ), inse rido na s q ue stõ e s a mb ie nta is e no c o nte xto da re sp o nsa b ilidade so cial, em que empresas e entidades devem trabalhar juntas visa nd o o d e se nvo lvime nto suste ntá ve l, a lé m d e d a r sup o rte à d ivulg a ç ã o , esc la rec imento e apo io ao seto r g ráfico no que co ncerne à preservação ambiental, na busca de uma indústria gráfica eco lo gicamente c o rreta, vem estabelecendo parcerias e a po ia ndo inic ia tiva s c o mo esta pub licação da Fiesp, po is açõ es co mo esta unem um sentimento fundamental de melho ria na qualidade de vida do Estado e agregam cada vez mais valo r ao Seto r Industrial Paulista, co nso lidando -o co m empresas cidadãs de classe mundial e cada vez mais co mpetitivas no mercado glo balizado .

Q uanto a Co leta Seletiva, entendemo s que esta seja uma das açõ es ma is a d e q ua d a s p a ra a te nd e r à ne c e ssid a d e e me rg e nc ia l p a ra o p ro b le ma d o s e xc e dentes o u subpro duto s industriais, po is po ssibilita a destinação mais adequada, além de facilitar seu reúso e reciclagem.

Sílvio Roberto Isola

Presidente do SINDIGRAF-SP

(4)

3.2.1 Quanto ao risco potencial ao Meio Ambiente1

Resíduos Classe I – Perigosos:aqueles que, em função de suas características de to xicidade, co rro sividade, reatividade, inflamabilidade, pato genicidade o u explosividade, apresentem significativo risco à saúde pública ou ao meio ambiente. Resíduos Classe II – Não-Inertes: aqueles que não se enquadram nas classificaçõ es de resíduo s Classe I – Perigo so s o u de resíduo s Classe II A – Inertes, po dendo apresentar pro priedades co mo : bio deg radabilidade, co mbustibilidade o u so lubilidade em água.

Resíduos Classe III – Inertes: quaisquer resíduo s que, quando amo strado s de uma fo rma representativa segundo a N BR 1 0 .0 0 7 / 1 9 9 6 – Amo stragem de Resíduo s Só lido s – e submetido s a um co ntato estático o u dinâmico co m ág ua d e stila d a o u d e io niz a d a , à te mp e ra tura a mb ie nte , c o nfo rme N BR 1 0 .0 0 6 / 1 9 9 6 – Pro cedimento para O btenção do Extrato So lubilizado em Resíduo s Só lido s – não tiverem nenhum de seus co nstituintes so lubilizado s a co ncentraçõ es superio res ao s padrõ es de po tabilidade de água vigentes, exce-tuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.

3.2.2 Quanto à origem

Excedente sólido domiciliar: pro veniente de residências, co mpo sto basicamente de so bras de alimento s, invó lucro s, papéis, papelõ es, plástico s, vidro s, trapo s e o utras atividades que apresentem características similares.

Excedente sólido público: pro veniente da varrição , da capina e da po da de árvo res e arbusto s de vias e lo grado uro s público s em áreas urbanas.

Excedente sólido industrial e de mineração: pro veniente de atividades de pesquisa e pro dução de bens, bem co mo de atividades de mineração , gerado em áreas de utilidades e manutenção do s estabelecimento s industriais. Excedente sólido de serviço de saúde: pro veniente de qualquer unidade que execute atividades de natureza médico -assistencial às po pulaçõ es humana o u animal, centro s de pesquisa, desenvo lvimento o u experimentação na área de farmacologia e saúde, bem como os medicamentos vencidos ou deteriorados, aqueles pro venientes de necro tério s, funerárias e barreiras sanitárias.

O bjetivando facilitar a co mpreensão das discussõ es e técnicas que se seguem, bem co mo pro mo ver uma unifo rmização de termo s, são apresentado s alguns co nceito s e definiçõ es.

3.1 DEFINIÇÕES

Excedente sólido: qualquer material, substância o u o bjeto descartado resultante de atividades humanas e que se apresenta no estado só lido .

Equiparam-se ao s excedentes só lido s o s semi-só lido s; o s efluentes líquido s cujas particularidades desaco nselham seu lançamento final em rede pública d e e sg o to o u c o rp o s d ’ á g ua , o u e xija m, p a ra isso , so luç õ e s té c nic a s, to rna ndo -se, po rtanto , eco no micamente inviáveis, o u ainda o s excedentes gaso so s co ntido s em recipientes.

Excedente/co-produto: ma te ria l re q ua lific a do po r pro c e sso s o u o p e raçõ es de valo rização para o qual há utilização técnica, ambiental e eco no micamente viável.

Coleta seletiva: re c o lhime nto dife re nc ia do de e xc e de nte s só lido s, previamente selecionados nas fontes geradoras, com o intuito de encaminhá-los para pro cesso de tratamento , tais co mo a reciclagem, co mpo stagem, reúso o u o utras destinaçõ es alternativas.

Reciclagem: pro cesso de transfo rmação de excedentes só lido s que envo lve a alteração das pro priedades físicas o u físico -químicas, to rnando -o s insumo s destinado s a pro cesso s pro dutivo s.

Disposição final: co lo cação de excedentes só lido s em lo cal o nde po ssam p e rma ne c e r p o r te mp o ind e te rmina d o e m se u e sta d o na tura l o u se r tra nsfo rmado s e m material adequado a essa permanência, sem causar dano ao meio ambiente e à saúde pública.

3.2 CLASSIFICAÇÃO

(5)

N ão há dado s preciso s da geração de excedentes só lido s industriais no Brasil. Estima-se que so mente a quantidade de excedentes industriais perigo so s (Classe I) esteja girando na casa do s 2 ,9 milhõ es de to neladas/ ano2, sendo que, desse to tal, somente 2 1 % ou cerca de 6 0 0 mil toneladas/ ano recebem algum tipo de tratamento.

Em 2 0 0 1 a Asso ciação Brasileira de Empresas de Tratamento , Recuperação e Dispo sição de Resíduo s Industriais (Abetre) efetuo u o levantamento estimativo em alguns Estado s brasileiro s.

Tabela 1 – Projeção de geração de excedentes sólidos

industriais segundo a ABETRE, em toneladas/ano – 2001

Legenda:

* Envolve a Região Metropolitana de Curitiba e a cidade de Londrina.

** Baía da Guanabara, Paraíba do Sul, Baía de Sepetiba, Lagoa de Jacarepaguá

e Oceânicas.

*** Região de Joinville.

4. Indicadores de Geração

2 Análise seto rial – Resíduo s Industriais, julho de 2 0 0 2 .

1 1 1 0

Excedente sólido de serviço de transporte: deco rrente da atividade de transpo rte e o pro veniente de po rto s, aero po rto s, terminais ro do viário s, ferro viário s e po rtuário s e po sto s de fro nteira.

Excedente sólido do comércio e de serviços: g erado em lo jas, centro s de lo jas, supermercado s, po sto s vo lantes de vendas, po sto s de g aso lina, o ficinas, banco s, estabelecimento s de ensino , escritó rio s e o utro s de natureza similar.

3.2.3 Quanto à composição

Excedente sólido orgânico (úmido): co mpo sto po r resto s de co mida, resto s de frutas, leg umes e verduras, cascas de o vo s, fo lhag ens, plantas mo rtas, papel hig iênico , guardanapo s, to alhas de papel, abso rventes, cinzas, pó de café, po da de árvo re, gramado s, o sso s, alimento s estragado s etc.

Excedente sólido inorgânico (seco):composto por produtos manufaturados, co mo plástico s, vidro s, bo rrachas, tecido s, metais, iso po r, lâmpadas, velas,

cerâmicas, po rcelana, espumas, co rtiças etc.

Estado

Classe Classe Classe Total

I

II

III

Paraná *

17.520 125.268

-

142.788

Rio de Janeiro **

-

-

-

6.274.912

Rio Grande do Sul 9.925 813.593 24.842 848.360

(6)

4.1 ESTADO DE SÃO PAULO

O Estado de São Paulo é o maio r g erado r de excedentes só lido s de o rigem industrial do País. O s dados hoje disponíveis referem-se ao levantamento de 1 .4 3 2 indústrias em 1 9 9 2 / 1 9 9 3 co mplementado e atualizado em 1 9 9 63. Estes dado s são fo rnecido s no s gráfico s 1 a 4 , a seguir:

Gráfico 1 – Quantidade de excedentes sólidos industriais

gerados, em toneladas/ano, distribuídos por classes – 1996

O b s.: Exc luído s b a g a ç o de c a na (2 4 .7 9 4 .0 0 0 t/ a no ), re stilo (2 5 .7 5 2 .0 0 0 t/ ano ) e excedentes provenientes da mineração de rocha asfáltica (5 .4 0 0 .0 0 0 t/ ano ).

Se o s excedentes só lido s excluído s do inventário fo ssem so mado s ao to tal de excedentes só lido s gerado s, teríamo s um to tal de 8 2 .5 6 5 .6 7 8 t/ ano .

25.038.167

Classe II — N o Inertes

1.045.896

Classe III — Inertes

535.615

Classe I — Perigosos

94,06%

3,93%

2,01%

Total: 26.619.678 t/ano

Gráfico 2 – Quantidade de excedentes sólidos industriais

tratados, em toneladas/ano, distribuídos por classes – 1996

Do s 2 6 ,6 milhõ es de t/ ano geradas de excedentes só lido s industriais, cerca de 9 ,5 milhõ es de t/ ano (que co rrespo ndem a 3 5 ,7 % do s excedentes só lido s g erado s) recebem algum tipo de tratamento .

Para o s excedentes Classe I, o s principais tratamento s são : queima (incineração , co -pro cessamento e em caldeiras), recuperação energética, encapsulamento etc.

Para o s excedentes Classe II e III, o s principais tratamento s são : reciclagem, reúso , co mpo stagem, secagem etc.

Classe I – Perigosos

0,3 Mt/ano

Classe III – Inertes

0,4 Mt/ano

Classe II – Não Inertes

(7)

1 5

Gráfico 3 – Quantidade de excedentes sólidos industriais

estocados, em toneladas/ano, por classes – 1996

Do to tal de excedentes só lido s industriais gerado s, 8 4 0 mil t/ ano , o u 3 ,1 5 %, são armazenadas nas pró prias empresas o u em galpõ es/ armazéns externo s alugado s.

Cabe ressaltar que o armazenamento destes dentro da unidade é uma medida p a lia tiva , p o is, a lé m d e o c up a r á re a s d a e mp re sa q ue p o d e ria m se r utiliz adas em pro dução , implicam custo s adicio nais direcio nado s para pesso al treinado na manutenção e o peração .

1 4

900.000 800.000 700.000 600.000 500.000 400.000 300.000 200.000 100.000 0

840 mil t/ano

570 mil t/ano

160 mil t/ano

100 mil t/ano

Total

Classe I

Classe II

Classe III

Estocagem

Gráfico 4 – Quantidade de excedentes sólidos industriais

dispostos no solo, em toneladas/ano, por classes – 1996

A dispo sição no so lo representa o maio r percentual aplicado ao s excedentes só lido s industriais, principalmente em função da quantidade referente à Classe II – N ão Inertes.

O s valo res cheg am a 1 6 ,3 milhõ es de t/ ano , o u 6 1 ,3 2 %, do to tal de excedentes só lido s industriais gerado s no Estado de São Paulo .

18.000.000 16.000.000 14.000.000 12.000.000 10.000.000 8.000.000 6.000.000 4.000.000 2.000.000 0

16,3 mi

15,7 mi

0,08 mi 0,59 mi

Total

Classe I

Classe II

Classe III

(8)

Existem vário s fato res que são prepo nderantes na o pção de uma empresa po r implementar um processo de coleta seletiva e reciclagem de seus excedentes industriais.

Estes fato res dependem, de fo rma intrínseca, da estratégia estabelecida pelo empresário em seu plano g erencial, o bservando -se o s fato res e c o nô mico s, ambientais e so ciais de sua empresa. N a seqüência, são abo rdadas algumas destas mo tivaçõ es.

5.1 EXIGÊNCIAS LEGAIS

Existem vário s ó rgão s de fiscalização que têm alguma fo rma de atuação na área de excedentes industriais. Dentre estes po dem ser citado s: a Cetesb, a Po lícia Civil, a Po lícia Ambiental (antiga Po lícia Flo restal), a Secretaria Munic ip a l d e Me io Amb ie nte e , p a ra a lg uns ra mo s d o se to r p ro d utivo , a Vigilância Sanitária e o Co nselho N acio nal de Energia N uclear (CN EN ).

Co nsiderando que há um universo estimado de 1 0 0 mil instrumento s leg ais versando so bre o tema ambiental no s diverso s níveis hierárquico s e que o s ó rgão s de fiscalização se baseiam nesses instrumento s para efetuar o processo de fiscalização, gerir uma empresa ignorando esta realidade significa um alto risco .

Acrescente-se a este fato a pro mulgação da Lei Federal nº 9 .6 0 5 , de 1 2 de fe ve re iro d e 1 9 9 8 – Le i d e C rime s Amb ie nta is, q ue re sp o nsa b iliz a o funcio nário público quando deixar de pro mo ver as medidas necessárias à prevenção , interrupção o u mino ração do agravamento do dano ambiental, determinadas pela auto ridade co mpetente.

A C e te sb e stá e ntre o s ma is a tua nte s ó rg ã o s a mb ie nta is do Pa ís e m te rmo s de eficiência. So mando -se to do s o s fato res, ag ravam-se o s pro cesso s administrativo s aplicado s ao seto r industrial, co nfo rme po de ser demo nstrado no G ráfico 6 , a seguir:

Gráfico 6 – Advertências, inspeções e multas aplicadas aos

excedentes sólidos industriais – CETESB 2001

Submetidas a uma infinidade de ó rgão s de co ntro le e uma legislação vasta, em alg uns caso s co ntraditó ria, verifica-se que as empresas necessitam urg entemente g erenciar seus excedentes só lido s industriais co mo uma fo rma de prevenção a po ssíveis pro blemas futuro s.

Diante desses fatores, para tratar e/ ou dispor um excedente sólido industrial, existe a necessidade de o btenção de algumas licenças expedidas pelo ó rgão ambiental esta dua l. Este pro c edimento é efetua do ta nto pa ra a rec ic la g em q ua nto pa ra a dispo sição final externas.

A licença, deno minada CADRI – Certificado de Apro vação de Destinação de Resíduo s Industria is, c o nsiste b a sic a mente no preenc himento de um fo rmulário4 em que co nstam, entre o utro s, a deno minação , a co mpo sição , a quantidade gerada e a fo rma e armazenamento do excedente industrial, bem co mo o lo cal para o nde é enviado .

6.000

5.000

4.000

3.000

2.000

1.000

1996 1997 1998 1999 2000 2001(out)

356 216 405 192 614 224 736 272 593 335 607 309 2.793

3.488

4.474 4.600

5.082

4.445

Advertências Multas Inspeções

(9)

1 9

O CADRI é expedido co m maio r freqüência quando se trata de excedentes industriais perigosos (Classe I). Emitido de forma individualizada: um certificado para cada destinação .

A co brança pela análise e emissão do CADRI fo i instituída no Inciso I do Artigo 7 4 do Decreto Estadual nº 4 7 , de 4 de dezembro de 2 0 0 2 .

O preço instituído é de 7 0 Ufesps. Co nsiderando o valo r de R$ 1 1 ,4 9 para o ano de 2 0 0 3 para cada Ufesp, temo s que cada certificado será emitido ao custo de R$ 8 0 4 ,3 0 .

5.2 COMPETIÇÃO GLOBAL

O aumento da co mpetição g lo bal está fo rçando indústrias lo cais que têm seus pro duto s vo ltado s à expo rtação a ado tarem técnicas de administra ç ã o e de pro dução mais efetivas. Estas empresas, sejam de grande o u de pequeno po rte, estão implementando pro gramas de qualidade (Série ISO 9 0 0 0 ) e de sistemas de gestão ambiental5 (Série ISO 1 4 0 0 0 ).

A maioria das corporações multinacionais que operam no Brasil deve, por exigência de sua matriz internacio nal, o bedecer a regulamento s ambientais estabelecido s pelo país de o rigem. Algumas destas multinacio nais usam o s mesmo s fo rnecedo res para suprir as tecnologias de gestão de excedentes sólidos para suas operações mundiais.

A Uniã o Euro péia tem dific ulta do a entra da de b ens b ra sileiro s em seu mercado se estes não obedecerem às técnicas de produção ambientalmente seguras.

As no rmas ISO têm um impo rtante efeito multiplicado r, po rque elas requerem que as empresas certificadas exijam de seus fo rnecedo res o s mesmo s princípio s de gestão .

A indústria auto mo bilística brasileira, po r exemplo , exig e de seus fo rnecedo res de auto peças que implementem pro gramas de qualidade, co mo o s das no rmas Q S 9 0 0 0 e ISO 9 0 0 0 em suas instalaçõ es.

1 8

5 O Sistema de G estão Ambiental (SG A) é definido co mo um co njunto de açõ es visando a diminuição do s aspecto s e impacto s ambientais de suas atividades, pro duto s e serviço s.

Em várias fases do pro cesso de implementação do SG A é necessário o c o ntro le c o mp le to so b re o d e sc a rte d e p o lue nte s e , d e ntre e ste s, o s e xc e dentes só lido s industriais, o s quais são parte integ rante do sistema, o brig ando que as empresas tenham um co ntro le específico so bre sua gestão . Até junho de 2 0 0 3 , cerca de mil empresas já haviam o btido a Certificação Ambiental da ISO 1 4 0 0 1 no Brasil, sendo que o Estado de São Paulo co ntribui co m cerca de 5 0 % deste to tal.

5.3 RESTRIÇÕES DE CRÉDITO FINANCEIRO PARA AS INDÚSTRIAS

POLUIDORAS

Na legislação brasileira há restrições financeiras que podem ser impostas a qualquer indústria o u pro jeto que po ssuem po tencial impacto negativo ao meio ambiente.

O Ministério do Meio Ambiente planeja criar um banco de dado s de passivo ambiental. Este banco de dado s listará to das as empresas que causam o u causaram algum dano o u impacto ao ambiente e po derá ser usado pelas instituiç õ es fina nc eira s pa ra a va lia r a s so lic ita ç õ es de c rédito pa ra a s c o mpanhias listadas.

5.4 OPÇÕES ESCASSAS DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL

Há uma falta expressiva de lo cais adequado s ao tratamento o u dispo sição final de excedentes só lido s industriais, e mesmo aqueles em o peração estão distribuído s de fo rma pulveriz ada no Estado de São Paulo , co nfo rme demo nstrado na Tabela 2 .

(10)

A Co mpanhia de Tecno lo gia de Saneamento Ambiental – Cetesb exige do respo nsável pela co ntaminação o u do pro prietário do terreno atingido , nas hipó teses em que é po ssível esta identificação , a remediação e mo nito ramento da área co ntaminada.

O custo para esta desco ntaminação po de ser extremamente elevado . N a Alemanha, o s custo s eco ló g ico s relacio nado s a pro blemas do so lo fo ram calculado s em cerca de US$ 5 0 bilhõ es. Em 1 2 países da União Euro péia fo ram identificadas cerca de 3 0 0 mil áreas co ntaminadas. Estima-se que na Ho landa existam cerca de 1 0 0 mil lo cais.

Em 2 0 0 3 , a Cetesb divulgo u o levantamento co m 7 2 7 áreas co ntaminadas no Estado . Deste to tal 3 1 2 áreas estão co m pro po sta de remediação o u co m remediação em andamento .

O G ráfico 5 , a seguir, revela a distribuição das áreas co ntaminadas cadastradas no Estado de São Paulo po r estágio de atendimento .

Gráfico 5 – Distribuição por estágio de atendimento,

outubro de 2003

Tabela 2 – Principais instalações licenciadas para tratamento

e disposição final de excedentes sólidos industriais no Estado

de São Paulo

6

, segundo a ABETRE – 2002

Co mo co nseqüência, muitas empresas, po r to tal falta de o pção o u po r desco nhecimento , acabam po r destinar o s excedentes industriais para o s aterro s municipais o u para o utro s lo cais não adequado s. Estes lo cais, em muito s caso s, não fo ram pro jetado s para receber estes materiais.

O resultado da ado ção deste pro cedimento são as chamadas áreas co ntaminadas.

Cidade Empresa Serviço

Capão Bonito Tupy

Cosmópolis Eli Lilly Incinerador

Guaratinguetá Basf Incinerador

Silcon Incinerador

Boa Hora Aterro: Classes II e III

Silcon Incinerador

Estre Aterro: Classe II

S. J. dos Campos Ecossistema Aterro: Classes I e II

São Paulo Essencis Aterro: Classe II

Urbes Aterro: Classes I e II

Resicontrol Processamento de blending

Suzano Clariant Incinerador

Taboão Téris Incinerador

Tremembé SASA Aterro: Classes I e II co-processamento em forno de cimento

Paulínia Mauá

Sorocaba

6 Para info rmaçõ es co mplementares so bre endereço do s lo cais de tratamento / dispo sição final, co nsultar, no site da Fiesp/ Ciesp, a Bolsa de Resíduos www2 .ciesp.org.br/ bolsa/ index2 .htm, no campo cadastro de prestadores de serviço.

Remediação concluída

2% (14)

Avaliada com proposta de remediação e/ou com remediação

em andamento

43% (312)

Contaminada sem investigação

detalhada

41% (298)

Avaliada sem proposta de remediação

(11)

2 3

limpeza das pequenas quantidades de excedentes geradas pelo comércio e dos

entulhos de construção.

A co leta e destinação de o utro s tipo s de excedentes (industriais, de serviço de saúde etc.) é da respo nsabilidade do s gerado res, salvo legislação lo cal o u regio nal.

Em 2 0 0 0 fo ram faturado s perto de US$ 2 4 0 milhõ es na área de excedentes industriais perigo so s, envo lvendo o tratamento , a destinação final e co nsulto ria. A participação de empresas estrangeiras nesse mercado foi de aproximadamente 2 0 % (US$ 4 8 milhõ es), enquanto as previsõ es de crescimento desse seto r no s pró ximo s cinco ano s variam de 7 % a 1 0 %.

Em se tratando de materiais reciclado s, a Tabela 3 mo stra o tipo de material, a po rcentagem reciclada e o s preço s médio s aplicado s.

O s valo res descrito s representam médias aplicadas em várias cidades brasileiras e estas médias não co nsideram fato res de beneficiamento , tais co mo limpeza, enfardamento etc.

Destacam-se o s valo res alcançado s pela lata de alumínio , tanto em termo s de po rcentag em de reciclag em, cujo percentual é o mais alto no mundo , quanto em valo res co mercializado s, muito superio res ao s demais materiais.

Avaliando -se rapidamente o s dado s apresentado s nesta subseção , co nclui-se que reciclar o s excedentes industriais é um ó timo negó cio e um mercado em expansão .

Praticamente to do s o s materiais reciclado s vêm apresentando crescimento significativo ao lo ngo do s ano s, tais co mo o papelão o ndulado (6 9 % em 2 0 0 0 ), o vidro (4 0 % em 2 0 0 0 ), o PET (2 5 % em 2 0 0 0 ) e as latas de alumínio (7 8 % em 2 0 0 0 ).

O mais importante é que este crescimento não se deve a uma imposição legal

(não há legislação nacional que estabeleça a obrigatoriedade da reciclagem).

2 2

5.5 ALTO CUSTO PARA TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL

So mado s à escassez de lo cais estão o s custo s do pro cesso , que po r vezes to rnam o tratamento e dispo sição final praticamente pro ibitivo s, o que dire cio na certas empresas a pro cesso s de armazenamento , tratamento o u dispo sição final interno s.

Segundo dado s de 2 0 0 1 , o s custo s médio s po r to nelada de tratamento / d isp o siç ã o final de excedentes só lido s variam, de aco rdo co m a fo rma a do tada, de R$ 100 a R$ 300 para aterros industriais, passando po r valores que vão de R$ 150 a R$ 600 para co-processamentoe, finalizando, co m valo res de R$ 1.500 a R$ 3.000 para incineração.

Cabe ressaltar que esses custo s não co ntemplam aqueles referentes ao transpo rte do excedente só lido industrial, o s quais variam em função da lo calização da empresa, lo cal de tratamento / dispo sição final, freqüência de descarte, quantidade, tipo e classificação do excedente industrial etc.

5.6 UM BOM NEGÓCIO

O seto r de reciclagem de excedentes só lido s é o segundo maio r segmento do mercado ambiental brasileiro . O s especialistas estimam que este mercado representa cerca de 35% do mercado ambiental em seu conjunto. O faturamento registrado nesse seto r em 1 9 9 8 fo i da o rdem de US$ 1 bilhão . As previsõ es de crescimento para o s pró ximo s cinco ano s variam de 3 a 7 % ao ano . Tecno lo gias e serviço s impo rtado s participaram co m cerca de 3 0 % no to tal do faturamento do seto r.

Segundo info rmaçõ es do Cempre – Co mpro misso Empresarial para a Reciclag em, o mercado de reciclag em to tal – envo lvendo o s excedentes industriais e o s excedentes pó s-uso , o u seja, aqueles que são descartado s pelo s usuário s do s pro duto s co mercializado s – envo lve valo res da o rdem de R$ 3 bilhõ es/ ano .

(12)

6. Conhecendo os principais materiais recicláveis

Para implementar um processo de coleta seletiva e reciclagem há necessidade, preliminarmente, de co nhecer, pelo meno s de fo rma resumida, quais o s materiais mais co muns que po dem ser reciclado s dentro de uma empresa.

Para facilitar este co nhecimento , fo ram elabo radas fichas co ntendo info rmações sobre os materiais reciclados mais comuns dentro de uma empresa. Estas fichas co ntêm as seguintes info rmaçõ es:

• Deno minação do material reciclado . Ex.: metais, plástico s, lâmpadas fluo rescentes etc.;

• Có digo de co r para a reciclagem, em co nfo rmidade co m a Reso lução Co nama 2 7 5 / 2 0 0 1 ;

• Simbo lo g ia, em co nfo rmidade co m a Simbo lo g ia Brasileira de Identificação de Materiais;

• Info rmaçõ es so bre: material reciclado , fo nte de g eração dentro da empresa, classificação quanto ao risco po tencial ao meio ambiente7, armaz enamento , transpo rte, a principal fo rma de destinação final aplicada ao excedente;

• Limitaçõ es so bre a reciclagem do excedente.

7

A classificação quanto ao risco po tencial ao meio ambiente, relacio nada nas tabelas, serve so mente co mo

fo rma de o rientação . Ex.: plástico s são classificado s co mo Classe II, po rém, se co ntaminado s co m so lventes, são

classificado s co mo Classe I pela N BR 1 0 .0 0 4 / 9 6 .

Tabela 3 – Brasil: material, porcentagem de reciclagem e

valores médios de mercado, segundo dados do CEMPRE

Obs.: Nos preços não está considerado se o material está limpo e/ou prensado.

Material Reciclagem Máximo Médio Mínimo

Papelão ondulado 75% 394,00 253,92 60,00

Papel escritório 39% 600,00 337,31 100,00

Embalagem cartonada 15% 300,00 93,20 20,00

Lata de alumínio 87% 3.700,00 2.527,27 1.200,00

Lata de aço 43% (2001) 340,00 132,09 40,00

Plástico filme 17,5% 450,00 272,78 110,00

Plástico rígido 501,00 272,14 100,00

PET 40% 720,00 470,36 170,00

Pneus 20% (2001)

-

-

-Vidro incolor 44% 140,00 67,49 10,00

Vidro colorido 139,00 45,83 10,00

Compostos orgânicos 1,5% (2001)

-

-

-Óleo lubrificante

-

-

0,10

-Lâmpadas fluorescentes 0,5% (2000)

-

-BASE 2002 Janeiro a Junho de 2003

(13)

2 7

6.2 PLÁSTICOS

O s principais uso s das resinas plásticas são :

PET (Tereftalato de Polietileno):

na fabricação de g arrafas e embalagens para refrigerantes, águas, sucos, óleos comestíveis, medicamentos, co smético s, pro duto s de higiene e limpeza, destilado s, iso tô nico s, cervejas, entre vário s o utro s. Embalagens termo fo rmadas, chapas e cabo s para esco va de dente são o utro s exemplo s de utilização da resina.

PEAD (Polietileno de alta densidade):

na co nfecção de engradado s para bebidas, baldes, pro duto s químico s, bo mbo nas, tubo s para líquido s e gás, tanques de co mbustível, auto peças etc.

PVC (Cloreto de Polivinila):

em garrafas de água mineral, tubo s e conexões para água, calçados, cabos elétricos, equipamentos médico-cirúrgicos, lo nas, esquadrias, revestimento s etc.

PEBD (Polietileno de baixa densidade):

as principais aplicaçõ es são em frasco s espremíveis, brinquedo s, ampo las de so ro , embalag ens para pro duto s medicinais, linear de tambo res, para pro teção de alimento s na geladeira o u micro o ndas, saco las de supermercado s, saco s industriais, saco s para lixo , filmes flexíveis, lo nas agríco las etc.

PP (Polipropileno):

empregado em embalagem de massas alimentícias e b isc o ito s, po tes de ma rg a rina , sering a s desc a rtá veis, eq uipa mento s médico -cirúrgico s, fibras e fio s têxteis, utilidades do mésticas, auto peças etc.

PS (Poliestireno):

usado nas embalagens (principalmente co po s e po tes para indústria alimentícia), co po s descartáveis e caixas de CDs/ fitas cassete;

EPS (ou expandido):

é utiliz ado , basicamente, co mo embalag em pro teto ra e iso lante térmico ;

HIPS (ou alto impacto):

é um PS mo dificado co m elastô mero s de po libutadieno .

Outras:

resinas utilizadas em plástico s especiais na engenharia e em CDs, em eletrodomésticos, em corpo de computadores e em outras utilidades especiais.

2 6

6.1 METAIS

METAIS

Código de cor Simbologia

Os metais são praticamente 100% recicláveis, excluindo-se apenas os técnicos ou especiais, pois sua composição e combinações específicas inviabilizam sua reciclagem. Dentre os metais passíveis de reciclagem destacam-se:

• Metais não-ferrosos: Alumínio, latão, cobre, estanho, cromo, chumbo, ouro, prata e platina, presentes em latas de refrigerantes, esquadrias, panelas, fios elétricos, chumbo etc.

• Metais Ferrosos: ferro e aço, presentes em folhas de flandres, portões, geladeiras, veículos, etc.

1) Mistura de vários tipos de metais pode formar pilhas eletroquímicas que aceleram o processo de corrosão dos metais e, em alguns casos, dificultam o uso para funções mais nobres.

2) Contaminação com matéria orgânica, excesso de umidade, plásticos, vidros e areias dificultam sua recuperação. As tintas de estamparia de embalagem são destruídas nos fornos de fundição durante o reprocessamento e, portanto, não atrapalham a reciclagem.

Fonte de Geração

Classificação

Armazenamento

Transporte

Destinação

Produção: embalagens de matéria-prima ou produto acabado.

Oficinas: latas ou tambores de óleo, solventes e tintas. Restaurante/refeitório: latas de mantimentos em geral. Reformas: calhas, tubulações, pregos e fios.

Área de utilidades: tanques e válvulas.

Classe II – Não Inertes (NBR 10.004/96)

NBR 11.174/89 – Armazenamento de resíduos Classes II – Não Inertes e III – Inertes – Procedimento

Reciclagem por indústrias siderúrgicas ou terceiros prestadores de serviço.

NBR 13.221/94 – Transporte de resíduos – Procedimento e NBR 7.500 Simbologia – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.

ASPECTOS PARA A RECICLAGEM

(14)

6.3 PAPEL

PLÁSTICOS

Código de cor Simbologia

O termo plástico engloba uma série de tipos de resinas atualmente em uso no mercado. Entre estas podem ser citados:

O PET (Tereftalato de Polietileno); o PEAD (Polietileno de Alta Densidade); o PVC

(Cloreto de Polivinila); o PEBD (Polietileno de baixa densidade); o PP (Polipropileno); o OS (Poliestireno) e outras (utilizadas em plásticos especiais na engenharia, em CDs, computadores etc).

1) Algumas resinas são de fácil identificação visual, mas na maioria das vezes a seleção de plásticos é feita pela observação da cor na chama, da fumaça e do odor do material durante a queima. Símbolos padronizados, adotados pelos fabricantes, facilitam a identificação das embalagens.

2) Os principais contaminantes do plástico são gordura, restos orgânicos, alças metálicas, grampos e etiquetas. Impurezas deste tipo reduzem o preço de venda e exigem maior cuidado na lavagem antes do processamento.

ASPECTOS PARA A RECICLAGEM Classificação

Armazenamento Transporte Destinação

Produção: embalagens de matéria-prima ou produto acabado.

Restaurante/refeitório: embalagens de mantimentos e de bebidas.

Escritório: sacos de lixo, copos de café/água, carcaça de computadores e CDs.

Área de utilidades: chapas, canos, tubulações, isolante térmico.

Armazém: sacos industriais

Oficinas e áreas de estocagem de inflamáveis: embalagem de óleo lubrificante, solventes, tintas e combustíveis. Expedição: filmes flexíveis.

Classe II – Não Inertes (NBR 10.004/96)

NBR 11.174/89 – Armazenamento de resíduos classes II – Não Inertes e III – Inertes – Procedimento

Reciclagem por indústrias de artefatos plásticos ou terceiros prestadores de serviço.

NBR 13.221/94 – Transporte de resíduos – Procedimento e da NBR 7.500 Simbologia – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.

Fonte de Geração

1 2 3 4 5 6 7

PET PEAD V PEBO PP PS OUTROS PAPEL

Código de cor Simbologia

Papel é o nome genérico dado a uma variedade de produtos usados em escritórios, incluindo papéis de carta, blocos de anotações, copiadoras, impressoras, revistas e folhetos. A qualidade é medida pelas características de suas fibras. Papéis de carta e de copiadoras são normalmente brancos, mas podem ter várias cores. O descarte é formado por diferentes tipos de papéis, forçando os programas de reciclagem a priorizar a coleta de algumas categorias mais valiosas, como o papel branco de computador.

O produto com maior valor no mercado é aquele que segue rígida especificação de matéria-prima. Eles excluem ou limitam a presença de fibra de madeira e papel colorido. Não podem conter metais, vidros, cordas, pedras, areia, clips, elásticos e outros materiais que dificultam o reprocessamento do papel usado. Mas tecnologias de limpeza do papel para reciclagem estão minimizando o impacto das impurezas. A umidade do papel não pode ser muito alta. Outra limitação refere-se à reutilização da fibra celulósica para a produção de novos papéis, visto que pode ser reutilizada até sete vezes.

ASPECTOS PARA A RECICLAGEM Fonte de Geração

Classificação

Armazenamento

Transporte

Destinação

Produção: embalagens de matéria-prima ou produto acabado.

Escritório: computadores (carcaça) e CDs.

Classe II – Não Inertes (NBR 10.004/96)

Reciclável

Jornal Revista

Impressos em Geral Fotocópias

Envelopes, cartões e cartolina

Papel de Fax Sacos Não Reciclável Papel Sanitário Copo descartável Papel Carbono Fotografias Fitas Adesivas Etiquetas Adesivas NBR 11.174/89 – Armazenamento de resíduos classes II – Não Inertes e III – Inertes – Procedimento

Reciclagem por indústrias de artefatos plásticos ou terceiros prestadores de serviço.

(15)

3 1

6.5 VIDRO

3 0

6.4 PAPELÃO

PAPELÃO

Código de cor Simbologia

O papel ondulado, também conhecido como corrugado, é usado basicamente em caixas para transporte de produtos para fábricas, depósitos, escritórios e residências. Normalmente chamado de papelão, embora o termo não seja tecnicamente correto, este material tem uma camada intermediária de papel entre suas partes exteriores, disposta em ondulações, na forma de uma sanfona.

Os produtos que contaminam o papel ondulado são cera, manchas de óleo, terra, pedaços de madeira, barbantes, cordas, metais, vidros, entre outros. Fator igualmente limitante é a mistura com a chamada caixa ondulada amarela, composta por fibras recicladas que perderam a resistência original.

Materiais contaminantes não podem exceder 1% do volume e a perda total no reprocessamento não deve passar de 5%. A umidade em excesso altera as condições do papel, dificultando sua reciclagem.

As tintas usadas na fabricação do papelão podem inviabilizar sua reciclagem. O mesmo ocorre se o papel ondulado tiver recebido tratamento anti-umidificação com resinas insolúveis em água. O rendimento do processo de reciclagem depende do pré-processamento do material – seleção, limpeza, prensagem – realizado pelo aparista.

ASPECTOS PARA A RECICLAGEM Classificação

Armazenamento

Transporte

Destinação

Escritório: caixas de papel sulfite e arquivos. Produção: embalagens de matéria-prima ou produto acabado.

Restaurante/Refeitório: caixas de mantimentos Limpeza: caixas de materiais de limpeza.

Classe II – Não Inertes (NBR 10.004/96)

Reciclagem por fábricas de papel e caixas de papelão ou terceiros prestadores de serviço. Fonte de Geração

NBR 11.174/89 – Armazenamento de resíduos classes II – Não Inertes e III – Inertes – Procedimento

NBR 13.221/94 – Transporte de resíduos – Procedimento e da NBR 7.500 Simbologia – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.

VIDRO

Código de cor Simbologia

As embalagens de vidro são usadas para bebidas, produtos comestíveis, medicamentos, perfumes, cosméticos e outros artigos. Garrafas, potes e frascos superam a metade da produção de vidro do Brasil.

A metade dos recipientes de vidro fabricados no País é retornável. Além disso, o material é de fácil reciclagem, podendo ser reinserido na própria produção ou usado na produção de novas embalagens, substituindo totalmente o produto virgem, sem perda de qualidade.

A princípio, os casos encaminhados para reciclagem não podem conter pedaços de cristais, espelhos, lâmpadas e vidro plano usado nos automóveis e na construção civil. Por terem composição química diferente, esses tipos de vidro causam trinca e defeitos nas embalagens. No entanto, algumas indústrias de vidro já incorporaram percentuais de vidro plano na produção. Os cacos não devem estar misturados com terra, cerâmicas e louças: como não são fundidos com o vidro, esses materiais acabam formando pedras no produto final, provocando quebra espontânea do vidro.

Plástico em excesso pode gerar bolhas e alterar a cor da embalagem. Igual problema se verifica quando há contaminação por metais, como as tampas de cerveja e refrigerante: além de bolhas e manchas, o material danifica o torno. A tolerância máxima é de um grama de ferro e 30 de alumínio por tonelada de caco.

ASPECTOS PARA A RECICLAGEM Classificação

Armazenamento

Transporte

Destinação

Produção: embalagens de matéria-prima ou produto acabado.

Restaurante/Refeitório: embalagens de mantimentos Laboratório: frascos de reagentes/controle de qualidade.

Limpeza: embalagens de materiais de limpeza.

Classe III – Inertes (NBR 10.004/96)

Reciclagem por indústrias de vidro ou terceiros prestadores de serviço.

Aceito

Garrafas

(bebidas em geral) Potes

(alimentos em geral) Frascos (medicamentos, cosméticos etc.) Não Aceito Espelhos Vidros Planos Cristais Lâmpadas Vidros de Janela Pyrex e Similares Podem ser reciclados, mas não misturados aos de embalagem. Fonte de Geração

(16)

6.7 SOLVENTES

6.6 ÓLEO LUBRIFICANTE

ÓLEO LUBRIFICANTE

Código de cor Simbologia

O óleo lubrificante representa cerca de 2% dos derivados do petróleo, e é um dos poucos que não são totalmente consumidos durante seu uso. O uso automotivo representa 70% do consumo nacional, principalmente em motores a diesel. Possui utilização na indústria em sistemas hidráulicos, motores estacionários, turbinas e ferramentas de corte. É composto de óleos básicos (hidrocarbonetos saturados e aromáticos), que são produzidos a partir de petróleo especial e aditivos de forma a conferir as propriedades necessárias para seu uso como lubrificantes. Durante seu uso na lubrificação dos equipamentos, ocorre a degradação do óleo e o acúmulo de contaminantes torna necessária sua troca. Além disso, parte do óleo é queimada no próprio motor, devendo ser reposto. No processo de troca do lubrificante, este é drenado para um tanque de acúmulo, para posterior

reaproveitamento.

Os óleos podem ainda ser reciclados (filtrados para retorno para o mesmo uso) ou rerrefinados, gerando óleos básicos para novas formulações.

Os contaminantes pesados dos óleos usados são provenientes do desgaste do motor (limalhas), aditivos e borras que se formam devido às altas temperaturas de trabalho, em condições oxidantes; os contaminantes leves são combustíveis não queimados nos motores ou solventes que são coletados no mesmo tambor que os óleos usados. A retirada desses contaminantes pelo processo clássico gera grandes quantidades de borra ácida; já os processos mais modernos utilizam evaporadores especiais e geram resíduos que podem ser usados como impermeabilizantes, revestimentos plásticos e asfálticos.

Fonte de Geração

Classificação

Armazenamento

Transporte

Destinação

Produção: lubrificação/vazamentos de máquinas Oficinas: lubrificação/vazamentos de máquinas Área de Inflamáveis: armazenamento de óleo

Classe I – Perigosos (NBR 10.004/96)

NBR 12.235/88 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos – Procedimento.

Recuperação por empresas de reprocessamento de óleo.

NBR 13.221/94 – Transporte de resíduos – Procedimento e NBR 7.500 Simbologia – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.

ASPECTOS PARA A RECICLAGEM

SOLVENTE

Código de cor Simbologia

É uma substância química ou uma mistura líquida de substâncias químicas capazes de dissolver outro material de utilização industrial.

Geralmente o termo solvente se refere a um composto de natureza orgânica. Apesar de sua composição química ser diversa, os solventes têm um certo número de propriedades comuns: são compostos líquidos lipossolúveis, possuem grande volatilidade, são muitos inflamáveis, e produzem importantes efeitos tóxicos.

Em função da gama variada de solventes utilizados no setor produtivo, deve-se evitar ao máximo sua mistura, a fim de se conseguir uma melhor taxa de recuperação.

Dependendo do uso, os solventes podem estar contaminados com óleos, graxas, tintas, limalhas de metais e matéria orgânica, os quais atrapalham sua recuperação.

Fonte de Geração

Classificação

Armazenamento

Transporte

Destinação

Oficinas: limpeza de equipamentos. Cabines de pintura: solvente de tinta.

Área de Inflamáveis: armazenamento de solventes.

Recuperação por empresas de recuperação de solventes.

ASPECTOS PARA A RECICLAGEM

Classe I – Perigosos (NBR 10.004/96)

NBR 12.235/88 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos – Procedimento.

(17)

3 5

6.9 PILHAS E BATERIAS

3 4

6.8 LÂMPADAS FLUORESCENTES

LÂMPADAS

FLUORESCENTES

Código de cor Simbologia

As lâmpadas fluorescentes compactadas ou tubulares contêm mercúrio, substância tóxica nociva ao ser humano e ao meio ambiente. Quando intactas, a lâmpadas não oferecem perigo algum ao homem ou ao meio ambiente; porém, quando quebradas, elas liberam vapor de mercúrio, que, inalado, pode se depositar no organismo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a legislação nacional estimam em 33 microgramas de mercúrio por grama de cratinina urinária o limite de tolerância biológica para o ser humano. O descarte sistemático dessas lâmpadas em aterros, sem a descontaminação e sem cuidados de armazenamento, eleva para níveis preocupantes a quantidade desse elemento químico no meio ambiente.

Basicamente estão relacionados ao manuseio e armazenamento do material, o qual deve ser feito com cuidado, de forma a evitar a quebra.

Há poucos locais licenciados pelos órgãos de controle para recuperação das lâmpadas fluorescentes.

Fonte de Geração

Classificação

Armazenamento

Transporte

Destinação

Produção, manutenção, restaurante, armazém, escritório e áreas externas.

Reciclagem por empresas de recuperação de lâmpadas fluorescentes.

ASPECTOS PARA A RECICLAGEM

Classe I – Perigosos (NBR 10.004/96)

NBR 12.235/88 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos – Procedimento.

NBR 13.221/94 – Transporte de resíduos – Procedimento e NBR 7.500 Simbologia – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.

PILHAS E

BATERIAS

Código de cor Simbologia

A pilha pode ser definida como um gerador eletroquímico, ou seja, transforma a energia química em elétrica.

Existe uma grande variedade de pilhas que utilizam sistemas diferenciados, tais como: zinco-carvão, alcalina, níquel-hidreto-metálico e lítio. Já baterias há de vários tipos: automotivas, industriais, de telefone celular etc.

Utilizadas em lanternas, rádios, brinquedos, aparelhos de controle remoto, equipamentos fotográficos, pagers e walkman, as pilhas comuns e alcalinas nacionais não oferecem risco à saúde nem ao meio ambiente. Depois de esgotadas, elas podem ser dispostas com os resíduos domiciliares.

Depende da entrega voluntária por consumidores e da rede de comercialização dos produtos.

Fonte de Geração

Classificação

Armazenamento

Transporte

Destinação

Produção, manutenção, restaurante, armazém, escritório e áreas externas.

Reciclagem por empresas produtoras/importadores ou terceiros prestadores de serviço.

ASPECTOS PARA A RECICLAGEM

Classe I – Perigosos (NBR 10.004/96)

NBR 12.235/88 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos – Procedimento.

(18)

6.11 OUTROS MATERIAIS

Fo to : Pallets de madeira8

Fo to : Tintas9

Fo to : To alhas industriais1 0

Fo to : Excedentes tecno ló gico s1 1

8W RM PALLETS

9TIN TAS CO RAL, REN N ER SAYERLACK, SHERW IN W ILLIAMS E BASF

1 0ALSCO – TO ALHEIRO BRASIL

1 1UN ICAMP

6.10 PNEUS

PNEUS

Código de cor Simbologia

Os pneus são constituídos por uma estrutura complexa, tendo em sua composição diversos tipos de materiais, como: borracha, tecido de náilon ou poliéster. Estes componentes conferem as características necessárias ao seu desempenho e segurança. Atualmente os pneus usados são descartados ou destinados ao reúso ou à reciclagem.

Depende da entrega voluntária por consumidores e da rede de comercialização dos produtos.

Há grandes quantidades de material armazenadas (passivo ambiental) que necessitam ser encaminhados às reprocessadoras.

Fonte de Geração

Classificação

Armazenamento

Transporte

Destinação

Armazém: empilhadeiras Escritório: veículos de vendas.

Transporte: transporte de matéria-prima ou produto acabado.

Classe II – Não Inertes (NBR 10.004/96)

NBR 11.174/89 – Armazenamento de resíduos Classes II – Não Inertes e III – Inertes – Procedimento

Reciclagem por empresas de recauchutagem, produtores importadores.

NBR 13.221/94 – Transporte de resíduos – Procedimento e NBR 7.500 Simbologia – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.

ASPECTOS PARA A RECICLAGEM

(19)

3 9

FLUXOGRAMA PARA IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE COLETA

SELETIVA E RECICLAGEM

3 8

Existem várias fo rmas de se implantar um sistema de co leta seletiva e de reciclagem de excedentes industriais. Cada empresa deve avaliar e ado tar o sistema que melho r atenda às suas necessidades.

Seja qual fo r o mo delo a ser ado tado , para que seja o btido sucesso nesta empreitada, é necessário que se desenvo lva um estudo detalhando as diversas fases do pro jeto .

Ca b e sa lienta r q ue, na impla nta ç ã o do sistema de c o leta seletiva e rec iclagem, devem ser co nsiderado s fato res ambientais, eco nô mico s, so ciais e aqueles ligado s a exigências legais, po nto s estes que darão sustentabilidade ao pro cesso implantado .

O fluxo grama o rientativo apresentado na seqüência trata de uma sugestão sobre as principais ações que devem ser tomadas nas fases de desenvolvimento do pro jeto .

De fo rma simplificada, po de-se separar o pro cesso de implementação da co leta seletiva e reciclagem em três diferentes etapas, a saber:

• O co nhecimento da situação ;

• A definição do pro jeto de implementação ;

• A implementação do pro cesso pro priamente dita.

FASE 1 – DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO

- Tipos de excedentes sólidos gerados - Quantidade

- Freqüência - Classificação

- Locais ou pontos de geração - Tipo de coleta efetuada

- Armazenamento interno ou externo - Transporte interno ou externo - Tratamentos aplicados aos excedentes - Disposição final

- Custos envolvidos - Qualidade dos serviços

FASE 2 – PLANEJAMENTO

- Comparativo com requisitos legais ou normativos - Avaliação da quantidade e freqüência

- Avaliação do mercado - Avaliação de prestador de serviço

- Informações sobre parceiros - Consulta a representação do setor - Consulta a institutos de pesquisa

FASE 3 – IMPLEMENTAÇÃO

- Definição da metodologia

- Definição do objetivo, metas e prazos do projeto - Definição do responsável

- Avaliação do custo de implementação

FASE 4 – MONITORAMENTO

- Elaboração de documentos de controle - Elaboração de relatórios de acompanhamento

FASE 5 – MARKETING

(20)

Tabela 4 – Modelo de levantamento de dados sobre os

excedentes sólidos – Tipo 1

7.1 FASE 1 – DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO

A definição da estratégia de implementação do pro cesso de co leta seletiva e reciclag em passa inicialmente pelo co nhecimento da situação atual do s excedentes só lido s pro duzido s po r sua empresa, sendo necessário efetuar um levantamento de dado s.

Este levantamento serve para que se responda a uma série de questões como: Q uais são o s excedentes só lido s gerado s po r minha empresa? Q uanto é g e ra d o ? O nd e é g e ra d o ? C o mo é g e ra d o ? Minha e mp re sa p o ssui e xc e dentes só lido s perigo so s? Co mo estão sendo armazenado s? Q uem o u qual empresa retira estes excedentes? Minha empresa recicla algum tipo de excedente? Q ual o custo o u receita deste pro cesso ?

7.1.1 Levantamento de dados quantitativos dos excedentes

sólidos

Existem várias fo rmas de efetuar este levantamento de dado s quantitativo s. Para fins deste trabalho , são sugeridas duas meto do lo gias:

7.1.1.1 Tipo 1

Este tipo de levantamento de dado s é aplicado a empresas que efetuam a segregação do s materiais previamente ao transpo rte/ destinação final.

Este levantamento deve abranger to das as áreas da empresa, não se restringindo à pro dução , mas incluindo seto res co mo manutenção , escritó rio , refeitó rio , ambulató rio , almo xarifado , armazém, o ficina, garagem, pátio e área externa, a fim de se verificar futuras o po rtunidades de reciclag em individualizada.

N a Tabela 4 , a seguir, é fo rnecido um mo delo de levantamento de dado s quantitativo s do s excedentes só lido s pro duzido s po r uma empresa, e no s Anexo s de 1 a 5 são fo rnecidas as explicaçõ es para o preenchimento desse levantamento .

Informações sobre excedentes sólidos

Importante: uma ficha para cada excedente sólido Nº

Denominação :

Origem :

Código : Classe ABNT :

Estado Físico :

Sólido

Quantidade Gerada/Periodicidade :

Passivo Ambiental :

Composição Aproximada :

Características Físicas :

Tipo de Coleta :

Forma de Acondicionamento do Excedente Sólido :

Observações Complementares

Tratamento Quantidade Custo/Receita Local

Disposição Final Quantidade Custo/Receita Local Transporte

Nome: E-mail:

Custo para transporte:

Pós/Poeira Líquido Pastoso Lodo

Pública

Outros (especificar)

Por terceiros Retirada própria Não aplicável 1

3

5

6

7

8

9

10

11

12

13

17 18 19 20

(21)

4 3

N o Anexo 6 é fo rnecida a explicação básica para preenchimento do levantamento e no Anexo 7 é fo rnecida uma tabela de co nversão de vo lume para massa.

Sugere-se que, em ambo s o s caso s, o levantamento seja efetuado po r um perío do mínimo de 9 0 (no venta ) dia s, o u q ue seja o b tida uma a mo stra sig nific a tiva de da do s a fim de se esta b elec er o " esta do da a rte" do s exc edentes só lido s pro duzido s pela empresa.

O s resultado s deste levantamento po dem ser genericamente segregado s em três grandes catego rias de excedentes só lido s gerado s po r sua empresa:

a) Excedentes só lido s recicláveis – o s quais são o alvo deste do cumento . b) Excedente só lido s po tencialmente recicláveis – que necessitam de alternativas tecno ló gicas que po ssam ser aplicadas visando a reinserção destes na cadeia pro dutiva.

c ) Exc edentes só lido s nã o -rec ic lá veis – a q ueles q ue, em funç ã o de a va liação técnica/ eco nô mica/ científica/ ambiental, não são adequado s à re c ic la g e m, ne c e ssita ndo de o utra fo rma de de stina ç ã o , c o mo a te rro s, inc ine ração etc.

A fim de padro nizar o trabalho , po de-se o ptar po r elabo rar um mapa da empresa, o nde serão relacio nado s o s seto res gerado res e o tipo de excedente só lido g era do , a fim de to rna r po ssível a visua liz a ç ã o simplific a da da situação .

Esse mapa, além de facilitar so bremaneira a visualização do s lo cais de g eração , po derá indicar as prio ridades de açõ es relacio nadas ao s excedentes só lido s pro duzido s e as po ssibilidades de implementação de pro cesso de co leta seletiva e reciclagem. Segue exemplo genérico .

4 2

7.1.1.2 Tipo 2

Este tipo de levantamento de dado s é aplicado a empresas que não efetuam a segregação do s materiais previamente ao transpo rte/ destinação final, o u seja, to do s o s excedentes são misturado s e armazenado s em um único tipo de recipiente.

N este caso , é necessário efetuar o levantamento do material encaminhado para a dispo sição final através de caçambas, caminhõ es co mpactado res, co ntêineres, saco s plástico s o u o utro s.

N a Tabela 5 é fo rnecido um mo delo básico de levantamento estimativo de vo lume e quantidade de excedentes só lido s gerado s na empresa.

Tabela 5 – Modelo de levantamento de dados sobre

os excedentes sólidos – Tipo 2

Nome da transportadora :

Local de tratamento/disposição final :

Custo (R$)

Materiais % dos materiais Quantidade unitária Data/mês de referência:

Hora da retirada :

Volume líquido do recipiente

Número de

retiradas Tratamento/

disposição Transporte

2 1

3

4

5 6 7

9 10 11

(22)

7.2 FASE 2 – PLANEJAMENTO

Esta fase é aplicada basicamente à co mparação do s dado s levantado s na FASE 1 co m requisito s legais, de mercado e o utro s que são a base para a definição de quais excedentes só lido s serão co ntemplado s na co leta seletiva.

De fo rma simplista, a empresa po derá listar to das as info rmaçõ es o btidas a té o mo me nto so b re se us e xc e d e nte s só lid o s, re la c io na nd o c o m a q ua ntidade gerada, a freqüência, custo atual e o utro s, a fim de determinar co m precisão a melho r alternativa de implementação da co leta seletiva e reciclagem. Po rém, ainda assim, o utro s co mpo nentes têm de ser avaliado s, co mo o s indicado s a seguir.

7.2.1 Comparativo com requisitos legais ou normativos

Há vário s tipo s de excedentes só lido s que po ssuem restriçõ es técnicas, co mo no caso do s excedentes só lido s perigo so s – Classe I (vide info rmaçõ es fo rnecidas no Capítulo 3 – classificação de resíduo s segundo a ABN T).

Além das restriçõ es técnicas, há alguns destes excedentes só lido s que, em funç ã o de sua peric ulo sida de, a c o rdo s interna c io na is o u o utro s, fo ra m reg ulado s em legislação ambiental.

A empresa deve efetuar uma co mparação do s excedentes só lido s levantado s no item 7 .1 .1 , co m as exigências legais aplicáveis, utilizando po r exemplo uma lista g e m o nde , à e sq ue rda da ta b e la , e ste ja a de no mina ç ã o do e xc e dente só lido e, à direita, a exigência legal aplicada.

À guisa de info rmaçõ es resumidas, são listadas no Capítulo 9 algumas ementas referentes às legislaçõ es federal e estadual, além de no rmas técnicas aplicadas ao s excedentes só lido s1 3.

1 3 Para info rmaçõ es so bre legislação referente a excedentes só lido s, co nsultar, no site da Fiesp/ Ciesp, a Bo lsa de

Resíduo s: www2 .ciesp.o rg.br/ bo lsa/ index2 .htm, no campo Legislação .

Quadro 2 – Simbologia para o mapeamento da empresa

12

Quadro 3 – Mapa modelo – setor gráfico

27

1 2 Enviro nwise, 1 9 9 9 .

Matéria-Prima

Trabalhador

Energia

Líquidos

Solventes

Gases

Dreno de esgoto

Reciclado Dreno de água

de chuva

Embalagem

Conversão Impressão Pré-Impressão

Engenharia

Armazém

Produto

Cobertura Bandeja

para coleta de respingos

Estoque de líquido Produto

(23)

4 7

• O armazenamento do excedente sólido (dentro ou fora da

empresa)

O o bjetivo é criar vo lumes significativo s para a nego ciação , tanto para a co leta/ transpo rte co mo para a destinação final.

Cabe ressaltar que há uma série de custo s e pro blemas ligado s à ado ção deste tipo de procedimento, tais como: local específico para o armazenamento, perigo de co ntaminação cruzada o u do so lo , custo s ligado s à gestão etc.

• Bolsas de resíduos

Trata-se de uma o pção para " anunciar" o excedente só lido da empresa, utilizando a Internet o u jo rnais impresso s, a fim de se efetuar a nego ciação .

Existem várias o pçõ es o perando na atualidade. A Fiesp/ Ciesp dispo nibiliza gratuitamente a to das as empresas esta ferramenta de gerenciamento .

• "Pool" de empresas

Refere-se a empresas que po ssuem o mesmo tipo de excedente só lido e se agrupam co m o fim de estabelecer uma co o peração mútua. Co mo no caso do armaz enamento , citado anterio rmente, visa criar uma massa crítica que viabilize a nego ciação co m empresas prestado ras de serviço .

• Programas municipais de recolhimento de excedentes sólidos

Muitas prefeituras desenvo lvem pro gramas vo ltado s ao reco lhimento de excedentes só lido s. Po de ser uma o pção para aquelas empresas que po ssuem pequenas quantidades g eradas o u cuja perio dicidade de g eração é muito elevada. Co nsulte a prefeitura de sua cidade a fim de verificar a existência destes pro gramas.

Co mo exemplo s de pro gramas municipais, po dem ser citado s:

PEV (Postos de Entrega Voluntária):

Utiliza co ntêineres o u pequeno s depó sito s, co lo cado s em po nto s físico s no município .

Postos de Troca:

Tro ca do material a ser reciclado po r algum bem.

4 6

Para aqueles excedentes só lido s ao s quais existem exigências legais, a empresa deverá efetuar um pro cedimento diferenciado co nfo rme previsto na legislação . Isto não significa que estes não po ssam fazer parte integrante do pro cesso de co leta seletiva.

São exemplo s de excedentes só lido s que po ssuem exig ências leg ais o u no rmativas as pilhas e baterias, so lventes, ó leo s lubrificantes, lâmpadas fluo rescentes, pneus e o utro s. Verifique as fichas de excedentes só lido s do Capítulo 6 .

7.2.2 Avaliação da quantidade e freqüência

Avaliando -se do po nto de vista eco nô mico , co mo em qualquer transação co mercial, a quantidade e a perio dicidade são fato res impo rtantes na neg o ciação . No caso de excedentes só lido s, esta máxima é to talmente válida. Estes do is aspecto s estão relacio nado s principalmente ao frete (transpo rte do excedente só lido ), po is as empresas prestado ras de serviço so mente retiram g randes quantidades de excedentes só lido s e, preferencialmente, co m uma freqüência preestabelecida.

Sugere-se o co ntato co m empresas prestado ras de serviço (reciclado res e sucateiro s), a fim de estabelecer a nego ciação1 4.

C a so a e mp re sa p o ssua um d e te rmina d o tip o d e e xc e d e nte só lid o c o nsid erado reciclável (papel, papelão , vidro etc.) mas que seja gerado em pequenas quantidades o u em perio dicidade muito lo nga, haverá dificuldades para nego ciá-lo .

Para esse tipo de excedentes, há po ucas o pçõ es de destinação , co mo se po de ver a seguir:

1 4Para info rmaçõ es so bre prestado res de serviço , co nsultar, no site da Fiesp/ Ciesp, a Bo lsa de Resíduo s

Imagem

Tabela 1 – Projeção de geração de excedentes sólidos  industriais segundo a ABETRE, em toneladas/ano – 2001
Gráfico 2 – Quantidade de excedentes sólidos industriais tratados, em toneladas/ano, distribuídos por classes – 1996
Gráfico 3 – Quantidade de excedentes sólidos industriais estocados, em toneladas/ano, por classes – 1996
Gráfico 6 – Advertências, inspeções e multas aplicadas aos excedentes sólidos industriais – CETESB 2001
+5

Referências

Documentos relacionados

Nessa perspectiva, faz-se necessário que estes profissionais, nas instituições de educação infantil, tenham ou venham a ter uma formação inicial sólida e

Sendo assim, a utilização de modelos didáticos surge como uma importante ferramenta para proporção de um ambiente prazeroso para o processo de ensino-aprendizagem, já que aguça

BENEFICIÁRIO : É a pessoa que adquire o título de associado e opta por um dos planos de assistência à saúde anexos ao Regulamento Interno do TRASMONTANO para si,

As outras são autotrófi cas por fotossíntese (usam a energia da luz para sintetizar compostos orgânicos) ou por quimiossíntese (usam energia química para produzir

Para que a Europa social se sobreponha à Europa mercantil, a União Europeia deve assegurar a igualdade de acesso aos direitos económicos, sociais e culturais e

3 Um unidade normalmente utilizada primariamente para doentes após cuidados iniciais na Unidade Especializada em Acidentes Vasculares Cerebrais, e não o local habitual de cuidados

Atendimento ao paciente com IAM.A utilização de AAS reduz a recorrência de IAMST e morte em pacientes sobreviventes de infarto do miocárdio. Como é obtido: Fontes de

Mais tardiamente e em geral não considerado como componente do inchaço cerebral, pode ocorrer o edema intersticial (ou hidrocefálico, como preferem alguns), por extravasamento de