Um estudo da FGV/DAPP, com base em dados epidemiológicos divulgados pela
Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, mostra que o número de casos de dengue
no agregado das áreas olímpicas mais que dobrou em 2016 em comparação com
2015. Veja mais detalhes a seguir:
Aedes nas Áreas Olímpicas
A OMS, por meio de nota em sua página o cial, no dia 12 de maio, a respeito do vírus Zika e as
Olimpíadas, aconselha aos viajantes e atletas a "evitar visitar áreas superlotadas nas cidades e vilas sem água encanada e com saneamento de ciente (áreas com maior reprodução de mosquitos), onde o risco de ser picado é maior". A febre Zika é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, que também é transmissor da Dengue e da Febre Chikungunya.
Contudo, ao observarmos os dados epidemiológicos divulgados pela Secretaria
de Saúde do município, podemos veri car que o mosquito se encontra presente
em todo território municipal, inclusive nas áreas olímpicas.
Neste novo estudo sobre dengue e Olimpíadas, incorporamos mais áreas olímpicas além dos grandes complexos. Por isso, além de observamos a Barra da Tijuca, Deodoro, Engenho de Dentro, Copacabana, Madureira e Maracanã, anexamos à nossa análise os bairros de Santo Cristo, Lagoa, Recreio e Glória, que também receberão provas e o Centro, devido à alta concentração de turistas, sobretudo na zona portuária.
Atualizado em 06/06/2016
Recreio, Barra da Tijuca, Centro, Copacabana e
Madureira estão entre as áreas mais preocupantes
No mapa, as áreas olímpicas com mais de 100 casos em 2016 estão em preto. A situação mais preocupante é a do Recreio dos bandeirantes, bairro que registra 325 casos de dengue até o momento. A Barra da Tijuca, que possui 210 casos até o momento concentra grande parte das atividades olímpicas. Além disso, a região é limítrofe a Jacarepaguá, que já tem 244 casos registrados.
Existem áreas olímpicas próximas de zonas
preocupantes
No mapa, as áreas olímpicas com menos de 100 casos em 2016 estão em azul. Engenho de Dentro, Maracanã e Glória encontram-se próximos a áreas com mais de 100 casos registrados.
Casos de Dengue em 2016 nos Bairros da Cidade do Rio
de Janeiro
Até 06/06/2016
Sem dados Menos de 100 casos Área olímpica com menos de 100 casos Área olímpica com mais de 100 casos
Mais de 100 casos
A E D E S N A O L Í M P I A D A : C A S O S D E D E N G U E
M A I S Q U E D O B R A M N A S Á R E A S O L Í M P I C A S
há 2 meses
SITES FGV
PT
Mais de 100 casos
Fonte: Secretaria de Saúde do Município do Rio de Janeiro, Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Coordenação de Vigilância Epidemiológica ( 06/06/2016) .
Elaboração: dapp.fgv.br
Além disso, observa-se um aumento em 2016 em
relação aos últimos dois anos
Todos os bairros olímpicos mapeados tiveram aumento, exceto Glória, Copacabana e Maracanã.
O número de casos no agregado teve um crescimento
em 2016 em comparação com 2015
Na soma dos onze bairros mapeados, já são 1144 casos de dengue em 2016, contra 709 em 2015.
Casos de dengue nos bairros Olímpicos nos anos de
2014, 2015 e 2016 até o mês de Maio de cada ano
Até 06/06/2016
Santo Cristo Centro Glória Copacabana Lagoa Maracanã Engenho de Dentro Madureira Barra da Tijuca Recreio dos Bandeirantes Deodoro
70
60
50
40
30
20
10
0
2014 2015 2016
Fonte: Secretaria de Saúde do Município do Rio de Janeiro, Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Coordenação de Vigilância Epidemiológica ( 06/06/2016 ) .
Elaboração: dapp.fgv.br
Fontes
Censo 2010 (Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística)
Municípios: http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?uf=33&dados=1,a Acesso em janeiro de 2016.
OMS
http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5097:declaracao-da-opasoms-sobre-virus-zika-e-as-olimpiadas-e-paraolimpiadas-rio-2016&Itemid=816
Acesso em 12 de maio de 2016
Secretaria de Saúde do Município do Rio de Janeiro, Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Coordenação de Vigilância Epidemiológica
http://www.rio.rj.gov.br/web/sms/dengue-casos-bairro-periodo Acesso em maio de 2016.
Expediente
FGV/DAPP
Diretoria de Análise de Políticas Públicas | Fundação Getulio Vargas
DIRETOR
Marco Aurélio Ruediger
EQUIPE DE EXECUÇÃO
Coordenação
Marco Aurélio Ruediger
Coordenação de Pesquisa
Janaina Fernandes
Pesquisadores
Wagner Oliveira
SITES FGV
PT
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