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O ensino da comunicação na graduação em medicina: uma abordagem.

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Academic year: 2017

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* Elabor ado a par t ir de Rossi ( 2 0 0 4 ) .

1 Depar t am ent o Psiquiát r ico I I , Secr et ar ia de Saúde, Est ado de São Paulo, SP. <pr of @psr ossi.com >

2 Cent r o de Desenvolvim ent o do Ensino Super ior em Saúde, Univer sidade Feder al de Sâo Paulo. Cedess/ Unif esp, SP. <nbat ist a@cedess.epm .br >

1 Rua dos Araçás, 601

Ped r o San t o Ro ssi Ped r o San t o Ro ssiPed r o San t o Ro ssi Ped r o San t o Ro ssi Ped r o San t o Ro ssi11111 N i l d o Al v es Bat i st a N i l d o Al v es Bat i st a N i l d o Al v es Bat i st a N i l d o Al v es Bat i st a N i l d o Al v es Bat i st a22222

Medicina -

Medicina -

Medicina -

Medicina -

Medicina - uma abordagem

*

ROSSI , P. S.; BATI STA, N. A. The t eaching of com m unicat ion skills in m edical schools - an appr oach. I nt er f ace -I nt er f ace -I nt er f ace -I nt er f ace -I nt er f ace -Com u n ic., Saú de, Edu c.

Com u n ic., Saú de, Edu c. Com u n ic., Saú de, Edu c. Com u n ic., Saú de, Edu c.

Com u n ic., Saú de, Edu c., v.1 0 , n .1 9 , p.9 3 -1 0 2 , j an / j u n 2 0 0 6 .

The pur pose of t his wor k is t o analyze t he pr ocess of t eaching/ lear ning com m unicat ion wit hin t he doct or -pat ient r elat ionship dur ing t he under gr aduat e m edical cour se, discussing t he ideas of st udent s and of

coor dinat or s r egar ding t his pr ocess, and ident if ying how and when t he cur r iculum t akes t his issue int o account . Twelve gr aduat es and nine cour se coor dinat or s wer e int er viewed. We lear ned t hat t her e is a gr eat diver sit y of ideas on com m unicat ion, especially a t endency t o t hink of it as an inst r um ent al skill f or obt aining inf or m at ion and m aking oneself under st ood wit hin m edical pr ocedur es. The lear ning of com m unicat ion t akes place

pr im ar ily in an im plicit way wit hin t he educat ion of physicians, being connect ed wit h cer t ain disciplines, such as Sem iology and Medical Psychology, or being im bued in t he cur r iculum dur ing t he dif f er ent m om ent s of t eaching and lear ning. The obser vat ion of at t it udes and behavior s in t he daily pr act ice of t eaching, whet her by pr of essor s or ot her physicians in pr act ice, not ably dur ing int er nship, is t he m ain f act or r esponsible f or st udent lear ning of t his skill. The r esult s f ound in t his r esear ch, given t he r elevance of com m unicat ion in t he exer cise of m edical pr act ice, indicat e t hat it is necessar y t o r eassess t his t hem e in connect ion wit h t he pedagogical

pr act ices used t o t r ain f ut ur e physicians.

KEY WORDS: m edical educat ion. com m unicat ion. physician-pat ient r elat ions. lear ning.

Analisa-se o pr ocesso ensino/ apr endizagem da com unicação na r elação m édico-pacient e dur ant e a gr aduação m édica, discut indo concepções de alunos e de coor denador es sobr e esse pr ocesso e ident if icando com o e quando o cur r ículo o cont em pla. For am ent r evist ados 1 2 egr essos e nove coor denador es de cur so. Apr eendeu-se um a gr ande diver sidade de concepções sobr e com unicação, af ir m ando-eendeu-se, pr incipalm ent e, um a t endência em consider á-la um a habilidade inst r um ent al par a conseguir inf or m ações e se f azer ent ender no pr ocedim ent o m édico. O apr endizado da com unicação acont ece, pr ior it ar iam ent e, de m aneir a im plícit a ao pr ocesso de f or m ação, vinculado a algum as disciplinas, com o a Sem iologia e a Psicologia Médica, ou per passando o cur r ículo nos dif er ent es m om ent os de ensino/ apr endizagem . A obser vação de at it udes e com por t am ent os no cot idiano do ensino, seja de pr of essor es ou de out r os m édicos em at ividade, not adam ent e no int er nat o, é a pr incipal r esponsável pela apr endizagem dest a habilidade pelos alunos. Os r esult ados encont r ados nest a pesquisa, dada a r elevância da com unicação no exer cício da pr át ica m édica, apont am par a a necessidade de um

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I n t r o d u çã o I n t r o d u çã oI n t r o d u çã o I n t r o d u çã o I n t r o d u çã o

As Dir et r izes Cur r icular es Nacionais do Cur so de Gr aduação em Medicina ( Br asil, 2 0 0 1 ) apont am par a a necessidade de f or m ação de um m édico gener alist a, hum anist a, cr ít ico e r ef lexivo, capacit ado par a at uar , paut ado em pr incípios ét icos, no pr ocesso de saúde-doença em seus dif er ent es níveis de at enção, com ações de pr om oção, pr evenção, r ecuper ação e r eabilit ação à saúde, na per spect iva da int egr alidade da assist ência. Dent r e as habilidades específ icas, dest acam a necessidade de o aluno apr ender a com unicar -se adequadam ent e com os colegas de t r abalho, os pacient es e seus f am iliar es, inf or m ando-os e educando-os por m eio de t écnicas apr opr iadas. Em bor a exist a ainda, especialm ent e no Br asil, um a car ência de lit er at ur a específ ica sobr e ensino/ apr endizagem de “ com unicação” nos cur sos de gr aduação em m edicina, já apar ecem m uit os t r abalhos sobr e o t em a na lit er at ur a in t er n acion al.

Dubé ( 2 0 0 0 ) af ir m a que a ef et iva com unicação, r elevant e par a os ser viços de pr evenção e par a a pr át ica diár ia, est á na base das habilidades do m édico, não som ent e par a o levant am ent o da hist ór ia básica e dem ais dados, m as par a a const r ução da r elação com o pacient e, na f acilit ação, negociação e par cer ia. Conf or m e o aut or , as com pet ências f undam ent ais par a a com unicação m édico-pacient e são, agor a, r ot ineir a e sist em at icam ent e ensinadas em m uit as escolas m édicas dos Est ados Unidos.

Hulsm an ( 1 9 9 9 ) , r evendo lit er at ur a sobr e a r elação m édico-pacient e na Holanda, salient a a im por t ância da com unicação na at ividade pr of issional do m édico; apesar disso, af ir m a que as escolas não chegam a ocupar m ais que 5 % da car ga hor ár ia do cur r ículo no desenvolvim ent o dessa habilidade,

f ocalizando pr ior it ar iam ent e os aspect os t ecnológicos e biom édicos da pr át ica pr of ission al.

Na Faculdade de Medicina do I m per ia l Colleg e of Science, Technolog y a nd

Medicine, em Londr es, é ut ilizado um sist em a de t r einam ent o par a

desenvolvim ent o de habilidades de com unicação em que at or es cont r at ados e/

ou alunos r epr esent am pacient es. Tais event os, segundo os aut or es,

pr opor cionam um excelent e t r einam ent o par a os alunos ident if icar em e

r ef let ir em sobr e as especif icidades da r elação com os pacient es ( Nest el, 2 0 0 2 ) .

Em 1 9 9 2 f oi r ealizada um a of icina de t r abalho, no Canadá, abor dando a t em át ica do ensino e avaliação das habilidades de com unicação na r elação m édico-pacient e nas escolas m édicas canadenses ( CMAJ, 1 9 9 2 ) . Quat r o anos depois, f oi f eit a um a pesquisa avaliando os r esult ados do event o na

t r ansf or m ação do ensino de com unicação em 1 5 das 1 6 escolas par t icipant es. Todas r epor t ar am gr andes m udanças no per íodo, bem com o pr ojet os de m ais m udanças par a os anos f ut ur os. No ent ant o, dem onst r ar am que exist iam dif iculdades par a im plant ação de m udanças cur r icular es. As bar r eir as m ais f r eqüent em ent e m encionadas f or am : f alt a de pr of essor es devidam ent e habilit ados par a o ensino da com unicação, discussão da gr ade cur r icular e ausência de novos espaços específ icos par a esse ensino.

Na Conf er ência I nt er nacional de Ensino de Com unicação em Medicina, r ealizada em Oxf or d, em 1 9 9 6 , chegou-se a um consenso com a r ecom endação de oit o it ens básicos necessár ios par a a f or m ação ( gr aduação) e o

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avaliação dever ão se basear num a visão am pla de Medicina; 2 o ensino de com unicação e o de clínica dever ão ser consist ent es e com plem ent ar es; 3 o ensino dever á or ient ar e ajudar o est udant e, no esf or ço da com unicação cent r ada no pacient e; 4 o ensino e a avaliação da com unicação dever ão pr opor cionar o desenvolvim ent o pessoal e pr of issional; 5 o cur r ículo deve apr esent ar um a est r ut ur a planejada e coer ent e par a o ensino de habilidades em com unicação; 6 as habilidades est udadas dever ão ser avaliadas dir et am ent e na pr át ica; 7 os pr ogr am as de ensino e avaliação de com unicação dever ão ser r eavaliados const ant em ent e; e 8 o desenvolvim ent o da m at ér ia dever á ser sust ent ado por pesquisas adequadas ( Makoul & Schof ield, 1 9 9 9 ) .

O t er m o “ com unicação” t em m uit as acepções, desde um a t r oca de olhar es at é a r ede m undial de sat élit es ( Houaiss, 2 0 0 1 ; Sant aella, 2 0 0 1 ; Mar t ino, 2 0 0 1 ) . Sant aella ( 2 0 0 1 , p.1 7) dest aca sua polissem ia r elacionando r ecor t es de

diver sos aut or es: ‘Recepçã o e pr ocessa m ent o de sina is det ect á veis f ísica ,

quím ica e biolog ica m ent e por um ser vivent e( Ma yer -Eppler , 1 9 5 9 ) ; ‘A

t r oca de inf or m a çã o ent r e sist em a s dinâ m icos ca pa zes de r eceber , est oca r ou t r a nsf or m a r inf or m a çã o’ ( Kla us, 1 9 6 9 ) ; ‘A int er a çã o socia l a t r a vés da m ensa g em ’ ( Fiske, 1 9 9 0 ) ; ‘Um a t r a nsiçã o g r a dua l que va i dos m odos de int er a çã o pr ot ocom unica ciona l m a is r udim ent a r es a t é os m a is com plexos’ ( Nöt h, 1 9 9 0 ) ; ‘A r ela çã o dos espír it os hum a nos, ou m elhor , dos cér ebr os

hu m a nos’ ( Ba ylon & Mig not , 1 9 9 9 ).

Br aga & Calazans ( 2 0 0 1 ) af ir m am que a com unicação é conat ur al ao ser hum ano e que, por t ant o, não há com unidade ou sociedade sem com unicação ent r e os hom ens: eles int er agem , convivem , agem em com um , vivem em com um , com unicam -se sem pr e. Ref er indo-se à “ sociedade m ediat izada” , os

aut or es com ent am que: “Ao se dot a r de m edia ções t ecnológ ica s pa r a

desenvolver a s int er a ções socia is, a socieda de nã o a pena s a cr escent a

inst r um ent os que a celer a m e diver sif ica m sua com unica çã o, m a s a ca ba por

m odif ica r seus pr ópr ios pr ocessos.” ( 2 0 0 1 , p.3 0 )

De acor do com Fiske ( 1 9 9 0 ) , podem os ident if icar dois eixos pr incipais no pr ocesso com unicacional: o pr im eir o consider a a com unicação com o um a linha de t r ansm issão da m ensagem ent r e o em issor e o r ecept or , onde A inf or m a B; par a o segundo a com unicação é um a int er ação, um a t r oca de signos,

signif icados, signif icant es, onde A e B se r elacionam .

Est e t r abalho t eve com o objet ivo analisar o pr ocesso ensino/ apr endizagem da com unicação na r elação m édico-pacient e dur ant e o cur so de gr aduação em m edicina, na visão de egr essos e coor denador es de cur sos.

M et o d o l o g i a M et o d o l o g i aM et o d o l o g i a M et o d o l o g i aM et o d o l o g i a

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pr ocur ou-se apr eender visões de egr essos e coor denador es de dif er ent es inst it uições. Nest e sent ido, a escolha de locais par a a colet a dos dados deu-se por conveniência, t endo em vist a a abr angência nacional dos m esm os. Não houve a int enção de com par ar as r espost as com o r epr esent at ivas de cat egor ias dif er en t es.

Opt ou-se pela pesquisa qualit at iva, com olhar f enom enológico, ent endendo o seu pot encial na com pr eensão do f enôm eno par t icular ( Am at uzzi, 2 0 0 3 ; Br uns, 2 0 0 3 ; Holanda, 2 0 0 3 ; For guier i, 1 9 9 7 ) . Sob esse olhar , as r espost as f or necidas nas ent r evist as não f or am sim ples depoim ent os, m as novas vivências sobr e o passado com os f ilt r os de agor a, em er gindo r elat os do

vivido” .

As ent r evist as com os egr essos f or am r ealizadas na pr im eir a sem ana da Residência, sendo ent r evist ados 1 2 r esident es: oit o m ulher es, quat r o hom ens; idade m édia de 2 5 anos, or iundos dos est ados de SP ( quat r o) , RJ ( t r ês) , ES ( um ) , BA ( dois) , SE ( um ) e AL ( um ) . For am ent r evist ados, t am bém , nove coor denador es de cur sos de m edicina, r epr esent ando cinco cur sos f eder ais, t r ês est aduais e um par t icular , de dif er ent es est ados do país: RS ( um ) ; PR ( um ) ; SP ( t r ês) ; MG ( dois) ; PE ( um ) ; e RR ( um ) . As ent r evist as f or am gr avadas, t r anscr it as e subm et idas à r evisão dos ent r evist ados.

Par a a análise dos dados, opt am os pela or ient ação de Am at uzzi ( 2 0 0 3 ) , em quat r o passos: no pr im eir o, sint et izar a ent r evist a e devolvê-la par a apr ovação do colabor ador ; no segundo, sist em at izar as sínt eses dos diver sos

depoim ent os; no t er ceir o, dialogar com a lit er at ur a e discut ir os r esult ados com out r os pesquisador es; e, f inalm ent e, no quar t o, escr ever o r elat o da pesquisa, que pode ser o início de um diálogo com a com unidade cient íf ica.

Os núcleos or ient ador es da análise dest a pesquisa, pr ocur ando ident if icar par âm et r os par a a com pr eensão do ensino da com unicação na gr aduação em

Medicina, f or am o pr ocesso de com unica çã o int er pessoa l na pr á t ica do

m édico e a s dim ensões do pr ocesso de ensino/ a pr endiza g em da

com u nica çã o na g r a du a çã o m édica.

Na com pr eensão dos aut or es, o pr ocesso de com unicação se r ealiza na r elação ef icient e ent r e o m édico e o pacient e, num a com pr eensão em pát ica conf or m e descr it a por Roger s ( 1 9 9 1 ) . Dest e r ef er encial, a com unicação int er pessoal se est abelece com o habilidade pessoal, r esult ado de at it udes suf icient es e necessár ias par a um a r elação t er apêut ica. As dim ensões analisadas do pr ocesso ensino/ apr endizagem da com unicação na gr aduação m édica pr ior izam as concepções de alunos e de coor denador es sobr e t al pr ocesso, ident if icando com o e quando o cur r ículo de f or m ação o cont em pla.

Das análises das ent r evist as, com base nos núcleos or ient ador es, em er gir am t em át icas que f or am agr upadas, post er ior m ent e, nas cat egor ias em pír icas dest a invest igação. Essas cat egor ias são apr esent adas nos dois t ópicos a seguir : a concepção de com unicação dos par t icipant es e “ com o” e “ quando” acont ece o apr endizado dessa habilidade na gr aduação em Medicina.

A co n cep ção d e co m u n i cação d e egr esso s e co o r d en ad o r es A co n cep ção d e co m u n i cação d e egr esso s e co o r d en ad o r esA co n cep ção d e co m u n i cação d e egr esso s e co o r d en ad o r es A co n cep ção d e co m u n i cação d e egr esso s e co o r d en ad o r es A co n cep ção d e co m u n i cação d e egr esso s e co o r d en ad o r es

Pr opor -se a apr eender concepções de egr essos e coor denador es de cur sos

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diver sidade de pensam ent os do que seu cor r elat o “ conceit o” . Conceber denot a a f or m a par t icular de per ceber , apr eender ou com pr eender algo. Concepção im plica as condições necessár ias e suf icient es par a o nascim ent o biológico, assim com o pode r epr esent ar o nascim ent o de um a idéia. A concepção é um a const r ução individual da m ent e, a f or m ação de um a consciência a r espeit o de algo com base na sensação e exper iência ant er ior do sujeit o. A pesquisa buscou a concepção do m édico sobr e a com unicação, o enf oque par t icular , o

ent endim ent o pr ópr io sobr e o que seja est a habilidade na r elação com o pacien t e.

Par a alguns coor denador es ent r evist ados, a noção de com unicação apar ece

de f or m a m uit o am pla: “a com unica çã o é um t odo na pr of issã o m édica , que

nã o é só pa la vr a , nã o é só escr it a , é a t it ude com o um t odo” ( C0 5 ) ; par a

out r os, r evela-se um sim ples inst r um ent o par a conseguir dados suf icient es e

necessár ios par a o diagnóst ico: “Com o você conseg ue um a inf or m a çã o

dependendo da cla sse socia l, da s condições de vida da quela pessoa” ( C0 2 ) .

Par a os egr essos, pr edom ina o m ais popular dos conceit os: “Com u nica r é se

f a zer ent ender pelo pa cient e” ( E0 9 ) .

A concepção de com unicação com o um inst r um ent o de invest igação na r elação m édico-pacient e f oi a m ais f r eqüent em ent e encont r ada nest a pesquisa. Nesse sent ido, o levant am ent o de dados objet ivos par a análise e diagnóst ico é t om ado com o at ividade pr ecípua do pr ocesso de com unicação na consult a m édica. Com unicar , nesse enf oque, apar ece com o um a “ at ividade-m eio” , um inst r um ent o, um pr ocedim ent o, algo necessár io e suf icient e par a se conseguir inf or m ações. O “ pr ocedim ent o” com unicação na r elação m édico-pacient e

apar ece com o inst r um ent o de r ealização do at o m édico. “É você conseg uir

f a zer com que o pa cient e f a le o que est á r ea lm ent e incom oda ndo” ( E1 2 ) .

Par a se conseguir as inf or m ações, dar e r eceber dados específ icos, ent r am em paut a as discussões sobr e a f ala, a linguagem m édica, a linguagem popular ,

e a sua adequação no at o com unicat ivo ent r e o m édico e o pacient e: “Com o é

explica r a o doent e a lg um a coisa sobr e a sua pa t olog ia , a o da r a s

inf or m a ções sobr e a doença , a o da r a pr escr içã o, a cla r eza em f a zer isso

( C0 9 ) .

A adequação da linguagem do m édico é m encionada com o at ividade

necessár ia, t ant o par a se obt er as inf or m ações par a o diagnóst ico, quant o par a

explanação do pr ognóst ico e da pr escr ição. “ I dent if ica r qua l é o t ipo de

conver sa que você pode t er com o pa cient e, qua l é o nível de ling ua g em , a t é

o lim it e que você pode explica r a s coisa s” ( E0 3 ) .

Sa ber ident if ica r o nível de ling ua g em do pa cient e e se f a zer ent ender

r esum e a concepção do que seja com unicação par a um a par t e da população ent r evist ada. Explicar , t r ansm it ir , passar , expr essar , esclar ecer e f azer -se ent ender são ver bos de ação que denunciam o car át er im posit ivo do papel de “ em issor da m ensagem ” que o m édico assum e nessa r elação de com unicação. Ent r et ant o, um a par cela dos ent r evist ados t am bém r elat ou a at enção à f ala e à par t icipação dos pacient es, lem br ando da conver sa ( “ consider ar o ver so” , “ ver o ver so” , “ olhar o out r o lado” ) , at endendo à dem anda de ouvir e

ent ender o que o out r o t em a dizer : “Acho que com unica çã o é enf oca r m a is

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t r a ba lho, com o sim plesm ent e u m g a nha -pã o” ( E1 2 ) .

Tam bém se enf at izou que a com unicação não se dá apenas pela f ala, pela inf or m ação ver bal, m as t am bém por m eio da post ur a, da at it ude pessoal do pr of issional, o que im põe um a pr eocupação com a expr essão, m esm o que na

f or m a linear de com unicação: “ ... a f or m a do cor po, o jeit o de se coloca r , t em

um a ling ua g em , t em um a expr essã o pa r a a pessoa que est á do la do, no

ca so o pa cient e” . ( C0 1 )

Se, de um lado, a m aior ia das concepções r em et e à per spect iva da

com unicação unidir ecional, do m édico par a o pacient e, de out r o lado, esboça-se um olhar par a a com unicação com o r elação int er pessoal, com a par t icipação at iva dos dois elem ent os envolvidos na pr odução e t r oca de signif icados. Nesse sent ido, de um r espeit o pelo ent endim ent o do out r o, encont r ou-se um a m enção à r elação em pát ica, pr essupost o t eór ico básico da r elação t er apêut ica na abor dagem hum anist a:

Com unicação com o pacient e é um a em pat ia; quando você se coloca no lugar do pacient e, aquele é um pr oblem a que poder ia ser seu, e com o gost ar ia de ser at endido, de ser r ecebido, se você escolhe isso, você vai t r at ar o out r o m elhor , vai est abelecer um bom vínculo ( ...) . A par t ir do m om ent o que você cr ia um a cer t a em pat ia com o pacient e, você consegue est abelecer um vínculo m elhor , você não se coloca assim super ior a ele. ( E1 1 )

Finalm ent e, f ossem as concepções am plas ou r est r it as, linear es ou cir cular es, sem iót icas ou não, a pesquisa depar ou-se sem pr e com um sent ido de

r elevância do pr ocesso de com unicação no exer cício da Medicina:

...com unica çã o f a z pa r t e do a t o m édico, do a t endim ent o m édico, se nã o se

com unica r ou nã o ent ender a com unica çã o dele, nã o se f a z o dia g nóst ico”

( C0 2 ) .

O en si n o d a co m u n i cação n a gr ad u ação em M ed i ci n a O en si n o d a co m u n i cação n a gr ad u ação em M ed i ci n aO en si n o d a co m u n i cação n a gr ad u ação em M ed i ci n a O en si n o d a co m u n i cação n a gr ad u ação em M ed i ci n a O en si n o d a co m u n i cação n a gr ad u ação em M ed i ci n a

“ O objet ivo de r evela r a na t ur eza da a pr endiza g em a t r a vés da descr içã o da exper iência do a pr ender é f unda m ent a l pa r a o delinea m ent o da pesquisa e

pa r a a pr ópr ia obt ençã o da s descr ições.” ( Mar t ins & Bicudo, 1 9 8 9 , p.3 4 )

Na leit ur a das ent r evist as com egr essos e coor denador es de cur sos de gr aduação em m edicina, pudem os dest acar a diver sidade de olhar es sobr e o ensino/ apr endizagem de com unicação na f or m ação pr of issional. Em bor a t odos os egr essos t enham r elat ado algum a apr endizagem de com unicação em seus cur sos de gr aduação, ger alm ent e r em et endo a algum a disciplina, nem t odos os coor denador es m encionar am a pr esença explícit a dessa t em át ica. Em

algum as escolas, a com unicação não const a do pr ogr am a pedagógico do cur so, não havendo r ef er ências que possam ident if icar o pr opósit o cur r icular no desenvolvim ent o dessa com pet ência.

(7)

com o: habilidades pr of issionais, cont eúdos específ icos e t r einam ent o em ser viço. O ensino/ apr endizagem da com unicação é consider ado r esult ant e do t r einam ent o de pr ocedim ent os e não do est udo de um a habilidade específ ica.

Os ent r evist ados suger em que o apr endizado ocor r e no cont ext o do cur r ículo ocult o, especialm ent e por m eio da obser vação de pr of issionais em at ividade, seja com o m édicos ou pr of essor es. Tant o egr essos com o

coor denador es ut ilizam o t er m o “ m odelo” . Segundo Apple ( 2 0 0 3 , p.1 2 7 ) , o

cur r ículo ocult o é ent endido com o “nor m a s e va lor es que sã o im plícit os,

por ém ef et iva m ent e t r a nsm it idos pela s escola s e que ha bit ua lm ent e nã o

sã o m enciona dos na a pr esent a çã o f eit a pelos pr of essor es” . Essas nor m as e

valor es est ão pr esent es em t odos os m om ent os de apr endizagem , inclusive naqueles em que não se apont a o objet o de est udo.

O m odo com o se apr ende f oi m ais explor ado pelos ent r evist ados do que os m om ent os em que isso acont ece – f at o just if icado, just am ent e, pela ausência explícit a da t em át ica nos pr ogr am as pedagógicos. Enf at izou-se

consider avelm ent e o apr endizado com base na pr ópr ia pr át ica: “Ma s na

r ea lida de a g ent e a pr ende m esm o é na pr á t ica , com os pr of essor es, com os

r esident es qu e vã o da ndo supor t e pa r a a g ent e nesse sent ido” ( E0 5 ) . A

at ividade pr át ica junt o ao pacient e passa a desem penhar papel de dest aque no ensino/ apr endizagem das habilidades de com unicação.

Sant os ( 2 0 0 3 , p.1 5 0 ) , num a r ef lexão sobr e o ensino de Sem iologia, diz que

é m uit o im por t a nt e conscient iza r o a luno de que f a zer um a boa a na m nese

e um bom exa m e f ísico se a pr ende com o pa cient e” . O apr endizado

valendo-se da pr át ica pessoal t am bém é enf at izado por Roger s ( 1 9 9 1 , p.3 5 ) :

A exper iência é, par a m im , a supr em a aut or idade. A m inha pr ópr ia exper iência é a pedr a de t oque de t oda a validade. Nenhum a idéia de qualquer out r a pessoa, nem nenhum a das m inhas pr ópr ias idéias, t em a aut or idade que r evest e a m inha exper iência.

Assim , a quest ão do apr endizado valor izado na pr át ica vai se consolidar no per íodo do int er nat o. O int er nat o é consider ado um m om ent o pr ivilegiado

par a a apr endizagem pr át ica da com pet ência “ com unicação” : “Por qu e o qu e eu

lem br o do que eu a pr endi na f a culda de int eir a f oi o que eu a pr endi no

int er na t o com os m édicos do m eu la do; é o que f ica no f im ” ( E0 7 ) .

Foi apont ada, pelos ent r evist ados, um a def iciência no pr ocesso ensino/ apr endizagem de com unicação no âm bit o específ ico do pr epar o par a “ dar

not ícia r uim ” , r evelar um diagnóst ico de cer t a gr avidade: “O m eu pr oblem a é

doença g r a ve, a í eu nã o vou nã o, eu a cho que eu nã o f ui pr epa r a da pa r a

isso” ( E0 2 ) .

(8)

Co n si d er açõ es f i n ai s Co n si d er açõ es f i n ai sCo n si d er açõ es f i n ai s Co n si d er açõ es f i n ai s Co n si d er açõ es f i n ai s

O quest ionam ent o sobr e as concepções de com unicação e sobr e o pr ocesso ensino/ apr endizagem dessa habilidade nas escolas m édicas m ost r a algum as especif icidades. Um pr im eir o aspect o é a sensação de sur pr esa, especialm ent e dos coor denador es, diant e desse quest ionam ent o; depar am -se com algo não pensado ant es.

Fazendo um a leit ur a t r ansver sal das f alas, depr eende-se out r a especif icidade: a com unicação, par a a m aior ia dos ent r evist ados, é um

pr ocedim ent o inst r um ent al par a execução do at o m édico. Par a que se chegue a um diagnóst ico, é pr eciso inquir ir , de m odo a se levant ar em dados

suf icient es par a a análise de possibilidades. Saber se com unicar é ent ender o pacient e e se f azer ent ender por ele. Ent r a em vigência o esquem a clássico de com unicação: em issor - m ensagem - r ecept or , e o f oco do pr ocesso é a

m ensagem . Num a via, os dados da anam nese, nout r a via, o diagnóst ico e a r eceit a. O at o de com unicar é vist o, assim , com o um a “ at ividade-m eio” . At é as at it udes af et ivas de consider ação e r espeit o são vist as com o “ at ividades-m eio” , com o possibilidades de f acilit ação do f luxo de inf or m ações. “ Escut ar a f ala” e “ auscult ar o f ígado” podem r eceber a m esm a consider ação, com o

pr ocedim ent os par alelos do at o m édico.

Oliveir a ( 2 0 0 2 , p.3 ) , discut indo o pr ocesso com unicacional na r elação

m édico-pacient e, com ent a que é papel do m édico “t r a duzir o discur so, os

sina is e os sint om a s do pa cient e pa r a cheg a r a o dia g nóst ico da doença” . No

ent ant o, a com unicação – com o habilidade de t or nar com um um saber qualquer , num pr ocesso de t r oca de m ensagens ent r e pessoas e no

pr essupost o de que não se im põe ao out r o a inf or m ação com o se expõe um dado, m as se lhe of er ece a opor t unidade e se pr ocur a f acilit ar t al aquisição – não é cont em plada.

Mer leau-Pont y ( 1 9 9 9 ) ut iliza o t er m o “ clivagem ” par a descr ever a ação que a pessoa desenvolve ao or ganizar os dados com base na per cepção do objet o e da evocação das r ef er ências int er nas. O pr ocesso com unicacional ent r e o m édico e o pacient e, com o um a int er ação social ent r e pessoas, pr essupõe r elações ent r e gr upos sociais e cult ur ais, sendo inf luenciado por

com por t am ent os, m ot ivações e est ado em ocional dos envolvidos ( FI SKE, 1 9 9 0 ) .

Roger s ( 1 9 9 1 , p.4 3 ) enf at iza o papel da com unicação na r elação

t er apêut ica com o em qualquer r elação int er pessoal: “a r ela çã o t er a pêut ica é

a pena s um a f or m a de r ela çã o int er pessoa l em g er a l, e que a s m esm a s leis

r eg em t oda s a s r ela ções desse t ipo” . A int er ação ent r e com unicação e pr át ica

do m édico, t ant o em suas r elações com o pacient e, com o com a equipe de t r abalho e com a com unidade, em um pr ocesso hor izont al, car act er izado pelo diálogo, no qual se const r oem e ( r e) const r óem signif icados, assum e papel essencial na f or m ação da com pet ência pr of issional pr econizada pelas dir et r izes cur r icular es.

Das concepções dos pesquisados, não se pr et endeu saber quant o de “ ciência da com unicação” exist e no apr endizado da m edicina, nem se pr et endeu avaliar o acer t o ou não dos conceit os que por vent ur a apar ecessem , m as alm ejou-se levant ar as análises individuais e ent endim ent os pr ópr ios sobr e o assunt o.

(9)

m aneir a sublim inar ao pr ocesso de f or m ação do m édico, não se const it uindo em um a pr opost a explícit a na m aior ia dos cur sos vivenciados por eles. Alguns coor denador es e egr essos sit uam o ensino/ apr endizagem dessa habilidade no cont ext o de disciplinas específ icas, especialm ent e sem iologia e psicologia m édica. Out r os o ident if icam per passando im plicit am ent e o cur r ículo nos dif er ent es m om ent os de f or m ação. A obser vação de m odelos, seja de

pr of essor es ou out r os m édicos em at ividade, na pr át ica e em cont at o dir et o com o pacient e, not adam ent e no int er nat o, é a pr incipal r esponsável por esse pr ocesso.

Par t iu-se do pr essupost o de que a com unicação é um a habilidade que pode e deve ser conquist ada no pr ocesso de f or m ação do m édico, const it uindo um a ár ea de conhecim ent o específ ico. Um a pr opost a m ais explícit a de ensino de com unicação na gr aduação em m edicina pode f om ent ar a com pr eensão de que o pr ocesso com unicacional vai além das palavr as e t em conseqüências dir et as e pr of undas na ef icácia do at o m édico, int er pr et ando-o com o auxílio da

linguagem ver bal.

O desenvolvim ent o do ensino da com unicação nos cur sos de gr aduação em m edicina – just if icado pela im por t ância que em er ge das pesquisas sobr e r elação m édico-pacient e e acr escido de im por t ant es discussões, especialm ent e em f ór uns int er nacionais, e das r ecom endações das novas Dir et r izes

Cur r icular es Nacionais – im põe-se com o cam po de conhecim ent o a ser cont em plado nos pr ojet os pedagógicos de f or m ação de f ut ur os m édicos.

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El objet ivo de est e t r abajo es analizar el pr oceso enseñanza/ apr endizaje de la

com unicación en la r elación m édico-pacient e dur ant e la gr aduación m édica, discut iendo concepciones de alum nos y de coor dinador es sobr e ese pr oceso e ident if icando cóm o y cuándo el cur r ículo lo cont em pla. Fuer on ent r evist ados doce egr esados y nueve coor dinador es de cur sos. Apar ece una gr an diver sidad de concepciones sobr e

com unicación, m ost r ando, pr incipalm ent e, una t endencia a consider ar la una habilidad inst r um ent al par a conseguir inf or m ación y hacer se ent ender en el pr ocedim ient o m édico. El apr endizaj e de la com unicación ocur r e, pr ior it ar iam ent e, de m aner a im plícit a al pr oceso de f or m ación, vinculado a algunas disciplinas com o la Sem iología y la Sicología Médica o dur ant e el desar r ollo del cur r ículo en los dif er ent es m om ent os de enseñanza/ apr endizaje. La obser vación de m odelos, t ant o de pr of esor es com o de ot r os m édicos en act ividad, not adam ent e en el int er nado, son los pr incipales r esponsables por ese pr oceso. Los r esult ados encont r ados en est a invest igación, dada la r elevancia de la com unicación en el ej er cicio de la pr áct ica m édica, indican la necesidad de

r edim ensionam ient o de per spect iva sobr e est a t em át ica en los pr oyect os pedagógicos de f or m ación de f ut ur os m édicos.

PALABRAS CLAVE: educación m édica. com unicación. r elaciones m édico-pacient e. apr en dizaj e.

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