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Esquistossomose pulmonar. II. Forma crônica reativada com hipertensão e Cor pulmonale.

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Academic year: 2017

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ESQUISTOSSOMOSE PULMONAR. II. FORMA CRÔNICA REATIVADA

COM HIPERTENSÃO E

COR P U L M O N A L E *

Jayme Neves** Ênio Robarto P. Pedroso* * * Dirceu Wagner C. Souza* * * Dirceu Grego* **, Manoel Otávio C. Rocha* * * e Pedro Raso* * * *

Os A u to re s descrevem u m caso grave de esquistossomose m a n s on i (fo rm a h e p á tic a c o m hip ertensão p o rta l associada a fo rm a p u lm o n a r c o m hip e rte ns ã o p u lm o n a r e cor pulmonalej sobre o q u a l e v olu iu um a s in d ro m e to x i-in fe c tu o s a grave e d e long a duraçã o. Sucessivos exam e s ra dioló gic os d o tó ra x reve­ laram a c o m e tim e n to p re d o m in a n te m e n te a rte rio la r,, ■. ao la d o de u m a m ic ro n o d u la ç ã o p u lm o n a r gros­ seira e difu sa e m am b os os h em itó ra c e s e c on fig ura ç ã o de coraç ão p u lm o n a r. A h is to p a to lo g ia de m a ­ teria l de b ió ps ia p u lm o n a r id e n tific o u b as ic am en te u m a a r te r ite p u lm o n a r c a ra c te rís tic a , in fla m a ç ã o g ran ulom atosa a típ ic a p ro v o c a d a p rin c ip a lm e n te p o r verm es e raros ovos de S. mansoni envolvidos p o r escassa reação in fla m a tó ria .

Para e x p lic a r a o rig e m d e constela çã o c lín ic a to x i-in fe c tu o s a , fo ra m afastadas as hipóteses d e asso­ ciação da esquistossomose a concausas in fe ctu os as o u n ão, m as d e curso fe b ril, e a superposição de um a fo rm a to x ê m ic a sob re o u tr a crô nic a p ré -e x is te n te . C o m base e m dados c lín ic o s , p a rtic u la rm e n te em subsídios d a lapa ro sc opia, e a n a tô m ic o s , con cluiu -se tra ta r o caso de u m a fo rm a crô nic a de esquis­ tossomose re a tiv ad a , p ro v a v e lm e n te e m v irtu d e d e alteraçõ es im u no ló g ic as inu sitadas do hospedeiro. A o q ue tu d o p are c e in d ic a r, o desvio d e ovos e d e verm es aos p u lm õ e s deveu-se à s in d ro m e de h ip e r­ tensão p o r ta l, cujos shunts e n tre a c ircu laç ão p o r ta l e sistêm ica d e te rm in a ra m a ro ta p re fe re n c ia l da m igração.

IN TRODUÇÃO

Em trabalho que a este antecede (Neves & col.23), foram analisadas panoramicamen- te as diversa modalidades do com prom et i­ mento pulmonar na esquistossomose mansoni no homem. Na medida do possível, preocu­ pou-se ali em cotejar as manifestações clínicas com os dados anat ômicos, com o objet ivo de demonstrar a diversidadecom que se interagem nohospedeiroos m últ iplos fatores responsáveis pela gênese da pneumopatia esquistossomóti- ca, desde a fase pré-postural1 1 ,20,24 até as formas crônicas graves e hipertensivas. De- monstrou-se, assim, que as manifestações pul­ monares da esquistossomose podem antece­ der, sobrepor ou suceder às formas hepáticas

da esquistossomose13. No part icular das for­ mas crônicas, rest ringindo o estudo ao caso aqui apresentado, o comprometiment o do pulmão se dá em virtude da interação de vá­ rios fatores, dentre os quais merecem ser ressaltados: (a) progressiva obstrução do sis­ tema venoso portal conseqüente à hepatopa- tia fibrosant e (fibrose de Sym m ers); (b) hi- perplasia da circulação portal e sistêmica; (c) carga de infecção; (d) intensidade e exten­ são do carreamento ou desvio insólit o de ovos às art eríolas e pequenas artérias pulmonares; (e) intensidade e extensão das lesões pulm o­ nares e vasculares; e (f) t ipo de reatividade global e pulmonar do hospedeiro.

Na publicação anterior, a esquistossomose pulmonar se caract erizou clinicam ent e por

* T ra ba lh o d a C lín ic a das D o enç as In fe ctu os as e P arasitárias e d o D e p a rta m e n to d e A n a to m ia P atoló gica e M e ­ d ic in a L eg a l da F a c u ld a d e d e M e d ic in a d a U F M G , B elo H o riz o n te , M in a sr G erais, Brasil. E sta pesquisa f o i p a rc ia lm e n te fin a n c ia d a p e lo C onselho N a c io n a l d e D e s e n v o lv im e n to C ie n tífic o e Tecnoló gico (C N P q ).

** P rofe ss or T it u la r da C lín ic a das D o enças In fe ctu os as e Parasitárias.

* * * P ro fessores A ssistentes d a m es m a C lín ic a .

**** P rofe ss or T itu la r d o D e p a rta m e n to d e A n a to m ia P atoló gica .

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surtos paroxíst icos de asma e, anatomicamen­ te, por lesões pulmonares extensas e graves de arterite pulmonar sem cor pulm onale e na ausência de síndrome de hipertensão portal. No caso aqui em estudo, um quadro grave de esquistossomose pulmonar crônica se insta­ lou em uma criança de 11 anos, caract erizan­ do-se por uma forma pulmonar extensa com cor pulm onale sobre a qual se sobrepôs uma síndrome toxi-infect uosa grave e de longa du­ ração. Tendo havido, entretanto, predominân- cai do comprometimento pulmonar, durante todo o curso do epifenômeno infect uoso agu­ do, o estudo se dirige particularment e a dois aspectos ainda mal conhecidos e, por isso mes­ mo, intrigantes da esquistossomose mansoni: o da superposição de uma forma t oxêmica so­ bre uma forma crônica prévia (reinfecção)6, ' W 1 e o da reativação de uma infecção crônica13

CASO C LÍN IC O — M .A.S., 11 anos, feminino, preto, estudante, natural e residente de Maca- rani, Bahia. Data do internamento: 01.03.77. História da doença atuaI — Aos sete anos de idade observou surgimento de febre de início súbito, verpertina, que se acompanhava de sudorese intensa, quando fazia uso de anti- térmicos. Aos dois meses de duração, a febre se fez acompanhar de dor abdominal difusa (tipo cólica), de início agudo, com elim ina­ ção de grande quantidade de fezes de aspecto aqüoso, em jato único e mal cheirosas e, espo­ radicamente, salpicadas de muco e pus. Episó­ dios desta form a, até três vezes ao dia, perma­ neceram por oit o meses. Surgiram , então, epi­ sódios de evacuações mais consistentes, pas- tosas (em 2 solicit ações ao dia), embora a sintomat ologia persistisse inalterada. Este qua­ dro evoluiu com as mesmas caract eríst icas por dois anos, acrescentando-se a ele emagreci­ mento (cerca de 10 kg) e abaulamento pro­ gressivo do abdome. De dois meses para cá, acresceu-se de dispnéia aos grandes esforços, sem ortopnéia ou edemas dos membros infe­ riores, exceto quando de pé ou assentada por horas a fio (uma viagem, por exem plo).

História pessoal e dados epidem iológicos — Contatos freqüentes com águas naturais de sua região (altamente endêmica de esquist ossomo­ se), algumas vezes com prurido cutâneo nas áreas expostas. Nega alergoses. Not ícia de pes­ soas com tuberculose na proxim idade de sua residência. Episódios ocasionais de tosse com escarro muco-purulento verpertino.

Exame físico — Peso: 18 kg; temperatura: 3 8 °C; hipodesenvolvimento, hipocrescim ent o; aumento difuso do volume abdom inal; enof- talmia e turgor intra-ocular ligeiramente dim i­ nuído; postura at iva; mucosas visíveis hipoco- radas (++/ ++++), anictéricas e acianót icas; alt u­ ra: 123 cm ; FC=FP=1 0 5 / m ; FR= 3 6 m; p. art.: 9,0/ 7,0/ 5,5 mm Hg; em dispnéia taquip- néia mista superficial, ut ilizando a m usculatu­ ra acessória; tiragem intercostal sem cornagem; t órax sem abaulamentos ou retrações; perím e­ tro t orácico de 59 e 64 cm ao nível das aréo- las mamárias e epigastro, respectivamente; ex- pansibilidade inspirat ória-expiratória 1 cm e 1,5 cm referentes à aréola mamária e epigas­ tro, respectivamente, sim ét rica; presença de estertores crepitantes esparsos, raros, principal­ mente no terço inferior, bilat eralmente; mur­ múrio vesicular dim inuído nas bases; jugula- res não ingurgitadas a 4 5 °, sem refluxo hepa- t o-jugular; precórdio sem abaulamentos ou re­ trações; ictus cordis não visível nem palpável; bulhas rít m icas, hiperfonéticas (+/ ++++); B2 desdobrada na inspiração profunda, amplo, C2 > C1 ; B3 em área t ricúspide, variável com a respiração; sopro sist ólico mesocárdico, de irradiação difusa, l ll / V I, t ipo regurgitação, suave, baixa freqüência, holosist ólico, m áxi­ mo na mesossístole, variável com a respiração; estalido prot osist ólico (++/ ++++), variável com a respiração, em área pulm onar; abdome globoso, tenso, com circulação venosa super­ ficial t ipo port o-cava; mancha hipocrômica bem delimit ada, hipocrôm ica, retangular desde a cicat riz um belical, mas respeitando-a, até o flanco, homolateral esquerdo, hipot rófica, bem delim it ada, hipoestésica para o t at o; pi- parot e posit ivo; curva de macicez móvel à percussão; fígado palpável a 12 cm abaixo do rebordo costal s/ a LAM , borda romba, su­ perfície homogênea, não doloroso, superfície lisa e consistência aumentada; baço: Boyd III, borda romba, superfície lisa, móvel, não dolo­ roso, consistência aumentada; linfonodos cervicais anteriores e posteriores, bem como axilar direit o palpáveis, moles, móveis sobre os planos profundos, não dolorosos, lisos; Rum- pell-Leed: negativo; cabelso sedosos, cílio s e sombrancelhas normais; Fundo de olho: AoHo (Gans); musculatura eut ônica, hipot rófica. Outros exames sem part icularidades.

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426/ mm3; mon.: 71/ mm3; t inf.: 2.059/ mm3; plaquetas: 220.000/ m m 3; hemossedimenta- ção: 1? hora: 125 mm; AP 70% com as hema- tias levemente hipocrômicas. Urina: sem anor­ malidade; Reação de Widal: negativa. Parasito- lógico de fezes: ovos viáveis de S. m ansoni e S. stercoralis. Bilirrubina diret a: 0,48 e total 0,72 mg%. SGO T: 30 e SG PT: 26 u. Fosfatase alcalina: 182 U. Eletroforese das proteínas: gama: 3,5 g%; beta: 0,5 g%; alfa-2: 0,6 g%; alfa-1: 0,3 g%; alb.: 1,7 g%. Urucult ura: (dois exames): negativa. Coprocult ura (três exa­ mes): E. c o li e Proteus sp RFC (para calazar): não reator. BA A R (4 exam es): negativo. Es­ carro cultura (fungos) negativo. Escarro: eosi- nofilia negativa. Hem ocult ura (sete exames) negativ.a. PPD: não reator. Rx de esôfago con­ trastada: varizes esofagianas. Telerradiografia de tórax (Fig. 1): aumento da área cardíaca, hilos densos, reforço da trama, m icronodula­ ção pulmonar difusa, mas principalmente nas bases e terço médio. Laparoscopia: Fígado de coloração marrom-avermelhado com nu­ merosos vasos linfát icos e veias subcapsulares em muitos pontos da superfície dos dois lo­ bos; algumas veias são bastante calibrosas; su­ perfície hepática irregular, bosselada, com

ele-Fig. 1. Sinais d e a c o m e tim e n to p re d o m in a n te m e n ­ te p u lm o n a r c o m h ilo s densos, re fo rç o d e tra m a , em q ue p re va lec e o aspecto d e rosário (vasos da base d ir e ita ); m ic ro n o d u la ç ã o p u lm o n a r grosseira e difu sa, m ais a c e ntua d a nos terços m é d io e in f e ­ rio r; a b a u la m e n to d o c on e d a a rté ria p u lm o n a r; aum e nto d a á rea ca rdíac a .

vações e depressões de limites pouco nít idos, dando um aspecto geral onduloso; bordas f i­ nas e fibrosas; a do lobo direit o a 5 cm abaixo do rebordo costal direito e a do lobo esquerdo a 10 cm do apêndice xifóide; a vesícula biliar de tamanho, forma e paredes normais com veias sub-serosas ingurgitadas; peritônio com a umidade serosa aumentada (micro-ascite); veias do grande epiplon e da grande curvatura gástrica ingurgit ados; baço muito aumentado em tamanho com polo inferior a 20 cm abaixo do rebordo costal esquerdo na fossa ilíaca es­ querda; biópsia hepática cont raindicada em face da grande quantidade de veias subcapsula­ res calibrosas; a impressão é de hepato-esple- nomegalia esquistossomótica com sinais de hipertensão portal. Lt a: 34,4%; Lt t : 67,5%; LB: 28,7%; IgM 180 mg%; IgA: 750 mg%. M icrot oracotomia ao nível do 5P El D com biópsia do lobo inferior. Hist opatologia de material de biópsia pulmonar: O estudo do fragmento, em cortes de 5 a 6 micra, corados pelos processos de hem at oxilina e eosina, Unna-Taenzer-Livini e Weigert para o elástico, Van Gienson e Gom ory para o colágeno, Ziehl para BA A R, prata e PAS para a pesqui­ sa de fungos revelou as seguintes lesões:

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de outras causas como a histoplasmose, a t u­ berculose, a sarcoidose, a lepra, etc. Isto por­ que até o presente não havfamos visto granu- lomas esquistossomóticos com essas caracte­ ríst icas. De fato, não nos pareciam pertencer à esquistossomose (ainda mais que nos nume­ rosos cortes ativos não havia, no centro, ovo ou resquício de vermes), bem como possibili­ tavam afastar — por falt ar as caract eríst icas peculiares dessas doenças — a tuberculose, a lepra, a sarcoidose, a inflamação por fungos etc. De todas as possibilidades aventadas, a histoplasmose foi considerada com maiores cuidados; exaustivas pesquisas de histoplasma através de técnicas apropriadas, entretanto, resultaram sempre negativas. Além disso, t am­ bém negativas foram a reação cutânea e a so- rologia realizadas anteriormente como exa­ mes subsidiários. Também falharam os meios para demonstrar o bacilo de Koch nos cortes histológicos e em quatro exames de escarro, (b) O outro t ipo de lesão diferia complet a­ mente do primeiro. A lesão granulomatosa era mais extensa e const it uída por vasta zona de necrose envolvida por escassa reação celular. A zona de necrose, composta por substância acidófila, mais ou menos homogênea, cont en­ do poeira cianófila, envolvia, muitas vezes, .pequenas formações irregulares, PAS posit ivo, que lembravam resquícios de vermes. Em t or­ no da zona irregular de necrose, dispunham-se, em poucas camadas, as células macrofágicas e linfóides. Eram poucas as células gigantes e faltava completamente a eosinofilia. Estáva- mos, então, diante de outro dilema, ou seja, se se tratava de uma forma at ípica de t uberculo­ se ou uma lesão por verme morto. A primeira hipótese foi afastada pela não identificação do bacilo; cont ra a segunda falava a ausência completa de eosinófilos. Mais uma vez, a lesão fugia dos aspectos clássicos vistos na esquistos­ somose. Após vários cortes, ent retanto, espe­ cialmente nos corados pelo PAS, conseguiu-se identificar, com segurança, parte do corpo de verme envolvido por células de t ipo linfóide entremeadas com maior número de células epitelióides, confirm ando, assim, a natureza da lesão.

(2) Raros ovos de S. m ansoni envolvidos por escassa reação inflamat ória, sem formar os clássicos granulomas. 0 número de ovos, m ui­ to pequeno, era desproporcional à intensidade da inflamação e à extensão dos granulomas; mesmo próximo aos ovos faltava a eosinofilia.

(3) Outra alteração, também não usual na esquistossomose e que não nos permitiu aná­

lise segura foi a presença de proliferações celu­ lares circunscritas, formadas por macrófagos relativamente volumosos, ligadas ao epitélio alveolar, e que cresciam em direção da luz. Nessas áreas, pesquisou-se, com redobrado cui­ dado, a presença de bacilos de Koch e de fun­ gos; essas pesquisas, ent retanto, resultaram negativas.

(4) Lesões vasculares independentes da pre­ sença de ovos e granulomas, especialmente nos pequenos ramos da artéria pulmonar, indicat i­ vas de um estado hipertensivo. As lesões eram dominadas pelo espessamento e fibrose da ín ­ t ima e hipert rofia da média. Dada a intensida­ de da inflamação granulomatosa e o pequeno tamanho da biópsia, restavam poucos vasos ín­ tegros, que permitissem uma análise segura.

(5) A par das lesões anteriores existiam ou­ tras de menor vult o, como pequenas áreas de colapso e dilatação e estase dos linfát icos pleu- rais.

Em conclusão, o único agente etiológico encontrado capaz de produzir lesão granulo­ matosa seguramente ident ificado no presente caso foi ò da esquistossomose. Trata-se de in­ flamação granulomat osa, at ípica provocada principalmente por vermes, que se afasta das caract eríst icas comument e encontradas na esquistossomose (Figs. de 2 a 7).

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Ftg. 2 — Pulm S o. G ra n u /o m a c o m vasta á rea d e n e ­ crose central.

Fig. 3 — P u lm S o. G ra n u lo m a c o m verm e n a p a rte central env o lv id o p o r células e p ite lió ld e s e lin fó i-des.

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Fig. 4 — P u lm ã o . D e ta lh e da figu ra a n te rio r.

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Fig. 5 — P u lm ã o . G ra n u lo m a c o n s titu íd o p o r m a-crófagos, lin fó c ito s e células gigantes.

Fig. 6 — P u lm ã o . P ro life ra ç ã o m acrofágica na lu z alv eolar.

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(sendo neut rófilos: 93%). Enema opaco: doli- cocolo com trânsito intestinal mostrando acentuação do padrão mucoso das alças do in­ testino delgado.

Em 06.07.77 (4 meses após o internamen­ to) procedeu-se ao tratamento esquistossomi- cida (o xam niquine: 20 mg/ kg, dose total de 400 mg). Vint e e quatro horas após surgiram estertores crepitantes nas bases de ambos os hemitóraces. No dia seguinte, apresentou-se com tosse intensa seguida de dispnéia e ortop- néia no 49 dia do pós-tratamento. A tempera­ tura ascendeu a 38-39°C no 59 dia, decrescen- do progressivamente para normalizar-se em torno do 159 dia do tratamento. O abdome mostrava-se com as mesmas caract eríst icas já descritas. Os estertores torácicos persistiram até o 89 dia, desaparecendo a seguir. Os exa­ mes radiológicos de t órax revelaram os mes­ mos achados anteriores acrescidos de sinais sugestivos da chamada pneumonia por verme morto.

No 39 dia após o tratamento, a avaliação laboratorial não revelou dados dignos de re­ gistro, o mesmo acontecendo ao ECG. A se­ guir, a paciente voltou a apresentar tosse com expectoração abundante esbranquiçada e f lu i­ da, que permaneceu até 29.07, com telerradio- grafia de t órax revelando sempre o mesmo aspecto. A part ir de 24.07, tornou-se afebril. O volume abdominal dim inuiu progressiva­ mente, o mesmo ocorrendo com a freqüência respiratória, que estabilizou em torno de 32/ m. Cerca de 21 dias após a administração do oxam niquine, os exames parasitológicos de fezes (número de 12) eram negativos para ovos de S. mansoni. A biópsia retal, realizada 2 meses após o trat amento da helmintíase, não revelou presença de ovos viáveis de S. mansoni. A alta foi concedida para cont role

posterior.

DISCU SSÃO

Tratando-se o presente caso de uma forma pulmonar crônica com co r pulm onale, prevale­ cem aqui as considerações constantes do tra­ balho anterior (Neves & co l.23) sobre ser a sintomatologia desta form a, via de regra, frus­ ta ou inexpressiva, não guardando relação com o grau de hipertensão pulmonar. Conform e também ali se admit iu, em raras oport unida­ des os achados respiratórios podem ser surpre­ endentes, especialmente diante de formas rea­ tivadas1 3 que se instalam em pacientes em cir ­

cunst âncias semelhantes às aqui descritas. Com o objet ivo de facilit ar o ent endiment o deste fenômeno pouco conhecido da esquis­ tossomose, os seguintes t ópicos devem ser res­ saltados:

(1) história de m últ iplas exposições em águas naturais de região altamente endêmica de esquistossomose, não se afastando a possi­ bilidade de reinfecções sucessivas até a véspe­ ra do int ernamento hospitalar;

(2) doença caracterizada por quadro essen­ cialmente t oxi-infect uoso agudo, de evolução arrastada e definida pela const at ação de febre elevada e cont ínua, calafrios, hepato-espleno- megalia e eosinofilia sanguínea;

(3) afastamento de concausas infectuosas ou não sobrepostas ou associadas à esquist os­ somose crônica, capazes de explicar a fisiono­ mia aguda febril acima descrita: salmolenose septicêmica prolongada, outras enterobacte- rioses septicêmicas prolongadas sensíveis ao clo ra n fe n ico l, calazar, tuberculose, malária, blast omicose, histoplasmose, infecções por enterobactérias, calagenose, linfomas, tesau- rismose etc. (ver lista de subsídios laborato­ riais e curso evolut ivo);

(4) sucessivos exames radiológicos do t órax a evidenciarem um padrão de acometimento predominantemente art eriolar com hilos den­ sos, reforço de trama, em que prevalece o as­ pecto de rosário; m icronodulação pulmonar grosseira e difusa mais acentuada nos terços médio e inferior, especialmente na base do hemit órax direit o; aumento do vent rículo di­ reito e abaulamento do cone da artéria pulmo­ nar;

(5) histologicam ente, a lesão pulmonar, até cert o ponto de d if ícil análise, se define pelo achado de inflamação granulomatosa at ípica provocada principalm ent e por vermes, con- temporaneamente ao de uma arterite pulmo­ nar caract eríst ica da esquistossomose pulmo­ nar crônica hipertensiva;

(6) achado laparoscópico evidenciando quadro m acroscópico caract eríst ico da forma hepato-esplênica da esquistossomose com hi­ pertensão portal de relativa gravidade; a bióp­ sia hepática tornou-se cont raindicada em vir­ tude da grande quantidade de veias subcapsu- lares calibrosas;

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plexos, mas que parecem relacionados a alte­ rações imunológicas inusitadas do hospedeiro;

(8) o tratamento antiesquistossomót ico (oxamniquine', 20 mg/ kg, V.O., em dose úni­ ca) desencadeou uma série de alterações clín i- co-radiológicas com pat íveis com o quadro de pneumonite pós-tratamento da esquistossomo- se

A análise conjunt a desses fatos conduz a discussão para três aspectos distintos do curso evolutivo da esquistossomose: (a) a associação da esquistossomose a uma concausa infect uosa aguda; (b) a superposição de uma forma t oxê- mica sobre outra form a crônica pré-existente; e (c) a reativação de uma infecção crônica, res­ ponsabilizando-se, destarte, a esquistossomose isoladamente por todo o quadro clín ico con­ forme acima descrito.

A primeira hipótese de associação da es­ quistossomose a concausas infect uosas ou não, mas de curso febril, deve ser considerada em virtude de o registro de febre elevada não re­ presentar, de fat o, um fenômeno dos mais compreensíveis na esquistossomose crônica. Nessas circunst âncias, cumpre ao clín ico a ex­ clusão de outras possibilidades mórbidas como a malária, a tuberculose, a febre t ifóide, o ca- lazar, a blastomicose, bem como outras infec­ ções que se façam acompanhar de febre tais como linfomas, leücoses etc. M eira9, ao cha­ mar a atenção para as associações infectuosas na esquistossomose, descreveu o com port a­ mento at ípico da febre t ifóide em alguns pa­ cientes. Presentemente, entre as associações mais importantes em nosso meio encontram-se a salmonelose septicêmica prolongada12,18,

19 ai 27,28, out ras enterobacterioses septicê-

micas prolongadas15 — em virtude da instala­ ção de fisionom ia clínica bem dist int a da mais comum a ambas as infecções isoladamen­ te evoluídas — e a leishmaniose visceral. Out ro fato que fala, no presente caso, cont ra a asso­ ciação da esquistossomose com infecções pro­ duzidas por enterobacteriáceas mais comuns refere-se ao nulo resultado do t ratamento de prova conduzido com o clo ra n fe n ico l, enquan- :o se procediam a hemocult uras seriadas com vista à hipótese de salmonelose septicêmica prolongada. Em suma, nenhuma das associa­ ções ou intercorrências mórbidas foi ident ifi­ cado, o que pode ser comprovado pela lista­ gem de subsídios e exames especializados a que se submeteu a paciente.

A segunda hipótese, ou seja, a de sobreposi­ ção de uma forma t oxêm ica sobre uma forma crônica prévia da esquistossomose possui fun­

damento em verificações anteriores6 0 1 , 1 7. À primeira vista, ent retanto, não é fácil o afastamento dessa possibilidade no presente caso, senão vejamos: em primeiro lugar, há fortes indícios de que a paciente tenha se rein- fect ado sucessivas vezes em face dos perman- tes cont at os com águas naturais, até bem pró­ xim o de sua int ernação; em segundo lugar, a feit io do que já se descreveu sobre esta pecu­ liaridade de reinfecção, o quadro clínico m ui­ t o se assemelha ao da form a t oxêm ica evoluí­ da em indivíduos vít im as de infecção primei­ ra1 1 , l

V 6,1 7.

Do que se conhece das mani­

festações pulmonares da form a t oxêm ica, no- tadamente no que diz respeito às alterações radiológicas, o que aqui se descreveu é perfei­ tamente superponível ao já assinalado nas for­ mas agudas das esquistossomoses mansoni e japônica3 4 ,5,7,8 3 / V 5 / 6 7 ,2 0 ,24. Do ponto de vista hist ológico — ressalvadas as part icularidades da inusitada gravidade do pre­ sente caso na sobreposição infect uosa as le­ sões que definem a esquistossomose pulmonar crônica se fazem acompanhar, como aqui, de out ras lesões também caract eríst icas da forma t oxêm ica, em que predominam os fenômenos hiperérgicos. Vale lembrar que a disseminação m iliar intensa e maciça de micronódulos nos pulmões representa uma das característ icas fundamentais das bases anatômicas da forma t oxêm ica, representando os pulmões o órgão dos mais predominantemente no perit ônio1, 2,26. É tão caract eríst ica esta disseminação m iliar de m icronódulos na forma t oxêmica (granulomas esquist ossomót icos na fase necró- t ico-exsudat iva), que sua ausência nos órgãos viscerais, observados à laparoscopia, afasta, com cert o grau de segurança, a vigência de evento agudo ou t oxêm ico no presente caso. Assim , ao invés de fenômeno integrante da form a t oxêm ica, a localização discriminada e part icularment e intensa e extensa de m icro­ nódulos nos pulmões deve ter ocorrido em virtude de insólit o desvio de ovos e vermes às art eríolas e pequenas artérias através da profusa rede de shunts estabelecida entre a circulação portal e sistêmica. Em última aná­ lise, representaram os sinais de hipertensão portal o fato mais marcante da laparoscopia.

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clínica toxi-infect uosa grave e arrastada apre­ sentada pela paciente. De nosso conhecimen­ to, apenas numa oport unidade13 fenômeno semelhante foi clinicam ent e descrito e ana­ tomicamente comprovado. Tratava-se de um paciente também exibindo forma hepato- esplênica com hipertensão portal associada a forma cardiopulmonar, em que se afastou com segurança a possibilidade de reinfecção, por encontrar-se ele internado por mais de quatro meses. Subtaneamente acometido de processo infect uoso agudo (febre elevada), tosse, dispnéia, calafrios e hemoptise), a hi­ pótese diagnostica também se dirigiu para a tuberculose, particularmente em virtude de disseminação m iliar intensa de micronódulos, antes inexistentes nos pulmões. A morte so­ breveio em face de descompensação cardíaca, observando-se à autópsia a associação das lesões pertinentes à esquistossomose crôni­ ca e toxêmica.

Ao cont rário do primeiro caso, em que o tratamento antiesquist ossomót ico foi adm it i­ do um grande risco, à luz da terapêutica espe­ cífica então disponível (antim oniais e nirida-z o l), a paciente ora em estudo foi especifica­ mente tratada com o oxam niquine. Pela des­ crição do curso evolut ivo, durante os dois me­ ses que se seguiram ao tratamento, observou- se não somente a recuperação integral da sín- drome toxi-infect uosa, como no oograma não mais figuraram ovos maduros e viáveis de S. mansoni-, todavia, as alterações radiológicas persistiram inalteradas quando da alta hospita­ lar.

A esta modalidade de reação do hospedeiro preferimos denominar de reacut ização ou de uma forma crônica de esquistossomose reati­ vada. Ainda que nos faleça a capacidade de compreender a int imidade do fenômeno, ao que tudo parece indicar, deve ele decorrer de alterações imunológicas profundas e inusitadas do hospedeiro frente à intensidade e extensão do carreamento ou do desvio insólit o de ovos (escassamente presentes no pequeno fragmen­ to de biópsia) e de vermes aos pulmões e con­ seqüentemente liberação de excessiva carga antigênica. Que esta modalidade de alteração do padrão imunológico do hospedeiro possa ocorrer com mais freqüência, o exercício diá­ rio da clínica o demonstra. De fato, são vários os casos de pacientes com formas crônicas da esquistossomose, em que fracassam todas as tentativas clínicas de relacionar a síndrome infectuosa aguda com uma reinfecção recente sobreposta ou com concausas infectuosas.

SU M M ARY

The A u th ors relate a case o fsevere schisto­ somiasis mansoni (hepatic fo rm , w ith p o rta l hypertension, associated w ith p ulm o n ary fo rm , w ith p ulm o n a ry hypertension and cor pulmonale^, o ver which develloped a severe to xi-in fe ctio u s syndrom e o f long duration. Serial chest X-rays showed th a t the arteriolae were p re d o m in a n tly affected, besides a gross and difuse p ulm o n a ry m icro no du la tio n in b o th hemithoraces, and p ulm o n a ry heart con-figuration. H isto-pathology o f the p ulm o n ary biopsy m aterial id e n tifie d basically a p u lm o ­ nary a rte ritis characteristic o f chronic p u lm o ­ nary schistosomiasis and, sim ultaneously, the presence o f schistosomatous granulom ata in hyperergic reaction m a in ly p ro duced b y worm s, one o f the main anatôm ica! characte-ristics o f the toxem ic form .

To explain the origin o f the clin ica i to xi-infectious constelation, the hypotheses o f an association w ith a co-existing infectious, o r n o t infectious b u t fever p ro du cing cause, and o f the superposition o f a to xem ic fo rm over a pre-existing ch ro nic one were elim inated. I t was concluded, on the basis o f c lin ic a i data, p a rtic u la rly those furnished b y laparoscopy and the anatom ical onas, th a t this a chronic case o f schistosomiasis reactivated probably b y the host uncom m on im m unological alte-ration. E verything p o in ts to the p ossibility th a t the unusual d e to u r o f the eggs, and o f the worms to the lungs was due to the p o rta l hypertension syndrom e, and th a t the prefe-re n tia l route o f this m igration was determ ined b y the shunts involving the p o rta l and syste-m ic circulations.

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