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Monitorização ambulatorial da pressão arterial em filhos de hipertensos.

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Rev Assoc Med Bras 2008; 54(2): 163-6

163

FATORESASSO C IAD O SÀIN TERRU PÇÃO D ETRATAM EN TOAN TI-RETRO VIRAL

TSRATAM EN TOARN I

Artigo Original

RO S ETDE ALCRIAN ÇAS. D ESN U TRID ASH OSPITALIZ ADAS

*Correspondência:

Rua Pedro N ico, 225 Un. 28 Curitiba – PR

Cep 81200-220 jknopfholz@hotmail.com

RESUMO

O

BJETIVO. O obje tivo deste trabalho é estudar o comportamento da pressão arterial através da monitorização ambulatorial

da pressão arterial (MAPA) em jovens normotensos que possuam história familiar de hipertensão.

M

ÉTODOS. Foram avaliados pela MAPA 31 universitários normotensos, com idade entre 17 e 25 anos, cujos pais (ambos ou

um deles) estivessem sendo tratados por hipertensão arterial (grupo I) e 30 indivíduos, também normotensos, cujos pais não a presenta va m dia gnóstico de H AS - hipertensã o a rteria l sistêmica (grupo II). Todos os pa rticipa ntes tivera m da dos epidemiológicos coletados e os valores de pressão arterial (PA) obtidos pela MAPA foram comparados.

R

ESULTADOS. Não houve diferença estatística entre os grupos estudados quanto à análise das médias de PA sistólica (PAS)

(p= 0,195) e diastólica (PAD) (p= 0,958), descenso noturno da PAS (p= 0,61) e da PAD (p= 0,289) e variabilidade da PAS (p= 0,24) e da PAD (p= 0,497). Houve significância estatística na comparação da pressão de pulso (42,74 mmHg no grupo I e 45,53 mmHg no grupo II, p= 0,032) e da PAS mínima na vigília (85,00 mmHg no grupo I e 90,27 mmHg no grupo II, p= 0,048). Ambos os pa râ metros menciona dos fora m ma iores nos filhos de normotensos.

C

ONCLUSÃO

.

N a população estudada, houve diferença estatística significativa na pressão de pulso e PAS mínima na vigília, sendo maior nos filhos de normotensos. Os demais parâmetros da MAPA não apresentaram diferença significativa entre os grupos.

UN ITERM O S: H ipertensã o. Pa drões de hera nça . Pressã o a rteria l.

MONITORIZAÇÃO

AMBULATORIAL

DA

PRESSÃO

ARTERIAL

EM

FILHOS

DE

HIPERTENSOS

ANDRÉ RIBEIRO LANGOWISKI, EMILTON LIMA JUNIOR, JOSÉ KNOPFHOLZ*, ADRIANE REICHERT, MAIRA OLIVEIRA NOGUEIRA, JOSÉ ROCHA FARIA NETO, LUIS CESAR GUARITA-SOUZA

Trabalho realizado na Santa Casa de Misericórdia de Curitiba e na PUC, Curitiba, PR

I

NTRODUÇÃO

As doença s ca rdiova scula res ocupa m luga r de importâ ncia em termos de sa úde pública em nosso pa ís, sendo a primeira ca usa de morte desde a déca da de 6 0 . Em 1 9 9 8 , dos 9 3 0 mil óbitos no Bra sil, cerca de 2 7 % fora m devidos à s doença s ca rdiova scula res. A hiperten-são a rteria l sistêmica (H AS), por sua vez, é um importa nte fa tor de risco para o desenvolvim ent o dessa s doença s ca rdiova scula res e esteve rela ciona da a 40% da s mortes por a cidente va scula r cerebra l e 25% da s m ort e s por doe nça arteria l corona ria na1.

A ide nt ifica çã o de popula çõe s com risco pa ra o de se nvolvim e n-t o fun-t uro de hipe rn-t e nsã o a rn-t e ria l é de funda m e nn-t a l im porn-t â ncia , um a ve z que se t e m d e m onst ra d o que vá rios fa t ore s e le sõe s a t ribuídos à hipe rt e nsã o sã o, na re a lida de , concom it a nt e s ou a nt e -ce de nt e s a e la , t e ndo se u início de m a ne ira pre co-ce . Alé m disso, com a de t e cçã o do risco pa ra de se nvolvim e nt o da H AS, vá rios fa t ore s a m bie nt a is (t a ba gism o, sobre pe so, se de nt a rism o e out ros) re laciona dos à a gre ssã o va scula r pode m se r cont rola dos de m a ne i-ra a m inim iza r ou re t a rda r a const a t a çã o de níve is t e nsiona is e le va d os2. É conhecida a hera nça genét ica da H AS. Rot im i et a l3

est uda ra m 5 1 0 fa m ília s nigeria na s, encont ra ndo um a t a xa de hera n-ça de 4 5 % pa ra a pressã o a rteria l sistólica e 4 3 % pa ra a pressã o a rt eria l dia st ólica nest a popula çã o.

O e xame de monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) tem sido empregado com segurança e eficácia como método diagnóstico e para controle da H AS4. Considera ndo a heredita rieda de da H AS5,6, a

detecçã o precoce de pa râ metros da MAPA ca pa zes de inferir predispo-sição à HAS podem ser de importância fundamental para indicar mudan-ças de estilo de vida e ambientais para estes indivíduos.

O o bjetivo deste tra ba lho foi a va lia r o comporta mento da pressã o a rteria l pela MAPA em jovens normotensos, que possua m história fa milia r de hipertensã o por um ou a mbos os pa is e compa ra r estes da dos com grupo cont role de jovens norm ot ensos sem hist ória familiar de pa is hipertensos.

M

ÉTODOS

Este estudo foi a prova do pelo Comitê de Ética da PUC-PR.

População

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LAN GO W ISKI AR ETAL.

O s jove ns fora m seleciona dos, consecutiva mente, a tra vés dos re fe ridos que st ionários a plica dos. O grupo I foi form a do por 3 1 universitá rios normotensos, cujos pa is (a mbos ou um deles) estivessem sendo tra ta dos por hipertensã o a rteria l. O grupo II foi form a do por 3 0 indivíduos ta mbém normotensos, cujos pa is nã o a presenta va m dia g-nóstico de H AS. O s pa is destes estuda ntes possuía m pelo menos um registro médico de medida de pressã o a rteria l norma l nos últimos 1 2 m eses e nã o deveria m esta r em uso de a nti-hipertensivos. O critério de norma lida de de pressã o a rteria l ba seou-se na s V Diretrizes Bra sileira s de H ipertensã o6. O critério pa ra que o registro médico rea liza do fosse

a ceito foi a a feriçã o da pressã o a rteria l em condições idea is, de a cordo com esta s diretrizes.

O s estuda ntes seleciona dos recebera m um termo de consenti-mento escla recido, no qua l exibia m-se informa ções sobre o estudo, seus propósitos e possíveis efeitos indesejá veis.

Fora m excluídos da a mostra os indivíduos porta dores de hiperten-são arterial, gestantes, tabagistas, além de pacientes com história de dia betes, insuficiência rena l e uso de medica mentos que a lterem a pre ssã o a rt e ria l, com o im unossupre ssore s, be t a bloque a dore s, corticóides, a norexígenos, a nticoncepciona is ora is e estimula ntes do sistema nervoso central (anfetaminas, cocaína, etc.).

Mapa

Pa ra a va lia çã o da MAPA, a mesma foi inserida em dia de a tivida -des ha bitua is dos indivíduos. Em pregou-se m a nguito a dequa do de acordo com a circunfe rê ncia do bra ço do indivíduo, t e ndo sido utiliza do em a lguns ca sos um equipa mento pa ra a dulto pequeno (circunferência ent re 2 2 cm e 2 6 cm ) e, pa ra out ros indivíduos, ma nguito pa ra a dulto médio (circunferência entre 2 7 cm e 3 4 cm). O s exa mes fora m a ceitos qua ndo tivera m ma is de 8 0 % da s medida s vá lida s, sendo a s mesma s rea liza da s a ca da 1 5 minutos no período de vigília e a ca da 3 0 minutos dura nt e o sono. Est e s pe ríodos (vigília e sono) fora m de finidos de a cordo com o diá rio do pa cie nt e . A inserçã o do a pa relho seguiu a recom enda çã o da IV Diretriz Bra sileira pa ra uso da Monitoriza çã o Ambula toria l da Pressã o Arteria l e II Diretriz pa ra uso da Monitoriza çã o Residencia l da Pressã o Arteria l7,

incluindo-se a a feriçã o da PA em posiçã o senta da a pós 5 minutos de re pouso e m a mbos os bra ços a ntes da insta la çã o do a pa relho e inserçã o do m a nguito no bra ço nã o dom ina nte se a diferença na PA sist ólica fosse m e nor que 1 0 m m H g e nt re os m e m bros. O equipa -m ento utiliza do é certifica do pelo Ministério da Sa úde e a prova do pe lo Food and Drug Adm inist rat ion8.

O s da dos obtidos dos exa m es de MAPA fora m : m édia s pressórica s, va ria bilida de de pressã o, pressã o de pulso, descenso noturno e pressões m ínim a s em a m bos os grupos.

Média s pressórica s fora m expressa s com o sendo a m édia a ritm é-tica da s medida s tensiona is sistólica s e dia stólica s. A va ria çã o percent ua l de pressã o a rt eria l ent re a vigília e o sono foi considera da descenso noturno (m édia da pressã o da vigília – m édia da pressã o do sono/média da pressã o da vigília x 1 0 0 ). O conceito de va ria bilida de de pressã o a rt eria l foi expresso com o o cá lculo do desvio-pa drã o da s m édia s pressórica s sistólica , dia stólica e m édia , dividida s por perío-dos e a na lisa da s por com put a dor. Considerou-se pressã o m ínim a o m e n or valor d a PA obtido dura nte o exa me. Esta s definições estã o

disponíveis na IV Diret riz Bra sileira pa ra uso da Monit oriza çã o Am bula t oria l da Pre ssã o Art e ria l e II Dire t riz pa ra uso da Monitoriza çã o Residencia l da Pressã o Arteria l7.

As va riá veis ida de, sexo, peso, a ltura , índice de ma ssa corpórea (IMC) e prá tica de a tivida de física fora m registra da s e compa ra da s entre os grupos estuda dos.

Análise estatística

As va riá veis de na tureza ca tegórica fora m expressa s por freqüên-cia e percentua is de ca sos. Pa ra esta s va riá veis, a compa ra çã o entre grupos foi feita usa ndo-se o teste exa to de Fisher. As va riá veis de na tureza qua ntita tiva fora m expressa s por média s e desvios pa -drões. Pa ra esta s va riá veis, a condiçã o de norma lida de foi a va lia da pe lo t e st e de Sha piro-W ilks.

A compa ra çã o entre grupos pa ra va riá veis que a presenta ra m norma lida de foi feita utiliza ndo-se o teste T de Student leva ndo-se em considera çã o a homogeneida de ou nã o da s va riâ ncia s. Pa ra va riá veis que nã o a presenta ra m norma lida de, esta compa ra çã o foi feita utiliza n-do-se o teste nã o-pa ra métrico de Ma nn-Whitney.

R

ESULTADOS

Dados populacionais, antropométricos e de realização de

atividade física

A popula çã o a borda da foi const it uída de 3 1 filhos de pa is hipert ensos (grupo I) e de 3 0 filhos de pa is norm ot ensos (grupo II). N ão houve diferença est a t íst ica qua nt o a o gênero ou ida de dos jovens estuda dos. As va riá veis a ltura , peso, IMC eprá tica ou nã o de a tivida de física estã o ta mbém ta bula da s, nã o tendo sido encontra da s diferença s ent re os dois grupos em quest ã o. Est es da dos sã o de-m onst ra dos no Q ua dro 1 .

Médias pressóricas nas 24 horas

As média s de pressã o a rteria l sistólica (PAS) e pressã o a rteria l dia stólica (PAD) no período tota l fora m a na lisa da s e os seus resulta dos estã o demonstra dos no Grá fico 1 .

Descenso noturno, va ria bilida de da PA, pressã o de pulso e pres-sões mínima s

O Q ua dro 2 demonstra a s dema is va riá veis estuda s neste tra ba lho. H ouve diferença esta tística em a pena s dua s dela s: pressã o de pulso e pressã o sistólica mínima .

D

ISCUSSÃO

A popula çã o a na lisa da no presente estudo consistiu de 6 1 indivídu-os clinica mente sa udá veis, universitá riindivídu-os, de a mbindivídu-os indivídu-os sexindivídu-os, cuja ida de média no GI foi de 2 1 ,6 1 ± 2 ,5 9 e de 2 1 ,2 3 ± 2 ,3 9 no GII, sem diferença estatística significativa entre as variáveis IMC , altura e prática de atividades físicas.

Dentre os da dos a na lisa dos na MAPA, nã o houve diferença signifi-cativa na compa ra çã o de gra nde pa rte deles. O s únicos pa râ metro que evidencia ra m significâ ncia fora m a pressã o de pulso e a PAS mínima , a mbos com va lor ma ior pa ra o grupo de filhos de nã o hipertensos.

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MAPA EMFILH O SD EH IPERTEN SO S nã o houve m edida diret a da pressã o a rt eria l dos pa is dos indivíduos da a mostra . O re gist ro m é dico re a liza do foi e m pre ga do com o indi-ca dor de norm ot ensã o. Ent ret a nt o, é possível que a a m ost ra de filhos de pa is norm ot e nsos incluísse a lguns pa is de indivíduos port a dore s de norm ot ensã o do ja leco bra nco9. Contudo, dia nte da s esta tística s, é

p rováve l que e st e fa t or de vié s t e nha sido dist ribuído de m a ne ira re la t iva m e nt e hom ogê ne a e nt re os dois grupos.

O tra ba lho de Ra vogli et a l.2 utilizou popula çã o em número e

ca ra cterística s semelha ntes, com o diferencia l de subdividir a a mostra em três grupos (filhos de norm otensos, filhos de a m bos os pa is hipertensos e filhos de som ente um dos pa is hipertensos) e observou diferença esta tística significa tiva em a lguns dos va lores em questã o. Já o estudo de Goldstein et a l10 utilizou a mostra com número tota l de

indivíduos estuda dos ma ior (n= 220) e ta mbém com ca ra cterística s de fa ixa etá ria diferente do presente estudo, pois a mesma va riou de 2 2 a 50 a nos, encontra ndo a cha dos semelha ntes a os de Ra vogli et a l2.

Em recente tra ba lho, rea liza do com 233 pa cientes, a compa ra çã o da MAPA nos diferentes grupos estuda dos foi limita da por ma rca ntes compa ra ções encontra da s entre eles. O s filhos de hipertensos tivera m uma média de 2 ,5 a nos a ma is e 4 ,4 Kg de peso superiores a o grupo cont role . Ta mbém, o referido grupo a presentou IMC de cerca de 1 ,5 Kg/m2 ma ior, o que torna difícil a compa ra çã o mesmo a pós eventua l

correção estatística, a qual foi realizada naquele trabalho11. N ova

men-te, ressa lta -se o cuida do que houve em nosso estudo pa ra que os pa râ m et ros de IMC e ida de fossem sem elha nt es, o que, inquestiona velmente, ocorreu na a mostra estuda da .

Goldstein et a l.10 nã o consta ta ra m diferença na pressã o a rteria l em

mulheres descendentes de pa is hipertensos ou normotensos. Entretanto, qua ndo a na lisa dos os homens da a mostra em questã o, verifica -ra m-se níveis tensiona is ma is eleva dos na a most-ra de filhos de a mbos os pa is hipertensos. La uer et a l.12 dem onstra ra m que hom ens jovens

em ida de escola r com história pa renta l de hipertensã o tinha m níveis de PA sistólica em repouso e estresse ma is eleva da s que a queles com pa is normotensos. Esta diferença nã o foi consta ta da em mulheres. Como a amostra do presente estudo é mista , isto poderia ser um dos fa tores da não o corrê ncia de diferença entre os grupos.

A evidência encontra da no presente tra ba lho com rela çã o a pres-são de pulso é surpreendente, visto que esta , qua ndo ma is eleva da no grupo de pa is normotensos, teorica mente, os predisporia a ma ior risco cardiovascular13. Entreta nto, esta informa çã o deve ser a na lisa da com

ca utela , necessita ndo de confirma çã o em estudos posteriores. É pos-sível, a inda , que outro fa tor, nã o a na lisa do por este tra ba lho, tenha sido o responsá vel pela diferença encontra da entre a mbos os grupos, como por exemplo a ingestã o de sa l em menor qua ntida de na residência de filhos de hipertensos. A diferença da pressã o sistólica mínima nã o a presenta emba sa mento na litera tura pa ra inserir a lgum dos grupos em pa ta ma res diferentes de risco ca rdiova scula r.

N ão h á até o momento evidência s ba sea da s em gra ndes estudos popula ciona is de que a MAPA seja fa tor ca pa z de predizer hipertensã o futura . A va ria bilida de de fa tores envolvidos nos estudos que demons-tra ra m resulta dos positivos com a MAPA é limita dora da ma ioria dos estudos e, como método dissemina do, os resulta dos deste tra ba lho, continua m desencora ja ndo a sua utiliza çã o pa ra este fim.

O fa to de pa râ metros da MAPA nã o terem sido fa tores preditores de futura H AS na popula çã o deste estudo nã o torna imprová vel que outra s condições clínica s ou métodos possa m cumprir este pa pel. Uma vez que se com prove um a det erm inação genética pa ra a hipertrofia Quadro 1 - Distribuição da amostra quanto ao gênero e idade,

dados antropométricos e realização de atividade física

Grupo I (n= 31) Grupo II (n= 30) P

Sexo masculino (% ) 51,61% 63,33% 0,427 Idade (anos± dp) 21,61± 2,59 21,23± 2,39 0,554 Altura (m) 1,69± 0,09 1,72± 0,09 0,184 Peso (Kg) 65,77± 11,61 65,01± 10,4 0,784 IMC (Kg/m2) 22,82± 2,58 21,75± 2,08 0,079

Prática de atividade física (% ) 67,74 55,17 0,427

Gráfico 1 - Médias de pressão arterial sistólica (p= 0,195) e diastólica (p= 0,958) pressão arterial sistólica (p= 0,195) e diastólica (p= 0,958)

Quadro 2 - Médias de descenso noturno, variabilidade, pressão de pulso e pressões mínimas (valor ± desvio padrão)

Variável Grupo I Grupo II p

Descenso noturno da PAS (% ) 11,97 ± 3,53 11,43 ± 4,57 0,610 Descenso noturno da PAS (% ) 15,42 ± 5,74 16,97 ± 5,55 0,289 Variabilidade da PAS 13,76 ± 2,81 12,89 ± 2,92 0,240 Variabilidade da PAD 10,49 ± 1,70 10,15 ± 2,20 0,497 Pressão de pulso 42,74 ± 4,49 45,53 ± 5,42 0,032 Pressão sistólica mínima 85,00 ± 9,67 90,27 ± 10,67 0,048 Pressão diastólica mínima 45,06 ± 9,68 45,73 ± 9,75 0,789

hist ória de hipert ensã o ent re os pa is dos universit á rios est uda dos. Ent re t a nt o, nã o se dist inguiu, de nt re os indivíduos com pa is hipert ensos, a queles com pa i e m ã e hipert ensos da queles filhos de a pena s um port a dor de hipert ensã o. Est a m et odologia pode t er sido fator lim ita dor na a m ostra estuda da pois, de a cordo com os a cha dos de Ra vogli et a l.2, indivíduos com fort e predisposiçã o genét ica pa ra

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ventricula r esquerda que preceda a eleva çã o de níveis tensiona is, este pode t e r um va lor útil e, eventua lmente precoce pa ra desenvolvimento futuro de H AS14.

C

ONCLUSÃO

N a popula çã o e st uda da , nã o houve dife re nça e st a t íst ica na m a ioria d os pa râ m e t ros d a M APA e m ind ivíd uos norm ot e nsos filhos de pa is hipe rt e nsos. H ouve dife re nça e st a t íst ica na pre ssã o de pulso e na pre ssã o sist ólica m ínim a , se ndo m a ior e m filhos de n orm ot e n sos.

Conflito de interesse:

não há

S

UMMARY

A

RTERIAL PRESSURE MON ITORIN G IN

OFFSPRIN G OF HYPERTEN SIVE IN DIVIDUALS AT A DAY

-

CARE CEN TER

OBJECTIVE. This study intended to evaluate blood pressure m onitoring

(BPM ) data in young hypertensive offspring.

METH O D S. W e evaluated 31 students, of ages ranging from 17 to 25

years, w hose parent s (one or bot h) were being t reat ed for hypert ension (group I) and 3 0 norm otensive subjects, w hose parents w e re not hypertensive (group II). Epidem iological data w ere collected from all participants and the blood pressure (BP) m easurem ents obtained by BPM w ere com pared.

RE SU LT S. Th e re we re n o s t at ist ical diffe re nce s be t we e n b ot h

groups whe n m e a n syst olic b lood pre ssure (SBP) (p= 0 . 1 9 5 ) a nd m e an d iast olic blood pre ssure (DBP) (p= 0 . 9 5 8 ); SBP d e cre ase (p= 0 .6 1 ) and DBP de cre ase (p= 0 .2 8 9 ); SBP variabilit y (p= 0 .2 4 ) and DBP variabilit y (p= 0 .4 9 7 ) we re c om p are d. Th e re we re st at ist ical differences, whe n pulse pre ssure s (4 2 . 7 4 m m H g in group I and 4 5 . 5 3 in group II) and in t he m inim um SBP d uring t he aw ake pe riod (8 5 . 0 0 m m H g in group I a nd 9 0 . 2 7 m m H g in group II, p= 0 .0 4 8 ) we re c om p are d. Bot h param e t e rs we re h igh e r in t h e group whose parents we re not hype rt e nsive individuals. CO N C LU SIO N.

In t his popula t ion, t he re we re st at ist ical d iffe re nce s in pulse pre ssure and in m inim um SBP d uring t he awake pe riod , be ing highe r in t he group w hose pare nt s we re n ot h yp e rt e n sive . Th e re we re n o d iffe re nce s b e t we e n t h e t wo grou p s in t h e ot h e r p a ra m e t e rs analyz e d. [Rev Assoc Med Bras 2008; 54(2): 163-6 ]

KEYW O RD S: H ypertension. Inherita nce pa tterns. Blood pressure.

Artigo recebido: 1 2 /0 8 /0 7 Aceito pa ra publica çã o: 26/11/07

R

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