MORFOLOGIA COMPARADA DO ABDOME DAS ESPÉCIES SULBRASILEIRAS DE MORPHINAE (LEPIDOPTERA, NYMPHALlDAE)
Ivana Gavassi Bilotta 2
ABSTRACT. COMI'ARED AHllOMFN MORPIIOLOGY 01' Sourll BRAZILlAN MORPHINAE SI'ECIES (LEPllJoIYrERA. NYMPIIALlDAE). A ddaikd sludy of lhe morphology of ahdomen and genilalia of adlllls, ma"'s aml rema"'s. oflhe following solllh Brazilian M0'l'hinae sreeies (Lepidoplera. Nymphalidae) is rresenled: MOlpho heleno/' vio/aceIL" Frllhslnrfer. 1'I12./phi/lledeia he rcuh's (Dalman. IR23)./phixibia anarihia (Esper. 1801). Hセ|Gエィ・ャゥエゥウ@ partis thll/ll)'lis (C. Fdder & R. Fd,kr, 11167). Cythetitis aega (Huebncr. IX22). Pessollill clllel1mill (Perry. I セ@ II l, Grasseia lII ene!a/ls neslira (HlIebna.182I).
KEY WORDS. Nymphalidae. Morphinae. mnrphology. ahdomen. genilalia
Finalizando o estudo sobre adultos das ・ウーセ」ゥ・ウ@ sulbrasileiras de Morphinae, este trahalho apresenta aspectos externos da morfologia comparada do abdome. As seguintes ・ウーセ」ゥ・ウ@ foram estudadas: MO/pho helenor violaceus F ruhstorfer. 1912, Ipllimedei(l hercules (Oa Iman , 1823), Iphixibia anoxibia (Esper, 180 I), Cylheritis portis thamyris (C. Fdder & R. Felder, 1867), Cytheritis
(lega (Huehner, 1822), Pessonia carmaria (Perry, 1811) e Grasseia lI1enelaus
nestira (Huehner, 1821).
MATERIAL E MÉTODOS
Os trabalhos de DOUBLEDAY (1846-1852), EYER (1926), SNODGRASS (1935), MADDEN (1944), OITICICA (1946), VIETIE (1948), COSTA-LIMA (1950), SIBATAMI (1954), OKAGAKI (1955), OGATA (1957), EHRLlCH (1958 a, b), VANE-WRIGHT (1972), NICULESCU (1972, 1978), COMMON (1973), OUGDALE (1974), MATSUDA (1976), ARNOLD (1977), CASAGRANDE (1979), EATON (1984), SBOR-DONI (1985) foram de grande importância para o estudo m orfol6gico comparado interespecítico. Para o embasamento sistemát ico, os trabalhos uti lizados foram STAUDINGER (1884-1888), FRUHSTORFER (1912-1913), LE MOULT & RÉAL (1962-1963), O'ABRERA (1984, 1987) e OEVRIES (1985).
O estudo da morfologia ex terna do abdome seguiu a m esma エセ」ョゥ」。@ usada na cabeça e tórax (BILOTTA 1993 , 1994). A genitália foi retirada abrindo-se o ahdome pela pleura .
I) Conl ribuição míman 812 do Deparlamento de ZO\llogia. Universidade Federal do Paranlí. 2) dセー。イエ。ャQQ・ョャッ@ de Zoologia . Universidade Federal do Paraná, Caixa Postal 19020.
81531-970 ClIriliba, Paraná. Brasil. Bolsista do CNPq.
BAR.
82 TERCO
I I
Figs 1-3 . Abdollle. visla laleral. (I) M. hele"",. violacells; (2) /. herCl/les; (3) /. amHibia.
ABDOME
,
,
,
3
2
Composto por uez segmentos em amhos os sexos, senuo que os uois últimos no macho e os trt:s últimos na mmea são mouificauos formanuo a genitália; resultanuo oito segmentos visíveis no macho e sete na ft:mea. O primeiro segmento é menor e moJificauo para articulação com o meta tórax (Figs 1-7).
Cada segmento uivide-se em uma região uorsa l, noto, uma ventral, esterno, ambos esclérotisados e separauos, ue cada lado, por uma região membranosa, pleura; senuo que uo primeiro ao sétimo segmento estão os espiráculos abUom.inais, ovais (F igs 1-7).
Primeiro lérgo com margem posterior prOéminente e projetada sobre o segundo. Ventral e lateralmente ao primeiro tergo localiza-se a barra lérgo-pleural. Segunuo tergo forma uma ーイセゥ・ ̄ッ@ que se uirige ventralmente para a porção anterior uo ahdome, paralela à harra tergo-pléural , a barra pós-espiracular (Figs
1-7).
Morfologia comparada do abdome das espécies ... 739
Figs 4-7. Aht1ollle . visla laleral. (4) C:. {'(I/lis 111i11I/)'r;s; (.'i) C. (I/: g(l; (6) P. calel/aria; (7) G. //Iene/all s nestira,
GENITÁLlA DO MACHO
Formada pelo nono e décimo segmentos modificados. Nono tergo ou tegume esclerotisado, estende-se aos lados, projetando-se ventralmente, formando os braços do tegume e unindo-se lateralmente às projeções dorsais das valvas, enquanto que o nono esterno ou saco prolonga-se em direção ao dorso, formando os braços do saco, unindo-se aos braços do tegume. Exceto C. portis thall/yris e
C. aega (Figs II , 12), nas demais nota-se perfeitamente a união entre os braços
do legume e do saco (Figs 8-10, 13 , 14). Saco, chamado por alguns autores de vínculo, prolonga-se anteriormente, formando a ーイ\セゥ・ ̄ッ@ anterior do saco (Figs 8-14). Valvas, segundo NICULESCU (1978), são 。ーセョ、ゥ」・ウ@ do décimo segmento que de rivou. provavel mente, da membrana intersegmental 9-10 ou dos gonópodos do nono segmento. Quanto à forma das valvas, C. J10rtis thllll/yris é a única que apresenta valva mai s alongada ântero-posteriormente (Figs II, 18), as demais apresentam-se mais alongadas dorso-ventralmente (Figs 8-10, 12-17, 19-21). NICULESCU (1978), divide a valva em quatro hordas : l-horda posterior (externa), 2-borda anterior (interna), 3-horda dorsal (superior) e 4-horda ventral (intúior). Todas as espécies apresentam numerosos ーセャッ ウ@ na região distal da borda posterior (Figs 8-21). Região mediana da horda anterior, somente C. portis tholl/)'ris
apresenta uma série de dentículos (Figs II , 18), ainda na borda anterior. M.
Fig, 8-14, Genitália dlllllacho. vista lateral. (li) M, "deI/o/' vio/ace/L'; (9) I. "en'lI/es; (10) / , {//1{H'ibia;
( II) C. pOl'lis lhlDl/yris; (12) C. aega; (13) p, ca lt!n{//ia ; ( 14) G, mel/elalls nesli/'a,
Morfologia comparada do abdome das espécies ... 741
Figs 1.'i -21 . Valva. vista lat.:ral intérna. ( I.'i) M. "cimo,. カゥHャOB」・OlセZ@ ( 16) /. hcrclI/es: (17) /. "I/ari"i,,:
(18) C. por/is //UDl/ytiS: (19) C. aega: (20) P. ca/mW7a: (2 1) G. mel/e/alls nes/ira.
he/el/or vio/aceus, P. catel/aria e G. //Iel/elaus I/estira não apresentam pêlos (Figs
8, IS, 13,20, 14,21). Somente C. lIega apresenta a honJa dorsal com uma
protu-berância pouco esclerotisada, com longos pêlos (Figs 12, 19). Borda ventral se m modificações (Figs 8-21). Região distal e concentrando-se no ápice, M. helel/or
vio/aceus, C. portis thllll/yris, C. ((e/ia e P. clIlel/aria apresentam uma sequência
de dentes (Figs 8, IS , II, 18, 12, 19, 13 ,20); I. 1II1lI.Xihia e G. //I el/elalI.l· I/('srira
com uma série de dentículos (Figs 10, 17 , 14, 21); I. hercules sem tais estruturas,
a valva termina em uma ponta , imitando um dente (Figs 9, 16).
Décimo tergo representa o unco, esclerotisado, curvado ventralmente, articula-se com a margem distal do tegume. Unco simples em M. helel/or via/liceus,
I.
hercllles,I.
af/(l.Xihia ,P.
carel/ilria e G. //Iel/elau.l· I/esrira (Figs 8-10, 13 , 14),e bilobado e com cerdas em C. porris rha//lyris e C. {lega (Figs II , 12).
Uma
ァセセョ、・@
discrepância ocorre entre os autores com relação ao uso daterminologia relacionada com セョ。エh@ (PIERCE 1909) e suhunco (CHAPMAN 1911). Gnato refere-se à um eslerito par ou ímpar, de forma e dimensão variadas, considerado como esternito do décimo segmento e cuja posição é suh-anal. Subunco refere-se aos apêndices situados nas partes látero-ventrais da base do unco.
Há
uma grande variação no formato do suhunco, M. he/el/or viu/aceus e C.(lega, apresentam um par de placas em torma de toice, com extremidade lisa e
inerme (Figs 22, 26); /. hercllles , I. al/axihia e G. //I el/e/aU.I· I/('srira, um par de
placas em forma de remo, com extremidade lisa e co m dentículos (Figs 23, 24,
Figs 22 -24. GcnitiÍlia do l11a<:l1<\, vista dlll'sal. (22) M. helellor vio/ace,,,: (23) / . herclI/es: (24) /.
al/aribia.
28); C. porlis Ihlllllyris , um par de placas em forma de remo , com extremidade
dentcada e inerme (Fig. 25); P. ClIlella/'ia, um par de placas em forma de remo,
com extremidade lisa e inerme (Fig. 27). Ventral ao tegume e sob o unco, no diafragma , está o hilo anal, com um pequeno orifício, o ânus.
Porção posterior da cavidadt! ahdominal é techada por uma membrana, diafragma , que corre da base das valvas e do saco para o unco e o ânus, atravessado, aproximadamente no seu centro, por um delgado e esc1erotisado edeago ou pênis. Na região distal , encontra-Se a vesica que é uma memhrana eversível enquanto qUe na região proximal está o hulho セゥ。」オャ。エイゥッL@ uma membrana protetora da entrada do duto セゥ。」オャ。エイゥッN@ O edeago em M. helel/or violaceu.\· e P. catel/a/'ia
com um par de processos laterais, esc1erotisados e assimétricos na porção distal (Figs 29 a-b, 34 a-h). Quanto a forma do edeago, em M. helel/o/' violaceus, /.
hercules, P. clllel/a/'ia e G. //Iel/elaus I/eslil'll, apresenta-se reto ou com leve
sinuosidade (Figs 29 a-b, 30, 34 a-b, 35); em /. al/axibia, C. porlis Ihamyris e C.
(lega, apresenta-se semi-reto e a porção proximal em ângulo, em forma de um taco
de golte (Figs 31-33).
Morfologia comparada do abdome das espécies .. . 743
26
25 セ@
500"
.. Gセ@... セ@ .. ,
f-1t! !'> } '\ · 2X . Gl.!llilallH j セI@ llla...: hn, 'v i:-Ia dnr:-.al. (25) c. pOl'II.\ Ihamy l l.\: (26) C. {l eg a : (27) P. ('Olel/ur;a :
H Rセ I@ G. m ellt: [ollS n eslir o .
Situado no diafragma , na região hasal das valvas t: do eueago, no lauo
ventral da genitália , está ajuxta, esckrito qUe provavdmenit: a.iuua na susléntação do eueago (M ADDEN 1944). Em M . /tc/el/o/' v;olllceu.\· km formato de V,
extremidaues arreuonuauas e não projdauas (Fig. 36); cm /. he/'cuLe.l' c C. llega
em forma Ue V, extremiuaues superiores afi lauas e projdauas (Figs 37 , 40): cm
I. {I//{/X;h;ll e G. mel/ell/u.l· I/esr;ra em forma de U. extremiuades arreuonuauas c
projetauas (Figs 38. 42); cm C. jJO/'l;.I' (!Ii/lll)'/';.I' cm forma Ue V. porção meuiana
mais uesenvolvida , extremidades arreUonuauas e pro.it:tadas (Fig. 39): em P. CC/(e/ll//,;ll em forma Ue V, porção Illeuiana mais uesenvolvida , ・クエイ・ャャャゥオ。オ・セ@
arredonuauas e não projdauas (Fig . 41).
C
__
セッ@
セ@
セ@ セSR@
セSS@
34
GMMM」]⦅セ]@
MMMMG
セ]ᄋ|Z]M]]M^b@
イMMMMM]セI@
35セMMMMMセセ@
Figs 29-35. Eckago. vista lateral. (2':1 a-h) M . hell!lI"r "io/acl'IIs: (30) I . ham"'s: (3 1) f. allaribia: (32)
C. {'ol1is Iha/ll)'/is: (33) C. aega: (34 a-h) P. call!llaria: (35) (;. /IImelalls lIeslira .
UPPセ@
V
39セセ@
セ@
セ@
4037
セ@
セ N@41
セ@
38Figs 36-42. Juxta . vista ventral. (36) M. h ell!lIor "io/a<'l!"": (37) I . hercIIIl'.\: (3X) I . anari"ia: (3':1) C. {'orlis Iha/lly/;': (40) C. aega: (41) P. call!l/{lIia : (42) G. mene!all.\·lIeslira.
GENITÁLlA DA FÊMEA
Constituída pelo oitavo, nono é décimo ségméntos moditi cados, os últimos fundidos. Oitavo térgo émilé projeçôés latéfais internas é dirigidas para a região antéfior do corpo, apótiséS anteriores, séfvindo dé inséfção dé músculos. ApófiséS posteriores são ーョセゥ・・ウ@ látéfo-anteriorés do nono
+
décimo tergos , com a mesma função das anlériores.Placa génital com a região médio-véntral do oitavo ésterno hém escleroti-sada e retrátil. Em M . helenor v;ol(/('('us é P. Cllfel1ar;a apresénta uma aba externa
que provavelménlé SérVe dé proteção ao óstio da holsa copuladora (Figs 43,48).
Em C. aega a aha éstá presénte, mas reduzida e com rugosidade aCentuada (Fig.
Morfologia comparada do abdome das espécies ...
セセ イM MMM papijNa@ ANAL
.')'
L "":t':-<'7'-j -- PLACA CENITAL
OST I O DA BOl.SA
DUTO DA SOI.S",
セ@
BOLSA COPULADORACORPO DA BOLSA /
- S LCI+O
43
46
745
44
,
. 1-'47
Figs 45-4 7. gセョゥエ\ᅪャゥ。@ da ヲ|Aュセ。Z@ v ista カセ ョエイ。ャN@ (45) / . an"r;";,,: (46)
c.
,,"/"Iis I//OIII)''';.\": (47 )c.
"ex".500JJ
48
49
Figs 48-49, gセョゥエ£ャゥ。@ da ヲ↑ュセ。L@ vista wlltral. (48) p, c{//l!IIaria; (49) G, mene/all"" nestira,
47), Em /. h('f'cu[e.l' e /. (If/(l.Xibia com a placa genital de aspecto mais arredondado
e revestida de pontuações mais esclerotisadas; sem aba, ficando o óstio totalmente exposto em uma região hastante esclerotisada (Figs 44, 45). Em C. porris rhllll/yri,l'
e G. //IenelllU,l' ne.l'rira com a placa de forma oval. com região memhranosa no
centro, onde se abre o óstio da bolsa (Figs 46, 49).
Óstio da holsa copuladora continua internamente através do duto da bolsa copuladora até encontrar o corpo da bolsa, estrutura memhranosa e saculiforme;
em M. heleno r l'iolllCeu.l' e G. //Iel/elau,l' nesrira alongada (FlgS 43, 49); em /.
hercules, I. {l/ul.Xibia, C. porri.l' rlU/lI/)'ri.l', C. aega e P. ('{/renaria arredondado (Figs
44-48). Apresenta em suas paredes um par de signos, estrutura formada por pequenas placas esclerotisadas. Em todas as espécies, os signos ocupam quase todo o comprimento do corpo da bolsa (Figs 43,45-49), com exceção de I. hercu[e.l',
reduzidos e ocupando menos da metade anterior do corpo da bolsa (Fig. 44). Óstio da bolsa, duto da bolsa e corpo da holsa formam a bolsa copuladora (Figs 43-49). Porção tinal do abdome constituída por dois lobos, um par de papilas anais, retráteis. pouco esclerotisadas e cobertas por numerosos ーセャッウ@ (Figs 43-49).
Morfologia comparada do abdome das espécies ... 747
Segundo EHRLlcH (1958a), estas são presumivelmente derivadas do nono ou décimo tergo ou de amhos. Separando-as. verticalmente, uma área memhranosa onde alojam-se o ânus e oviporo, este anterior ao ânus, representa a ahertura externa da vagina, que permite a postura dos ovos (Figs 43-49).
AGRADECIMENTOS. aァイ。、セLャャ@ à Prol:,. Ora. Mima Marlins Casagrand" " ao Prof. Dr . OlaC H.H. Midk" do dセーBLQ。ャQャBョャャャ@ 、セ@ Zoologia da Univ"rsidad" fセ、セイ。ャ@ do Paraná. pda oriélllação
e co-oril.! ntação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARNOLD. R.A . & R. L. Fischer. 1977 . Operational Mechanisms of Copulation and Oviposition in Sl'eyeria (Lepidoptera: Nymphalidae) . Ann. Ent. SOCo Amer. 70 (4): 455-468.
BILOTIA, I.G. 1993 . Morfologia comparada da caheça das espécies sulhrasileiras de Morphinae (Lepidoptera, N ymphalidae). Revta hras.Zool.9 (3/4): 261-271. - - -o 1994. Mortólogia co mparada do tórax das espécies sulhrasileiras de Morphinae (Lepidoptera, Nymphalidae) . RevIa hras. Zool. 11 (4): 691-713. CASAGRANDE, M .M. 1979. Sohre Caligo beltrao (1IIiger). IV : Modólogia externa
do adulto-abdome (Lepidoptera, Satyridae. Brassolinae). Rev. Brasil. Biol. 39 (3) : 711-716.
COMMON, J.F.B . 1973 . Lepidoptera, p.765-866. 11/ : CSIRO (Ed.). The Insecl'i of Australia. Melhourne University Press, Victoria, 1137p.
COSTA-LIMA, A.M. DA. 1950. Insetos do Brasil. 6. Lepidópteros, 2" Parte, Morphidae. Escola Nacional Agronomia. Rio de Janeiro, p.356-361 .
D' ABRERA, B. 1984. Butlerllies 01' lhe Neolropiral Region. Part II. Danaidae, Ithol1liidae, Hcliconidae & Morphidae. Victoria. Hill House. 384p. - - - o 1987 . Butlcdlies of lhe Neolropinll Region. Part III. Brassolidae,
Acraeidae & Nymphalidae (Parlim). Victoria, Hill House, 525p.
DEVRIES, P.J.; 1.1 . KITCHING & R.1. VANE-WRIGHT. 1985. The systematic position 01' Allfirr/iea e Caemi.\', with cO l1lmenb on the c lassification 01' the Nymphalidae (Lepidoptera). Syst. Ent. 10 (I): 11-32.
DOUBLEDA Y, E. 1846- 1852. The Genera of Diurnal Lepidoptera, comprising their generic charaders, a notice of their hahilo; and transformations, and a catalogue of the specics of earh genus; illustrated with
86
plates byW.
C.Hewilo;on. London, 534p.
DUGDALE, J .S. 1974. Female genital contigurati on in the classitication 01' Lepidoptera. N. Zeal.
J.
Zoo!. I (2) : 127-146.EATON, J. L. 1984. M usculature of the adult Tohacco Hornworm (Lepidoptera: Sphingidae). Ahdomen and Genitalia. Ann. Ent. Soe. AmeI'. 77: 435-441. EHRLlCH, P. R. 1958a. The Integ ume ntal Anatomy 01' lhe Monarch Buttert1y
DlIIIllU.\' plexififiu.I' L. (Lepidoptera: Danaidae). Univ. Kansas Sei. BulI. ,
Lawrence, 38 (18): 1315-1349.
- - - o 1958h . The Comparative Morphology, Phylogeny and Higher
Classification of tht! Butkrtlit!s (Lt!piuopkra: Papilionoiut!a). Univ. Kansas Sei. Buli., Lawrt!nct!, 39 (8): 305-370.
EYER, J. R. 1926. Tht! morphological signiticance of tht! juxta in the male gt!nitalia of Lepiuoptt!ra. BulI. Brook. Ent. Soco 21: 32-37.
FRUHSTORFER, H. 1912-1913,11/: A. SEITZ (Eu.). Morphidae. Gross-Schmett.
Erde, 5, p.333-344 (1912), p.345-356 (1913). Stllttgart, Lt!hman.
LE MOULT, E. & P. RÉAL. 1962-1963. l. Les Morpho d'Amérique du Sud et Centra\e. I. hゥウエッイゥャjャiエAMmッイーィッャHIァゥエAMsケウエセュ。エゥアャャエAL@ 296p. (1962); 2. Planches en CIlu\eurs et en noir, 92 pls (1963).
MADDEN, A.H. 1944. Tht! extt!rnal morphology oftht! auult ofthe Tohacco Horn-worm (Lt!pidoptera: Sphingiuat!). Ann. Ent. Soco Amer. 37 (2): 145-160. MATSUDA, R. 1976. Morpho\ogy and Evolution of the Insed Ahdomen.
Oxforu, Pergamon Prt!ss, 533p.
NICULESCU, E. 1972. La terminologia udk armatllrt! gt!nitali nt!i LepiUoltt!ri. Detinizioni e Sinonimit!. BolI. Ass. Rom. Ent., Roma, 27 (3,4): 33-44. - - - o 1978. L'armure ァセョゥエ。ャエA@ cha It!s lセーゥオッーォイエAウN@ BulI. Soco Ent.
Mu\house: 1-96.
OGATA, M.; Y. OKADA; H. OKAGAKI & A. SIBATANI. 1957. Malt! genilalia of Lt!pidoptt!ra: Morphology anu nOI11t!ncIatllrt!. III. Appt!nuagt!s pt!rtaining of lhe Iht!nth somite. Ann. Ent. Soco Amer.
50
(I): 237-244.OITICICA FILHO, J. 1946. Sôhre a morfologia uo pt!nis t!m It!piuopkra. BoI. Mus. Nac., Zoologia, Rio dt! Jant!iro, 50: 1-36.
OKAGAKJ, H.; A. SIBATANI; M. OGATA & Y. OKADA. 1955. MaIt! genitalia of Lepiuoptera: Morphology anu nOI1lt!nclaturt!. II. Morphological significance of saccllllls and furca . Ann. Ent. Soco Amer. 48 (2): 438442.
SBORDONI, Y. & S. FORESTIERO. 1985. The world of butterl1ies, an iIIustrated encyclopedia. Cies Crt!scent Books, Nt!w York, 312p.
SIBATAMI, A; M. OGATA; Y. OKADA & H. OKAGAKI. 1954. Male genitalia of Lepidoptera: Morphology anu nOI1lt!nclatllrt!. I. Divisions of the valvae in Rhopalocera, Phalaeniuat! (= Nocllliuat!) anu Geomdriuat!. Ann. Ent. Soco Amer. 47 (I): 93-106.
SNODGRASS, R. E. 1935. Principies of insed l11orphology. Nt!w York and London, McGraw-Hill Book COl11pany, 667p.
STAUDlNGER, O. 1884-1888.11/ : O. STAUDINGER & E. SCHATZ(ed.). Exoti..<;che Sdunetterlinge. I. Tht!il , Exotische Taghilta in systt!matischt!r Reiht!nfolge mil Berücksichtigllng nt!lIt!r Arten. FlIt!rth , Bayern, p. 1-2 (1888); p. 3-38, pls 1-30 (1884); p. 39-102, pls 31-60 (1985); p. 103-174, pls 61-80 (1886); p. 175-234, pls 81-95 (1887); p. 235-333, pls 96-100 (1888) .
Y ANE-WRIGHT, R.1. 1972. Prt!-collrtship activity and a new scent organ in butkrtlies. Nature, London,
239:
338-339.YIETTE, P. 1948. Morphologit! ues genital ia malt!s des Lépidoptt!res. Rev. Franc. d'Ent. 10 (3): 141 -161.
RecebIdo em 1 6 .VI. 1994 ; aceito em 20.XI.1994.